sábado, 30 de janeiro de 2010

FILMES DO FINAL DE SEMANA NA TV ABERTA

HOJE
22 h na TV Brasil

TRÊS IRMÃOS DE SANGUE

Sinopse: O filme mostra a história do sociólogo Betinho, do humorista Henfil e do músico Chico Mário, símbolos da luta contra a AIDS e contra a ditadura no Brasil. Com solidariedade e esperança, os três irmãos contribuíram muito para o processo brasileiro de redemocratização.

Três Irmãos de Sangue foi premiado como Melhor Filme – Vídeo Saúde Mostra Internacional de Vídeo em Saúde – Júri Popular – 2008; Melhor Filme - V Cine Fest Petrobras Brasil – New York – Public´s Choise Award- 2007; Melhor Longa-Metragem - Festival de Cinema de Natal - Prêmio do Júri- 2007; Melhor Filme – Festival de Cinema de Natal - Júri Universitário – 2007; Melhor Roteiro – Recine – 2007; Menção Honrosa Competitiva Internacional de Curtas e Longas 2007 e Melhor Roteiro para Documentário - Festival de Cinema de Goiânia – 2006.
Gênero: Documentário
Ano: 2006/2007
Duração: Cor. 102min.
Direção: Ângela Patrícia Reiniger

AMANHÃ
DO LUTO À LUTA
1h15 na TV Brasil

Sinopse: Do Luto à Luta é um documentário que mostra o mundo dos portadores de síndrome de Down. O longa-metragem é retratado a partir da ótica de um downiano, que tem uma visão muito peculiar, sensorial e engraçada. As dificuldades enfrentadas no cotidiano, o preconceito da sociedade e as suas potencialidades são revelados no filme. A síndrome atinge cerca de 8 mil bebês a cada ano no Brasil.

Gênero: Documentário
Duração: Cor. 75min.
Direção: Evaldo Mocarzel

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

CARLO MOSSY


Um dos poucos homens que conseguia atrair público aos cinemas na época da pornochanchada, ao lado de David Cardoso, apesar de ter obtido menos sucesso que este.

Ao contrário do que muitos pensam, não nasceu no Brasil, mas sim em Tel Aviv, Israel em 1946. Radicou-se no Brasil em 1953 e já pensando na carreira artística, estudou na Royal Academy of Arts em Londres e no Actor's Studio em Nova York, por isso é estranho que tenha entregue algumas interpretações tão amadoras. Estreou no cinema como protagonista ao lado de Odete Lara em COPACABANA ME ENGANA (1969) e depois disso participou de dezenas de outros filmes, muitos dirigidos por ele mesmo em sua produtora VYDIA PRODUÇÕES CINEMATOGRÁFICAS, sendo o meu preferido ÓDIO (1977), mas dirigiu ainda COM AS CALÇAS NA MÃO (1975) até engraçadinho, AS MASSAGISTAS PROFISSIONAIS (1976), (fraquinho) e a quase insuportável trilogia baseada no programa de rádio Barulhos da Cidade: AS TARADAS ATACAM; BONITAS E GOSTOSAS (1978) e AS 1001 POSIÇÕES DO AMOR.

Dos filmes em que ele apenas atuou, os meus preferidos são SONINHA TODA PURA (por causa da querida Adriana Prieto) (1971); ESSA GOSTOSA BRINCADEIRA A DOIS (1973); LUCÍOLA - O ANJO PECADOR (1975); QUANDO AS MULHERES QUEREM PROVAS (1975); AS GRANFINAS E O CAMELÔ (1979); GISELLE (1980, com certeza o melhor de todos os filmes que ele fez) e O SEQUESTRO (1981).

Nos anos 90 com o fim da pornochanchada passou a dirigir filmes pornôs diretamente para o mercado de vídeo com o pseudônimo de Giselle H, como A VIRGEM E O FOTÓGRAFO (1991), um filme sem enredo lotado de músicas pop em sua trilha sonora, como Voyage, Voyage.

Foi redescoberto pelas novas gerações graças ao Canal Brasil que exibe quase todos os seus filmes na sessão COMO ERA GOSTOSO O NOSSO CINEMA (foi lá que assisti seus filmes e me tornei seu fã, apesar de achá-lo meio petulante e convencido em algumas entrevistas recentes). O Cinebrasiltv dirigido pela cineasta Tereza Trautman também passa os mesmos filmes. Chegou a participar de alguns programas da Rede Globo, como a novela A LUA ME DISSE e a minissérie QUERIDOS AMIGOS, mas ultimamente está afastado da TV e seu último filme foi A VOLTA DO REGRESSO em 2007.

CARREIRA COMO ATOR:

1. Dicas de um sedutor Jones (2 episódios, 2008)
2. "Queridos Amigos" .... Macedo (4 episódios, 2008)
3. "Sete Pecados" .... Sálvio (1 episódio, 2007)
4. A Volta do Regresso (2007) .... Costão
5. Meu Nome é Dindi (2007) .... Açougueiro
6. "Vidas Opostas" .... Professor (4 episódios, 2007)
7. "Páginas da vida" .... Galvão (1 episódio, 2006)
8. "Minha Nada Mole Vida" (1 episódio, 2006)
9. Cafuné (2005) .... Carlos
10. "A Lua Me Disse" .... Nocaute Jackson (7 episódios, 2005)
11. "Carandiru, Outras Histórias" (2005) Seriado de TV .... Walter
12. O Homem do Ano (2003) .... Delegado Santana
13. Solidão, Uma Linda História de Amor (1989)
14. As Sete Vampiras (1986) .... Luis Terra
15. O Seqüestro (1981) .... Vilarinho
16. Giselle (1980) .... Angelo
17. Manicures a Domicílio (1978)
18. Ódio (1977) .... Roberto
19. As Grã-Finas e o Camelô (1976) .... Zé Maria
20. Com as Calças na Mão (1975) .... Reg
21. Quando as Mulheres Querem Provas (1975) .... Bira
22. Lucíola, o Anjo Pecador (1975) .... Paulo
23. Essa Gostosa Brincadeira a Dois (1974) .... Carlos
24. Oh Que Delícia de Patrão (1974)
25. Pureza Proibida (1974)
26. Como É Boa Nossa Empregada (1973) .... Honorinho
27. Quando as Mulheres Paqueram (1971)
28. Lua-de-Mel e Amendoim (1971) .... Serginho
29. Soninha Toda Pura (1971) .... Betinho
30. Estranho triângulo (1970) .... Durval
31. A Penúltima Donzela (1969)
32. Viver de Morrer (1969)
33. Copacabana Me Engana (1968) .... Marquinhos

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

CINEMA PARADISO (Itália/ França, 1989) ****


Direção: Giuseppe Tornatore. Com: Philippe Noiret, Jacques Perrin, Salvatore Cascio, Drama, 123 min.

Um dos filmes indispensáveis a qualquer amante da sétima arte que se preze. Vencedor de dezenas de prêmios como o Oscar e o Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro e o grande prêmio do Júri no Festival de Cannes. A lista completa dos prêmios é mostrada no início do filme.

Um produtor de cinema, Salvatore (Jacques Perrin) recebe a notícia da morte de seu grande amigo Alfredo (Philippe Noiret dublado) que lhe ensinou a amar o cinema na época em que trabalhava como projecionista em sua cidade natal. Um longo flashback mostra a vida desse personagem desde quando era criança (vivido pelo adorável Salvatore Cascio que padeceu do mal que acomete várias crianças famosas, o de desaparecer depois que começam a crescer), quando acompanhava as sessões do cinema Paradiso, mas não se deu por satisfeito enquanto não conseguiu trabalhar também como projecionista, já que sua paixão por cinema ia além, ele queria estar envolvido mais diretamente no processo.

O título original é NUOVO CINEMA PARADISO, que é explicado depois de um tempo de projeção, quando o primeiro cinema pega fogo e um homem que ganhou na loteria promove a sua reabertura.

O menino apelidado de Totó (parece nome de cachorro) é coroinha nas horas vagas e cochila durante as missas, já que passa as noites no cinema. Quando ele se torna adolescente sua atenção é dividida pelo amor que sente por uma colega de colégio, que ele passa a ficar todos os debaixo debaixo de sua janela até que ela se apaixone por ele, o que realmente acontece, mas quando ela tem que se mudar, o romance fica abalado. Há uma versão estendida com meia hora a mais que mostra o reencontro do casal depois de adultos, mas essa versão não foi lançada em DVD e o espectador sente falta de uma resolução desse amor.

O padre local assistia com antecedência aos filme e mandava que fossem cortadas todas as cenas de beijo, sob vaias da plateia. Salvatore recebe de presente de Alfredo um copião com essas cenas, que são mostradas ao final numa seqüência emocionante. Há também durante todo o filme, cenas de dezenas de outras películas que fazem a festa de qualquer cinéfilo.

Uma declaração de amor ao cinema.

sábado, 23 de janeiro de 2010

BERLIN AFFAIR (França, 1985) **



Direção: Liliana Cavani. Com: Gudrun Ladgrebe, Mia Takaki. Drama, 96 min.

A polêmica diretora Liliana Cavani (O porteiro da noite) dirigiu em 1985, esse também polêmico BERLIN AFFAIR sobre o romance entre uma alemã casada e uma japonesa e as conseqüências desse amor junto à sociedade conservadora. Quando o marido traído decide formar um triângulo amoroso, o castelo de cartas parece destinado a ruir.

Escândalos e polêmicas são sempre interessantes para tirar o cinema do marasmo, mas o tiro saiu pela culatra em Berlin affair, que comete o erro de criar um romance lésbico paranóico, principalmente por parte da personagem japonesa que é possessiva e cria um escarcéu toda vez que a amante se afasta. Aliás, esse é o problema da maior parte dos filmes que tratam de lesbianismo e homossexualismo ao contar histórias de personagens desequilibrados e que tendem a terminar tragicamente, mas ele foi feito em 1985 e a situação mudou um pouco depois disso.

Um professor diz para a personagem principal e narradora escrever um livro contando a sua história depois que a dor sarar, já que a nostalgia não passa nunca. E essa foi a fala que eu mais gostei no filme. Talvez eu vá me lembrar dela, até depois de ter esquecido a trama.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

TRAÍDOS PELO DESEJO (Inglaterra, 1992) ****

The crying game

Direção: Neil Jordan. Com: Stephen Rea, Miranda Richardson, Jaye Davidson, Forest Whitaker e Jim Broadbent. Drama, 112 min.

Um soldado ingles (Forest Whitaker) é sequestrado por agentes do IRA – Exército Republicano Irlandês e tem sua morte decretada. Antes que isso aconteça pede a um dos terroristas, Fergus (Stephen Rea) que procure sua namorada Dil (Jaye Davidson) e cuide dela. Ele cumpre o prometido, mas se apaixona por Dil, sem contar com o fato de que seus ex-colegas do IRA voltam a procura-lo e ameaçam o romance.

Na época do lançamento de TRAÍDOS PELO DESEJO, os produtores pediram a quem já tinha assistido que não revelassem o segredo do filme e não vou ser eu a fazer isso, mas o bom observador vai perceber pela voz de Dil (tanto a original quanto a dublada), a verdade. E quase 20 anos depois, mesmo quem não assistiu ao filme, sabe do que se trata.

Fez grande sucesso e causou muita polêmica esse vencedor do Oscar de roteiro original e que teve cinco outras indicações: Ator: Stephen Rea (que participou de quase todos os filmes de Neil Jordan), Coadjuvante: Jaye Davidson (que depois desse, só fez Stargate), além de montagem, Diretor e Filme.

Jordan realizou um sensível filme sobre aceitação, amor, desejo e remorso, onde o cunho político é usado apenas para contar essa história de amor anti-convencional que merece ser do conhecimento de todos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

SONIA BRAGA


Uma das minhas atrizes preferidas é Sonia Braga. Vejo todos os filmes dela, por mais que a crítica diga que alguns são ruins, que o inglês dela não é bom e que seu papel seja pequeno na maioria dos filmes americanos que fez.

Nasceu em Maringá em 09 de junho de 1950. seu primeiro papel no cinema foi uma ponta tipo “piscou perdeu” em O BANDIDO DA LUZ VERMELHA” (1968). Em 1970 estreou nua no teatro no musical HAIR ao lado de Nuno Leal Maia. Em seguida teve pequenos papéis na televisão até o sucesso estrondoso da novela GABRIELA (1975) e do filme DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS (1976), baseados na obra de Jorge Amado. Dona Flor foi o filme brasileiro de maior bilheteria da história do cinema nacional, com mais de 10 milhões de espectadores.

De volta à TV, Sonia encantou novamente o Brasil com a novela DANCIN DAYS, no auge da moda das discotecas. E pôs fogo nos cinemas com a fogosa personagem de A DAMA DO LOTAÇÃO (1978) que só sentia prazer com estranhos que encontrava em passeios de ônibus. Em 1981 ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Gramado com o filme EU TE AMO de Arnaldo Jabor.

Em 1983 reviveu GABRIELA no cinema. O filme foi um fracasso, mas é dos que eu mais gosto. Já vi várias vezes e quero ver outras tantas.

Já em 1985 foi indicada ao Globo de Ouro pelos três papéis que viveu em O BEIJO DA MULHER ARANHA de Hector Babenco, uma co-produção Brasil/EUA, falada em inglês que lhe abriu as portas para o cinema americano, onde participou de 1000 ELOS – O PREÇO DA LIBERDADE (1987), REBELIÃO EM MILAGRO (1988); LUAR SOBRE PARADOR (1988), AMAZÔNIA EM CHAMAS (1994), UM DRINK NO INFERNO 3 (1999) e tantos outros, além de episódios das séries SEX AND THE CITY (em que vivia uma lésbica) e ALIAS.

Ficou quase 20 anos afastada da televisão brasileira, onde retornouo na novela FORÇA DE UM DESEJO (1999), alguns anos depois em PÁGINAS DA VIDA (2006) e na versão brasileira da série DESPERATE HOUSEWIVES: Donas de casa desesperadas exibida pela Rede TV.

Acredito que os americanos não lhe dão o devido valor, com papéis de mexicanas ou latinas no geral, mas de uma forma ou de outra é a atriz brasileira de maior sucesso no exterior.

CARREIRA COMPLETA:
1. Lope (2010) (pós-produçāo) .... Paquita
2. An Invisible Sign of My Own (2010) (completo) .... Mom
3. "Páginas da vida" .... Tônia Werneck (80 episódios, 2006-2007)
4. "Donas de Casa Desesperadas" (2007) Seriado de TV .... Alice Monteiro
5. Um Amor Jovem (2006) .... Mrs. Garcia
6. Cidade do silêncio (2006) .... Teresa Casillas
7. Sea of Dreams (2006) .... Nurka
8. "Ghost Whisperer" .... Estella de la Costa (1 episódio, 2005)
- Shadow Boxer (2005) episódio de TV .... Estella de la Costa
9. "Alias" .... Sophia Vargas / ... (5 episódios, 2005)
- Before the Flood (2005) episódio de TV .... Elena Derevko
- The Descent (2005) episódio de TV .... Sophia Vargas/Elena Derevko
- Mirage (2005) episódio de TV .... Sophia Vargas/Elena Derevko
- A Clean Conscience (2005) episódio de TV .... Sophia Vargas
- The Orphan (2005) episódio de TV .... Sophia Vargas
10. "CSI: Miami" .... Dona Marta Cruz (1 episódio, 2005)
- Identity (2005) episódio de TV .... Dona Marta Cruz
11. Marilyn Hotchkiss' Ballroom Dancing & Charm School (2005) .... Tina
12. Che Guevara (2005) .... Celia
13. Scene Stealers (2004) .... Celia Crouch
14. Amália Traïda (2004) .... Amália Rodrigues
15. Testosterone (2003) .... Pablo's Mother
16. "Lei & Ordem" .... Helen (1 episódio, 2003)
- Genius (2003) episódio de TV .... Helen
17. "George Lopez" .... Emilina Palmero (1 episódio, 2002)
- Meet the Cuban Parents (2002) episódio de TV .... Emilina Palmero
18. "American Family" .... Berta Gonzalez (11 episódios, 2002)
- La Casa (2002) episódio de TV .... Berta Gonzalez
- The Glass Ceiling (2002) episódio de TV .... Berta Gonzalez
- The Father (2002) episódio de TV .... Berta Gonzalez
- La Cama (2002) episódio de TV .... Berta Gonzalez
- Crash Boom Love: Part 2 (2002) episódio de TV .... Berta Gonzalez
(6 mais)
19. Império (2002) .... Iris
20. "O Sexo e a Cidade" .... Maria (3 episódios, 2001)
- Ghost Town (2001) episódio de TV .... Maria
- What's Sex Got to Do with It? (2001) episódio de TV .... Maria
- Defining Moments (2001) episódio de TV .... Maria
21. Olhar de Anjo (2001) .... Josephine Pogue
22. The Judge (2001) (TV) .... Lily Acosta
23. Memórias Póstumas (2001) .... Marcela
24. Perfume (2001) .... Irene Mancini
25. "Family Law" .... Beatrice Valdez (1 episódio, 2000)
- Echoes (2000) episódio de TV .... Beatrice Valdez
26. Um Drink No Inferno 3: A Filha do Carrasco (1999) (V) .... Quixtla
27. "Força de Um Desejo" (1999) Seriado de TV .... Helena Silveira Sobral
28. "A Will of Their Own" (1998) TV mini-series .... Jessica Lopez de la Cruz
29. "Four Corners" (1998) Seriado de TV .... Carlota Alvarez
30. Money Play$ (1997) (TV) .... Irene
31. Tieta do Agreste (1996) .... Tieta
32. Bíblia Sagrada - Moisés (1995) (TV) (sem créditos) .... Sephora
33. "Laredo - O Último Desafio" (1995) TV mini-series .... Maria Garza
34. Two Deaths (1995) .... Ana Puscasu
35. Amazônia em Chamas (1994) (TV) .... Regina de Catrvalho
36. Roosters (1993) .... Juana Morales
37. "Contos de Arrepiar" .... Sophie Wagner (1 episódio, 1992)
- This'll Kill Ya (1992) episódio de TV .... Sophie Wagner
38. A Última Prostituta (1991) (TV) .... Loah
39. Rookie - Um Profissional do Perigo (1990) .... Liesl
40. Luar Sobre Parador (1988) .... Madonna Mendez
41. Rebelião em Milagro (1988) .... Ruby Archuleta
42. Sem Correntes (1987) (TV) .... Emily Del Pino Pacheco
43. "The Cosby Show" .... Anna Maria Westlake (2 episódios, 1986)
- An Early Spring (1986) episódio de TV .... Anna Maria Westlake
- Mrs. Westlake (1986) episódio de TV .... Anna Maria Westlake
44. O Beijo da Mulher Aranha (1985) .... Leni Lamaison/Marta/Spider Woman
45. Gabriela, Cravo e Canela (1983) .... Gabriela
46. Eu Te Amo (1981) .... Maria
47. "Chega Mais" (1980) Seriado de TV .... Gelly (episódios desconhecidos)
48. "Dancin' Days" .... Júlia Matos (1 episódio, 1978)
- Episódio datado de 10 Julho 1978 (1978) episódio de TV .... Júlia Matos
49. A Dama do Lotação (1978) .... Solange
50. "Espelho Mágico" .... Camila / ... (1 episódio, 1977)
- Episódio datado de 14 Junho 1977 (1977) episódio de TV .... Cinthia
51. Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976) .... Dona Flor (Florípides)
52. "Saramandaia" .... Marcina (1 episódio, 1976)
- Episódio datado de 3 Maio 1976 (1976) episódio de TV .... Marcina
53. "Gabriela" .... Gabriela (1 episódio, 1975)
- Episódio datado de 14 Abril 1975 (1975) episódio de TV .... Gabriela
54. O Casal (1975) .... Maria Lúcia
55. "Fogo Sobre Terra" .... Brisa (1 episódio, 1974)
- Episódio datado de 8 Maio 1974 (1974) episódio de TV .... Brisa
56. Mestiça, a Escrava Indomável (1973) .... Mestiça
57. Somos Todos do Jardim de Infância (1972) (TV)
58. "Selva de Pedra" .... Flávia (1 episódio, 1972)
- Episódio datado de 12 Abril 1972 (1972) episódio de TV .... Flávia
59. "Vila Sésamo" (1972) Seriado de TV .... Ana Maria
60. O Capitão Bandeira Contra o Dr. Moura Brasil (1971)
61. "Irmãos Coragem" (1970) Seriado de TV .... Lídia Siqueira
62. A Moreninha (1970) .... Carolina, a Moreninha
63. Cleo e Daniel (1970) .... Sandra
64. O Bandido da Luz Vermelha (1968) .... Victim

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

MEU TIO DA AMÉRICA (França, 1980) ***


MON ONCLE D'AMERIQUE - Direção: Alan Resnais. Com: Gerard Depardieu, Nicole Garcia, Roger Pierre, Nelly Borgeaud e Marie Bubois. Docudrama, 126 min.

O canal Futura (Globosat) exibiu nessa madrugada o filme MEU TIO DA AMÉRICA do francês Alan Resnais que dirigiu anteriormente os clássicos HIROSHIMA MON AMOUR (1959) e O ANO PASSADO EM MARIENBAD (1961) e posteriormente MEDOS PRIVADOS EM LOCAIS PÚBLICOS. O diretor ficou famoso entre a crítica, mas causava certa estranheza e distanciamento junto a parte do público que não conseguia entender seus filmes.

MEU TIO DA AMÉRICA conta a história de dois homens (Gerard Depardieu e Roger Pierre) e suas esposas/amantes (Nicole Garcia, Marie Dubois e Nelly Borgeaud), desde a infância até a fase adulta, quando se casam e passam por problemas no trabalho e no relacionamento amoroso.


René (Gerard Depardieu) recebe uma proposta de promoção no emprego com o detalhe de ter que se mudar para outra cidade e como sua mulher Thérése (Marie Dubois) é contra a mudança, ela o abandona e quando a direção ameaça de rebaixá-lo alguns anos depois, ele se desespera e tenta o suicídio. Jean (Roger Pierre) se apaixona por Janine (Nicole Garcia) e abandona a mulher Arlette (Nelly Borgeaud), que diz para Janine que está morrendo e quer passar os últimos meses de vida ao lado do marido. A amante acredita na mentira e quando descobre a verdade, já é tarde demais, o que causa o sofrimento de todos.

O filme é narrado por um médico que explica o que acontece no sistema nervoso dos seres humanos em todas essas situações de sofrimento com cenas protagonizadas por ratos de laboratório que fazem paralelo aos personagens, como no momento de desespero em que se mostra duas situações com ratos em uma caixa em que recebem choques. Na primeira situação, há uma porta em que o rato pode fugir para o outro lado e evitar o choque, permanecendo imune, enquanto na segunda situação não há uma porta para fugir e os choques o fazem sofrer pela angústia de não conseguir se libertar.

A depressão acontece quando o ser humano encontra-se em uma situação como a do rato em que não pode lutar ou fugir e o seu organismo fica afetado com as doenças psicossomáticas que surgem em virtude disso. Lembrei de uma crítica que li no livro 1001 filmes para ver antes de morrer sobre o filme AS LÁGRIMAS AMARGAS DE PETRA VON KAN de Rainer Werner Fassbinder, em que o crítico conclui: "o mais fraco em qualquer situação sempre tem a opção desoladora de partir". Às vezes nos parece difícil ou quase impossível fugir, mas essa pode ser a nossa salvação.

Adoro filmes tristes e bem dramáticos. Quando li o resumo deste na Revista Monet fiquei logo interessado, apesar de não ser tão triste quanto imaginava e a questão da depressão e do suicídio só serem abordados na parte final, mas apesar de sua fragmentação é bem interessante, com a inclusão de cenas reais e de filmes antigos para demonstrar mais claramente o que os personagens estão sentindo.

O Canal Futura está exibindo de segunda a sexta-feira, à 0h30, o Cine Conhecimento, com filmes cults, geralmente europeus. Hoje será exibido o iraniano A MAÇÃ; no dia 24/01, o também iraniano GOSTO DE CEREJA sobre um homossexual suicida; nos dias 26, 27 e 28/01 a trilogia das cores de Kieslowski: A igualdade é branca, A liberdade é azul e A fraternidade é vermelha e no dia 29/01 à 1h30, A dupla vida de Veronique, também de Kieslowski. Não percam, pois eu não vou perder, nem que eu grave, já que é exibido meio tarde.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

VENCEDORES DO GLOBO DE OURO 2010

Assisti ontem a noite pela TNT a entrega dos prêmios da 67º Globo de Ouro, com comentários do críticos Rubens Ewald Filho. Os votantes fazem parte dos correspondentes estrangeiros que trabalham nos Estados Unidos. É uma premiação importante, pois a maioria dos vencedores acaba levando também a estatueta do Oscar.

A cerimônia teve início às 23 horas (horário de Brasília). O que me incomodou foram os excessos de comerciais. Eram entregues dois prêmios, vinham os comerciais, e o pior de tudo: os mesmos de anúncios de produtos ou filmes do canal. Mesmo assim, a festa foi interessante e gostei da maioria dos premiados como Kevin Bacon que nunca havia ganho um prêmio em toda a sua carreira, Meryl Streep que eu também adoro foi indicada pela 25ª vez e levou seu 7º prêmio, Drew Barrymore com toda a sua simpatia e naturalidade parece meio maluquinha, porém uma maluquinha adorável. Fiquei feliz por Julia Roberts ter perdido, nada contra ela, eu adoro seus filmes, mas foi indicada como melhor atriz de comédia ou musical por DUPLICIDADE, um filme aborrecido que assisti na semana passada em que ela divide a tela com Clive Owen. O filme é de espionagem e nem sei porque foi rotulado como comédia. Júlia não está especial nesse filme. Rubens comentou que ela foi indicada porque é queridinha dos votantes.


Confira a lista completa dos vencedores:

MELHOR FILME (DRAMA)
Avatar, de James Cameron

MELHOR FILME (COMÉDIA ou MUSICAL)
Se beber, não case (The Hangover), de Todd Philips

MELHOR DIRETOR
James Cameron (Avatar)

MELHOR ATOR (DRAMA)
Jeff Bridges (Crazy heart)

MELHOR ATRIZ (DRAMA)
Sandra Bullock (The blind side)

MELHOR ATRIZ (COMÉDIA OU MUSICAL)
Meryl Streep (Julie & Julia)

MELHOR ATOR (MUSICAL OU COMÉDIA)
Robert Downey Jr. (Sherlock Holmes)

ATRIZ COADJUVANTE
Mo-Nique (Preciosa)

ATOR COADJUVANTE
Christopher Waltz (Bastardos inglórios)

MELHOR ROTEIRO
Amor sem escalas, de Jason Reitman, Sheldon Turner

FILME ESTRANGEIRO
A fita branca, de Michael Haneke (Alemanha)

ANIMAÇÃO
Up - Altas aventuras

CANÇÃO ORIGINAL
Crazy Heart: T-Bone Burnett, Ryan Bingham (The Weary Kind)

TRILHA SONORA ORIGINAL
Up - altas aventuras: Michael Giacchino

MELHOR ATOR EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Kevin Bacon, por Taking Chance

MELHOR ATRIZ EM MINISSÉRIE OU FILME PARA TV
Drew Barrymore, por Grey Gardens

MELHOR ATOR EM SÉRIE DE TV COMÉDIA OU MUSICAL
Alec Baldwin, por 30 Rock

MELHOR SÉRIE DE TV DRAMA
Mad Men

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE TV, MINISSÉRIE OU TELEFILME
Chlöe Sevigny, por Big Love

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE TV (comédia ou musical)
Toni Colette, por United States of Tara

MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE TV
John Lithgow, por Dexter

MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE TV (drama)
Julianna Margulies, por The Good Wife

MELHOR MINISSÉRIE OU FILME FEITO PARA A TV
Grey Gardens

MELHOR SÉRIE DE TV DE COMÉDIA OU MUSICAL
Glee

domingo, 17 de janeiro de 2010

MONTGOMERY CLIFT

Conheci na casa de uma amiga (Tacilda), o livro UM FILME É PARA SEMPRE de Ruy Castro e achei muito interessante, apesar de ter lido apenas alguns capítulos. Um sobre o ator Montgomery Clift (De repente no último verão) e sua alma atormentada com os problemas do alcoolismo e do homossexualismo que não podia assumir, apesar de toda a indústria cinematográfica saber. Em 18 anos de carreira fez 17 filmes todos muito significativos e escolhidos a dedo, já que ele não tinha contrato com nenhum grande estúdio como faziam os estúdios daquela época.


Em 1957, Montgomery sofreu um acidente de carro quando saia bêbado de uma festa. O acidente deixou seu rosto paralisado e diminuiu suas expressões, mesmo assim ainda fez 09 filmes depois disso. Ruy Castro diz que seria melhor se os fãs de James Dean cultuassem Montgomery, pois ele era muito mais rebelde, mais complicado e mais trágico.


Vale assistir todos os seus filmes:

1. Na Fronteira do Medo (1966) .... Prof. James Bower
2.
Freud (1962) .... Sigmund Freud
3.
Julgamento em Nuremberg (1961) .... Rudolph Petersen
4.
Os Desajustados (1961) .... Perce Howland
5.
Quando o Rio Se Enfurece (1960) .... Chuck Glover
6. De Repente, No Último Verão (1959) .... Dr. Cukrowicz
7.
Os deuses Vencidos (1958) .... Noah Ackerman
8.
Lonelyhearts (1958) .... Adam White
9.
A Árvore da Vida (1957) .... John Wickliff Shawnessy
10.
A Um Passo da Eternidade (1953) .... Pvt. Robert E. Lee Prewitt
11.
Quando a Mulher Erra (1953) .... Giovanni Doria
12.
A Tortura do Silêncio (1953) .... Fr. Michael William Logan
13.
Um Lugar Ao Sol (1951) .... George Eastman
14.
Ilusão Perdida (1950) .... Sgt. 1st Class Danny MacCullough
15. Tarde Demais (1949) .... Morris Townsend
16.
Rio Vermelho (1948) .... Matt Garth
17.
Anjos Marcados (1948) .... Ralph 'Steve' Stevenson






sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

XANADU (EUA, 1980) ***

Direção: Robert Greenwald. Com: Olivia Newton-John, Michael Beck e Gene Kelly. Musical, 93 min.

Os anos 80 começaram com tentativas nem sempre bem sucedidas de reavivar os musicais. Alan Parker lançou “Fama” no mesmo ano sobre uma turma de alunos de música, enquanto Olívia Newton-John tentava continuar com o sucesso que tinha conseguido em 1978 com “Grease – Nos tempos da brilhantina”, estrelando este Xanadu (lê-se Zanadu), que estranhamente foi fracasso nos Estados Unidos e sucesso aqui no Brasil. Olívia é cantora e isso explica seus papéis musicais no cinema. Chegou a casar-se com um dos bailarinos de Xanadu e tentou novamente o sucesso com outro filme com John Travolta, “Embalos a dois”, mas novamente não deu certo. Seus filmes são todos queridos por aqui e passavam incansavelmente na Sessão da tarde. Xanadu que agora completa 30 anos e merecia uma edição comemorativa em DVD, era exibido no Cinema em casa do SBT.

A musa da dança Kira (Olívia Newton-John) vem à Terra para ajudar um rapaz que é pintor de capas de disco (Michael Beck que não fez carreira) e um ator do cinema mudo apaixonado por música (Gene Kelly) a abrirem uma discoteca com o nome de Xanadu no auge da febre dos patins. O rapaz se apaixona sem saber que ela é uma musa e quando descobre, isso passa a ser um empecilho para o romance. E no meio dessa história, muita música, dança e claro, patins.

Gene Kelly, o mestre da dança e dos musicais dos anos 50, como “Cantando na chuva”, mostra extrema desenvoltura, já aos 68 anos quando dança com Olívia e mostra sua superioridade.

De todas as músicas da trilha sonora, a mais conhecida é a música título, cantada por Olívia no mento da inauguração da discoteca e que é querida por todos, mesmo por aqueles que nunca viram o filme.

Dizem que Xanadu originou o prêmio Framboesa de Ouro, dado aos piores do cinema, mas se assiste com prazer e saudosismo dos anos 80.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

ATRAVÉS DE UM ESPELHO (Suécia, 1961) ***½

Direção: Ingmar Bergman. Com: Harriet Andersson, Max Von Sydow, Gunnar Bjornstrand e Lars Passgard. Drama, 89 min.

Primeira parte da trilogia do “Silêncio de Deus” de Bergman, que prosseguiu com “Luz de inverno” (1963) e “O Silêncio” (1963). Apesar do diretor ter negado posteriormente a intenção de fazer um trilogia, é possível notar nos três filmes personagens buscando a existência de Deus.

“Através de um espelho” tem apenas quatro atores em cena com uma fotografia deslumbrante feita na própria ilha do diretor. Karin (Harriet Andersson) que sofre de problemas mentais incuráveis e degenerativos, recebe com seu marido a visita do pai, um escritor famoso que parece mais interessado em investigar a doença da filha para uma futura publicação e do irmão que sente a falta do pai, inclusive para conversar.

Karin entre os problemas mentais e uma cena incestuosa com o irmão tem o desejo que Deus apareça para ela e lhe explique o porquê das coisas acontecerem daquele modo. Quase nos momentos finais, uma porta se abre sozinha e temos a impressão que é Deus entrando por aquela porta, mas Karin explica que é apenas uma aranha que percorre seu corpo, querendo penetrá-la e depois passa por seu corpo e sobe pela parede, como se a aranha fosse Deus. Depois que Karin é levada por um helicóptero (afinal a verdadeira causadora da abertura da porta com a ventania que causou) para uma clínica psiquiátrica, seu pai e irmão comentam que o amor é a prova da existência de Deus, ou é o próprio Deus e que assim Karin estaria rodeada por Ele, já que todos a amam tanto.

Um filme belíssimo sobre o amor entre os membros de uma família e sobre a ânsia que todos temos de falar com Deus e ter uma prova de sua existência e o melhor de tudo: acessível a todos, ao contrário de outros filmes de Bergman.

Venceu o Oscar de melhor filme estrangeiro, mas nem por isso foi exibido em nossos cinemas, o que só aconteceu com a 3ª parte.

Não perca, tendo fé ou não.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

UM SHOW DE VERÃO X GAROTAS E SAMBA


Assisti semana passada a “Um show de verão” com Angélica e Luciano Huck, exibido na Sessão da Tarde e à chanchada “Garotas e samba” com Renata Fronzi, Sônia Mamede e Zé Trindade. Foi quando me dei conta que o filme da Angélica tenta imitar as velhas chanchadas da Atlântida, com a inclusão de números musicais de cantores famosos da época entre as falas dos atores.

Um show de verão e´ a história de uma moça (Angélica) que trabalha como atendente de telemarketing, mas parece ter talento como cantora, o que um produtor (Luciano Huck) tenta convencê-la. Os dois começaram o romance durante as filmagens. No meio dessa historinha boba são inseridos dezenas de números musicais como Lulu Santos, Capital Inicial, Jota Quest, Cidade Negra, Gabriel – O pensador, Detonautas, COM 22, Felipe Dylon e vários outros, todos cantando músicas feias e sem graça, inclusive as de Angélica. O filme foi dirigido por Moacyr Góes que é rápido nas filmagens e em poucos anos fez vários filmes, mas errou em muitas coisas, principalmente por inclui cenas de erotismo e alguma nudez num filme que seria endereçado às crianças e talvez por causa disso, tenha sido um fracasso de bilheteria e não é adequado para o horário da Sessão da tarde. O cinema não precisava de Um show de verão.


Garotas e Samba é a história de duas amigas do interior que sonham em fazer sucesso no rádio e vão morar em uma tradicional pensão para moças, controlada por uma puritana vivida pela saudosa Zezé Macedo, que é a melhor coisa do filme. A situação se complica quando uma delas se apaixona por um rapaz do rádio. O filme tem momentos engraçados como as peripécias de Zé Trindade para trair a esposa, o jeito espalhafatoso de Renata Fronzi que parece um homossexual no corpo de uma mulher e as vozes esganiçadas de Sônia Mamede e Berta Loran. Os números musicais intercalados com a história são de Joel de Almeida, César de Alencar, Nora Ney, Isaurinha Garcia e Francisco Carlos, nenhum deles muito famoso ou cantando algo que preste. O filme resulta longo com mais de 100 minutos de duração e com certeza não está entre as melhores chanchadas da Atlântida.


Parece uma heresia comparar “Um show de verão” às chanchadas que são um gênero querido pelo público que até hoje as revê no Canal Brasil, mas na realidade esses dois filmes são muito parecidos. Claro que no futuro ninguém terá saudades do filme de Angélica, ou dos filmes da Xuxa, como “Popstar” ou “Requebra” que usavam do mesmo artifício, como tem saudados das chanchadas que nos deram clássicos como “Nem Sansão, nem Dalila”, “O homem do Sputinik” e “A baronesa transviada”. Mas não vamos negar que a chanchada também produziu filmes chatos com histórias bobinhas e que às vezes eram usadas só para promover algum cantor da moda. Até naquela época para do público tinha um pouco de preconceito com o gênero e o achava menor se comparado aos filmes da Vera Cruz ou do Cinema Novo.

Já gostei de várias chanchadas e até de alguns filmes musicais da Xuxa, mas não foi o que aconteceu com os filmes analisados aqui.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O CANGACEIRO (Brasil, 1953) ****

Direção: Lima Barreto. Com: Alberto Ruschel, Marisa Prado, Milton Ribeiro, Vanja Orico, Adoniran Barbosa. Aventura, 94 min.

Vencedor do prêmio de melhor filme de aventura e Menção Especial pela música Muié Rendera no Festival de Cannes de 1953 e vários outros prêmios nacionais e internacionais, este foi o primeiro êxito internacional do cinema brasileiro, com diálogos da escritora Raquel de Queiroz (O Quinze), foi exibido no exterior como “The Bandit”, deu início ao ciclo do cangaço que duraria mais de duas décadas e fez tanto público que pagou duas vezes as dívidas de sua produtora Vera Cruz, que fecharia as portas no ano seguinte. Foi refilmado em 1997 com menos êxito.

O bando do capitão Galdino (Milton Ribeiro) espalha o terror pelas redondezas e com a intenção de pedir um alto resgate, rapta a bela professora Olívia (Marisa Prado) que acaba conquistando o amor de Teodoro (Alberto Ruschel) e causando a ira de Maria Clódia (Vanja Orico), mulher de Galdino e também apaixonada por Teodoro.

Muito mais que um filme de aventura para o público masculino sobre as desventuras de um bando de cangaceiros, “O cangaceiro” é no fundo um filme de amor. A história de Teodoro e Olívia é que move a trama, quando ele decide libertá-la, levando-a pelos campos até sua casa enquanto são perseguidos pelo bando de Galdino. Entre as várias paradas que fazem pelo caminho, deixam o amor desabrochar e percebem que não podem viver um sem o outro, mesmo sabendo que sua história parece fadada ao fracasso. É emocionante a cena final em que Teodoro é pego e Galdino concorda em deixá-lo andar normalmente e receber um tiro de cada um dos 23 cangaceiros e se nenhum desses tiros o acertar, ele estará livre.

Não vou negar que até há pouco tempo tinha um pouco de preconceito com o filme, mas qual não foi minha surpresa ao descobrir que é uma pérola imperdível do cinema brasileiro. Adorei!

sábado, 9 de janeiro de 2010

NIP/TUCK - 6ª temporada


Estreou nos Estados Unidos, a última temporada da polêmica série NIP/TUCK, exibida na tv por assinatura pela Fox e no SBT com o nome de ESTÉTICA e em versão dublada.

Nip/Tuck ficou famosa pelo realismo com que mostra as cirurgias plásticas feitas pelos médicos Sean McNamara (Dylan Walsh) e Christian Troy (Julian McMahon), em meio a ousadas cenas de nudez e sexo e temas polêmicos como transsexualismo, homossexualismo, lesbianismo e ao eterno culto à beleza.

Sean esté separado de Julia (Joely Richardson) e se envolve com uma enfermeira que guarda alguns segredos, Nikki (Rose McGowan de À prova de morte). Christian descobre que está curado do câncer e dá um jeite de se separar de Liz (Roma Maffia), com quem tinha se casado no final da temporada passado, mas ainda gosta de Kimber (Kelly Carlson). Matt (John Hensley) começa a se apresentar como mímico na praia, até se envolver com o mundo do roubo, sem imaginar do perigo que isso representa. Annie (Kelsey Lynn Batelaan) passa pelas dúvidas do início da adolescência, entra em depressão, como o próprio cabelo e tem a guarda pedida pela avó (Vanessa Redgrave que aparece em dois episódios depois de algumas temporadas afastada, ela é a mãe verdadeira de Jeoly Richardson).

Em meio aos dramas dos personagens principais, se misturam as histórias dos pacientes que dão nome aos episódios, como a mulher que quer se recuperar da cirurgia com sangue-sugas, o transsexual que quer reverter a cirurgia, a mulher gorda que sente-se bem assim e o casal que age como os bonecos Barbie e Ken.

Não perco um episódio. Uma pena que está acabando!

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (EUA, 1982) ****

BLADE RUNNER – O CAÇADOR DE ANDRÓIDES (Blade Runner). EUA, 1982, Direção: Ridley Scott. Com: Harrison Ford, Rutger Hauer, Sean Young, Daryl Hannah, Edward James Olmos, Joanna Cassidy e Brion James. 117 min.

Em 1982, o cineasta Ridley Scott dirigiu um de seus filmes mais famosos, o clássico da ficção científica, Blade Runner – O caçador de andróides. Todo o elenco ficou famoso: Harrison Ford (os 04 filmes da série Indiana Jones), Rutger Hauer (A morte pede carona), Sean Young (Duna), Daryl Hannah (Splash – Uma sereia em minha vida), Edward James Olmos (Amazônia em chamas).

O filme se passa na Los Angeles de 2019, quando a Tyrell Corporation criou andróides idênticos aos humanos, que são utilizados como escravos fora da Terra, na colonização de outros planetas. Após a revolta de uma equipe de combate, os andróides são declarados ilegais na Terra sob pena de morte. Então são designadas brigadas de policiais – os Blade Runner – para detectar esses andróides. Deckard (Harrison Ford) é um desses policiais encarregado de destruir seis desses andróides, mas acaba se apaixonando por uma delas.

O ser humano foi criado à imagem e semelhança de Deus, a exemplo do que acontece no filme, quando Eldon Tyrell, o dono da Tyrell Corporation atua como Deus na criação de outros seres. Humano é aquilo que é relacionado ou próprio do homem.

Os replicantes são escravos que servem apenas para colonizar outros planetas e apesar de serem semelhantes aos humanos, pertencem a uma classe inferior, por isso resolvem se rebelar. Os policiais são a classe alta e representam o bem, enquanto os replicantes são os pobres e escravos e representam o mal, como os meliantes da vida real que precisam ser afastados da sociedade ou até mesmo aqueles que incomodam por serem diferentes dos demais.

Blade Runner mostra uma realidade aterrorizante, de medo e desconfiança, onde os replicantes estão infiltrados entre os humanos e são detectados por meio de uma máquina. Chove quase o tempo inteiro naquelas belas paisagens meio futurísticas e ao mesmo tempo retrô.

Roy (Rutger Hauer) se revolta contra seu criador Tyrell e vai tirar satisfação quanto à finitude da vida dos replicantes, que vivem apenas quatro anos para não chegarem ao ponto de desenvolverem sentimentos, como acontece com Rachael (Sean Young). A conversa entre os dois representa um desejo de todo ser humano de poder conversar com Deus e questioná-lo sobre o porque da finitude de seus dias e pedir mais tempo, mas como Tyrell não atende à súplica de Roy, este mata seu criador depois de dar-lhe um beijo, o que lembra um pouco o beijo que Judas deu em Cristo antes de traí-lo.

Roy lembra Cristo quando enfia um prego em suas mãos, como na crucificação, pouco antes de salvar Deckard da morte no alto de um prédio. À beira da morte, Roy relembra os grandes momentos de sua vida, como se toda ela passasse pelos seus olhos e debaixo de uma chuva torrencial, diz que tudo vai se perder no tempo, como lágrimas na chuva. Isso representa o medo de todo ser humano de morrer e ser esquecido, de não ter feito tudo o que gostaria ou de ter feito tudo errado e ainda a dúvida sobre a vida eterna. Quando ele finalmente morre, uma pomba voa para o céu, como se representasse sua alma saindo de seu corpo e deixa a dúvida se os replicantes também possuem alma.

A inevitabilidade da morte é mostrada mais uma vez, quando Deckard lembra-se do que Roy disse sobre Rachael, quando os dois estão se preparando para fugir:
_ É uma pena que ela não vai viver. Mas quem vai?

Os replicantes vivem apenas quatro anos e sabem quando vão morrer, enquanto nós humanos vivemos muito mais tempo que isso, mas não sabemos quando será nosso fim, nem como.

Esse final mais pessimista está na versão do diretor de 1992, já que na primeira versão havia um final feliz exigido pelo estúdio, além da narração em off de Harrison Ford que não existe aqui.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

A FIGURA DE JESUS NO CINEMA


Desde o início do cinema, já foram feitos centenas de filmes sobre a vida ou especificamente a Paixão de Cristo, alguns mais outros menos fiéis aos evangelhos:

Cecil B. DeMille dirigiu em 1927, a primeira versão de “O rei dos Reis”, que foi refilmado em 1961 por Nicholas Ray.

Em 1965, George Stevens dirigiu “A maior história de todos os tempos” com Max Von Sydow.

Em 1973, Norman Jewison dirigiu a ópera rock “Jesus Cristo Superstar”, com um Cristo negro e música de Tim Rice e Andrew Lloyd Weber (Evita), que foi refilmado para a televisão em 2000, com menor êxito, além de “Godspell – A Esperança” de David Greene (1973) que também trazia elementos do movimento hippie.

Franco Zeffirelli orquestrou em 1976 uma versão completa para a TV com 371 minutos (que depois foram reduzidos para o lançamento em vídeo e dvd), que sempre é exibido pela Rede Record na época do Natal. Já a Rede Globo prefere exibir em qualquer feriado católico, o filme “Jesus” de 1999, com Jeremy Sisto no papel principal.

O polêmico “A paixão de Cristo” (2004) de Mel Gibson trazia extrema violência e crueldade, apesar de Cristo ter passado por tudo aquilo. O filme é falado em latim, aramaico e hebraico (as línguas originais daquela época) e tem James Caviezel como Cristo.

Até o cinema nacional arriscou algumas produções como:
“O menino arco-íris” de 1979 que conta a infância de Jesus e “Maria – Mãe do filho de Deus” de 2004, sob o comando do Padre Marcelo Rossi.

Além de vários outros filmes anteriores e posteriores a esses, como “A última tentação de Cristo” de Martin Scorsese e “Jesus de Montreal” de Dennys Arcand, que terão suas críticas publicadas aqui futuramente.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

MAIORES BILHETERIAS DO CINEMA NACIONAL EM 2009

Vamos torcer para que o ano de 2010 seja bom para os filmes nacionais, como foi 2009. A biografia do presidente Lula: LULA - O FILHO DO BRASIL fez 193.364 espectadores em seu fim de semana de estreia, enquanto a adaptação do livro de Pedro Bandeira XUXA EM O MISTÉRIO DE FEIURINHA em sua 2ª semana já completou 337.997 de público. Estes dois filmes têm fôlego para passar dos 2 milhões de espectadores com facilidade devido ao grande apelo junto ao público que têm o presidente e a rainha dos baixinhos. Mas tomara que sejam lançados muitos filmes como esse e que a bilheteria dos filmes nacionais de 2010 seja tão animadora quanto a de 2009.

Confira os números abaixo:

Se eu fosse você 2 - 6.076.277
A mulher invisível – 2.307.576
Os normais 2 – 2.162.202
Divã – 1.831.137
O menino da porteira - 680.000
Besouro - 479.046
Salve geral 291.931
Jean Charles – 257.404
O grito feliz 2 163.924
Verônica - 100.000
Tempos de paz - 77.947
Budapeste - 73.153
À deriva – 68.477
Simonal – Ninguém sabe - 63.324
Do começo ao fim - 67.316
Surf adventures 2 - 44.930
Fiel – O filme - 44.372
Embarque imediato - 32.793
É proibido fumar - 29.809
Alô, alô Terezinha - 10.937
Coração vagabundo - 10.280
Herbert de perto - 9.210
Loki – Arnaldo Batista - 8.861
Titãs - 7.775
A festa da menina morta - 3.595