sábado, 30 de abril de 2011

MÚSICAS INESQUECÍVEIS DO CINEMA - PARTE 3



21. Ben E. King embalando as aventuras juvenis de Will Wheaton (quem?), River Phoenix, Kiefer Sutherland, Corey Feldman e Jerry O’Connell em Conta comigo.



22. Matthew Broderick se livrando as responsabilidades ao som de Twist and shout dos Batles em Curtindo a vida adoidado (1987).



23. Kevin Bacon dançando Footloose de Kenny Rogers no filme homônimo de 1988.





24. Julia Roberts e Richard Gere vivendo o romance dos sonhos em Uma linda mulher (1990) com trilha sonora de Roy Orbison (Oh! Pretty woman) e de Roxette (It must have been love).


25. A manjadíssima Unchained Melody do The Righteous Brothers em Ghost – Do outro lado da vida (1990) com Demi Moore e Patrick Swayze.


26. My girl do The temptation embalando o romance fadado à tragédia de Macaulay Culkin e Anna Chlumsky em Meu primeiro amor (1991).

27. Everything I do de Bryan Adams em Robin Hood – O príncipe dos ladrões (1991).

28. I will always I love you de Whitney Houston em O guarda-costas (1992), onde atuou ao lado de Kevin Costner.


29. Have you ever really loved a woman de Bryan Adams servindo de trilha para Johnny Depp em Don Juan de Marco (1994).


30. Madonna e Don’t cry for me Argentina em Evita (1997).


Continua...


sexta-feira, 29 de abril de 2011

AS MUSAS DO CINEMA NOVO - PARTE 2


ISABEL RIBEIRO - Considerada uma das mais brilhantes atrizes brasileiras. Nasceu em 1941 em São Paulo (SP). Tentou o suicídio aos 20 anos, quando ingeriu 60 comprimidos de tranqüilizante e depois desse acontecimento, virou atriz, estreando no ano seguinte na peça A bruxinha que era boa de Maria Clara Machado e no cinema em ABC do amor (1966). Seu papel mais famoso foi o de Madalena em São Bernardo (1972), mas atuou também em Os herdeiros (1969), Azyllo muito louco (1969), Os condenados (1973) e Feliz ano velho de 1987 (seu último filme) e nas novelas O rebu, Champagne, Sol de verão e Helena. Morreu em 1990 em decorrência de um câncer.



LUIZA MARANHÃO - Uma das primeiras estrelas do Cinema Novo. Atuou na televisão, nos shows de calouros e no teatro de revista até seu primeiro filme: Barravento (1960) de Glauber Rocha. Fez ainda A grande feira (1961), Assalto ao trem pagador (1962), Ganga Zumba (1963) e Garota de Ipanema (1967). Morou por um tempo na Itália, onde trabalhou como modelo e fez Faculdade de Letras e Filosofia. Retornou ao Brasil em 1977 e abandonou a carreira em 1980, quando atuou no filme Rio de Prata.


ODETE LARA - Nasceu em 1928. Sua mãe suicidou-se quando ela tinha seis anos e o pai quanto fez 18. Estreou ao lado de Mazaroppi em O gato de madame (1956) e depois fez Boca de ouro (1962), Noite vazia (1964), O dragão da maldade contra o santo guerreiro (1968), Os herdeiros (1969), Câncer (1972) e Quando o carnaval chegar (1972). Chamou a atenção também em Copacabana me engana (1969) e A rainha diaba (1974), suas melhores interpretações. Lançou sua autobiografia e abandonou a carreira em 1985, quando participou de Um filme 100% brasileiro. Ana Maria Magalhães dirigiu em 2002, sua cinebiografia: Lara, que foi muito criticada.


LEILA DINIZ – Iniciou carreira na televisão nas novelas de Glória Magadan e depois tornou-se musa dos brasileiros em “Todas as mulheres do mundo”, de Domingos de Oliveira. Participou ainda de Fome de amor (1968) e Azyllo muito louco (1970), ambos de Nelson Pereira dos Santos. Em seguida chocou os conservadores ao aparecer grávida de biquíni na praia e ao dar uma entrevista bombástica para o jornal “O Pasquim”, fato que prejudicou sua carreira. Morreu em 1972, aos 27 anos, quando o avião em que viajava, explodiu em Nova Delhi, onde fora divulgar o filme “Mãos Vazias” (1971) de Luiz Carlos Lacerda.


ANA MARIA MAGALHÃES - Estreou nos palcos em Quatro num quarto, dirigida por Zé Celso Martinez Correia e no cinema em Garota de Ipanema (1967). Em seguida atuou em Azyllo muito louco (1969), Como era gostoso o meu francês (1970), Mãos vazias (1971), Uirá – Um índio em busca de Deus (1972), Joana Francesa (1973) e Anchieta José do Brasil (1977). Estreou como diretora no episódio Final Call de Erotique (1995) e em seguida fez o filme sobre Odete Lara intitulado Lara (2002).



quinta-feira, 28 de abril de 2011

AS MUSAS DO CINEMA NOVO


O Cinema Novo foi o primeiro e quem sabe o único movimento de vanguarda intelectual do cinema brasileiro. O autêntico precursor do movimento foi Nelson Pereira dos Santos e seu filme Rio 40 graus (1956), apesar de Glauber Rocha ter ficado mais estigmatizado e lembrado como tal hoje em dia, já que foi o seu maior porta-voz.

Foram várias as atrizes que se destacaram nesse período, tornando-se musas:

 ANECY ROCHA - Anecyr de Andrade Rocha nasceu em 1942 e era irmã de Glauber Rocha. Estreou no cinema em Menino de Engenho (1965), que era produzido pelo irmão. Quase todos os seus filmes podem ser enquadrados no Cinema Novo, como A grande cidade (1965), Brasil ano 2000 (1968), Os herdeiros (1969), Na boca da noite (1970), O amuleto de Ogum (1974) e A lira do delírio (1977). Faleceu tragicamente em 1977, aos 35 anos quando caiu no foco do elevador do prédio em que morava. O elevador estava quebrado e o corredor mal iluminado.



GLAUCE ROCHA - Uma das mais importantes atrizes do cinema e do teatro brasileiros. Fez sua estreia no teatro em Dona Xepa (1953) de Pedro Bloch. No cinema participou de Rio 40 graus (1955), Os cafajestes (1962), Cinco vezes favela (1962), O beijo (1963), Terra em transe (1966), Jardim de guerra (1968), mas seu filme que eu mais gosto é Um homem sem importância (1971). Mantinha um ritmo de trabalho alucinante. Enquanto filmava Navalha na carne (1969), também fazia uma novela na Globo, além de teatro, então entrou no esquema das pílulas para dormir e acordar e morreu de infarto fulminante aos 38 anos (em 1971), mas por mais estranho que pareça, tinha dito que gostaria de morrer jovem.



ISABELLA - Também conhecida como Isabella Cerqueira Campos e mulher do cineasta Paulo César Saraceni. Estreou em Cinco vezes favela (1962) e participou ainda de O desafio (1965), Proezas de Satanás na vila do leva e traz (1967), O bravo guerreiro (1968), Lúcia McCartney – Uma garota de programa (1970), A lira do delírio (1977) e Lerfa Mu (1978), mas considerava A possuída dos mil demônios (1970) de Carlos Frederico (seu segundo marido), seu melhor filme. Faleceu há poucas semanas.



IRMA ALVAREZ - Nasceu na Argentina em 1933 e estreou no cinema de lá em 1950. Seu filme mais importante foi Porto das Caixas (1962), mas participou também de Terra em transe (1966), de Todas as mulheres do mundo (1966), de É Simonal (1970) e de várias novelas, como Pai Herói (1979) e Sétimo Sentido (1982). Faleceu em 2007, em decorrência de um câncer nos pulmões.



DINA SFAT – Estreou no teatro amador em Os fuzis da Senhora Carrar de Bertold Brecht, participando em seguida de dezenas de outras até sua estreia no cinema em Corpo Ardente (1965) de Walter Hugo Khouri, fazendo em seguida Edu coração de ouro (1967), Jardim de Guerra (1968), Macunaíma (1969), Os deuses e os mortos (1970) e O homem do pau-Brasil (1981). Estreou na TV na novela Ciúme (1966) ao lado de Cacilda Becker e em seguida fez O homem que deve morrer, Selva de Pedra, Fogo sobre terra e O astro, num total de 17 novelas, que ela atuava com grande prazer. Foi casada com o ator Paulo José e era mãe da atriz Bel Kutner. Morreu em 1989, em decorrência de um câncer diagnosticado três anos antes.


Continua...


quarta-feira, 27 de abril de 2011

O EVANGELHO SEGUNDO SÃO MATEUS


Apesar da forma transgressora com que encarava o sexo tanto em sua vida quanto em seus filmes, Píer Paolo Pasolini era católico e dirigiu no início de sua carreira, uma adaptação fiel da vida de Jesus baseada no Evangelho de São Mateus.

O elenco é formado totalmente por camponeses, muitos deles apáticos e inconvincentes em seus papéis. O filme começa com o anúncio de que Maria conceberá e dará a luz ao filho de Deus, passando pela rejeição inicial de José e a perseguição de Herodes. Essa primeira parte é mais rápida, ainda bem, pois é mais irregular, sendo formada por cenas ligeiras em que depois de mostrar algumas paisagens, os atores são focalizados e num repente dizem seus diálogos.


A segunda parte é bem mais longa, começando com Jesus aos 30 anos, quando Ele começou a pregar e vai até a sua crucificação, mas é também o melhor do filme. Pasolini inovou ao mostrar Jesus de cabelos curtos, ao contrário da maioria dos outros filmes sobre Sua vida, como Jesus de Nazaré e O rei dos reis. Todos os diálogos já são conhecidos de quem lê a Bíblia ou freqüenta alguma igreja, sem muitas novidades.

O evangelho segundo São Mateus não deixa de ser um filme longo com seus 131 minutos, contemplativo e muitas vezes cansativo, mas mesmo assim curioso por ser o único filme religioso de Pasolini, que depois faria Teorema (1968), sobre um homem que muda a vida de todas as pessoas de uma casa; a adaptação de clássicos eróticos da literatura mundial que deu origem à trilogia da vida: Decameron (1971), Os contos de Canterbury (1972 e As mil e uma noites (1973); além de seu último filme, o escatológico Salò ou os 120 dias de Sodoma.

Download de O evangelho segundo São Mateus


Terence Stamp em Teorema


Decameron

As 1001 Noites

Os Contos de Canterbury
Salò ou Os 120 dias de Sodoma

terça-feira, 26 de abril de 2011

MÚSICAS INESQUECÍVEIS DO CINEMA - PARTE 2



11. Elvis Presley cantando Jailhouse rock na prisão em O prisioneiro do rock (1957).




12. Simon and Garfunkel embalando o romance de Dustin Hoffman e Anne Bancroft em A primeira noite de um homem (1967) com Mrs. Robinson e The sound of silence.






13. Jennifer Beals dançando ao som de What a feeling de Irene Cara em Flashdance – Em ritmo de embalo (1983), que conta ainda com Lady, lady, lady de Joe Sposito e Maniac de Michael Sembello.


14. Gene Wilder e Kelly LeBrock ao som de I just called to say I love you de Steve Wonder em A dama de vermelho (1984).


15. Glory of love de Peter Cetera em Karatê Kid – A hora da verdade (1984) com Ralph Macchio e Pat Morita.


16. Tina Turner atuando e cantando We don’t need another hero em Mad Max além da cúpula do trovão (1985) com Mel Gibson.


17. Say you, say me de Lionel Ritchie em O sol da meia-noite (1985). Ganhou o Oscar de melhor canção.






18. Patrick Swayze ensinando Jennifer Grey a dançar em Dirty Dancing – Ritmo quente (1987) ao som de I’ve had (The time of my life) de Bill Medley e Jennifer Warnes (regravada há pouco pelo Black Eyed Peas). Patrick canta She’s like the wind.



19. Los Lobos cantando Donna na biografia de Richie Valens, La Bamba (1987) com Lou Diamond Philips.


20. A manjadíssima Take my breath away do grupo Berlin em Top Gun – Ases indomáveis (1987) com Tom Cruise e Kelly McGillis.


Continua...


domingo, 24 de abril de 2011

DA LITERATURA PARA AS NOVELAS - OS ANOS 60 - PARTE 2



A década de 60 foi uma das mais fecundas em adaptações de livros para a televisão. Além das já citadas, posso destacar:

A sombra de Rebecca (Globo,1967) de Gloria Magadan a partir de “Madame Butterfly” de Puccini e “Rebecca” de Daphne duMaurier, com Yoná Magalhães. Há que se destacar também o filme de Alfred Hitchcock, Rebecca - A mulher inesquecível (1940).

Angústia de amar (Tupi, 1967) de Dora Cavalcanti, do romance “O rosário” de Florence Barclay, com Aracy Balabanian e Eva Wilma.


O morro dos ventos uivantes (Excelsior, 1967) do romance homônimo de Emily Brontë, escrito por Lauro César Muniz, com Altair Lima.

A intrusa (Tupi, 1967) de Geraldo Vietri a partir de Willian Irish, com Dina Sfat e Hélio Souto. Essa trama serviu também como ponto de partida para “Plumas e paetês” de Cassiano Gabus Mendes.

Meu filho, minha vida (Tupi, 1967) de Walter George Durst, baseada no romance “O lorde negro” de Emile de Richelourg, com Aracy Balabanian e Vida Alves.


Os miseráveis (Band em sua estreia nas novelas, 1967) do original de Victor Hugo, escrita por Walter Negrão, com Leonardo Villar, Maria Isabel de Lizandra e Geraldo Del Rey.




Éramos seis (Tupi, 1967) da obra de Maria José Dupré, escrita por Póla Civelli, com Cleyde Yáconis. Depois adaptada por Silvio de Abreu e Rubens Ewald Filho na TV Tupi em 1977 com Nicette Bruno e em 1994 pelo SBT com Irene Ravache.



O tempo e o vento (Excelsior, 1967/ 1968) de Teixeira Filho, baseado na obra de Érico Veríssimo, com Carlos Zara e Geórgia Gomide. Depois adaptado como mini-série em 1985 por Doc Comparato com Tarcísio Meira e Glória Pires.

Sangue e areia (Globo, 1968) de Janete Clair, adaptado do romance de Blasco Ilbanez. Marcou a estreia de Tarcísio Meira e Gloria Menezes na Rede Globo.



Letícia Sabatela e Tarcísio Meira em A Muralha

A muralha (Excelsior, 1968/ 1969) de Ivani Ribeiro, a partir da obra de Dinah Silveira de Queiroz, com Mauro Mendonça e Fernanda Montenegro. Em 2000 foi adaptada como mini-série por Maria Adelaide Amaral e João Emanuel Carneiro, com Tarcísio Meira e novamente Mauro Mendonça.

A cabana do Pai Tomás (Globo, 1969/ 1970) de Hedy Maia, da obra de Harriet Brecher Stowe e passagens de “...E o vento levou” de Margareth Mitchell, com Sérgio Cardoso (pintado de negro, um absurdo) e Isaura Bruno.

Ruth de Souza e Sérgio Cardoso em A cabana do Pai Tomás

sexta-feira, 22 de abril de 2011

DISQUE BUTTERFIELD 8



Este filme deu o primeiro Oscar a Elizabeth Taylor, mais como prêmio por ela ter sobrevivido às filmagens de Cleópatra, onde quase morreu e foi salva por uma traqueotomia e também como perdão por ela ter roubado o marido de sua melhor amiga, Debbie Reynolds, Eddie Fischer. Depois as duas chegaram a ser amigas novamente e fizeram até um telefilme juntas.

O título pouco atrativo, refere-se a um serviço de recados usados por Gloria (Elizabeth Taylor), uma call girl, ou prostituta de luxo que decide mudar de vida quando se apaixona por um homem casado (Laurence Harvery) e é correspondida, mas como não é tão simples, a mulher dele aparece e dá por falta de um casaco de pele que está com Gloria, o que deflagra o clímax.

Apesar de ter ganho o Oscar por ele, Elizabeth Taylor detestava o filme, que fez para acabar de cumprir um contrato com a Metro-Goldwyn-Mayer e exigiu a participação do então marido dela, Eddie Fischer, que faz um amigo de infância que a consola nos momentos mais difíceis, mesmo desagradando a namorada que morre de ciúmes.




Adoro filmes com histórias melodramáticas e esse me agradou bastante. Apesar do casal protagonista se amar e de ele até se dispor a abandonar a esposa para ficar com Gloria, as coisas não dão certo e ele se deixa levar por fofocas de um ex-amante dele e diz palavras que a machucam profundamente, bem ao estilo dos anos 50 e 60. A história é baseada em livro de John O’Hara que até tem seu nome nos créditos iniciais acima do título do filme, apesar de não ser muito conhecido pelo público.




quarta-feira, 20 de abril de 2011

NORMA BENGELL



Fiquei meio chocado quando li uma matéria do jornal O Globo sobre Norma Bengell, dizendo que ela está em uma cadeira de rodas, depois de ter escorregado em um tapete e feito uma cirurgia na coluna. Como está desempregada, não tem dinheiro para pagar a empregada, as sessões de fisioterapia ou mesmo o aluguel da cadeira, que é de R$ 150,00. Seu último trabalho foi como a Daisy Coturno do seriado Toma lá, dá cá da Rede Globo e como o último episódio foi ao ar no final de 2009, imaginei que ela ainda estivesse contratada pela Rede Globo.


Nasceu Norma Aparecida Almeida Pinto Guimarães D’Áurea Bengell (ufa!) em 21 de fevereiro de 1935, no Rio de Janeiro (RJ). Começou a carreira artística como vedete dos shows de Carlos Machado e no cinema em O homem do Sputinik (1959), onde satirizava Brigitte Bardot. O sucesso aconteceu quando ela participou de O pagador de promessas (1962) de Anselmo Duarte que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e depois em Os cafajestes (1962) em que protagonizou o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, numa cena bastante longa e que deu o que falar.


Toda essa visibilidade a levou para o cinema italiano, onde protagonizou diversos filmes e se casou com Gabriele Tinti, com quem tinha atuado em Noite Vazia (1964). Lá trabalhou com cineastas como Latuada (O mafioso) e Mario Bava (O planeta dos vampiros). Quando voltou ao Brasil foi perseguida pelo Governo Militar, de quem aguarda receber uma indenização hoje em dia, bem como a sua aposentadoria.


Essa perseguição não fez com que ela parasse de atuar, muito pelo contrário. Participou entre outros de Edu coração de ouro (1968), Palácio dos Anjos (1970), Paixão na praia (1971), A casa assassinada (1971), Mar de rosas (1978), Eros, o deus do amor (1981), A idade da Terra (1981), Rio Babilônia (1983) e Tensão no Rio (1984).

Em 1988 estreou como diretora em Eternamente Pagu estrelado por Carla Camurati e em 1996 dirigiu O Guarani com Márcio Garcia. O filme foi um fracasso e no ano 2000, ela teve problemas com o Ministério da Cultura, que questionou o uso das verbas que ela recebeu para produzir O Guarani. Hoje está proibida de atuar como produtora devido a esse processo.

 


















Seus últimos filmes como atriz foram (por enquanto) o longa Vagas para moças de fino trato (1992) de Paulo Thiago e o curta Banquete (2002) de Marcelo Lafitte.

Norma planeja dirigir um média-metragem sobre o cartunista J. Carlos, que seria produzido Silvio Tendler. Tomara que consiga seu intento ou mesmo a chance de voltar a atuar.

terça-feira, 19 de abril de 2011

OS 70 ANOS DE ROBERTO CARLOS


Roberto Carlos completa hoje 70 anos de muito sucesso e algumas tristezas, como a morte de sua amada Maria Rita e há alguns dias de sua filha mais velha.

É o cantor brasileiro que teve mais discos vendidos no mundo, com mais de 200 milhões de cópias. A maioria de suas composições foram feitas em parceria com Erasmo Carlos.
Estrelou uma trilogia de filmes no final dos anos 60 e início dos 70, recheado de canções de sucesso:



Roberto Carlos em ritmo de aventura (1968)
Roberto Carlos e o diamante cor-de-rosa (1970)
Roberto Carlos a 300 km por hora (1972)

Além destes, participou ainda de: Aguenta o rojão (1958), Alegria de viver (1958), Minha sogra é da polícia (1958), Esse Rio que eu amo (1961), SSS contra a Jovem Guarda (1966), Som alucinante (1971), Saravá, Brasil dos mil espíritos (1974), Person (1997), Uma noite em 67 (2010).

 
Gosto de quase todas as suas músicas dos anos 60, 70 e 80 e várias delas fizeram parte da trilha sonora dos filmes nacionais. Uma das que eu mais gosto é A primeira vez, tema de Os sete gatinhos (1980) de Neville D’Almeida.





segunda-feira, 18 de abril de 2011

MÚSICAS INESQUECÍVEIS DO CINEMA



Além de cinema, gosto também de música, que não consigo ficar sem ouvir. O ideal é quando as duas coisas se unem e uma música fica tão marcada como tema de algum filme, que se torna inesquecível. Separei alguns que gosto bastante, de várias épocas do cinema:

Quem não se lembra de...

1. Judy Garland cantando Over the rainbow em O mágico de Oz (1939).




2. Gene Kelly Cantando na Chuva (1952): Singin in the rain.




3. Doris Day cantando Que sera sera em O homem que sabia demais (1959).





4. Sylvester Stallone lutando ao som de Eye of the tiger do grupo Survivor em Rocky – Um lutador (1976).




5. John Travolta e Olivia Newton-John descobrindo o amor nos anos 50, enquanto cantam You’re the one that I want em Grease – Nos tempos da brilhantina (1978).




6. Aquarius/Let the sunshine in cantada por Melba Moore (quem?) no filme Hair (1979).


7. John Travolta dançando nas noites de sábado, Stayin alive do Bee Gees em Os embalos de sábado à noite (1979).



8. Irene Cara cantando Fame em Fama (1980) de Alan Parker.


9. Olívia Newton-John cantando Xanadu no filme homônimo de 1980.




10. Diana Ross e Leonel Ritchie embalando o romance de Brooke Shields e Martin Hewitt (quem?) com Endless Love em Amor sem fim.




Continua...

sábado, 16 de abril de 2011

DEPOIS DE VOCÊ



Penso em você o tempo todo
O TEMPO TODO
Desde a hora em que acordo
Até quando vou dormir
Depois ainda sonho
A noite inteira.


Aguardei por você
Toda a minha vida
Agora você veio
E ocupou os espaços vazios
Todos os espaços.


Por que não apareceu antes?
Teria evitado tanto sofrimento
(tudo que sofri)
Tanto tempo perdido
(todo o tempo que perdi)


Fico meio desorientado
Pensando em você
Sonhando acordado
Voando sem sair do chão
Não consigo raciocinar direito
Isso não deve ser normal
Tenho medo de acordar
Ou de não dormir
De te procurar
E não encontrar.
Mas dessa vez não
Agora as coisas são diferentes
Você é diferente
E eu também me tornei outro
Depois de tudo
Depois de você.


Gilberto Carlos





quinta-feira, 14 de abril de 2011

O GABINETE DO DR. CALIGARI E O EXPRESSIONISMO ALEMÃO


Só depois que terminei de assistir O gabinete do Dr. Caligari é que me dei conta de que foi o filme mais antigo que já assisti, datando de 1919 e um dos precursores do expressionismo alemão.

É a história do maléfico Dr. Caligari (Werner Krauss) que hipnotiza um sonâmbulo (Conrad Veidt) para que ele assassine diversas pessoas, até que ele se rebela quando lhe é exigido que mate uma bela jovem. Mas as coisas não são tão simples quanto parecem, a história é contada em flashback e os segredos são revelados por um livro e um diário escrito pelo Dr. Caligari envolvendo um diretor de hospício que enlouqueceu e que também pode não ser o que parece.




O filme é mudo e em preto e branco, sem adição de trilha incidental. Às vezes chega a ser incômodo ouvir a própria respiração durante a exibição. As interpretações são teatrais e exageradas, bem como a maquiagem e os figurinos. Sombras são pintadas nas paredes e rostos, formas pontiagudas predominam em todos os cenários em todas os cenários que são claramente quadro surrealistas.

Um clássico do cinema reverenciado por várias gerações, que talvez não consiga atrair o público atual, ficando relegado aos verdadeiros amantes do cinema e aos intelectuais, mas deveria ser do conhecimento de todos, já que é bem curto (71 minutos) e empolgante em seu suspense, apesar da revelação final desagradar um pouco.


Cena de O Golem

Dois anos depois de perder a Primeira Guerra Mundial, a Alemanha voltou a ser notícia com o lançamento de O gabinete do Dr. Caligari que colocou o país no circuito internacional e provocou discussões a respeito das possibilidades do cinema. Surgiu com ele um movimento de cinema que ficou conhecido como o Expressionismo Alemão que por sua vez derivou do expressionismo, que estava ligado anteriormente a outras artes que não o cinema, ressaltando as experiências emocionais do artista sob formas excepcionalmente vigorosas, convidando o espectador a experimentar um contato direto com o sentimento gerador da obra.



Destacaram-se também os filmes O golem (1920) de Paul Wegener e Carl Boeser; Nosferatu: uma sinfonia de horror (1922) e Fantasma (1922) de F. W. Murnau; A morte cansada (1921) e Dr. Marbuse – O jogador de Fritz Lang; Genuine (1920) e Raskolnikow (1923) de Robert Wiene; Da aurora à meia-noite (1920) de Karl Heins Martins e O gabinete das figuras de cera (1924) de Paul Leni, mas o movimento não durou muito depois disso. Diretores alemães continuaram a fazer sucesso como Fritz Lang e seu Metropolis (1927), feito depois do declínio do expressionismo.