quinta-feira, 30 de setembro de 2010

TONY CURTIS (1925 - 2010)



A atriz Jamie Lee Curtis anunciou hoje a morte de seu pai, TONY CURTIS, que faleceu à meia-noite em sua casa (em Nevada) de ataque cardíaco. O ator que participou do clássico "Quanto mais quente melhor" (1959) ao lado de Marilyn Monroe, tinha 85 anos e ainda atuava. Bonito e talentoso, foi um dos grandes astros do cinema nos anos 50 e 60. No total atuou em mais de 140 filmes, com destaque para "A embriaguez do sucesso" (1957) "Spartacus" (1960), mas teve sua carreira prejudicada pelo vício em drogas e álcool.

Roger Moore (007 - O espião que me amava) que atuou a seu lado na série de TV "The Persuaders" (década de 70), disse que ele era um ator maravilhoso e divertido e que vai sentir muito a sua falta. Com certeza o público também vai.
Com Jack Lemmon e Marilyn Monroe em "Quanto mais quente melhor"
Em "A embriaguez do sucesso"

Em "Spartacus"


quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PRIMAVERA


Enfim chegou a primavera. Agora as chuvas cairão, as flores nascerão e o amor surgirá, como já previa Tim Maia na música “Primavera (Vai chuva)”:

Quando o inverno chegar
Eu quero estar junto a ti
Pode o outono voltar
Que eu quero estar junto a ti (porque)

Eu (é primavera)
Te amo (é primavera)
Te amo (é primavera) meu amor
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Trago esta rosa (para te dar)
Meu amor...

Hoje o céu está tão lindo (vai chuva)
Hoje o céu está tão lindo (vai chuva)
(É primavera)



terça-feira, 28 de setembro de 2010

BRIGITTE BARDOT



A diva Brigitte Bardot completa hoje 76 anos. Nos anos 50 e 60 incendiou a imaginação dos homens depois do sucesso de “...E deus criou a mulher” (1956), dirigido pelo seu então marido Roger Vadim, que trazia cenas de nudez ousadas para a época. O casamento não durou muito, pois ela se apaixonou pelo ator Jean-Louis Trintignant, mas o romance não durou muito. Casou-se três vezes, mas nenhum desses casamentos foi feliz. Tentou o suicídio por três vezes e diz só ter encontrado a paz depois que abandonou o cinema e passou a se dedicar às causas ecológicas.

Em "...E Deus criou a mulher"

Em "O desprezo"


















Filmes de maior destaque:
Um gesto de amor (1953)
A noiva do comandante (1955)
...E Deus criou a mulher (1956) de Roger Vadim
Um diabo de saias (1956)
Uma parisiense (1957)
Ao cair da noite (1958)
Você quer dançar comigo? (1959)
Vida privada (1962)
O Desprezo (1963) de Jean-Luc Godard
Viva Maria! (1965)
As noviças (1970)
Se Don Juan fosse mulher (1973)
A vida alegre de Colinot (1973) – seu último filme.


Com Jane Birkin em "Se Don Juan fosse mulher"


Com Marcello Mastroianni em "Vida privada"

Em "Viva Maria!"

 





segunda-feira, 27 de setembro de 2010

DOIS ANOS SEM PAUL NEWMAN


Com 54 anos de carreira e dez indicações ao Oscar, o qual venceu em 1987, como ator coadjuvante em “A cor do dinheiro”, além de um prêmio honorário pela carreira, um ano antes, o grande ator Paul Newman foi derrotado pelo câncer de pulmão em 26 de setembro de 2008, aos 83 anos. Como herança deixou vários filmes que se tornaram clássicos.

Paul Leonard Newman nasceu em 26/01/25 em Shaker Heights, subúrbio de Cleveland (Ohio, EUA). Matriculou-se na Univerdade Yale, onde se formou em teatro e depois pelo consagrado Actors Studio. Seu desempenho na peça “Picnic” da Broadway lhe valeu um contrato com a MGM que o lançou no cinema em “O cálice sagrado” (1954), que era uma tentativa de promovê-lo como um novo Marlon Brando e foi um fracasso.


Paul Newman e Elizabeth Taylor em "Gata em teto de zinco quente"

O sucesso chegou com seu filme seguinte, “Marcado pela sarjeta” (1956) num papel que seria de James Dean e principalmente com “Gata em teto de zinco quente” (1958) onde interpreta o marido de Elizabeth Taylor, que evita ter relações sexuais com ela, num subtexto homossexual que era proibido pela censura da época. Com “O mercador de almas” (1958) recebeu o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes e sedimentou a imagem que o consagraria como o anti-herói rebelde e desajustado que ele viveu em “Um de nós morrerá”, (1958), “Desafio à corrupção” (1961), “O indomado” (1963), “Cortina rasgada” (1966) de Alfred Hithcock, “Hombre” (1967), “Rebeldia indomável” (1967), “Butch Cassidy” (1969) e “Golpe de mestre” (1973).

Robert Redford e Paul Newman em "Butch Cassidy"

Na segunda metade dos anos 70, suas aparições ficaram mais raras, quando se destacaram, “Inferno na torre” (1974), “Vale tudo” (1977), “Oeste selvagem” (1976), “Ausência de malícia” (1981), “A cor do dinheiro” (1986), “Blaze, o escândalo” (1989), “O início do fim” (1989), “O indomável – Assim é minha vida” (1994) e “Estrada para perdição” (2002). Seu último trabalho no cinema foi como dublador de um dos personagens de “Carros” (2006).


Em "Golpe de mestre"

Paul Newman e Sally Field em "Ausência de malícia"


Tom Cruise e Paul Newman em "A cor do dinheiro"
Jude Law, Tom Hanks e Paul Newman em "Estrada para perdição"

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

GENTE GRANDE (Estreia) **


Hoje estreia nos cinemas o último filme de Adam Sandler, “GENTE GRANDE”, cujo trailer (que apresenta as melhores piadas) vem sendo exibido nos cinemas há um bom tempo. Estreou nos Estados Unidos em junho/2010 e achei que estrearia aqui direto em DVD como alguns dos últimos filmes dele, mas como ele fez mais de $ 160 milhões nos cinemas de lá, resolveram estreá-lo nos cinemas daqui, onde Sandler ainda tem muitos fãs.

O enredo é sobre a velha história de um grupo de amigos que se reúne vários anos depois para sepultar um deles (no caso, um treinador que os levou a vencer um campeonato infantil 30 anos antes). É a variante da história de amigos (geralmente universitários, o que não é o caso) que se reúnem para acertar contas com o passado, já usado em filmes como “O reencontro”, mas na maioria das vezes como drama.

A turma de amigos de Sandler está toda lá: Rob Schneider (que participou de todos os filmes dele, como coadjuvante ou figurante), Kevin James (Eu os declaro marido... e Larry), Chris Rock (Zohan – O agente bom de corte), David Spade (Os esquenta-banco) e o acréscimo de Salma Hayec (que agora assina como Salma Hayec Pinault) e Maria Bello, vivendo as esposas.

A história parecia melhor no trailer. Depois do sepultamento do treinador, eles alugam uma chácara para passar o feriado de 4 de julho (independência dos Estados Unidos), mas nada de extraordinário acontece, já que não há propriamente uma história e sim uma colcha de retalhos de piadas (não muito engraçadas): o filho de um deles ainda mama no peito da mãe mesmo tendo 4 anos de idade; o outro gosta de mulheres mais velhas; a sogra de outro implica com todo mundo e ainda solta gases (claro que a escatologia não poderia faltar) e assim sucessivamente até quase a exaustão.

O personagem de Sandler ainda é o protagonista, apesar de dividir a tela com os quatro amigos, mas está mais sem graça ou sem inspiração que normalmente. Melhor sorte da próxima vez.


Download do filme Gente Grande


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

MEMÓRIAS (1980) ***

Charlotte Rampling e Woody Allen

Um dos filmes menos conhecidos e celebrados de Woody Allen. É uma homenagem ao filme “Oito e meio” de Fellini, do qual ele é fã, mas hoje em dia é mais lembrado como a estreia no cinema de Sharon Stone que aparece nos créditos finais como a “moça bonita no trem”, numa ponta sem falas tipo “piscou perdeu”, logo no início do filme, como a mulher que manda um beijo para o personagem de Allen.

É a história de um cineasta famoso que aceita participar de um pequeno festival de cinema, onde todos o reverenciam dizendo que viram todos os seus filmes, mas preferem a época em que estes eram mais engraçados. Isso era uma auto referência do próprio diretor que também começou dirigindo comédia e quando optou pelos dramas (a partir de Interiores) foi rejeitado pelo público. Nesse festival de cinema ele relembra fatos de sua vida e fica em dúvida entre duas mulheres, uma mais velha (Charlotte Rampling) que é esquizofrênica e depressiva e outra mais nova.

O personagem de Woody Allen é paranóico como todos os outros que ele interpretou e talvez como ele mesmo é. Não consegue entender o significado da vida (e quem consegue?), do porque de algumas pessoas serem más e nem consegue esquecer um vizinho que tinha uma doença incurável. Apesar de amargo e às vezes rancoroso, é um filme interessante, bem melhor que “Interiores”.

Há também homenagem ao Brasil quando o diretor está num restaurante com dois amigos, além canta “Brasil” de Ary Barroso (em inglês) e depois dois figurantes fazem elogios em português ao filme exibido, dizendo que ele é extraordinário e divino.

Direção: Woody Allen. Com: Woody Allen, Charlotte Rampling, Jéssica Harper, Tony Roberts, Daniel Stern, Amy Wright, Brent Spiner, Cynthia Gibb, Louise Lasser e Sharon Stone. 91 min. Em preto e branco.


Charlotte Rampling

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

KIRIKU E A FEITICEIRA (1998) ****


Um dos filmes mais indicados para se discutir o preconceito e a Consciência Negra, já que todos os personagens são negros, mas esse fato nem é comentado. As crianças adoram o filme, mas os adultos também podem se divertir bastante.

É a história de Kiriku, que já fala na barriga da mãe, nasce sozinho e pronto para enfrentar a feiticeira Karabá que “comeu” quase todos os homens da aldeia, acabou com a água da fonte e está sempre pronta para fazer maldades. Kiriku é pequeno, aparentemente indefeso, mas se revela mais inteligente e valente que todos os outros de sua aldeia ao enfrentar a feiticeira.

Kiriku é um personagem muito cativante. Curioso como toda criança e sempre procurando o porquê de cada coisa, para depois usar essas informações para o bem de todos.

A animação é bem precária se comparada aos desenhos animados atuais, mas isso não faz a mínima diferença. A história é tão interessante e singela que depois de um tempo esse detalhe é esquecido e a gente embarca por inteiro junto com Kiriku nessa sua batalha tipo “Davi contra Golias”. Melhor que muitos filmes da Disney e da Pixar. Descubra agora.

Em 2005 foi produzida uma continuação: Kiriku 2 - Os animais selvagens, que ainda não tive oportunidade de assitir.

Direção: Michel Ocelot. Animação, 74 min.


terça-feira, 21 de setembro de 2010

INTERIORES (1978) **

Diane Keaton, Mary Beth Hurt e Kristin Griffith em "Interiores"

A outra (1988) também é um filme dramático de Woody Allen, mas havia alguma esperança no final de tudo, o que não acontece em “Interiores”, onde os personagens são infelizes e devem ser sempre assim.

É a história de uma decoradora de interiores (daí o título do filme) vivida por Geraldine Page, que passa por uma separação, além de ser depressiva e suicida em potencial. Ela tem três filhas: Diane Keaton, que não gosta da irmã (Mary Beth Hurt) por ela ser a preferida do pai e cujo marido (Richard Jordan) acaba se interessando pela outra cunhada que é atriz (Kristin Griffith). Tudo se complica ainda mais, quando o pai decide se casar novamente (com Maureen Stapleton).

Este foi o primeiro drama assumido de Woody Allen, onde ele começou a homenagear seus diretores preferidos: Ingmar Bergman e Michelangelo Antonioni e é quase todo rodado em interiores, com exceção de algumas cenas na praia, incluindo a do clímax, mas tudo soa tão desesperançoso que não é muito indicado para um dia ensolarado ou para quem quer apenas um passatempo, pois aqui não há luz no final do túnel.

Curiosidades: o futuro diretor Joel Schumacher (Batman e Robin) é quem assina os figurinos; Geraldine Page e Maureen Stapleton foram indicadas aos Oscars de coadjuvantes; Woody Allen não faz parte do elenco.

Direção: Woody Allen. Com: Geraldine Page, Diane Keaton, Maureen Stapleton, Mary Beth Hurt, Kristin Griffith, Richard Jordan, E. G. Marshall, Sam Waterston. 92 min.



segunda-feira, 20 de setembro de 2010

12 ANOS DO CANAL BRASIL


Em 18 de setembro de 1998, às 20 horas entrou no ar o Canal Brasil, o primeiro canal de televisão totalmente dedicado à produção cinematográfica nacional. Ele nasceu como fruto de uma parceria entre a Globosat e o Grupo Consórcio Brasil, que reúne os cineastas Aníbal Massaini, Luiz Carlos Barreto, Marcos Altberg, Zelito Vianna e Roberto Farias.



O primeiro filme exibido foi “Sonho sem fim” (1986) de Lauro Escorel Filho que conta a história do diretor gaúcho Eduardo Abelim, um dos pioneiros do cinema nacional. Inicialmente o acervo do canal contava com 300 longas e 70 curtas-metragens e um investimento de R$ 4 milhões.




Uma das sessões de maior audiência (apesar do horário em que é exibida) e que existe desde a estreia é o “Como era gostoso o nosso cinema” que exibe apenas pornochanchadas. O primeiro filme exibido nessa sessão foi “A penúltima donzela” com a saudosa Adriana Prieto.


Além de exibir os filmes nacionais, o Canal Brasil ainda os recupera. Desde a estreia já foram exibidos mais de 1100 longas metragens e recuperados mais de 400 que não possuíam fita para exibição em TV, como era o caso de “Rio Fantasia” (1957) de Watson Macedo (que estava fora de circulação há mais de duas décadas) e “São Paulo S/A” (1965) de Luís Sérgio Person, que foram recuperados em 2001 e posteriormente “A dama da zona”, A reencarnação do sexo” e “O clube das infiéis”, recuperados em 2006. O processo de recuperação utilizado é o de telecinagem que consiste na transferência das imagens da película cinematográfica para o sistema beta de vídeo, depois de rastrearem os acervos em busca da película em melhores condições.



Walmor Chagas em "São Paulo S/A"

Em 2003, o canal passou por uma crise e correu o risco de fechar, mas passou por reformulações e conseguiu se recuperar, completando agora 12 anos.


Como já disse tantas vezes aqui, sou apaixonado pelo cinema nacional e vejo de tudo. Através do Canal Brasil, conheci filmes de todas as fases do cinema nacioanl, desde as chanchadas aos filmes de Mazzaropi (que não suportava), o cinema novo, o cinema marginal, as pornochanchadas, os filmes da retomada, os da Globo Filmes... num total de quase 500 filmes assistidos. Ultimamente não estou assinando o canal, mas sinto muita falta. Vida longa a ele!

sábado, 18 de setembro de 2010

MÚSICAS INESQUECÍVEIS DO CINEMA BRASILEIRO

Além dos filmes brasileiros, gosto também das músicas que são temas desses filmes. Separei algumas que considero inesquecíveis e não me canso de ouvir. Tomara que gostem.

1. EU TE AMO (Chico Buarque) - tema do filme "Eu te amo" (1981) de: Arnaldo Jabor. Com Sonia Braga e Paulo César Peréio.



2. O QUE SERÁ (À flor da pele) (Simone) - tema do filme "Dona Flor e seus dois maridos" (1976) de: Bruno Barreto. Com: Sonia Braga, José Wilker e Mauro Mendonça.



3. GABRIELA (Tom Jobim) - tema do filme "Gabriela" (1983) de Bruno Barreto. Com: Sonia Braga e Marcello Mastroianni.



4. A PRIMEIRA VEZ (Roberto Carlos) - tema do filme "Os sete gatinhos" (1980) de Neville D'Almeida. Com: Antonio Fagundes, Ana Maria Magalhães e Lima Duarte.



5. LUZ DO SOL (Caetano Veloso) - tema do filme "Índia - A filha do sol" (1982) de: Fábio Barreto. Com: Glória Pires e Nuno Leal Maia.



6. EU SEI QUE VOU TE AMAR (Tom Jobim)- tema do filme "Eu sei que vou te amar" (1986) de Arnaldo Jabor. Com: Fernanda Torres e Thales Pan Chacon.



7. AS SETE VAMPIRAS (Léo Jaime) - tema do filme "As sete vampiras" (1986) de Ivan Cardoso. Com: Lucélia Santos e Nicole Puzzi.



8. VAPOR BARATO (Zeca Baleiro e Gal Costa) - tema do filme "Terra estrangeira" (1995) de Walter Salles. Com: Fernanda Torres e Fernando Alves Pinto.



9. ESPERANDO NA JANELA (Gilberto Gil) - tema do filme "Eu tu eles" (2000" de Andrucha Wadington. Com: Regina Casé, Stenio Garcia, Lima Duarte e Luiz Carlos Vasconcelos.



10. É O AMOR (Maria Bethânia) - tema do filme "Dois filhos de Francisco" (2005) de Breno Silveira. Com: Angelo Antonio, Dira Paes e Márcio Kieling.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

O OVO DA SERPENTE (1978) **


David Carradine e Liv Ullman em "O ovo da serpente"

Adoro os filmes de Ingmar Bergman e vejo tudo que posso, mas me decepcionei com este “O ovo da serpente” que é com certeza, o pior filme dele. Feito na época em que ele estava exilado da Suécia por sonegar impostos e um projeto oferecido pelo discutível produtor Dino DiLaurentis, que se transformou nessa co-produção EUA/ Alemanha, falada em inglês e estrelada por David Carradine (em vez de Dustin Hoffman como o diretor queria) e por Liv Ullman, a musa de vários filmes de Bergman.

Só que o filme tem uma narrativa tortuosa, personagens difíceis de simpatizar e em alguns momentos muito chato. A história é sobre um homem que investiga o suicídio do irmão e acaba se envolvendo com a viúva deste, na Alemanha durante o ano de 1923. O título faz referência ao nazismo que seria como o ovo transparente de uma serpente, que todos viam se tratar de um monstro que estava prestes a nascer.

Tudo só faz sentido ao final, quando uma revelação chocante é feita. Basta ter paciência e esperar por essa revelação. O melhor é que Bergman retornaria à boa forma em seqüência com "Da vida das marionetes" (1980) e “Fanny e Alexander” (1982).

Ingmar Bergman

Direção: Ingmar Bergman. Com: David Carradine, Liv Ullman, Heinz Bennent, Gert Fröbe, Edith Heerdegen. Drama, 118 min.

Download do filme:
Parte 4

Tamanho do arquivo: 387, 69 MB
Duração do filme: 118 min.
Qualidade: Boa

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

O BESOURO VERDE (1966) ** ½


Van Willians e Bruce Lee em "O besouro verde"


Adoro os filmes de Bruce Lee e já vi vários dos que ele fez em seus 32 anos de vida, já que começou bem cedo com um ano de idade, numa ponta sem crédito no filme “Golden Gate Girl” (1941) e em vários outros na década seguinte em Hong Kong (todos inéditos por aqui) até participar de 3 episódios da clássica série “Batman – O homem morcego” e em seguida um papel fixo como o motorista Kato na série “O Besouro verde” que durou 26 episódios de 1966 a 1967.

Os produtores aproveitaram o sucesso dessa série e lançaram nos cinemas um longa-metragem contendo três episódios, mas sem muita conexão um com o outro, por isso fica claro que é parte da série e não um telefilme com os personagens ou mesmo o filme que lhe deu origem. O episódio mais interessante e mais engraçado é o segundo (que era um episódio duplo) e trata de pessoas que se disfarçam de extra-terrestres que querem explodir uma ogiva nuclear no planeta Terra e seqüestram a secretária de Britt Reid (Van Willians, que é na verdade o Besouro verde). Os dois outros episódios são menos interessantes, mas mesmo assim imperdíveis para quem quer conhecer o início do sucesso de Bruce Lee nos Estados Unidos, como o motorista Kato, que aparece na maioria das cenas, mas seu personagem quase não tem falas.


O sucesso mundial de Bruce Lee só aconteceria a partir de 1971 com “O dragão chinês” e três outros: “A fúria do dragão” (1972), “O vôo do dragão” (1972) e “Operação dragão” (1973). É claro que as distribuidoras nacionais faziam questão de incluir a palavra ‘dragão’ nos títulos dos filmes e ele ficou conhecido como o dragão chinês. Mas o sucesso mundial durou pouco, já que Bruce morreu em 1973, depois de desmaiar e de ter convulsões durante a dublagem do filme “Operação dragão”. Os médicos diagnosticaram edema cerebral e ele se transformou num mito. Nos anos seguintes, os produtores lançaram alguns filmes aproveitando cenas já filmadas por ele e complementando com cenas feitas por dublês, como "Bruce Lee no jogo da morte" e "O jogo da morte 2". Seu filho, Brandon Lee também teve uma morte prematura, durante a filmagem de uma cena do filme “O corvo” (1993), onde uma bala de verdade estava na arma usada no set.

Bruce Lee em "O jogo da morte" usando o uniforme homenageado por Quentin Tarantino em "Kill Bill"

Com Chuck Norris em cena de "O jogo da morte"



Brandon Lee, o filho de Bruce





terça-feira, 14 de setembro de 2010

A OUTRA (1988) ****


Woody Allen homenageia com este filme o diretor Ingmar Bergman e seu estilo psicológio de conduzir os personagens (repetindo a experiência de “Interiores” (1978) e “Setembro” (1987)). “A outra” é a história de uma escritora (Gena Rowlands) que aluga uma sala para escrever seu novo livro em paz e pela passagem de ar ouve as sessões de uma mulher grávida (Mia Farrow) com seu terapeuta e através dos questionamentos dessa outra mulher, passa a questionar sua própria vida, seu casamento e sua relação com os amigos e o próprio irmão.

O fotógrafo (Sven Nykvist) é o mesmo dos filmes de Bergman. O diretor não interpreta nenhum papel aqui, como faz habitualmente (apesar de que antes com maior frequência), deixando o brilho todo para a veterana Gena Rowlands, viúva do cineasta independente John Cassavetes e para Mia Farrow, que aparece pouco em cena, mas tem sua voz ouvida a maior parte do tempo e é o estopim que deflagra toda a história. Mia estava mesmo grávida de um filho de Woody Allen durante as filmagens.

É um filme curto (84 min.) e muito sensível, destinado aos fãs de Allen, de Bergman e de quem quer se questionar. Meu próximo passo? Assistir também “Interiores” e “Setembro”.

Direção: Woody Allen. Com: Gena Rowlands, Mia Farrow, Ian Holm, Blyte Danner, Gene Hackman, Martha Plimpton e Sandy Dennis.


sábado, 11 de setembro de 2010

IDAS E VINDAS DO AMOR (2010) ***

É impossível assistir a um filme cheio de “estrelas” como esse e não ficar tentando reconhecer a cada momento quem está aparecendo na tela e quem é o protagonista, o que não é o caso aqui, já que o elenco surge nos créditos em ordem alfabética para não denotar a importância de certo ator ou personagem, apesar de Ashton Kutcher ficar mais tempo em cena como o dono de uma floricultura.

A história se passa no dia dos namorados, que nos Estados Unidos é comemorado no dia 14 de fevereiro e não no dia 12 de junho como no Brasil, aliás por lá ele é chamado de Valentine Day, que é também o nome desse filme. Nesse dia todos costumam ficar mais românticos, inclusive os personagens que desfilam pela tela com suas histórias de amor, correspondidas ou não: Ashton Kutcher pede a namorada (Jessica Alba) em casamento; Jennifer Garner ama um homem (Patrick Dempsey), mas não imagina que ele é casado; uma mulher (Shirley MacLaine) tem uma revelação a fazer ao marido (Hector Elizondo) depois de meio século de casamento; um jogador de futebol guarda um segredo; um menino é apaixonado por uma mulher mais velha; Julia Roberts viaja de avião por 14 horas para ver o filho e no avião conhece Bradley Cooper (num papel corajoso); Jamie Foxx é um cronista esportivo que tem que se contentar com uma matéria de rua sobre o dia dos namorados e várias outras tramas de fundo romântico, quase todas satisfatórias.

É o 3º filme de Garry Marshall que Julia Roberts participa, começando com o grande sucesso de “Uma linda mulher” e depois do mediano “Noiva em fuga”. Hector Elizondo participou de quase todos os filmes dele. Garry sempre foi chegado em filmes românticos.

Talvez seja mais indicado às mulheres que se comovem com mais facilidade, mas os homens românticos também podem gostar.

Direção: Jessica Alba, Kathy Bates, Jessica Biel, Bradley Cooper, Eric Dane, Patrick Dempsey, Hector Elizondo, Jamie Foxx, Jennifer Garner, Topher Grace, Anne Hathaway, Ashton Kutcher, Queen Latifah, Taylor Lautner, Shirley MacLaine, Julia Roberts. Comédia (muito) romântica, 124 min.
 

Tamanho do arquivo: 983,81 MB
Duração do filme: 124 min.
Qualidade: Ótima

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

BATMAN - O HOMEM MORCEGO (1966) ***

Não vou negar que gosto de coisas bregas e ultrapassadas, tanto na música quanto no cinema, por isso gostei tanto desse “Batman – O homem morcego”, estrelado por Adam West, o protagonista da clássica série de TV dos anos 60 que durou de 1966 a 1968 e teve 120 episódios. Este foi o filme que deu origem à série.

Não tem nada a ver com os filmes feitos posteriormente por Tim Burton (Batman e Batman – O retorno), Joel Schumacher (Batman Eternamente e Batman e Robin) e Christopher Nolan (Batman Begins e Batman – O cavaleiro das trevas), que eram sérios e sombrios. Aqui tudo é tratado de uma forma descontraída e porque não, ridícula. Nos créditos iniciais um letreiro dedica o filme aos amantes, inclusive aos amantes do ridículo. Os efeitos especiais (como o filme todo) são uma piada.


Batman e Robin enfrentam seus maiores inimigos: o Pingüim, o Coringa, a Mulher-gato e o Charada (que aqui é chamado de Enigmista) e seus planos quase infalíveis de dominar o mundo, seqüestrando os nove maiores líderes do planeta e desidratando-os para ficar mais fácil de sequestrá-los. Mas a trama não tem muito sentido e é o que menos importa. O prazer de ver um Batman alegre e sem dramas pessoas é único, mas é claro que os fãs ardorosos do homem morcego não gostam muito dessa versão, pois transfigura a psicologia do personagem criado para os quadrinhos, mas os produtores fazem isso conscientemente com a única intenção de divertir.

Ficou famoso o boato de que Batman e Robin teriam um caso e esses indícios foram tirados dessa série de TV e dos telefimes com os atores Adam West (Batman) e Burt Ward (Robin). Na primeira missão da dupla, Robin preocupa-se com o parceiro e pede para ele tomar cuidado. Batman garante que vai se cuidar e promete retornar rapidamente, pouco antes de pular na boca de um tubarão de plástico. Depois Robin mostra-se claramente incomodado quando Batman se interessa por uma mulher. E no final o prazer que o menino prodígio sente quando Batman descobre que essa mulher era na verdade a Mulher-gato. Não sei se os dois tinham um caso, só sei que eles eram bem divertidos.

Download do filme:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

QUEM FOI ARY FERNANDES?

No dia 30 de agosto faleceu aos 79 anos o grande diretor Ary Fernandes, criador das telesséries “O vigilante rodoviário” e “Águias de fogo” que tiveram seus episódios restaurados e exibidos atualmente pelo Canal Brasil.

Ary nasceu em São Paulo em 1931, foi locutor, radioator e estreou no cinema em 1952, trabalhando nos estúdios da Maristela como assistente de produção em “O canto do mar” e “Mulher de verdade”, depois gerente de produção em “Mãos sangrentas” e “Leonora dos sete mares” (ambos de Carlos Hugo Christensen) e “Rosa dos ventos” (de Alex Viany).



Estreou na direção com a primeira série de filmes da TV Tupi, “O vigilante rodoviário”, dirigindo 23 episódios em 1961 e outros 14 episódios em 1962. Em 1967 cria nova série de filmes para a televisão, “Águias de fogo”, sobre os aviões da FAB, com 10 episódios em 1967 e 16 em 1968 e atuando como ator nos episódios. Com a junção/adaptação dos episódios da série “O vigilante rodoviário” realiza seus oito primeiros longas, exibidos de 1962 a 1969. Em seguida adapta para o cinema a série “Águias de fogo” sob os títulos de “Águias em patrulha” e “Sentinelas do espaço”.

Em 1969, convidado por Mazzaropi dirige fitas caipiras (Uma pistola para Djeca, Mágoas de boiadeiro, O jeca e o bode).

Em 1972 entra no “mundo” das pornochanchadas, produzindo “O anjo loiro” de Alfredo Sternheim e como executivo de “O leito da mulher amada” (Egydio Eccio), “Sedução ou qualquer coisa a respeito do amor” (Fauzi Mansur) e “Curral de mulheres” (Osvaldo de Oliveira) e dirigindo “O supermanso” (1974), “Quando as mulheres querem... e eles não” (1975), “Guerra é guerra” (1º episódio: Núpcias com futebol), “Sexo selvagem (1978), “Essas deliciosas mulheres” (1979), também exibido pelo Canal do Brasil, “Orgia das libertinas” (1980), “Cassino dos bacanais” (1981), “A fábrica de camisinhas” (1981), “As vigaristas do sexo” (1982), “Elas só transam no disco” (1983) e “Taras eróticas” (1983), seu último filme.