terça-feira, 30 de julho de 2013

KIKA



Direção: Pedro Almodóvar. Com: Verônica Forque, Peter Coyote, Victoria Abril, Alex Casanovas, Rossy de Palma, Manuel Bandera. 115 min.

No início da carreira, Almodóvar gostava de dirigir histórias que fugissem do convencional, como Labirinto de paixões, A lei do desejo e Mulheres à beira de um ataque de nervos. Mas Kika, certamente é um de seus filmes mais bizarros, a começar pela jornalista Andrea Caracortada (Victoria Abril) que apresenta um programa sensacionalista na televisão, “O pior do dia”, onde mostra cenas filmadas por ela mesma com uma câmera que traz em seu capacete. Andréia é capaz de tudo para conseguir para conseguir pautas para o seu programa, inclusive ameaçar e chantagear. A cena mais engraçada dessa louca comédia, acontece quando ela chega para cobrir um caso de estupro onde o estuprador está tão sedento de sexo que não larga a vítima nem quando a polícia chega. E depois quando é interrompido, vai para a sacada se masturbar.

Mas a protagonista não é Andréia e sim Kika (Verônica Forque), uma maquiadora que conhece o escritor americano Nicholas (Peter Coyote), quando é chamada para maquiar seu enteado Ramón (Alex Casanovas) que ele acredita estar morto já que tem catalepsia. Kika se envolve com Ramón enquanto tem um caso com Nicholas.


Nada é comum nessa história, onde as aparências enganam e as mulheres dominam, como em quase todos os filmes de Almodóvar. Há ainda uma empregada lésbica de Kika, Juana, feita pela estranha Rossy de Palma que é irmã de um ator pornô que estava preso, depois fugiu e estuprou Kika. Ela é muito engraçada e ressente-se por estar sozinha, então recebe a ajuda de Kika, que a maquia para torná-la mais atraente.

No terço final, a comédia é um pouco esquecida quando revelam-se alguns assassinatos e o clima fica mais denso. Essa parte difere-se de todo o resto, que é mais descontraído, mas não atrapalha a apreciação desse filme sempre estranho, mas nunca desinteressante. (7,5)


sábado, 27 de julho de 2013

TEMPOS DE PAZ



Direção: Daniel Filho. Com: Tony Ramos, Dan Stulbach, Louise Cardoso, Daniel Filho, Ailton Graça, Anselmo Vasconcelos, Felipe Martins e Maria Maya. Drama, 80 min.

Após o estrondoso sucesso de “Se eu fosse você 2”, Daniel Filho lançou esse drama baseado na peça Novas diretrizes em tempos de paz de Bosco Brasil, que ficou em cartaz no teatro por vários meses, já o filme, infelizmente não fez grande bilheteria e se trata de baixo orçamento.

A história se passa em abril de 1945. Os combates já cessaram na Europa, mas o Brasil ainda está em guerra e com medo da invasão de nazistas. Segismundo, um fiscal alfandegário e torturado tem um embate com um polonês (Dan Stulbach) que ele suspeita ser um espião e tenta negar-lhe o visto de permanência no Brasil. Paralelamente, um médico (Daniel Filho) que foi torturado por Segismundo, procura por ele para encará-lo nos olhos.

Fala dos horrores sofridos nos campos de concentração durante a segunda guerra mundial, das torturas que eram efetuadas também aqui no Brasil e dos presos políticos. Inclusive no final aparecem fotos de estrangeiros que se naturalizaram brasileiros naquela época, como Berta Loran, Ziembinski e Nídia Lícia.

O polonês é ator e usa da interpretação e de suas palavras para fazer o fiscal chorar e conseguir o tão sonhado visto. O personagem fala o tempo inteiro que depois de tantas atrocidades sofridas durante a guerra, o teatro não tem mais sentido, mas depois há uma reviravolta e o filme acaba funcionando como um exaltador dele.

Tempos de paz é um filme de guerra, mas que não mostra cenas de guerra. Na maior parte do tempo tem só os dois atores em plena forma.




quarta-feira, 24 de julho de 2013

NÃO DÁ MAIS PRA SEGURAR (EXPLODE CORAÇÃO)

Gonzaguinha


Minha caricatura feita por um aluno

Chega de tentar dissimular
E disfarcar e esconder
O que não da mais pra ocultar
E eu não posso mais calar
já que o brilho desse olhar foi traidor e
Entregou o que você tentou conter
O que você não quis desabafar e me cortou

Chega de temer, chorar, sofrer
Sorrir, se dar, e se perder, e se achar
Que tudo aquilo que e viver,
Eu quero mais e me abrir
E que essa vida entre assim
Como se fosse o sol
Desvirginando a madrugada
Quero sentir a dor dessa manha

Nascendo, rompendo, rasgando,
E tomando meu corpo e então eu
Chorando, sofrendo, gostando, adorando, gritando
Feito louco, alucinado e crianca
Sentindo o meu amor se derramando
não da mais pra segurar
Explode coração






E por falar em coração...

domingo, 21 de julho de 2013

A CASA DA MÃE JOANA



Direção: Hugo Carvana. Com: José Wilker, Paulo Betti, Antonio Pedro Borges, Pedro Cardoso, Laura Cardoso, Fernanda de Freitas, Juliana Paes, Agildo Ribeiro, Malu Mader, Cláudio Marzo, Beth Goulart, Arlete Sales e Hugo Carvana. 93 min.
Depois de cinco anos afastado da direção no cinema (desde Apolônio Brasil - Campeão da alegria de 2003), Hugo Carvana volta com essa comédia de costumes inspirada em histórias do seu passado, quando dividia um apartamento com Roberto Maya, Miéle (que fazem pontas afetivas aqui) e Daniel Filho.


São quatro amigos que moram juntos e vivem de dar golpes para não precisar trabalhar. Logo no início já tentam roubar 100 milhões de dólares de um joalheiro (Cláudio Marzo), mas são enganados por Vavá (Pedro Cardoso) que estava mancomunado com Laura (Malu mader), a mulher do joalheiro. Então os outros três: Paulo Roberto (Paulo Betti), Juca (José Wilker) e Montanha (Antonio Pedro, que agora depois de tantos anos de carreira, passou a assinar como Antonio Pedro Borges) precisam trabalhar a fim de conseguir dinheiro para não serem despejados. Paulo Roberto é coroa de programa e coloca um anúncio no jornal oferecendo seus "serviços sexuais", para clientes tão díspares quanto Arlete Sales, Beth Goulart e Lu Grimaldi. Juca vira acompanhante de um comendador gay (vivido pelo debochado Agildo Ribeiro), que foi drag queen no passado e ainda sonha em fazer shows, o que acontece ao som de "Não existe pecado ao sul do Equador" de Chico Buarque. Já Montanha volta a escrever com o pseudônimo de Dolores Del Sol para uma revista feminina e conta com a ajuda de Juliana Paes que personifica Dolores (delírio de milhões de homens e também de Montanha). Nesse meio tempo aparece Dona Herley, a mãe de Paulo Roberto (Laura Cardoso), que tem um problema de espasmo da glote e pode morrer sufocada a qualquer momento e Tainacã (Fernanda de Freitas), filha de Juca, que também se interessa por Paulo Roberto.

Há várias participações especiais, além das já citadas, como a do próprio diretor, Hugo Carvana, que vive um joalheiro e também Maria Gladys e Lícia Magna (adorável em seu último papel no cinema).

É produzido pela Globo Filmes e pelo canal Telecine e tem momentos bem engraçados de situações rotineiras envolvendo vários gaiatos interessados em levar a vida numa boa. Foi muito criticado quando foi lançado pois tem um pouco de aparência de especial da Rede Globo, inclusive com os intertítulos que aparecem de vez em quando para assinalar quantos dias faltam para eles serem despejados do apartamento e pelo elenco todo de atores globais, mas é um detalhe, os atores são bons e o filme é diversão na certa, tanto que ganhou uma continuação que será lançada nesse ano. (7,5)







quinta-feira, 18 de julho de 2013

VIAGEM AO FIM DO MUNDO



Direção: Fernando Cony Campos. Com: Karin Rodrigues, Jofre Soares, Fábio Porchat, Vera Viana, Walter Forster, Tallulah Campos, Esmeralda Barros, Fernando Campos e Joel Barcelos. 96 min. Cinema underground.

Baseado em dois capítulos do livro “Memórias póstumas de Brás Cubas” (O delírio e O senão do livro), um personagem (Jofre Soares) do conto “O vôo” de Carlos Augusto de Góes e na leitura e meditação de alguns livros de Simone Weil, “Viagem ao fim do mundo” é o filme mais literário que eu já vi. Cheio de citações de atores famosos, como Chesterton, T. S. Elliot e Jorge de Lima, além de Machado de Assis, citações essas que aparecem na narração em off nas vozes de Echio Reis, Paulo Martins, Hércio Machado e Paulo César Pereio. A narração perpassa quase todo o filme, com pequenas interrupções para algumas falas.

A história se passa durante uma viagem de avião onde vários personagens sem ligação aparente se cruzam. Enquanto espera o embarque do avião, um homem compra em uma banca o livro “Memórias póstumas de Brás Cubas”, o qual lê até o capítulo “O delírio”, onde visualiza Pandora (a mulher que guarda os segredos do mundo em uma caixa), como uma mulher nua na praia, que lhe revela o futuro da humanidade com guerras, Stalin, Hitler e outras desgraças; uma freira duvida da existência de Deus e se deve ou não permanecer na igreja (uma das personagens que mais aparece na história já que é feita por Tallulah Campos que também é produtora e diretora de dublagem e a quem o filme é dedicado); um jogador com um futuro incerto em seu novo time; um senhor ansioso (Jofre Soares); uma modelo de publicidade (Vera Viana) que trai o marido (Walter Forster) com outro passageiro do avião. Em comum todos esses personagens têm medo da vida e de não conseguirem aceitar com naturalidade o que acontece com eles, mas quem aceita?


Caetano Veloso canta seis canções da trilha sonora, incluindo “Alegria, alegria”, que abre a história e é uma das músicas brasileiras mais usadas como tema de filmes e novelas.

Fernando Cony Campos (Ladrões de cinema – 1977) sempre dirigiu filmes experimentais em que seu lado autor ficava evidente e aqui não é diferente. Não é destinado ao público médio de cinema, mas a quem quer experimentar novas experiências, claro que exige um certo nível de paciência, pois com o tempo as cenas sem conexão umas com as outras começam a cansar. Em um plano, o diretor justifica porque fazia filmes diferentes do convencional.

Há cenas engraçadas como quando uma personagem justifica que ela mesma é um erro de continuidade e que só aparece nos planos ímpares e principalmente a entrevista com um médico que fala do câncer e não sabe o que responder quando lhe perguntam se o mundo está com câncer. Só essa cena já valeria o filme. 






segunda-feira, 15 de julho de 2013

DIA DO HOMEM


Poucos sabem da existência do Dia do Homem, achando que só as mulheres merecem essa lembrança, mas ele existe sim: 15 de julho. Vamos comemorar.


HOMEM COM H
Ney Matogrosso


Nunca vi rastro de cobra
Nem couro de lobisomem
Se correr, o bicho pega
Se ficar, o bicho come
Porque eu sou é homem
Porque eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
E como sou

Nunca vi rastro de cobra
Nem couro de lobisomem
Se correr, o bicho pega
Se ficar, o bicho come
Porque eu sou é homem
Porque eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
Menina, eu sou é homem

Quando eu estava pra nascer
De vez em quando eu ouvia
Eu ouvia a mãe dizer
Ai, meu Deus, como eu queria
Que esse cabra fosse homem
Cabra macho pra danar

Ah! Mamãe, aqui estou eu
Mamãe, aqui estou eu
Sou homem com H
E como sou

Nunca vi rastro de cobra
Nem couro de lobisomem
Se correr, o bicho pega
Se ficar, o bicho come
Porque eu sou é homem
Porque eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
E como sou

Cobra...
Homem...
Pega...
Come...

Porque eu sou é homem
Porque eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
Menina, eu sou é homem

Eu sou homem com H
E com H eu sou muito homem
Se você quer duvidar
Olhe bem pelo meu nome
Já tó quase namorando
Namorando pra casar
Ah! Maria diz que eu sou
Maria diz que eu sou
Sou homem com H
E como sou

Eu sou homem com H
E com H eu sou muito homem
Se você quer duvidar
Olhe bem pelo meu nome
Já tó quase namorando
Namorando pra casar
Ah! Maria diz que eu sou
Maria diz que eu sou
Sou homem com H
E como sou
E como sou

Cobra...
Homem...
Pega...
Come...

Porque eu sou é homem
Porque eu sou é homem
Menina, eu sou é homem
Menina, eu sou é homem

Eu sou homem com H
E com H eu sou muito homem
Se você quer duvidar
Olhe bem pelo meu nome
Já tó quase namorando
Namorando pra casar
Ah! Maria diz que eu sou
Maria diz que eu sou
Sou homem com H
E como sou

Eu sou homem com H
E com H eu sou muito homem
Se você quer duvidar
Olhe bem pelo meu nome
Já tó quase namorando
Namorando pra casar
Ah! Maria diz que eu sou
Maria diz que eu sou
Sou homem com H
E como sou (3x)
E... como sou


quarta-feira, 10 de julho de 2013

O HOMEM DE AÇO


Estréia neste fim de semana o filme Homem de Aço protagonizado por Henry Cavill (The Tudors). Nele a Warner decidiu começar tudo de novo e esquecer da decepção que foi Superman – O retorno.


Superman é um dos personagens de maior sucesso e consequentemente de maior longevidade tanto dos quadrinhos, quanto da televisão e do cinema. Ele apareceu inicialmente na revista em quadrinhos Action Comics de junho de 1938. Foi o 1º super-herói das HQs e abriu espaço para Batman, a Mulher Maravilha e tantos outros.

Em 1940 “estreou” no rádio no programa It’s a bird! It’s a plane! It’s Superman. Nesse programa foram implementadas algumas características novas, como a kryptonita.

No ano seguinte, estrelou um desenho animado que era exibido nas matinês do cinema. Nesse desenho, o Superman começou a voar, já que antes ele só podia saltar longas distâncias.


O primeiro seriado de TV utilizava efeitos especiais avançados para a época. As duas primeiras temporadas foram exibidas em preto e branco e as demais em cores. O protagonista George Reeves cometeu suicídio posteriormente. Sua história foi retratada no filme Hollywoodland (2006).

It’s a bird! It’s a plane! It’s Superman! Estreou na Broadway em 1966, mas apesar das críticas positivas, foi cancelado após 129 apresentações.


Christopher Reeve protagonizou o primeiro longa-metragem do homem de aço em 1978. Ficou marcado para sempre como o personagem e muita gente já pense nele quando o personagem é citado. Estrelou três continuações nos anos seguintes, mas o sucesso foi diminuindo gradualmente à medida que os capítulos seguintes eram lançados.

De 1988 a 1992 esteve no ar a série Superboy que serviu de laboratório para Smallville mostrando a juventude do herói. Nos 26 episódios iniciais ele foi interpretado por John Newton e nos 74 episódios seguintes por Gerard Christopher.


Dean Cain e Teri Hatcher estrelaram a série Lois e Clark – As novas aventuras do Superman que durou de 1993 a 1997 e teve 87 episódios. É uma das personificações que eu mais gosto. Assisti a quase todos os episódios quando era exibido pela Rede Globo.

Em 2001 estreou a série Smallville com Tom Welling que faz enorme sucesso mostrando o jovem Clark Kent durante 10 temporadas. A última está sendo exibida atualmente.

Superman – O retorno trouxe o herói de volta aos cinemas, como uma continuação de Superman II e ignorando Superman III e IV. Recebeu críticas negativas e não rendeu nenhuma continuação. O ator Brandon Routh que vive o herói apresenta grande semelhança com Christopher Reeve.


A edição 900 da Revista Action Comics causou polêmica. Nela, o homem de aço renuncia à cidadania americana por estar cansando de ser usado como parte da política dos Estados Unidos.


domingo, 7 de julho de 2013

GUERRA CONJUGAL



Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Com: Lima Duarte, Jofre Soares, Carmen Silva, Elza Gomes, Ítala Nandi, Cristina Aché, Maria Lúcia Dahl, Carlos Gregório, Osvaldo Louzada, Carlos Kroeber, Wilza Carla e Dirce Migliaccio. 88 min.

Depois de clássicos como o episódio Couro de gato do longa "Cinco vezes favela (62), Garrincha - Alegria do povo (63), O padre e a moça (65), Macunaíma (69) e Os inconfidentes (71), Joaquim Pedro de Andrade dirigiu esta divertida e séria pornochanchada. Sim, ele dirigiu uma pornochanchada com temas picantes, cenas de nudez (de sexo não) e algumas atrizes costumazes do gênero, como Maria Lúcia Dahl, Wilza Carla e Cristina Aché.



O filme é baseado em 16 contos do escritor Dalton Trevisan, que também assina o roteiro junto com o diretor. São várias histórias paralelas que falam da dificuldade de se conviver bem, mesmo depois de tantos anos de casamento (Jofre Soares e Carmen Silva que brigam o tempo todo, inclusive fisicamente e não conseguem se entender, guerra essa que dá título ao filme); um advogado mulherengo (Lima Duarte) que corre atrás de várias mulheres, algumas até casadas (Ítala Nandi), mas depois de tudo descobre outras possibilidades; e o tímido Nelsinho (Carlos Gregório) que após se envolver sem muito sucesso com algumas mulheres, só se sente apto a se entregar verdadeiramente à esposa, depois de transar com uma velha prostituta.

Este como quase todos os filmes de Joaquim Pedro de Andrade foi restaurado digitalmente e apresenta uma imagem perfeita de um colorido impressionante, dando a impressão de ter sido produzido há pouco tempo e não há 37 anos atrás. A fotografia também é bem moderna, com a câmera nervosa perseguindo os atores e não parada por longos minutos como em vários filmes daquela época do Cinema Novo.



Outros diretores atuam aqui em funções diversas: Marco Altberg (Fonte da saudade) é assistente de direção; Carlos Alberto Prates Correia (Noites do sertão) é diretor de produção; Eduardo Escorel (Lição de amor) é o montador e Luis Carlos Barreto (Isto é Pelé) é o produtor.

Guerra Conjugal é o filme mais acessível do diretor e ideal para as novas gerações que querem conhecer sua carreira, pois trata de uma forma descontraída de assuntos sérios como solidão, velhice, desejo e traição no casamento. Não perca de maneira alguma!








Doe Medula Óssea!

quinta-feira, 4 de julho de 2013

WILZA CARLA


Com o remake da novela Saramandaia, Wilza Carla voltou a ser lembrada pelo público, já que interpretou a D. Redonda na primeira versão da novela, exibida em 1977. No final da novela, ela explodia de tão gorda. Agora a personagem é interpretada por Vera Holtz, mas como estamos no tempo da computação gráfica, Vera não precisou engordar.

Wilza Carla iniciou sua carreira no teatro de revista e participou de inúmeros desfiles carnavalescos. Estreou no cinema em Genival é de morte (1955) e participou de dezenas de filmes em seguida, em sua maioria comédias e pornochanchadas que exploravam seu tipo físico, como Mais ou menos virgem (1973), Ainda agarro esta vizinha (1974), Com as calças na mão (1975), Socorro! Eu não quero morrer virgem (1976), Será que ela agüenta? (1977), Seu Florindo e suas duas mulheres (1978) e Põe devagar... bem devagarinho (1983).


Nos anos 70, fez grande sucesso na novela Saramandaia (1976) como a Dona Redonda que explode no final da novela e em seguida como jurada dos programas de auditório de Silvio Santos e Raul Gil. Os problemas de saúde se agravaram e o ritmo de trabalho diminuiu até a mini-série O portador (1991), em que vivia uma traficante de sangue.

Em 1994 sofreu um AVC e ficou acamada desde então, aos cuidados da filha, Paola, mas sempre com o desejo de voltar a trabalhar, mesmo que fosse em uma cadeira de rodas, o que desabafou em uma entrevista para o TV Fama da Rede TV em 2006 e infelizmente não chegou a acontecer. Às vezes a vida é cruel.

Morreu na madrugada do dia 18 de junho de 2011,e estava internada no Hospital das Clínicas desde o dia 17. Ela tinha problemas de saúde, como diabetes e complicações cardíacas, agravados pela obesidade.

Doe medula óssea:


segunda-feira, 1 de julho de 2013

1º DE JULHO



Já comentei aqui sobre o quanto gosto das músicas da Legião Urbana (todas elas), mas tenho carinho especial pelo CD A tempestade, que é o último do grupo e o mais triste de todos, gravado quando Renato Russo já estava doente e depressivo. Adoro L’avventura, Música de trabalho (que foi a epígrafe da minha monografia de graduação), A via láctea, Aloha, Dezesseis, Leila, Esperando por mim, O livro dos dias e 1º de julho, bem apropriada para o dia de hoje...


1º DE JULHO
Renato Russo

Eu vejo que aprendi

O quanto te ensinei
E nos teus braços que ele vai saber
Não há por que voltar
Não penso em te seguir
Não quero mais a tua insensatez
O que fazes sem pensar aprendeste do olhar
E das palavras que guardei prá ti
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Já que não me entendes, não me julgues
Não me tentes
O que sabes fazer agora
Veio tudo de nossas horas
Eu não minto, eu não sou assim
Ninguém sabia e ninguém viu
Que eu estava a teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua Deusa, meu amor
Alguma coisa aconteceu
Do ventre nasce um novo coração
Não penso em me vingar
Não sou assim
A tua insegurança era por mim
Não basta o compromisso
Vale mais o coração
Ninguém sabia, ninguém viu
Que eu estava ao teu lado então
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher
Sou minha mãe e minha filha,
Minha irmã, minha menina
Mas sou minha, só minha e não de quem quiser
Sou Deus, tua deusa, meu amor
Baby, baby, baby, baby
O que fazes por sonhar
É o mundo que virá pra ti e para mim
Vamos descobrir o mundo juntos baby
Quero aprender com o teu pequeno grande coração
Meu amor, meu amor