Elenco: Leila Diniz, José
Kleber, Ana Maria Magalhães, Arduíno Colassanti, Irene Stefânia, Ana Maria
Mirando, Manfredo Colassanti. 89 min.
MÃOS VAZIAS de Luiz Carlos Lacerda foi o último trabalho da diva
Leila Diniz e o responsável indireto pela sua morte, já que ela morreu em um
acidente de avião quando voltava ao Brasil, depois da divulgação do filme na
Austrália. Foi um choque em todo o Brasil a notícia de sua morte, pois ela era
muito querida por todos (ou quase todos), com exceção dos falsos moralistas que
ficaram chocados com sua entrevista cheia de palavrões para o jornal O PASQUIM
e a exibição de sua gravidez em plena praia, mostrando o barrigão para quem quisesse
ver.
É um filme
pesado e lento que fala de repressão, preconceitos e da impossibilidade de se
viver a dois. A personagem de Leila vai morar com seu marido numa cidade do
interior e passam a ter que aturar as fofoquinhas das pessoas que moram nas
cidades pequenas, que destroem vidas, como um caso homossexual que estava
acontecendo entre dois homens, um deles, inclusive casado.
Dois casais se encontram
(Leila Diniz e José Kleber/ Ana Maria Magalhães e Arduíno Colassanti) e em
conversas constantes colocam em cheque o casamento. O assassinato de um dos
personagens funciona como a própria morte do matrimônio, que eles acreditam ser
algo ultrapassado.
A narração de Leila Diniz
perpassa todo o filme, que quase não tem falas e apresenta um colorido
vibrante, pois foi restaurado pelo Canal Brasil. É baseado em obra do escritor
Lúcio Cardoso (A casa assassinada) e dirigido por Luiz Carlos Lacerda, amigo
pessoal de Leila, que depois dirigiria em 1987, uma cinebiografia sobre ela:
"Leila Diniz" com Louise Cardoso.
Um filme imperdível, por
seu valor histórico, mas sem dúvida, difícil e não indicado a todos os
públicos. (6,0)
Doe Medula Óssea...
... porque as crianças não podem lutar sozinhas contra o câncer.
Otima pedida para redescobrir.
ResponderExcluirLembro-me perfeitamente da foto de Leila Diniz que provocou polêmicas...o mundo evoluí, não é mesmo? Tão lindo uma gravidez...quanto ao filme, não sou muito afeita a filmes lentos e históricos (juntos). Um abraço!
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