quinta-feira, 30 de junho de 2011

OS FILMES DE TERROR BRASILEIROS


O Brasil também fez muitos filmes de terror, primeiramente com José Mojica Marins (o Zé do Caixão) e seus A meia noite levarei a sua alma (1964) e Esta noite encarnarei no teu cadáver (1966), mas continuou no gênero em toda a sua carreira: Trilogia do terror (1967), O despertar da besta (1969), Finis hominis (1971), O exorcismo negro (1974), Delírios de um anormal (1978) e mais recentemente Encarnação do demônio (2008).




















Outro representante brasileiro é Ivan Cardoso que criou o “terrir”, os filmes que terror que fazem rir, como O segredo da múmia (1981), As sete vampiras (1986), O escorpião escarlate (1991) e Um lobisomem na Amazônia (2008) que nem chegou a ser lançado nos cinemas e só foi exibido em mostras de filmes de terror, como a que aconteceu em Goiânia.

Carlos Hugo Christensen teve uma carreira de mais de 50 anos nos cinemas argentino e brasileiro e dentre tantos filmes, dirigiu os assustadores Enigma para demônios (1974) e A mulher do desejo (1977), ambos protagonizados por José Mayer.



Fauzi Mansur começou dirigindo comédias, passou pelas pornochanchadas, pelos filmes de sexo explícito, onde dirigiu os pornô-terror A seita do sexo profano (1985), Enigma do medo (1986) e Ninfetas diabólicas (1986); e pelo terror puro em Festim macabro (1988), Atração satânica (1989) e Ritual macabro (1990).


Além de Seduzidas pelo demônio (1976), A reencarnação do sexo (1981) e dos menos conhecidos e nem tão assustadores assim, Excitação diabólica (1982), Shock – Diversão diabólica (1984), A hora do medo (1986), Arrepios (1987) e Mangue Negro (2008).


quarta-feira, 29 de junho de 2011

OS FILMES DE TERROR MODERNOS

Linda Blair em O Exorcista

No início dos anos 70, pensou-se que o cinema de terror não tinha mais nada a dizer, então William Friedkin adaptou o livro O exorcista de William Peter Blatty (1973), que tornou Linda Blair um dos maiores ícones do gênero, apesar de ela não ter conseguido se desvencilhar do papel. Estrelou a continuação, O exorcista II – O herege em 1977, mas não participou da parte 3, dirigida pelo autor do livro original, preferindo estrelar a paródia A repossuída ao lado de Leslie Nielsen (1990).


Jack Nicholson em O Iluminado

Em 1980, Stanley Kubrick assustou os fãs com o terror psicológico O iluminado, estrelado por uma Jack Nicholson ensandecido (como sempre) e baseado na obra de Stephen King, o autor mais conhecido do gênero, que também deu origem à Carrie, a estranha (1976), Christine, o carro assassino (1983), Colheita maldita (1984), O cemitério maldito (1989), Louca Obsessão (1990), Sonâmbulos (1992), A dança da morte (1994) e Eclipse total (1995).




















Nos anos 80, surgiram os filmes estrelados por (e feitos para) os adolescentes, conhecidos como slasher movies em que há sempre alguém matando jovens que teimam em se colocar em perigo, a partir de Sexta-feira 13 (1980) e depois em A hora do pesadelo (1984) que renderam incontáveis continuações, já que a morte do vilão no filme anterior não era garantia de que ele não retornaria no filme seguinte, então inventavam as desculpas mais estapafúrdias.

Cena de Um lobisomem americano em Londres
São considerados filmes de qualidade nessa época, A hora do espanto, Fome de viver, Nosferatu, o vampiro da noite, A hora dos mortos vivos, Um lobisomem americano em Londres, Poltergeist – O fenômeno, Eraserhead, Gremlins e a continuação de O massacre da Serra elétrica.

Nos anos 90, o mesmo Wes Craven, criador de A hora do pesadelo, revolucionou de novo com a série Pânico, que parodiava o gênero. O filme rendeu três continuações. Depois surgiu a paródia da paródia, Todo mundo em Pânico, que também foi piorando no decorrer dos capítulos subseqüentes. Pânico também deu origem a outros filmes que também fizeram sucesso entre os jovens, como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Prova final, A bruxa de Blair, Lenda Urbana e Vampiros de John Carpenter.

A partir do ano 2000, tudo começou a degringolar com os filmes de tortura pornô, chamados assim por mostrarem tudo, como fazem os filmes pornôs. Eles tentam ser tão explícitos no terror que incomodam e causam repulsa, pois mostram vísceras e membros decepados o tempo todo. Os estômagos mais fracos não conseguem acompanhar. O exemplar mais famoso é Jogos Mortais, que rendeu seis continuações, cada uma pior que a outra, além do também repugnante O albergue.




segunda-feira, 27 de junho de 2011

OS FILMES DE TERROR

Max Schreck em Nosferatu

O dicionário define o horror como uma intensa reação de repulsa e medo e o medo como um sentimento de inquietação ante a vivência de uma ameaça real ou imaginária. E é isso que move o público a ver os filmes de terror: a vontade de sentir medo ou repulsa, mas tendo a certeza de que aquilo não é real.

Cena de M, O Vampiro de Dusseldorf
Os primeiros monstros do cinema nasceram no expressionismo alemão em filmes que pareciam pesadelos, inclusive no fato de não fazerem muito sentido. Surgiram Homunculus, Cesar, Golem, Nosferatu, Mefistófeles, Orlac, os criminosos do museu de cera e M, o vampiro de Dusseldorf.

Boris Karloff em Frankenstein

Com o nazismo, o terror emigrou para os Estados Unidos já na década de 30. Nesse período destacou-se Frankenstein (1931) de James Whale, com Boris Karloff na famosa máscara de testa enorme e dois eletrodos no pescoço.

Antes disso, os vampiros assustaram muita gente, ainda no cinema mudo, com Nosferatu (1922) de F. W. Murnau, uma adaptação de Drácula de Bram Stoker, onde o príncipe das trevas era interpretado por Max Schreck, que fez tão bem seu papel que muitos acreditam até hoje que ele era mesmo um vampiro. A primeira versão mais fiel ao romance foi do americano Tod Browning (1931), com o húngaro Bela Lugosi. Em 1958, Christopher Lee assumiu o papel em O vampiro da noite, a melhor das versões produzidas pelo estúdio Hammer, onde Vincent Price também fez grande sucesso com O abominável Dr. Phibes e dezenas de outros personagens.


Bela Lugosi em Drácula
O fantasma da ópera também foi adaptado várias vezes, mas nenhuma tão fiel ao romance de Gaston Leroux como o filme estrelado por Lon Chaney em 1925. O mesmo Chaney também personificou O corcunda de Notre Darme de Victor Hugo. Os dois foram seus personagens mais famosos, ainda no cinema mudo.


Cena de A noite dos mortos vivos
A múmia também é um personagem muito marcante nos filmes de terror. As múmias mais famosas do cinema foram interpretadas por Boris Karloff em A múmia (1932) e Christopher Lee na refilmagem de 1959. Elas deram origem aos zumbis, que apareceram inicialmente em O gabinete do Dr. Caligari (1919), mas com mais clareza pelas mãos do diretor George A. Romero a partir de A noite dos mortos vivos (1968). Romero se especializou no gênero e dirigiu nos anos seguintes, Zombie - O despertar dos mortos (1979), Dia dos mortos (1985), Terra dos mortos (2005), Diário dos mortos (2007) e A ilha dos mortos (2009).

Mia Farrow em O bebê de Rosemay
Roman Polanski aterrorizou o mundo com O bebê de Rosemary (1968), onde uma mulher (Mia Farrow) acredita estar grávida do demônio. Depois o diretor fez todo mundo rir com A dança dos vampiros (1968).


Cena de A queda da Casa de Usher

O escritor Edgar Allan Poe fez muito sucesso com seus livros e posteriormente com as adaptações para o cinema de Coração delator (1928), Crimes na Rua Morgue (1932), O gato preto (1934), A queda da casa de Usher (1960), O poço e o pêndulo (1961), Enterro prematuro (1962), Muralhas do pavor (1962), O corvo (1963), O castelo assombrado (1963) e tantos outros.

Continua...

Christopher Lee em O vampiro da noite
Boris Karloff em A múmia

Lon Chaney em O Fantasma da ópera


Vincent Price em O abominável Dr. Phibes

Lon Chaney em O corcunda de Notre Dame


domingo, 26 de junho de 2011

GNOMEU E JULIETA



É incrível como as boas histórias sempre conseguem emocionar, mesmo que já tenham sido contadas inúmeras vezes. É o caso de Romeu e Julieta de William Shakespeare que já incontáveis adaptações para o cinema e ainda consegue prender a atenção do público. Agora é a vez de uma animação protagonizada por gnomos.
Gnomeu e Julieta são gnomos de jardim de duas casas vizinhas onde os donos são inimigos: os Montequiu e os Capuletto (famílias da história original), mas esses personagens mal aparecem e seus rostos não são mostrados, já que os protagonistas são os gnomos, também de famílias inimigas e separadas pela cor das roupas que usam: a família de Gnomeu veste azul e a de Julieta, vermelho. Os dois se conhecem e se apaixonam sem saber que são inimigos e que seu amor é impossível, como avisa o sapo fêmea amigo de Julieta (Nanette) que acha tudo muito romântico.

O filme é um quase musical com produção e trilha sonora de Elton John. Quando o casalzinho se apaixona é ao som de Hello Hello de Elton John e pasmem, Lady Gaga e depois a já famosa Don’t go breaking my heart. Em um momento de delírio de Nanette, Elton John toma a forma de um dos personagens, bem em seu estilo exagerado dos anos 70.
Como é de praxe nas animações atuais, todos os personagens são dublados por atores famosos. James McCavoy é Gnomeu, Emily Blunt, Julieta; o atual herói dos filmes de ação, Jason Statham é o vilão Teobaldo, além de Michael Caine, Maggie Smith, Patrick Stewart e até Dolly Parton e Ozzy Osbourne. Até Shakespeare aparece como uma estátua falante que rememora seus personagens e diz que adora finais trágicos.
Uma mistura de romance, comédia, musical e até ação que se torna imperdível já que promete agradar a todos os públicos.


sábado, 25 de junho de 2011

BILHETERIA DOS FILMES NACIONAIS LANÇADOS EM 2011 (Até 19/06/2011)

Cléo Pires e Dudu Azevedo em Qualquer gato vira-lata

Dia 19 de junho (domingo) comemorou-se o Dia do Cinema Brasileiro. Deixei a data passar, apesar de gostar tanto dos filmes nacionais. O ano de 2011 não se mostra tão bom quanto o ano passado que teve o lançamento de Tropa de Elite 2, mesmo assim ainda foram lançados De pernas pro ar, Bruna Surfistinha e Muita calma nessa hora que ultrapassaram a barreira de 1 milhão de espectadores e ainda há a promessa não cumprida de Qualquer gato vira-lata que já passou de 380 mil de público.

Lista completa dos filmes nacionais lançados em 2011:


De pernas pro ar  - 3.547.138

Bruna Surfistinha - 2.159.203

Muita calma nessa hora - 1.464.203

VIPs - 585.807

As mães de Chico Xavier - 510.717

Qualquer gato vira-lata - 384.609


Desenrola - 321.302

Aparecida – O milagre - 220.514

Brasil Animado 3D - 71.584

Lixo extraordinário - 49.186

Todo mundo tem problemas sexuais - 43.690

Bróder - 32.573

Lope - 29.260


Estamos juntos - 21.974

Malu de bicicleta - 17.675

Amor? - 13.365

Quebrando o tabu - 9.201

A antropóloga - 3.665

Marcha da vida - 3.516

Corpos celestes - 2.216

Bollywood dream - 1.570

O samba que mora em mim - 1.560

Mulatas! Um tufão nos quadris - 205

Duas mulheres - 147

quinta-feira, 23 de junho de 2011

OS CRISTOS DO CINEMA


Hoje é dia de Corpus Christi. A data foi instituída em 1264 e decretada pelo Papa Urbano IV.

Apesar da importância de Jesus Cristo, no cinema a maioria dos atores que interpretaram esse papel não conseguiram alcançar o sucesso ou sequer serem reconhecidos pelo público. Vamos a eles:

Alberto Pasqualini em A paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo (1916). Esse foi seu primeiro filme. Atuou até 1929, ano de sua morte.

H. B. Warner (Henry Byron Warner) em O rei dos reis (1927) de Cecil B. DeMille. Warner faleceu em 1958 aos 82 anos, mas nunca mais conseguiu bons papéis, apesar de ter feito pequenas participações em A felicidade não se compra e Os 10 mandamentos.


Jeffrey Hunter em O rei dos reis (1961) de Nicholas Ray. Hunter foi escolhido devido a sua vida pessoal sem manchas. Morreu em 1969 aos 47 anos, mas não conseguiu mais êxitos.


Enrique Irazoqui em O evangelho segundo São Mateus (1964) de Píer Paolo Pasolini. Fez apenas cinco filmes em toda a sua carreira, mas não era um ator profissional quando viveu Cristo.


Max Von Sydow em A maior história de todos os tempos (1965). Uma exceção. Von Sydow era um dos atores preferidos de Ingmar Bergman e continua com grande prestígio até hoje.


Robert Powell em Jesus de Nazaré (1976) de Franco Zeffirelli. Como este era um filme para a Tv, apesar de ter sido lançado nos cinemas, continua atuando nesse veículo até hoje.


Ted Neeley no musical Jesus Cristo Superstar (1973) de Norman Jewison. Abandonou a carreira em 1985.


Outra exceção foi Willen Dafoe em A última tentação de Cristo (1989) de Martin Scorsese. Dafoe teve carreira significativa no cinema, em filmes como Fome de viver (1983), Platoon (1986), Mississipi em chamas (1988), Nascido em 04 de julho (1989), O paciente inglês (1996) e Homem aranha (2002).
 


Jeremy Sisto em Jesus (2000) de Roger Young. Feito para a televisão e exibido sempre pela Rede Globo.

Luigi Baricelli em Maria – Mãe do filho de Deus (2003) de Moacyr Góes. Luigi tem papéis importantes na televisão, atualmente na novela Insensato coração da Globo.



James Caviezel em A paixão de Cristo (2004) de Mel Gibson. O filme fez muito sucesso, apesar das críticas de anti-semitismo e das loucuras do seu diretor, mas Caviezel não conseguiu deslanchar e seu filme mais conhecido foi Deja Vu (2006) com Denzel Washington. Muitas vezes assina como Jim Caviezel.
Glenn Carter na refilmagem feita para a Tv de Jesus Cristo Superstar (2006) de Nick Norris. Foi lançado em DVD, mas poucos sabem de sua existência.

“Milhões de pessoas que sonham com a imortalidade não sabem o que fazer numa tarde chuvosa de domingo.” (Susan Ertz)

quarta-feira, 22 de junho de 2011

WILZA CARLA (1938 - 2011)

 

Morreu na madrugada do domingo passado e foi sepultada ontem a atriz Wilza Carla, que estava internada no Hospital das Clínicas desde o dia 17. Ela tinha problemas de saúde, como diabetes e complicações cardíacas, agravados pela obesidade.

Wilza iniciou sua carreira no teatro de revista e participou de inúmeros desfiles carnavalescos. Estreou no cinema em Genival é de morte (1955) e participou de dezenas de filmes em seguida, em sua maioria comédias e pornochanchadas que exploravam seu tipo físico, como Mais ou menos virgem (1973), Ainda agarro esta vizinha (1974), Com as calças na mão (1975), Socorro! Eu não quero morrer virgem (1976), Será que ela agüenta? (1977), Seu Florindo e suas duas mulheres (1978) e Põe devagar... bem devagarinho (1983).

Nos anos 70, fez grande sucesso na novela Saramandaia (1976) como a Dona Redonda que explode no final da novela e em seguida como jurada dos programas de auditório de Silvio Santos e Raul Gil. Os problemas de saúde se agravaram e o ritmo de trabalho diminuiu até a mini-série O portador (1991), em que vivia uma traficante de sangue.

Em 1994 sofreu um AVC e ficou acamada desde então, aos cuidados da filha, Paola, mas sempre com o desejo de voltar a trabalhar, mesmo que fosse em uma cadeira de rodas, o que desabafou em uma entrevista para o TV Fama da Rede TV em 2006 e infelizmente não chegou a acontecer. Às vezes a vida é cruel.

terça-feira, 21 de junho de 2011

DOIS ANOS DE BLOG


O Blog Gilberto Cinema está completando hoje 02 anos de existência. Não me lembro exatamente porque tive a ideia de criar um blog, talvez incentivado por uma amiga da pós-graduação que tinha um e me disse que era muito boa a experiência, apesar de dar um trabalho imenso. Juntou-se a isso o meu amor pelo cinema e a vontade de ser crítico e como os blogs são gratuitos, não ia me custar nada.

Não vou negar que minha amiga estava certa: ter um blog dá mesmo muito trabalho, mas é viciante. É como um filho que temos e nos cobra atenção constante. Há a necessidade de alimentá-lo permanentemente com novas postagens, mas isso é muito bom, pois faz com que o cérebro fique trabalhando o tempo inteiro, buscando pautas para serem publicadas e ideias que possam ser interessantes para o publico leitor.

E graças a Deus eles estão aumentando cada vez mais. No aniversário de um ano, o blog estava com 16.000 visitas e agora que completa dois, já está com mais de 166.000, num aumento de mais de 930%. Uma pena o número de seguidores não ter aumentado na mesma proporção, mas os que me seguem são fieis, sempre visitam e comentam as postagens. Agradeço a Ligeia, Roderick Verden, Roberto, M., Luiz Santiago, Markito (in memorian), Kátia Cristina, Antonio Nahud, Maxx, David Veríssimo, os meninos do Cine Mosaico e tantos outros. Perdoem-me os que não foram citados, mas sintam-se agradecidos. Obrigado também a quem divulga o link do Gilberto Cinema em seus blogs. São muitos, é melhor não citar, pois posso esquecer de alguém. E tem aqueles que divulgam sem eu nem saber, o que é melhor ainda.

E vamos rumo ao 3º ano. Que o sucesso continue e que os leitores continuem comentado e criticando para que o blog possa sempre melhorar.


domingo, 19 de junho de 2011

OS FILMES DO FINAL DE SEMANA


Neste final de semana assisti a quatro filmes.

O GAROTO DO FUTURO

Estrelado por Michael J. Fox em 1985, o mesmo ano do primeiro De volta para o futuro, o que explica o título nacional desse filme que resolveu pegar carona no sucesso do outro filme de Fox, já que o título seria O lobisomem adolescente (Teen Wolf). Não é um filme de terror, apenas uma comédia adolescente em que o protagonista é apaixonado pela garota mais bonita da escola e não percebe que sua melhor amiga gosta dele. E no meio disso tudo ele descobre que é um lobisomem. O filme foge do convencional já que quando todos descobrem esse fato, não se assustam e ele vira ídolo da escola e do time de basquete. Uma diversão ligeira com a cara dos anos 80. Atualmente está sendo exibida pelo canal Sony Spin da TV por assinatura, uma série baseada no filme, com outro elenco (claro) e um enfoque mais sério, bem ao gosto dos fãs das série Crepúsculo. Não que Crepúsculo seja sério...



TROVÃO TROPICAL

Já tinha visto mais da metade desse filme no ano passado, ma não terminei por um problema no disco do DVD, agora consegui terminar depois que ele foi exibido na Tela Quente da Globo.

Só nos créditos finais é que me dei conta que a direção é de Ben Stiller, que também faz o protagonista, um ator de filmes de ação que está em decadência e tenta se reerguer com um filme de guerra, mas a situação se complica quando as locações explodem, o diretor morre depois de pisar em uma mina abandonada e ele e os amigos tem que se virar para escapar das mãos de contrabandistas.

Um filme metalingüístico que critica a futilidade dos atores e da indústria cinematográfica atual. É preciso ficar atento para perceber as referências do roteiro. Também estão no elenco Robert Downey Jr. (vivendo um negro), Jack Black, Matthew McConaughey e Tom Cruise, numa caracterização impagável de um chefão da indústria que fala palavrão o tempo todo e deve ganhar um filme solo. Stiller já tinha dirigido Caindo na real, com Winona Ryder e Zoolander que criticava os modelos e a indústria da moda.

 

O DIA EM QUE A TERRA PAROU

Refilmagem do clássico de ficção científica de 1951, adorado por várias gerações. O filme foi malhado pela crítica que não entendeu como uma idéia tão boa pode ter sido desperdiçada numa realização tão decepcionante.

Extraterrestres liderados por Keanu Reeves invadem a Terra para salvar nosso planeta do causador de todo o mal: o ser humano. O planeta merece sobreviver, nós não. Keanu Reeves já tem fama de canastrão e ainda aceitou esse papel apático que nada acrescenta à sua carreira e talvez seja um retrocesso. Jennifer Connelly já premiada com o Oscar, até que se salva como a cientista que tenta convencer o extraterrestre a não exterminar a raça humana, mas não há perdão para o chato do Jaden Smith (filho do Will Smith) que faz o enteado de Jennifer, um menino insuportável que não aceita a morte do pai e acaba denunciando Keanu para a polícia.

Não é empolgante, nem emocionante e mereceu o fracasso.



EM NOME DO REI

Estrelado por Jason Statham, o rei dos filmes de ação atualmente e produzido em 2006, quando seu nome ainda não estava tão “quente” em Hollywood.
Não vou negar que tenho um pouco de preconceito com os filmes medievais, mas esse é muito bom, tem ação do início ao fim e um elenco de grandes nomes (alguns em decadência, claro).

Jason Statham é um fazendeiro que todos chamam de Lavrador e tem que se juntar numa guerra contra os vilões, quando descobre que é filho do Rei (Burt Reynolds), traído pelo sobrinho (Matthew Lillard) e por um duque (Ray Liotta). Há um toque sobrenatural nas cenas de ação e uma ajudinha dos cabos de força que erguem os atores, como se eles pudessem voar, mas isso não é mais novidade depois de O tigre e o dragão. Não é para se levar a sério, mas ideal para um domingo sem nada para fazer. O melhor deste final de semana.

Também estão no elenco John Rhys-Davies, Ron Perlman, Leelee Sobiesky, Claire Forlani e Kristanna Loken (O exterminador do futuro 3).

sexta-feira, 17 de junho de 2011

ESPOSA DE MENTIRINHA


Adam Sandler, Jennifer Aniston e Nicole Kidman se conheciam há vários anos, mas nunca haviam trabalhado juntos. A oportunidade apareceu com a comédia (claro!) Esposa de mentirinha.

Danny (Adam Sandler) foi traído pela noiva na véspera de seu casamento e a partir disso passa a fingir que é casado para conquistar as mulheres que encontra. Até que conhece Palmer (Broolin Decker) por quem se interessa de verdade, mas ela quer conhecer sua esposa, de quem ele diz estar se separando. Como essa esposa não existe, ele pede a Katherine (Jennifer Aniston), sua assessora/recepcionista na clínica de cirurgia plástica para interpretar o papel e as coisas vão se complicando quando as mentiras se acumulam e exigem cada vez mais malabarismos para serem contornadas. Uma verdade seria muito mais simples, mas aí o filme não existiria.

E onde entra Nicole Kidman nessa história? Ela é uma ex-colega (nem por isso amiga) de Katherine, que ela encontra num hotel do Hawaii, onde a maior parte do filme se passa. Nicole se despe de toda a sua pose de vencedora do Oscar e atua com muita desenvoltura em todas as cenas, inclusive num concurso de hula (dança havaiana) que trava com Katherine, aqui com a ajuda de uma dublê.




Fiquei decepcionado com o penúltimo filme de Adam Sandler, Gente grande, que é uma comédia sem graça, feita como mera desculpa para ele e seus amigos se divertirem. Aqui eles não atuam (ainda bem) nem em participações especiais, já que são os maiores provocadores das piadas escatológicas. Não que elas não estejam presentes, estão sim, mas em menor número, como uma cena constrangedora com uma ovelha e outra em um vaso sanitário que é melhor nem descrever. Mas no balanço geral faz rir por várias vezes e no fundo é uma comédia romântica, já que Danny e Katherine descobrem o afeto que sentem um pelo outro durante todo aquele imbrólio. São quase duas horas de uma mentira que até parece verdade.