quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

CAMPANHA DE INCENTIVO À LEITURA



Recebi do amigo Léo, do blog Bússola do Terror, o selo Campanha de Incentivo à Leitura.

Os convidados a participar da campanha devem:
1.     Indicar quantos livros quiser, sobre qualquer assunto.
2.     Indicar outros 10 blogs para participarem da campanha.

Como não poderia ser diferente, os livros destacados por mim são sobre cinema. Há poucos dias publiquei aqui uma postagem sobre minha coleção de livros e qualquer um deles seria uma boa opção de leitura para os cinéfilos.


Cinema brasileiro no século 21 de Franthiesco Ballerini.
Traz reflexões de cineastas, produtores, distribuidores, exibidores, artistas, críticos e legisladores sobre o rumo da cinematografia nacional, além de planilhas indispensáveis sobre os filmes brasileiros de todos os tempos que obtiveram mais de 500 mil espectadores e a bilheteria de todos os filmes lançados de 2000 a 2010.


Almanaque da música pop no cinema de Rodrigo Rodrigues.
Histórias e curiosidades das trilhas sonoras dos filmes que marcaram gerações. Para ler e depois comprar os CDs, ou baixar as músicas na internet.


Sexo, cinema e dois corpos fumegantes de Maurício Nunes.
Um guia para quem gosta de sexo e também de cinema, com um apanhado de filmes sobre essa temática e capítulos sugestivos, como seios, nudez frontal e sexo literário.

Os meus indicados são:
Janice Adja do Portal do Inferno
Guilherme Z do Acervo de Cinema
Renato Hemesat do Cine Freud
J. Bruno do Sublime Irrealidade
Renato Cinema do Cinema, a arte da emoção




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

OS VENCEDORES DO OSCAR 2013

Daniel Day-Lewis, Jennifer Lawrence, Anne Hathaway e Christoph Waltz

Argo de Ben Affleck saiu consagrado na festa do Oscar como melhor filme, contrariando a maioria que acreditava que o prêmio seria de Lincoln. Desde 1989, um filme que não teve seu diretor indicado, não vencia o prêmio. 

Lincoln que tinha recebido 12 indicações, acabou levando apenas dois prêmios, ator (Daniel Day-Lewis que sempre foi o favorito e é o único a vencer três vezes na categoria de melhor ator) e direção de arte.


Jennifer Lawrence também era favorita como melhor atriz e tropeçou no próprio vestido quando subia ao palco para receber a estatueta. O público aplaudiu de pé.

Christoph Waltz venceu os favoritos Tommy Lee Jones (Lincoln) e Robert DeNiro (O lado bom da vida) por Django livre. O austríaco que ganhou o mesmo prêmio há três anos por Bastardos inglórios, também de Quentin Tarantino, chamou o diretor de herói.


Anne Hattaway preferiu a linha emotiva ao receber o prêmio de melhor coadjuvante por Os miseráveis, dizendo que o sonho virou realidade, se referindo à uma das músicas que canta no filme I dreamed a dream. 

Houve um empate no prêmio de melhor edição de som. Foi apenas a quinta vez que isso aconteceu nos 85 anos da cerimônia. O prêmio dividido entre 007 - Operação Skyfall e A noite mais escura. Esse foi o único prêmio do filme de Kathryn Bigelow, que em certa época chegou a ser um dos favoritos.

A festa homenageou os musicais da década, com grande parte do elenco de Os miseráveis subindo ao palco. Shirley Bassey cantou Goldfinger em homenagem aos 50 anos do agente James Bond. Adele cantou a música de 007 - Operação Skyfall que lhe rendeu o prêmio de canção original.

Além do elenco de Os miseráveis, Jennifer Hudson e Catherine Zeta-Jones também se apresentaram. O filme Chicago também foi lembrado, quando Catherine, Richard Gere, Renne Zellweger e Queen Latifah entregaram dois prêmios.


A apresentação foi de Seth MacFarlane, o criador do personagem Ted, que se revelou, como era esperado: um chato. Um vídeo irônico no início da premiação contava com a participação de Willian Shatner lamentando pela festa não ser apresentada por Amy Poehler e Tina Fey, as apresentadoras do Globo de Ouro desse ano. 


Lista completa dos vencedores:
Filme: "Argo"
Direção: Ang Lee, por "As Aventuras de Pi"
Ator: Daniel Day-Lewis, "Lincoln"
Atriz: Jennifer Lawrence, "O Lado Bom da Vida"
Ator coadjuvante: Christoph Waltz, "Django Livre"
Atriz coadjuvante: Anne Hathaway, "Os Miseráveis"
Roteiro original: "Django Livre"
Roteiro adaptado: "Argo"
Animação: "Valente"
Filme estrangeiro: "Amor" (Áustria)
Trilha sonora: "As Aventuras de Pi"
Canção original: "Skyfall", de Adele, "007 - Operação Skyfall"
Fotografia: "As Aventuras de Pi"
Figurino: "Anna Karenina"
Documentário: "Searching for Sugar Man"
Curta de documentário: "Inocente"
Edição: "Argo"
Maquiagem: "Os Miseráveis"
Direção de arte: "Lincoln"
Curta de animação: "Paperman"
Curta-metragem: "Curfew"
Edição de som: empate entre "A Hora Mais Escura" e "007 - Operação Skyfall"
Mixagem de som: "Os Miseráveis"
Efeitos visuais: "As Aventuras de Pi"



sábado, 23 de fevereiro de 2013

A HISTÓRIA DO OSCAR



Foi Louis B. Mayer, o poderoso chefão da Metro-Goldwin-Mayer quem teve a idéia de uma Academia de filmes. Em 11 de janeiro de 1927, ele e um grupo de 36 diretores e atores se encontraram no Hotel Ambassador, em Los Angeles, e decidiram criar a Academy of motion picture Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências do cinema). Em 19 de março, foi fundada uma organização sem fins lucrativos.

Nos seus primeiros anos, a Academia se considerava uma organização que representava os interesses  dos atores, diretores, roteiristas e produtores. A entrada na Academia sempre foi feita por convite “a qualquer pessoa que tenha realizado um trabalho importante, ou dado contribuição importante para diversos ramos da indústria, que tenha boa reputação moral e pessoal, através de votos da diretoria.” Em 1929 eram 270 sócios e em 1932 já passavam de 1200.

Clark Gable e Claudete Colbert em Aconteceu naquela noite

O primeiro filme a vencer o Oscar (1927 – 1928) foi Asas (da Paramount). E o primeiro a vencer nas cinco principais categorias foi Aconteceu naquela noite (1934), que venceu como melhor filme, diretor (Frank Capra), ator (Clark Gable), atriz (Claudete Colbert) e roteiro adaptado.  Isto só se repetiu duas outras vezes: em 1975, com Um estranho no ninho e em 1991,com O silêncio dos inocentes.

A Academia envia a seus associados um livreto com a listagem alfabética de todos os filmes que podem ser votados. São considerados filmes com mais de 30 minutos de duração, exibidos em 35 ou 70 mm, para público pagante, na área de Los Angeles, entre 1º de janeiro e a noite de 31 de dezembro do corrente ano, por um período mínimo de uma semana. Agora os associados podem votar até por e-mail.

Durante muitos anos, a festa de entrega do Oscar foi realizada numa segunda-feira, pois supunham que seria o dia de folga de muitos atores que trabalham em teatro. A partir de 21/03/1999, a festa foi transferida para o domingo, considerado o dia de maior audiência da Tv americana.

Bette Davis, uma das presidentes da Academia

Muitos já levaram a honra de ter apelidado o prêmio da Academia do Oscar. A lenda mais conhecida é a de que a bibliotecária Margareth Henrick, depois secretária executiva da Academia, quando chegou ao primeiro dia de trabalho, em 1931, olhou a estatueta e disse que a fazia lembrar de seu tio, mas Oscar na verdade era seu primo em segundo grau e não tio. Outra versão mais irônica conta que teria sido Bette Davis que foi presidente da Academia, a criadora do apelido, porque a fazia lembrar de seu marido na época, Harmon Oscar Nelson (a versão mais famosa diz que a fazia lembrar o traseiro de seu marido.

A primeira vez que o nome Oscar apareceu na imprensa, foi na coluna do jornalisita Sidney Skolsky, em 1934, referindo-se à vitória de Katharine Hepburn, mas a Academia só começou a usar oficialmente o apelido depois de 1939.

O tapete vermelho é um dos mais tradicionais da festa

A estatueta foi desenhada pelo diretor de arte da MGM, Cedrick Gibbon e esculpida por George Stanley. Ela pesa 3,9 kg e tem 34 cm de altura. Banhada em outro, é composta de 92,5% de latão e 7,5% de cobre. Para fazer uma estatueta são necessárias 12 pessoas e um trabalho de 20 horas. Até 2003 foram entregues 2.455 estatuetas.

Vamos ver quais os vencedores desse ano. A festa acontece amanhã à noite e será transmitida pelo TNT e pela Globo, depois que o famigerado Big Brother acabar.

Fonte de consulta:
O Oscar e eu de Rubens Ewald Filho


quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

HELENA RAMOS



O Canal Brasil produziu um curta-metragem sobre a rainha da pornochanchada, Helena Ramos, dirigido por Paula Mercedes.

O filme tem 23 minutos de duração e traz cenas de vários de seus filmes, como: "As cangaceiras eróticas (sua estreia em 1974), O clube das infiéis (1975), Kung Fu contra as bonecas (1976), O bem dotado - O homem de Itu (1977), Iracema - A virgem dos lábios de mel (1979), Mulher, mulher (1979), A mulher sensual (1981), Crazy - Um dia muito louco (1981), O seqüestro (1981) e seu filme de maior sucesso, além de mais elogiado, Mulher Objeto (1981).

Essa paulista de 56 anos participou de 41 filmes e 3 novelas. Sua carreira no cinema durou 10 anos (de 1974 a 1984), sendo seu último filme, Volúpia de mulher. Seus filmes sempre foram marcados pela sensualidade, com cenas de nudez e sexo (simulado), onde obteve grande sucesso, sendo das atrizes mais conhecidas daquele período até hoje. Abandonou a carreira quando o cinema pornográfico invadiu o Brasil e como ela (e tantas outras atrizes) recusou se sujeitar a esses filmes, preferiu se afastar, mudou para os Estados Unidos com a filha e fez cursos de Artes plásticas e Fotografia.


O Canal Brasil é o grande responsável pela redescoberta de Helena Ramos, através da sessão "Como era gostoso o nosso cinema", exibida durante as madrugadas, onde quase todos os seus filmes foram mostrados.

Já tinha visto depoimentos dela em outro documentário do Canal: "Foi bom pra você, benzinho?" da jornalista Simone Zucolloto, que trazia também depoimentos de outros astros e estrelas daquela época, como David Cardoso, Carlo Mossy e Rossana Ghessa.

Sou fã confesso de Helena Ramos, já vi 25 de seus filmes (por enquanto) e adorei esse documentário. Uma pena ser tão curto! 



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

NENHUM A MENOS



Direção: Zhang Yimou. Com: Wei Minzhi, Zhan Huike, Tian Zhenda, Goo Enman. 106 min.

Em 1999, o diretor chinês Zhan Yimou (O sorgo vermelho, Lanternas vermelhas e O caminho para casa) fez esse sensível filme sobre Wei, uma menina de 13 anos que vai trabalhar como professora substituta em uma escola de uma comunidade rural. A evasão escola é preocupante na China, onde um milhão de crianças deixam de estudar todos os anos, então o professor interino que tem que viajar para visitar sua mãe que está morrendo, promete a Wei um acréscimo em seu pagamento caso ela não deixe ninguém desistir.

De início, Wei se mostra retraída e pouco interessada no aprendizado dos alunos e sua dedicação parece ser só interesse pelo pagamento extra. Mas essa impressão desaparece com o desenrolar da história de Zhang, um menino que precisa trabalhar para pagar as contas da família. Wei faz de tudo para conseguir o dinheiro da passagem de ônibus até a cidade, convence as crianças a carregarem tijolos na olaria local, entra no ônibus sem pagar e depois decide continuar a viagem a pé e de carona.


A pobreza dos personagens é tocante, pois qualquer quantidade de dinheiro, por mais insignificante que seja, para eles é muito. A cena onde todos compartilham duas latinhas de Coca cola é emocionante, pois é algo que para eles é inacessível.

A determinação de Wei para encontrar Zhan na cidade grande, sem dinheiro nem para comer; a paciência para escrever os cartazes de “procura-se” e a espera incansável na porta da emissora para encontrar o diretor que pode lhe ajudar a lembrar a história de Davi e Golias, com Wei lutando contra a gigante cidade que com ela pouco se importa. A cena em que ela consegue finalmente falar na televisão e chorar pela volta de Zhang é de chorar junto com ela.

Nenhum a menos é um filme tão singelo e sensível que vai conquistando o espectador aos poucos e quando ele percebe está totalmente envolvido e torcendo por um final feliz para aquelas pessoas tão simples e ao mesmo tempo tão cheios de paciência, esperança e amor.

Alguns dos atores emprestam seus nomes verdadeiros aos personagens como Wei Minzhi e Zhang Huike, nesse filme que ganhou o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1999 e é baseado em fatos reais. (10,0)




sábado, 16 de fevereiro de 2013

ORQUÍDEA SELVAGEM



Direção: Zalman King. Com: Mickey Rourke, Jacqueline Bisset, Carré Otis, Assumpta Serna, Bruce Greenwood, Milton Gonçalves, Eduardo Conde e Carlinhos de Jesus. Suspense erótico, 112 min.

É até engraçado assistir aos filmes americanos cujo enredo se passa no Brasil. A visão que eles têm de nosso país é totalmente alienada, como se a capital fosse o Rio de Janeiro, com pitadas baianas, candomblé, samba, erotismo à flor da pele e como se nossa língua mãe fosse o “portunhol”. Eles nem se dão ao trabalho de contratar atores brasileiros ou que saibam pelo menos falar português sem sotaque. O único brasileiro com papel de destaque aqui é Milton Gonçalves que quase não abre a boca. Eduardo Conde e Carlinhos de Jesus são meros figurantes.

Orquídea selvagem é mais um desses filmes em que o Brasil não é o que nós somos e sim o que eles imaginam que somos. Emily (a modelo Carré Otis) é uma jovem advogada que vem ao Brasil concluir um negócio e se envolve com um homem misterioso (Mickey Rourke) que diz não poder ser tocado, então ele mesmo gostando dela, acaba a empurrando para outros homens, pois é voyer e também sente prazer nisso.


A história é bem fraquinha e o filme foi muito criticado apesar de ter feito sucesso por aqui, além de ter rendido duas continuações, a segunda delas é até interessante, com David Duchovny em início de carreia.

Mas este é daqueles filmes inevitáveis, que são tão comentados (por bem ou por mal) que não dá para não assistir. Mas tem um defeito: promete mais erotismo do que tem. O que predomina além de duas cenas discretas de sexo é o clima de desejo: da advogada por este país tão caliente, do homem que a ama, mas tem traumas de infância e de uma outra advogada (Jacqueline Bisset trabalhando para pagar suas contas) que também o ama. A cena mais forte de sexo acontece só no final entre os protagonistas, mas aí o filme está acabando e já decepcionou bastante.





quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

COLEÇÃO DE LIVROS SOBRE CINEMA



Além de filmes, também coleciono livros sobre cinema, que são minha paixão. Leio e consulto sempre que necessário:

Dicionário de filmes brasileiros – Longa metragem de Antonio Leão da Silva Neto. Meu livro preferido, pois como vejo muitos filmes brasileiros, ele é muito útil para consulta e confirmação de informações com outras fontes. São 4194 sinopses com comentários, bilheterias e datas de lançamento. Essa é a 2ª edição. Tenho também a primeira que foi lançada em 2002.


Dicionário de filmes brasileiros - Curta metragem de Antonio Leão da Silva Neto. Traz todos os curtas metragens produzidos no Brasil até 2009, num total de 22.000 filmes.

Astros e estrelas do Cinema Brasileiro de Antonio Leão da Silva Neto. Traz centenas de filmografias e biografias de atores brasileiros. Foi lançado em 1998. Posteriormente foi lançada uma nova edição que eu ainda não tenho.

Enciclopédia do Cinema Brasileiro. Orgs: Fernão Ramos e Luiz Felipe Miranda. Um calhamaço em capa dura com mais de 600 páginas e várias fotos de biografias e filmografias de atores, diretores, produtores, gêneros, estilos e épocas do nosso cinema.

O cinema brasileiro em cartaz de Fernando Pimenta. Reprodução de todos os cartazes feitos por Fernando Pimenta para os filmes brasileiros, com belíssimas fotos coloridas e alguns comentários do autor. Em capa dura.

Cinema da boca – Dicionário de diretores de Alfredo Sternheim. Traz a filmografia e a biografia (com ricas ilustrações) de todos os diretores que trabalharam na boca do lixo de São Paulo, sendo do cinema marginal, da pornochanchada ou do sexo explícito. Como sou apaixonado pelas pornochanchadas, consulto muito.

Dicionário de cineastas brasileiros de Luiz Felipe Miranda. Biografia e filmografia de todos os diretores brasileiros que lançaram filmes até 1990, quando o livro foi editado. As biografias são curtas mais ainda assim importantes, pois se pode encontrar diretores que não constam nem no livro de Alfredo Sternheim, nem no Dicionário de cineastas de Rubens Ewald Filho.


A personagem homossexual no cinema brasileiro de Antonio Moreno. Um levantamento de todos os filmes nacionais que trazem personagens homossexuais (femininos ou masculinos), estereotipados ou não e como isso pode ter influenciado na aceitação das minorias sexuais. Esse livro foi a dissertação de mestrado de Antonio Moreno no curso de Artes da Unicamp.

Boca do lixo – Cinema e classes populares de Nuno César Abreu. A história da pornochanchada em livro com declarações de vários atores como Helena Ramos, Matilde Mastrangi, David Cardoso e Patrícia Scalvi e diretores como Alfredo Sternheim, Carlos Reichenbach e Ozualdo Candeias. Um livro indispensável para quem gosta de pornochanchada. Pena que não há fotos.

David Cardoso – O rei da pornochanchada de Henrique Alberto de Medeiros Filho. Autobiografia de David Cardoso, contando tanto sua vida artística, quanto pessoal, além de uma declaração bombástica sobre Mazzaropi. Ricamente ilustrado.

Cinema brasileiro de O pagador de promessas a Central do Brasil, organizador Amir Labaki. Críticas e resenhas de vários jornalistas sobre os filmes brasileiros mais representativos de cada fase de 1962 a 1998.

Brasil Cinema 1975. Livro que era lançado anualmente pela Embrafilme com os filmes lançados naquele ano nos cinemas brasileiros com elenco, fotos e resumos até inconvenientes já que revelam até o final dos filmes.

Leila Diniz. Biografia da diva do cinema brasileiro lançada pela Editora Época. Fotos em preto e branco.

O guia da nudez no DVD nacional de Simone Sartori Specian. Momentos sensuais de 58 atores e 81 atrizes brasileiras em 63 filmes e minisséries.

Carlos Reichenbach – O cinema como razão de viver – Biogrfia do cineasta Reichenbach publicada pela Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, bem como os seguintes livros:
David Cardoso - Persistência e paixão por Alfredo Sternheim
Sílvio de Abreu – Um homem de sorte por Vilma Ledesma
John Herbert – Um gentleman no palco e na vida por Neusa Barbosa
Carla Camurati – Luz Natural por Carlos Alberto Mattos.
Reginaldo Faria – O solo de um inquieto por Wagner de Assis


Guias de DVD de Rubens Ewald Filho. Lançados em 2001, 2002, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008 e 2009. Todos os anos Rubens lançava o Guia com todos (ou quase todos) os filmes lançados em DVD no decorrer daquele ano ou do ano anterior, já que o guia não tinha data certa para ser lançado. Sou fã incondicional de Rubens e já comprava antes mesmo de ter o aparelho de DVD só para ler as críticas.

O Oscar e Eu de Rubens Ewald Filho. Um livro imprescindível para quem é fã da maior festa do cinema nas palavras de quem apresenta a festa pela televisão brasileira há quase 25 anos e entende tudo do assunto. Traz também uma lista com todos os vencedores até o ano de 2001.

70 anos de Oscar de Francisco Alves Pereira Filho. Anterior ao livro de Rubens Ewald Filho, traz curiosidades e os vencedores do Oscar até 1997.

Guias de vídeo e DVD de Alfredo Sternheim, 2001, 2002 e 2003 da Editora Nova Cultural. Uma obra muito importante por ser cumulativa. Os filmes dos anos anteriores eram acrescentados nas novas edições, o que facilita a consulta. Só eram colocados filmes de 3 estrelas para cima. Uma pena não ser mais publicado. Essas foram as três últimas edições.

Vídeo Guia 88 da Editora Nova Cultural com resumo e cotação de 3400 filmes lançados em vídeo até 1988, ano que o VHS já estava indo de vento em popa. Foi o 1º guia de vídeo do Brasil. Interessante por trazer filmes de todos os gêneros e cotações, incluindo os brasileiros.

Astros e estrelas e seus filmes em vídeo, também da editora Nova Cultural com 628 biografias de atores e atrizes e 2512 de seus filmes em vídeo. Não traz biografias de atores brasileiros, mas é muito importante para conhecer a vida e a carreira das estrelas do cinema americano. Pena que a edição é de 1990.

Os filmes de hoje na TV de Rubens Ewald Filho. Lançado em 1975, quando Rubens escrevia para um jornal sobre os filmes que passavam na TV. São mais de 3000 títulos com cotação e pequenos resumos, pequenos mesmo, já que o livro é bem fininho. Nem parece ser de Rubens Ewald Filho.

1000 que fizeram 100 anos de cinema (Publicação da Isto é/The times). Em comemoração aos 100 anos do cinema, a revista Isto é lançou este livro em capa dura e fotos coloridas da biografia das 1000 pessoas mais importantes na história do cinema.

300 filmes para ver antes de morrer. Um guia pop lançado pela Revista Época com 300 filmes indispensáveis, com resumo, ficha catalográfica, fotos e curiosidades.

1001 filmes para ver antes de morrer. Tradução da versão americana dos 1001 filmes escolhidos por vários críticos, que todo cinéfilo deve ver antes de morrer. Um panorama de toda a história do cinema, apesar de algumas omissões.

Dicionário de Cineastas de Rubens Ewald Filho. Biografia e filmografia dos principais cineastas do Brasil e do mundo. Lançado em 2002, mas parece que esse ano deve ser lançada uma nova edição revista e atualizada. Rubens é especialista em cinema, e este livro é muito completo.

O olhar pornô de Nuno – A representação do obsceno no cinema e no vídeo de Nuno César Abreu. Este livro aborda os mecanismos da produção da pornografia audiovisual desde a invenção do cinema até sua produção e consumo em videocassete. Lançado em 1996.


Além de Cinema brasileiro no século 21 de Franthiesco Ballerini;

101 filmes - Tesouros perdidos de Ricardo Matsumoto e Roberto Pujol.

Sexo, cinema e dois corpos fumegantes de Maurício Nunes.



Almanaque da música pop no cinema de Rodrigo Rodrigues.

Heath Ledger - O astro sombrio de Hollywood de Brian J. Robb.

Cine Arco-íris - 100 anos de cinema LGBT nas telas brasileiras de Stevan Lekitsch.


E doe medula óssea:

sábado, 9 de fevereiro de 2013

AS MARCHINHAS DE CARNAVAL


Infelizmente as marchinhas de carnaval não fazem tanto sucesso entre o público quanto antigamente. O Fantástico até que tenta emplacar novamente essa "moda", mas não consegue. Não se é porque somos pessoas tão diferentes das gerações passadas, ou se é por causa dos trios elétricos que tomaram conta do carnaval. 

O carnaval acabou se confundindo na maioria dos lugares, com uma festa qualquer. Na minha cidade, por exemplo, a festa acontece os cinco dias mas não difere em nada de um baile automotivo qualquer, onde as fantasiais foram abolidas e as adoráveis marchinhas não existem mais.


Mas quem não se lembra dessas marchinhas que ficaram tão conhecidas pelos filmes da Atlântida? Elas eram lançadas primeiramente nesses filmes, e todos os detalhes como figurinos, cenários e os trejeitos exagerados dos atores em poses burlescas, faziam crer que no Brasil era carnaval o ano inteiro.

Vamos relembrar as mais conhecidas:
Gosto muito de "A pipa do vovô não sobe mais", que era de duplo sentido e fazia o público rir do vovô que ficou impotente:
"A pipa do vovô não sobe mais
A pipa do vovô não sobe mais
Apesar de fazer muita força
O vovô foi passado pra trás."

Mamãe eu quero (Jararaca e Vicente Paiva, 1936) eternizada na voz da diva Carmem Miranda:
"Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar"


A singela, A jardineira (Benedito Lacerda-Humberto Porto, 1938):
"Ó jardineira porque estás tão triste
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia que caiu do galho
Deu dois suspiros e depois morreu."

Cachaça (Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953), uma das mais características pro evento, já que todo folia costuma beber até não se aguentar em pé:
"Você pensa que cachaça é água

Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique 
E água vem do ribeirão."




Cabeleira do Zezé (João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963), que insinuava a homossexualidade do personagem, só porque ele tinha o cabelo comprido:
"Olha a cabeleira do Zezé

Será que ele é?
Será que ele é?

Será que ele é bossa nova
Será que ele é Maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é"

Ô balancê (Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936), que eu fui conhecer vários anos depois, na voz de Gal Costa:
"Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê

Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê."


Me dá um dinheiro aí (Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959), muito comum na época da "quebradeira" ou mesmo da inflação:
"Ei, você aí! 
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!

Não vai dar? 
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!"

E "Abre alas" (Chiquinha Gonzaga, 1899), que parece ser a mais antiga delas:
"Ó abre alas que eu quero passar
Ó abre alas que eu quero passar
Eu sou da lira não posso negar
Eu sou da lira não posso negar."

Doe Medula Óssea:



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

AMOR DA MINHA VIDA

David Veríssimo



Com apenas um olhar você deixa meu corpo incendiado...

Com seus beijos me consome na mais alta chama do amor...

Seu corpo cheio de curvas perfeitas é o objetivo de todos os meus sonhos...

Seus olhos de cachorro triste tornam-se sua mais fiel prisioneira...

Queria que meu amor por você não passasse de cisma ou desejo de garota mimada, mas a realidade insiste em me decepcionar mostrando-me o que é real...

Eu te amo até pelas mentiras que você me conta, pelos sonhos que você me faz ter, pelas fantasias e juras de amor nos momentos de êxtase...

Seu poder sobre mim é tão grande, que um sorriso seu me proporciona o melhor dos paraísos, mas também é suficiente uma palavra sua para me jogar no mais profundo abismo...


Eu mentiria se dissesse que não carrego comigo a esperança de que um dia você consiga perceber que é o amor da minha vida e que através deste amor eu consiga transforma-lo no que um dia sonhei para você...

Antes de terminar minhas palavras, quero te dizer que você é único em cada momento que passamos juntos e a quem eu realmente me entreguei totalmente.

Eu poderia escrever todas as palavras dos dicionários de todas as línguas, mas isso seria perda de tempo, quando simples palavras podem dizer tudo... Eu te amo.


Doação de Medula Óssea...



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

MAMÃE É DEMAIS

Gilberto Carlos

Mamãe e eu


Hoje é o aniversário de mamãe e do alto de meus onze anos, resolvi escrever um texto pra ela.

Peguei a caneta e o caderno e me sentei num lugar bem calmo para que ninguém tirasse a minha concentração. Não adiantou. Fiquei horas e horas tentando e não consegui escrever nada que chegasse a seus pés, nada que tivesse tanto amor, carinho, dedicação, dignidade, compreensão, paciência e honestidade. Pois minha mãe é tudo isso e muito mais. Nem no livro mais extenso caberia todas as suas qualidades e seus atos de amor para comigo.

Admiro essa pessoa que levanta cedo todos os dias para cumprir suas repetitivas e cansativas tarefas domésticas, sem reclamar nunca. Se bem que de vez em quando ela reclama. E quem não reclamaria ao ver que seu trabalho não está sendo reconhecido?

Graças a Deus sou homem e não vou ser mãe, pois acho que não conseguiria ser como ela é: agüentar meu pai reclamando de tudo, arrumar a bagunça que eu faço pelo quarto, deixar a casa sempre em ordem e ainda arrumar um tempinho para assistir a novela na televisão. De tanto cansaço ela dorme no sofá e não vê quase nada. Não faz mal, no outro dia eu conto tudo o que aconteceu pra ela.

Ficou espanto ao lembrar de tantas coisas que ela abriu mão para que pudéssemos ter um momentinho de felicidade. Um dia ela deixou de assistir ao último capítulo de sua novela preferida para que papai e eu pudéssemos assistir a um jogo de futebol. Mamãe é mesmo demais!

Deus quando esculpiu as mães, usou de seu melhor barro e se demorou dias e dias no acabamento do coração, para que elas pudessem ser perfeitas.

No ano passado eu li uma poesia na festa das mães do colégio. Ela ficou tão emocionada que se debulhou em lágrimas, eu como não podia vê-la chorando, abri um berreiro e só parei quando ela disse que estava chorando de felicidade.

Sei que essa redação não saiu muito boa, mãe, afinal eu tenho apenas 10 anos. Mas quando eu crescer vou escrever um livro lindo falando só de você e de ninguém mais. E a senhora pode ter a certeza que não existe no mundo filho mais amoroso que eu e quando eu faço alguma travessura, me dói o coração só de pensar o quanto a senhora vai sofrer.

Deus não devia ter dado lágrimas para as mães. Elas não deviam chorar nunca. Mas já que elas podem chorar, os filhos deveriam fazer o possível para não serem os causadores do seu descontentamento.