terça-feira, 31 de março de 2015

CLÁUDIO MARZO


O ator Cláudio Marzo, de 74 anos, morreu no domingo passado (22/03) na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Segundo a assessoria da unidade, ele estava internado no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) com quadro de pneumonia desde o dia 4 de março.

Marzo tinha 25 anos quando recebeu o convite para trabalhar na TV Globo. Ele morava em São Paulo e fazia parte do Grupo Oficina. Ele ainda atuava como dublador da série americana “Mr. Novac”. Foi quando se mudou para o Rio e assinou contrato. Ele fez parte do primeiro grupo de atores contratados pela Globo, inaugurada em 26 de abril de 1965 e foi escalado para a segunda novela da emissora no horário das 19h. Era “A Moreninha”, de Graça Mello, com 35 capítulos.

O ator participou de várias novelas nos anos 1960, sendo "Véu de Noiva" um de seus momentos mais marcantes. Ele atuou ao lado de Regina Duarte, na trama de Janete Clair. A parceria deu tão certo que a dupla voltou a fazer par romântico em Irmãos Coragem (1970), Minha doce namorada (1971) e Carinhoso (1973)



Na década seguinte, participou de produções que marcariam a carreira. Em "Brilhante", novela de Gilberto Braga exibida em 1981, interpretou o motorista Carlos, que vivia romance com a patroa, Chica Newman, interpretada por Fernanda Montenegro.





Marzo também participou de duas novelas na extinta TV Manchete. Ele esteve em "Kananga do Japão", de Wilson Aguiar Filho, em 1989; e "Pantanal", de Benedito Ruy Barbosa, no ano seguinte.

De volta à Globo em 1993, atuou em "Fera Ferida", de Aguinaldo Silva. Dois anos depois, foi convidado para participar do remake de "Irmãos Coragem". Em 2007, na Globo, atuou na novela "Desejo Proibido", e na minissérie "Amazônia – De Galvez a Chico Mendes". O último trabalho na Globo foi no seriado "Guerra e Paz", em 2008.

A carreira de Marzo também inclui vários trabalhos no cinema, cm destaque para Nunca fomos tão felizes (1984) e O homem nu (1997), mas ele fez vários outros. Foram 35 longas-metragens. Os filmes marcados com X foram assistidos por mim:



(X) 2007Meteoro

(X) 2002A Selva



(X) 1997O Homem Nu


(  )1993Les marchands du silence(TV Movie)


(  ) 1990Mais Que a Terra
(X) 1986Fulaninha
(X) 1985Chico Rei


(X) 1984Nunca Fomos Tão Felizes




(  ) 1978Pequenas Taras


(X) 1976O Flagrante
(X) 1975Os Condenados




(  ) 1968O Engano

(  ) 1968Os Viciados(segmento "Fuga, A")



domingo, 29 de março de 2015

OS 52 ANOS DE XUXA


Xuxa completou 52 anos anteontem (27/03) e isso é uma homenagem, pois como já deixei claro aqui, sou seu fã desde a época do Xou da Xuxa.

Ela foi um dos assuntos mais comentados nos últimos meses, quando foi contratada pela Record depois de mais de um ano de negociações. Preferiu sair da Globo, da qual foi contratada por 29 anos e estava sem previsão de programa para esse ano, como foi aliás no ano de 2014. Seu programa na Record deve estrear em junho e deve ir ao ar às quartas-feiras à noite. Tomara que seja sucesso de audiência.


Vamos relembrar sua trajetória.

Seu nome seria Morgana Sayonara, mas tiveram que mudar (ainda bem) por causa de uma promessa que o pai dela fez, pois ela e a mãe corriam risco de vida devido a complicações no parto. Deram-lhe então o nome de uma santa: Maria da Graça. O nome Xuxa foi dito pouco depois quando a mostraram ao seu irmão, Blad. “É a minha Xuxa!”

O sucesso começou como modelo. Seu primeiro desfile aconteceu aos 14 anos para uma butique da qual a mãe era sócia. No ano seguinte (1978), foi vista em um trem, por alguém da Editora Bloch que sabia que estavam procurando novos modelos. Em 1979, suas primeiras fotos foram publicadas na Revista Carinho. Naquele mesmo ano foi capa da revista.   Ao lado de Luiza Brunet, Xuxa consagrou-se como modelo. Participou de uma sessão de fotos para a capa da Revista Manchete, que também falava sobre Pelé. Os dois se conheceram e viveram um romance por seis anos.


O ano de 1980 foi um marco para Xuxa: foi capa de mais de 100 revistas, posou para Playboy, Status e Ele&Ela. Em 1982, foi aprovada no vestibular para Biologia na Universidade Gama Filho, mas a faculdade teria que esperar, pois seu sucesso estava apenas começando. Nesse mesmo ano, Xuxa atuou no filme Amor, estranho amor de Walter Hugo Khouri, um dos maiores arrependimentos que tem, pois nele ela vive uma prostituta que seduz um menino, sem imaginar que pouco depois se tornaria a rainha dos baixinhos. Anos depois ela proibiria a exibição do filme, fato que só aumentou a polêmica, pois muitos pensam se tratar de um filme de sexo explícito, o que não é verdade. E a protagonista nem é ela, e sim Vera Fischer.


O diretor Maurício Sherman, produtor do programa TV criança da Rede Bandeirantes, foi quem enxergou nela talento para trabalhar com crianças e a convidou para estar a frente do Clube da Criança da recém lançada TV Manchete. O programa estreou em 06/07/1983 e durou quase três anos, até a irrecusável proposta da Rede Globo para apresentar o Xou da Xuxa. O programa era líder absoluto de audiência e recebia 10.000 cartas por dia. Durou quase sete anos de imenso sucesso. O último programa foi ao ar em 31 de dezembro de 1992.

Em 1988 ela conheceu Ayrton Senna e os dois começaram a se relacionar. O romance durou até 1990, com a certeza de que se reencontrariam, mas o acidente sofrido por Senna em 1994 mudou esses planos.

Em 1989 ela inaugurou a Fundação Assistencial Xuxa Meneghel que cuida de mais de 1000 crianças carentes.


Em 1996 começou a namorar com o ator Luciano Szafir e no final do ano seguinte anunciou que estava grávida de Sasha. A menina nasceu em 28/07/1998.

No dia 11/01/2001, um fato traumático durante a gravação, um incêndio durante a gravação do programa Xuxa Park fez com que o programa fosse interrompido e ela continuasse apenas com o Planeta Xuxa que ainda durou alguns anos.

Xuxa voltou aos programas infantis com Xuxa no mundo da imaginação, que era exibido diariamente nas manhãs da Globo, mas como não alcançou a audiência esperada, acabou saindo do ar. Até o final do ano de 2013, apresentou nas tardes de sábado, o TV Xuxa, que também acabou saindo do ar pela baixa audiência.

Está prestes a lançar mais um exemplar da Coleção Xuxa só para baixinhos que já está em sua 13ª edição, sempre com grande sucesso. Namora com o ator/cantor Junno Andrade e se prepara para estrear na Record.


Vamos relembrar também os filmes em que ela atuou:


sexta-feira, 27 de março de 2015

MORRE O ATOR JORGE LOREDO


O ator Jorge Loredo morreu ontem, aos 89 anos de falência múltipla dos órgãos. O intérprete do icônico personagem Zé Bonitinho estava internado em estado grave no hospital São Lucas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, desde o dia 3 de fevereiro.

Loredo lutava há anos contra uma Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica grave e um Enfisema Pulmonar, mas mesmo assim continuava atuando no humorístico A praça é nossa. Nos últimos tempos ele ia para os estudos do SBT, passava pelo ambulatório, recebia oxigênio e ia gravar. Depois recebia oxigênio de novo e voltava para casa.

Jorge Loredo nasceu em 7 de maio de 1925. Ele passou toda a sua infância e juventude em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. Sua adolescência foi marcada por doenças graves. Aos 12 anos ele teve osteomelite na perna e sofria de fortes dores constantemente. Aos 20, contraiu uma tuberculose e foi internado em um sanatório, situação que acabou por lhe abrir as portas para a carreira. Incentivado pelos médicos, participou de um grupo teatral no hospital e descobriu sua vocação para atuar.

O personagem 'Zé Bonitinho' foi criado há 55 anos por Loredo. O humorista disse que a inspiração do galã que se autoproclama "o perigote das mulheres" veio de um amigo que era metido a conquistador. O personagem que se achava o rei das mulheres estreou em 1960, no programa “Noites Cariocas”, exibido pela extinta TV Rio, com os primeiros textos escritos por Chico Anysio.

Os bordões do personagem conquistador: "Câmera, close; microfone, please", ou "Garotas do meu Brasil varonil: vou dar a vocês um tostão da minha voz!", definitivamente ficaram marcados nas mentes dos brasileiros.

Loredo também participou de alguns filmes, mas o intervalo entre eles era bem grande. De 1959 até 2011 participou de apenas 10 filmes, dando prioridade à televisão:


Filmografia completa:
(X) 2011 – O palhaço
(X) 2007 - Chega de Saudade
(X) 1978 - Tudo Bem
(X) 1977 – Abismu

(X) 1970 - Sem Essa, Aranha

(  ) 1960 - Sai Dessa, Recruta

(  ) 1959 - Um caso de polícia

quarta-feira, 25 de março de 2015

REVISTA PUBLICA QUE TOM CRUISE E JOHN TRAVOLTA SÃO AMANTES


Os atores Tom Cruise e John Travolta, ambos amigos dentro da igreja da Cientologia, estampam a capa desta semana da revista sensasionalista norte-americana “Star”. Segundo a publicação, os dois são amantes desde a década de 80.

Os atores se conheceram em uma academia no estado de Oregon, Estados Unidos, em 1985. Na época, Travolta já sabia pilotar aviões, enquanto Cruise estava aprendendo. De acordo com a revista, essa era a desculpa para vários encontros que os dois tiveram, já que voavam juntos de Los Angeles a Oregon.

Naquele tempo, ambos já estavam casados, mas mantiveram o relacionamento durante muito tempo, às escondidas de suas respectivas esposas, Kelly Preston (John Travolta), e Nicole Kidman (Tom Cruise).

Uma fonte próxima aos dois, disse à revista que “John Travolta tornou-se obcecado por Tom Cruise depois de ver o filme ‘Negócio Arriscado’, em 1983 e ainda indica um sítio secreto onde os dois se encontram até hoje.

A revista já publicou em 2006 que o filho que Tom tem com Katie Holmes não é dele.

Já surgiram vários boatos sobre a sexualidade dos dois, mas a Revista Star  com certeza será processada.



segunda-feira, 23 de março de 2015

AS APARIÇÕES DE ALFRED HITCHCOCK EM SEUS FILMES


Alfred Hitchcock não se considerava um ator, aliás desprezava a classe, dizendo que eram como gado e que bastava mostrava o caminho para que eles seguissem, mas mesmo assim fez questão de aparecer em quase todos os seus filmes em pontas rápidas tipo “Onde está Wally?”, que necessitam de muita atenção para reconhecê-lo, mas que geralmente são no início do filme.

Aparições:

·        Hitchcock leu um jornal em “Corresponde estrangeiro” (1940);

·        Caminhou nas ruas em “Suspeita” (1941);

·        Vestiu-se de cowboy em “Sabotador” (1942);

·        Apareceu em uma foto de um jornal velho que um dos personagens de “Um barco e nove destinos” (1943) lia, já que não podia entrar no barco dos nove;

·        Jogou bridge dentro de um trem em “A sombra de uma dúvida” (1943);

·        Saiu do elevador do hotel em que Ingrid Bergman e Gregory Peck hospedam-se em “Quando fala o coração” (1945);

·        Bebeu champanhe em “Interlúdio” (1946);

·        Carregou um violoncelo em “Agonia de amor” (1947);
·        Ouviu um discurso em “Sob o signo de capricórnio” (1949);

·        Olhou para Jane Wymann em “Pavor nos bastidores” (1950);

·        Subiu em um trem em “Pacto sinistro” (1951);

·        Sua foto aparece quando o marido mostra ao homem que contrata para matar sua mulher infiel, quem é a presa em “Disque M para matar’ (1954);

·        Sentou em um banco de ônibus em “Ladrão de casaca” (1955);
·        Entrou em um ônibus em “Intriga internacional” (1959);

·        Deixou uma loja com dois cães em “Os pássaros” (1963);
·        Olhou para a câmera em um corredor de hotel em “Marnie – Confissões de uma ladra (1964);
·        Apareceu numa barca no  Rio Tâmisa em “Frenesi” (1972);


·        Em “Trama Macabra” (1976), seu último filme, fez o “papel” do cliente de uma cartomante.



quinta-feira, 19 de março de 2015

A HISTÓRIA DO OSCAR


Foi Louis B. Mayer, o poderoso chefão da Metro-Goldwin-Mayer quem teve a idéia de uma Academia de filmes. Em 11 de janeiro de 1927, ele e um grupo de 36 diretores e atores se encontraram no Hotel Ambassador, em Los Angeles, e decidiram criar a Academy of motion picture Arts and Sciences (Academia de Artes e Ciências do cinema). Em 19 de março, foi fundada uma organização sem fins lucrativos.

Nos seus primeiros anos, a Academia se considerava uma organização que representava os interesses  dos atores, diretores, roteiristas e produtores. A entrada na Academia sempre foi feita por convite “a qualquer pessoa que tenha realizado um trabalho importante, ou dado contribuição importante para diversos ramos da indústria, que tenha boa reputação moral e pessoal, através de votos da diretoria.” Em 1929 eram 270 sócios e em 1932 já passavam de 1200.

Filme Asas

O primeiro filme a vencer o Oscar (1927 – 1928) foi Asas (da Paramount). E o primeiro a vencer nas cinco principais categorias foi Aconteceu naquela noite (1934), que venceu como melhor filme, diretor (Frank Capra), ator (Clark Gable), atriz (Claudete Colbert) e roteiro adaptado.  Isto só se repetiu duas outras vezes: em 1975, com Um estranho no ninho e em 1991,com O silêncio dos inocentes.

A Academia envia a seus associados um livreto com a listagem alfabética de todos os filmes que podem ser votados. São considerados filmes com mais de 30 minutos de duração, exibidos em 35 ou 70 mm, para público pagante, na área de Los Angeles, entre 1º de janeiro e a noite de 31 de dezembro do corrente ano, por um período mínimo de uma semana. Agora os associados podem votar até por e-mail.

Durante muitos anos, a festa de entrega do Oscar foi realizada numa segunda-feira, pois supunham que seria o dia de folga de muitos atores que trabalham em teatro. A partir de 21/03/1999, a festa foi transferida para o domingo, considerado o dia de maior audiência da Tv americana.

Muitos já levaram a honra de ter apelidado o prêmio da Academia do Oscar. A lenda mais conhecida é a de que a bibliotecária Margareth Henrick, depois secretária executiva da Academia, quando chegou ao primeiro dia de trabalho, em 1931, olhou a estatueta e disse que a fazia lembrar de seu tio, mas Oscar na verdade era seu primo em segundo grau e não tio. Outra versão mais irônica conta que teria sido Bette Davis que foi presidente da Academia, a criadora do apelido, porque a fazia lembrar de seu marido na época, Harmon Oscar Nelson (a versão mais famosa diz que a fazia lembrar o traseiro de seu marido.

A primeira vez que o nome Oscar apareceu na imprensa, foi na coluna do jornalisita Sidney Skolsky, em 1934, referindo-se à vitória de Katharine Hepburn, mas a Academia só começou a usar oficialmente o apelido depois de 1939.


A estatueta foi desenhada pelo diretor de arte da MGM, Cedrick Gibbon e esculpida por George Stanley. Ela pesa 3,9 kg e tem 34 cm de altura. Banhada em outro, é composta de 92,5% de latão e 7,5% de cobre. Para fazer uma estatueta são necessárias 12 pessoas e um trabalho de 20 horas. Até 2003 foram entregues 2.455 estatuetas.

J. K. Simmons, Patrícia Arquette, Julianne Moore e Eddie Redmayne, os vencedores de interpretação no Oscar 2015

Fonte de consulta:
O Oscar e eu de Rubens Ewald Filho.

segunda-feira, 16 de março de 2015

A FESTA DA MENINA MORTA

Direção: Matheus Nachtergaele. Com: Daniel de Oliveira, Jackson Antunes, Juliano Cazarré, Dira Paes, Cássia Kiss e Paulo José. Drama, 115 min.


Estreia na direção do ator Matheus Nachtergaele (O auto da compadecida, também autor da música, do argumento e do roteiro (junto com Hilton Lacerda). Ele optou por um estilo autoral, onde quase nada é claro, tudo fico meio subentendido. O filme participou da mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes 2008 e levou o prêmio de melhor ator para a brilhante interpretação de Daniel de Oliveira no IV Festicine Goiânia e nos Festivais do Rio e de Gramado.

É a história de Santinho (Daniel de Oliveira) que é venerado por todas os moradores ribeirinhos, que acham que ele faz milagres e se reunem anualmente para a festa da menina morta que teve suas roupas rasgadas levadas até ele por um cachorro, no dia da morte de sua mãezinha, mas seu corpo nunca foi encontradoi. Essa história é contada em partes aos moradores fervorosos. Talvez a menina tenha sido estuprada e em seguida assassinada. Já é o 20º ano da Festa em que Santino benze as pessoas e tudo gira ao seu redor.


Ele é um rapaz mimado, cheio de vontades e efeminado. Uma cena o mostra nu, mas ele parece não ter órgão genital e dorme na mesma cama que o pai (Jackson Antunes) com quem mantém um caso incestuoso. Há uma cena bastante forte de sexo entre os dois durante um banho. Já um amigo, Tadeu (Juliano Cazarré) demonstra também ser apaixonado por ele, mas nada é concretizado.

Dira Paes faz uma das moradoras que leva a filha estrábica para benzer, mas tem um papel até pequeno, agora que conquistou o Brasil com a Norminha de "Caminho das Índias". Cássia Kiss é a mãe de Santinho em uma cena que parece delírio ou pode ser real. Além de Paulo José que vive um padre que pede perdão pelos seus pecados durante a festa.

No fundo é um relato sensível sobre a espiritualidade do povo brasileiro que conserva algumas crendices sem antes verificar sua autenticidade. É um filme muito bonito e forte, mas não é fácil em momento algum. Há que se ter paciência para acompanhá-lo até o fim. Algumas (ou quase todas) as cenas são lentas, com a câmera muitas vezes parada ou até longe dos personagens, mas a história é interessante, o elenco está perfeito e se você fizer um pouquinho de esforço, não vai se arrepender.



quinta-feira, 12 de março de 2015

PARA SEMPRE ALICE

Achei estranho quando fiquei sabendo que Jullianne Moore vivia uma professora que descobre ter Alzheimer antes dos 50 anos em Para sempre Alice, pois eu pensava que era uma doença que aparecia apenas depois dos 65, mas ela está entre os 5% que sofre de Alzheimer hereditário. O gene em 50% dos casos pode ser transmitido aos filhos e quem herdou tem 100% de chance de desenvolver a doença. No Brasil há 1,2 milhão de portadores de Alzheimer. Em todo o mundo são 35 milhões.
Alice é uma brilhante professora de linguística da Universidade de Columbia, em Nova York, nos Estados Unidos. Com uma eloquência invejável e prestes a completar 50 anos, ela tem um “branco” em frente a um auditório em uma palestra que ministrava. Havia esquecido uma palavra simples. Ela estranha. Isso nunca havia acontecido.
Achou fora do comum, mas continuou a vida. Logo depois, ao sair para correr perto de casa, se perdeu em um lugar que já havia passado inúmeras vezes. Tem uma crise de pânico. Logo depois, se orienta e volta para casa.

No natal com a família, esquece quem é a namorada do filho e se apresenta duas vezes, sem se dar conta. Decide, então, consultar um neurologista, que suspeita de Alzheimer. O diagnóstico cai como uma bomba: como uma mulher ainda jovem poderia ter uma doença considerada exclusiva da terceira idade?
Em uma história tocante, o enredo apresentado no filme “Para Sempre Alice”, interpretado pela atriz vencedora do Oscar 2015, Julianne Moore, e que estréia hoje (12/03)  é fiel à realidade e representa as angústias que um portador de Alzheimer precoce enfrenta no dia a dia.
No caso da personagem do filme, os sinais só apareceram quando a doença já estava em nível mais avançado, por causa do alto grau de instrução de Alice. “A alta escolaridade possibilita que a pessoa use a própria reserva cognitiva, e isso faz com que, mesmo com a doença, os sintomas demorem mais para aparecer”, explica Schultz. “A doença já vinha acontecendo há muitos anos, as proteínas amiloides vão se acumulando no cérebro e depois os sintomas aparecem”.
O elenco conta ainda com Alec Baldwin como o marido de Alice e Kristen Stewart como a filha.
Morreu ontem, aos 62 anos um dos diretores do filme. Richard Glatzer sofria de Esclerose Lateral Amiotrófica, doença que paralisa os músculos do corpo todo, com exceção do cérebro. É a mesma doença de Stephen Hawking.
Ele morreu menos de três semanas depois de Julianne Moore levantar o Oscar de melhor atriz. Ele assistiu a cerimônia em uma cama de hospital, onde foi internado depois de sofrer com problemas respiratórios.
Glatzer escreveu e dirigiu Para sempre Alice com o marido Wash Westmoreland. Ele foi diagnosticado com ELA em 2011, quando iniciou o projeto, mas nunca abandonou as filmagens.

segunda-feira, 9 de março de 2015

OS TELEFILMES AMERICANOS

Michael Douglas e Matt Damon em Minha vida com Liberace

A televisão sempre produziu histórias curtas que eram exibidas em forma de especial, como Caso especial e Terça nobre, que trazia adaptações de clássicos de nossa literatura, como O alienista, Memórias de um sargento de milícias e O besouro e a rosa com Carla Marins, que vi diversas vezes e lembro com saudade. Mas apesar desses especiais serem produzidos especialmente para a Tv, nunca foram chamados de telefilmes, já que tinham em média 40 minutos e nem poderiam ser considerados longas-metragens. Além de tudo, eram filmados em videotape. 

Agora é que os telefilmes são produzidos com frequencia pela Rede Globo, Record e Cultura (vide post anterior).


Os Estados Unidos já fazem isso há bastante tempo. See how they run de 1964 é considerado o primeiro telefilme Americano. Era uma adaptação de uma peça de teatro, estrelada por John Forsythe e Jane Wyatt. A audiência foi baixa, o que levou a NBC a demorar dois anos para voltar a produzir nessa área. Em 1966, a emissora criou o Saturday Night at the movies, sessão de televisão produzidos quase que exclusivamente, pela Universal. O primeiro foi Os audaciosos (The name of the game), estrelado por  Tony Franciosa. A boa receptividade fez com que o canal o transformasse em série, estrelado também por Robert Stack e Gene Barry.


A produção de telefilmes se estabeleceu depois de The domsday flight de Rod Serling que misturava melodrama, mistério e tensão, além de ter orçamento de cinema.

Os telefilmes substituíram os teleteatros, trazendo diversas histórias sem personagens fixos, exibindo situações polêmicas, inclusive dramalhões sobre doenças, sejam elas curáveis ou não. Isso criou até uma brincadeira com a “doença da semana”, se referindo à doença retratada no telefilme exibido naquela semana.

Muitos telefilmes foram produzidos com a intenção de gerar novas séries, os famosos pilotos com 90 minutos de duração que eram exibidos como telefilmes, mas viravam séries, dependendo da audiência. Foi o caso de Havaí 5-0, McCloud e Columbia.


Depois passaram a ser utilizados para finalizar a trama de séries cancelas ou para reunir o elenco de determinada série algum tempo depois.

O SBT exibiu durante algum tempo, nas madrugadas, a sessão Made for TV, que mostrava apenas telefilmes. Cheguei a assistir vários deles.

Atualmente a HBO exibe vários desses filmes, produzidos pela matriz americana e que geralmente contam com elenco famoso e chegam a concorrer ao Globo de Ouro e ao Emmy.


Alguns telefilmes conhecidos:
·        The normal heart (com Mark Ruffalo e Júlia Roberts)
·      Minha vida com Liberace (com Michael Douglas e Matt Damon)
·        Hemingway e Martha (com Clive Owen e Nicole Kidman)
·        O preço de uma escolha (sobre o aborto)
·        Desejo proibido (sobre o lesbianismo)
·        Orações para Bobby (sobre o homossexualismo e estrelado por Susan Sarandon)
·        Amazônia em chamas (sobre Chico Mendes e co-estrelado por Sonia Braga.
·        Gia – Fama e detruição (estrelado por Angelina Jolie)
·        A vida e a morte de Peter Sellers.
·        Cinema Verité (com Tim Robbins)
·        Mildred Pierce (estrelado por Kate Winslet)
·        Dorothy Dandridge – O brilho de uma estrela (com Halle Barry)