terça-feira, 30 de setembro de 2014

MOSTRAS DO FESTIVAL DO RIO - PARTE 2

Boyhood - Da infância à juventude

Pensei que todas as mostras do Festival do Rio caberiam em uma postagem só, mas são tantas que resolvi dividir...

Resistência natural

MEIO AMBIENTE

Big men: Homens do petróleo
Caminhando sob a água
Esvaziando os céus
Marca d'água
Petróleo e água
Pump: histórias do petróleo
Resistência natural


MIDNIGHT DOCS
112 casamentos
A jornada fantástica de George Takei
Advanced style: vovós fashion
De frente para o elefante
Espetáculo: O julgamento de Pamela Smart
Exército vermelho
Fucking different XXY
Last Hijac
Muito além das patricinha de Beverly Hills
O caso Galápagos: Quando Satã veio ao paraíso
Peter de Home: Vovô do pornô gay
Prop 8: O casamento gay em julgamento
Vulva 3.0


MIDNIGHT MOVIES
Burying the ex
Cold in july
Gangues de Tóquio
Kumiko: a caçadora de tesouros
O mundo de Kanako
Patema invertida
Pierrot lunaire
Por cima do seu cadáver
Qual é o seu trabalho, papai?
Recomendado pelo Enrique
Stereo
Um dia difícil
Você não me pega, papai

Procurando Fela Kuti
MIDNIGHT MÚSICA
A hard days night (versão restaurada)
América interior: a viagem de Gruff Rhys pela América
Beautiful noise: a era shoegazer
Bjork: biophilia live
David Bowie is
Nick Cave: 20.000 dias na Terra
Procurando Fela Kuti
Pulp - Vida, morte e supermercados
Quando Bjork conheceu David Attenborough 
Que caramba é a vida?

Aleluia
MIDNIGHT TERROR
Aleluia
Annabelle
Corrente do mal
Der samurai
Deus local
Eles fugiram
Entre os vivos
O ABC da morte 2
O massacre da serra elétrica (versão original restaurada)
Primavera


MOSTRA GERAÇÃO

Belle e Sebastian
Desligando Charleen
Dixie e a revolução dos zumbis
Encantos
Finn
Maria e o homem aranha
Primeiros amores
Violeta


PANORAMA DO CINEMA MUNDIAL

1001 gramas
A céu aberto
A escola de Babel
Aloft
Amenésia vermelha
As crianças vermelhas
Boyhood - da infância à juventude
Carvão negro
Cavalo dinheiro
Coming home
Contos iranianos
Coração mudo
Corações famintos
Dente por dente
Diplomacia
E agora? Lembra-me
Elsa e Fred
Falando com deuses
Fantasia
Festa no céu 3D
Frank
Garota exemplar
God help the girl
Garotas
Gomorra
Homens, mulheres e filhos
Ida
Incompreendida
James Brown
Jornada ao oeste


PREMIÉRE LATINA

A princesa de França
A terceira margem 
A voz em off
Ar livre
As irmãs Quispe
Bem perto de Buenos Aires
Dois disparos
Feriado
Gente de bem
La salada
Los hongos
Lulu
Mãos sujas 
Matar um homem
Mauro
O mistério da felicidade
Os inimigos da dor
Sétimo


domingo, 28 de setembro de 2014

MOSTRAS DO FESTIVAL DO RIO

Trash - A esperança vem do lixo

A abertura do Festival de Brasília aconteceu no dia 24 de setembro com o filme O SAL DA TERRA de Juliano Ribeiro Salgado e Win Wenders sobre Sebastião Salgado e o encerramento acontecerá no dia 08 de outubro com a coprodução Brasil/Inglaterra, TRASH - AS ESPERANÇA VEM DO LIXO de Stephen Daldry.

Confira abaixo cada uma das mostras do Festival e os filmes exibidos em cada uma delas:



6 X ROSSELLINI: UMA HOMENAGEM À CINETECA DE BOLOGNA
A máquina de matar pessoas más
Índia: Matri Bhumi
O medo
Roma: Cidade aberta
Stromboli
Viagem à Itália



A AMÉRICA MALDITA DE MICHAEL CIMINO
Horas de desespero
Na trilha do sol
O ano do dragão
O franco atirador
O portal do paraíso
O siciliano
O último golpe


Entre Nós

CINE BNDES
Confissões de adolescente
Gata velha ainda mia
Entre nós
O lobo atrás da porta
Hoje eu quero voltar sozinho
Quando eu era vivo



CLÁSSICOS ALFRED HITCHCOCK
A mulher do fazendeiro
Champagne
Chantagem e confissão
Pobre Pete
Vida fácil



CLÁSSICOS MEXICANOS
A mulher do porto
A outra
O compadre Mendoza
Redes
Vamos com Pancho Villa!


Uma boa menina

EXPECTATIVA 2014
10.000 km
A camareira
A distância
A fábrica da esperança
Acorda Nicole
Algo a romper
Ao seu lado
Blind
Brooklyn
Canções do norte
Cinco estrelas
Com a graça de Deus
Coma seus mortos
Difret
Ela perdeu o controle
Em busca do sentido da vida
Esgoto a céu aberto
Essa noite e as pessoas
Forma
Goob
História de guerra
Mais sombrio que a meia-noite
Na cadência do amor
Na quebrada
Nem tudo é vigília
Noivas
O futuro
Olhos de ladrão
Os mais jovens
Os nossos meninos
Pescando sem rede
Pessoas em lugares
Quatro cantos
Rachaduras no concreto
Sobrevivente
Sonhos imperiais
Uma boa menina
Toda terça-feira
Uma garota à porta
Vara: uma benção
Vivendo e aprendendo
Xenia




FILMES DOC
A voz de Sorurov
Altman: Um cineasta americano
Estúdio Ghibli: reino de sonhos e loucura
Feliz por ser diferente
Go go go boys: Os bastidores da Cannon films
Life Itself: A vida de Roger Ebert
Mr Leos Carax
Remake, remix, Ripoff




FOCO MÉXICO
A volta de Manuela Jankovic
As horas mortas
Asteróide
Cantinflas
Cumes
Gonzalez
Gueros
Los Angeles
Manto aquífero
Os ausentes
Peixes insólitos
Primaveras escuras
Somos Mari Pepa




FRONTEIRAS
A primeira baixa
Água Prateada: Um auto retrato da Síria
Câmera escura: Os fotógrafos negros e a emergência de uma raça
Colocando a vida em jogo
Nós, o gigante acordado
Revolução ao contrário
Suspiro das cidades
Um verão de liberdade
Viemos em paz
Vietnã: Batendo em retirada




HUGO CARVANA: HOMENAGEM AO MALANDRO
Vai trabalhar vagabundo




ITINERÁRIOS ÚNICOS
Criado na internet: a história de Aaron Swartz
Dior e eu
Domingo
Martha Angeric: Meu sangue
Microtopia
Nan Goldin: lembro do seu rosto
O cidadão Himmler
O último produtor de teatro
Poesia precisa: a arquitetura de Lina Bo Bardi
Sarah Lucas: a escritora
Sobre Susan Sontag
The New York Review of books: Uma reflexão de 50 anos
Viagens noturnas com Jim Jarmush

Continua...


Doe medula óssea

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

VENCEDORES DO FESTIVAL DE BRASÍLIA


O Filme Branco sai, preto fica de Adirley Queiros foi o grande vencedor do 47º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. O filme fala do apartheid entre a cidade satélite Ceilândia e o plano piloto de Brasília. 

Confira a lista dos premiados e o valor recebido por cada um deles:

Longa metragem

Júri Oficial

Melhor filme de longa metragem - Com prêmio de R$ 250.000,00 foi para Branco Sai. Preto Fica
Melhor direção - R$ 30.000,00, Marcelo Pedroso por Brasil S/A
Melhor ator - R$ 15.000,00 Marquim do Tropa, de Branco Sai, Preto Fica
Melhor atriz - R$ 15.000,00 Dandara de Morais, de Ventos de Agosto
Melhor ator coadjuvante - R$ 10.000,00 Renato Novaes, de Ela Volta na Quinta
Melhor atriz coadjuvante - R$ 10.000,00 Elida Silpe, de Ela Volta na Quinta
Melhor roteiro - R$ 15.000,00, Marcelo Pedroso por Brasil S/A
Melhor fotografia - R$ 15.000,00, Gabriel Mascaro por Ventos de Agosto
Melhor direção de arte - R$ 15.000,00, Branco Sai, Preto Fica
Melhor trilha sonora - R$ 15.000,00, Brasil S/A
Melhor som - R$ 15.000,00, Brasil S/A
Melhor montagem - R$ 15.000,00, Brasil S/A, de

Prêmio de Melhor Longa pelo Júri Popular vai para Sem Pena, de Eugenio Puppo

Outros Prêmios:
Prêmio do Júri Oficial de Melhor Longa da Mostra Brasilia vai para Branco Sai, Preto fica, de Adirley Queirós
Prêmio Marco Antônio Guimarães do Centro de Cinema Brasileiro vai para Zirig Dum Brasília
Branco sai, Preto Fica, de Ardilei Queiroz, ganha o Prêmio exibição da TV Brasil
Prêmio Abraccine de Melhor Longa para Branco Sai, Preto Fica
Prêmio Saruê foi para Branco Sai, Preto Fica
Troféu Vagalume de Melhor Longa vai para Ventos de Agosto, de Gabriel Mascaro
Prêmio Conterrâneos de melhor documentário exibido vai para Zirig Dum Brasília
Prêmio do Júri Popular de Melhor Longa da Mostra Brasilia para Zirig Dum Brasília

Curta metragem

Júri Oficial

Melhor filme de curta metragem - com prêmio de R$ 35.000,00 Sem Coração, de Nara Normande e Tião
Melhor direção - R$ 15.000,00 Prêmio de Melhor Diretor de Curta vai para Nara Normande e Tião de Sem Coração #FestBrasilia
Melhor ator - R$ 10.000,00 Zé dias do filme Geru
Melhor atriz - R$ 10.000,00 Maeve Jinkings ganhou por Estátua!
Melhor roteiro - R$ 10.000,00 Estátua!, de Gabriela Amaral 
Melhor fotografia - R$ 10.000,00 ganhou Loja de Repteis
Melhor direção de arte - R$ 10.000,00 ganhou Loja de Repteis
Melhor trilha sonora - R$ 10.000,00 ganhou Loja de Repteis
Melhor som - R$ 10.000,00, Candango de Melhor Som de curta metragem com Geru 
Melhor montagem - R$ 10.000,00, ganhou o Candango de Melhor Montagemo filme Sem Coração, de Nara Normande e Tião

Melhor Filme de Curta pelo Júri Popular foi para Crônicas de Uma Cidade Inventada, de Luísa Caetano

Outros prêmios:
Prêmio do Júri Oficial de Melhor Curta da Mostra Brasilia para Crônicas de Uma Cidade Inventada
Prêmio Abraccine de Melhor Curta para Estátua!, de Gabriela Amaral Almeida
Prêmio Canal Brasil de incentivo a curta metragem vai para Sem Coração, de Nara Normande
Troféu Vagalume de Melhor Curta vai para Crônicas de Uma Cidade Inventada

Prêmio do Júri Popular de Melhor Curta da Mostra Brasilia para Ácido Acético



quarta-feira, 24 de setembro de 2014

FESTIVAL DO RIO

Casa grande

O Festival do Rio começa hoje. Serão exibidos 350 filmes em várias salas espalhadas pela cidade.

Quarenta e um longas-metragens e 28 curtas vão compor a Première Brasil, a mostra do Festival do Rio que reúne produções nacionais. A maioria dos filmes em competição é inédita, mas, ainda assim, chama atenção o número de filmes já exibidos em outras mostras. Um dos mais importantes eventos cinematográficos do Brasil, o festival acontece entre 24 de setembro e 8 de outubro.

Os longas de ficção que vão disputar o troféu Redentor são: “Ausência”, de Chico Teixeira; “Love film festival”, de Manuela Dias; “O fim de uma era”, de Bruno Safadi e Ricardo Pretti; “O fim e os meios”, de Murilo Salles; “O outro lado do Paraíso”, de André Ristum; “Último Cine Drive-in”, de Iberê Carvalho; “Obra”, de Gregorio Graziosi; “Prometo um dia deixar essa cidade”, de Daniel Aragão Brasil; “Casa Grande”, de Fellipe Barbosa; e “Sangue azul”, de Lírio Ferreira. Os dois últimos já haviam disputado o Paulínia Film Festival.


Também são dez documentários em competição: “À queima roupa”, de Theresa Jessouroun; “A vida privada dos hipopótamos”, de Maíra Bühler e Matias Mariani; “Campo de jogo”, de Eryk Rocha; “Esse viver ninguém me tira”, de Caco Ciocler (já exibido em Gramado); “Favela gay”, de Rodrigo Felha; “Meia-Hora e as manchetes que viram manchete”, de Angelo Defanti; “My name is Now, Elza Soares”, de Elizabete Martins Campos; “O estopim”, de Rodrigo Mac Niven; “Porque temos esperança”, de Susanna Lira; e “Samba & jazz”, de Jefferson Mello.

Último cine drive-in
SELECIONADOS DA PREMIÈRE BRASIL 2014
MOSTRA COMPETITIVA:
Longas Ficção 
1. "Ausência", de Chico Teixeira, 84' WP (SP)
2. "Casa Grande", de Fellipe Barbosa, 115' (RJ)
3. "Love Film Festival", de Manuela Dias, 100' WP (RJ)
4. "O Fim De Uma Era", de Bruno Safadi e Ricardo Pretti 73' WP (RJ)
5. "O Fim e os Meios", de Murilo Salles, 105' WP (RJ)
6. "O Outro Lado do Paraíso", de André Ristum, 100' WP (SP)
7. "Último Cine Drive-in", de Iberê Carvalho, 98' WP (DF)
8. "Obra", de Gregorio Graziosi, 80' (SP) 
9. "Prometo um dia deixar essa cidade", de Daniel Aragão Brasil, 90' WP (PE)
10. "Sangue Azul", de Lírio Ferreira, 114' (SP)


Longas Documentário
1. "À Queima Roupa", de Theresa Jessouroun, 90' WP (RJ)
2. "A Vida Privada dos Hipopótamos", de Maíra Bühler e Matias Mariani, 91' (SP)
3. "Campo de Jogo", de Eryk Rocha, 71' WP (RJ)
4. "Esse Viver Ninguém me Tira", de Caco Ciocler, 72' (DF)
5. "Favela Gay", de Rodrigo Felha, 71' WP (RJ)
6. "Meia Hora E As Manchetes Que Viram Manchete", de Angelo Defanti, 81' WP (RJ)
7. "My Name is Now, Elza Soares", de Elizabete Martins Campos, 71' WP (MG)
8. "O Estopim", de Rodrigo Mac Niven, 87' WP (RJ)
9. "Porque Temos Esperança", de Susanna Lira, 71' WP (RJ)
10. "Samba & Jazz", de Jefferson Mello, 90' (RJ)



MOSTRA NOVOS RUMOS

Longas: 

1. "A Revolução do Ano", de Diogo Faggiano, 76' WP (SP)
2. "Castanha", de Davi Pretto, 95' (RS)
3. "Deserto Azul", de Eder Santos, 94' WP (MG)
4. "Hamlet", de Cristiano Burlan, 90' WP (SP)
5. "Permanência", de Leonardo Lacca, 85' WP (PE)
6. "Seewatchlook o que você vê quando olha o que enxerga?", de Michel Melamed, 79' WP (RJ)
7. "Tudo vai ficar da cor que você quiser", de Letícia Simões, 75' WP (RJ)

FILMES FORA DE COMPETIÇÃO 
HORS CONCOURS
Ficção - longas
1. "A Luneta Do Tempo", de Alceu Valença, 97' (PE)
2. "Boa Sorte", de Carolina Jabor, 90' (RJ)
3. "El Ardor", de Pablo Fendrik, 90' (RJ)
4. "Infância", de Domingos Oliveira, 84' (RJ)
5. "Trinta", de Paulo Machline, 94' WP (SP)

Documentário - longas
1. "Brincante", de Walter Carvalho, 92' WP (SP)
2. "Cássia", de Paulo Henrique Fontenelle, 120' WP (RJ)

MOSTRA RETRATOS 
Longas:
1. "(O Vento Lá Fora)", de Marcio Debellian, 62' WP (RJ)
2. "De Gravata e Unha Vermelha", de Miriam Chnaiderman, 86' (SP)
3. "Guardiões do Samba", de Eric e Marc Belhassen, 81' WP (SP)
4. "Ídolo", de Ricardo Calvet, 103' WP (RJ)
5. "Para Sempre Teu Caio F.", de Cande Salles , 90' WP (RJ)

Favela gay


segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O TEMPO QUE RESTA


O que fazer quando não há nada a ser feito nem mesmo tempo para se fazer? Um fotógrafo de 31 anos (Melvin Poupaud) descobre que tem um câncer inoperável e poucos meses de vida, então se recusa a fazer quimioterapia pelo sofrimento que isso causaria e pelas ínfimas chances de sucesso.

Muitos filmes já trataram sobre esse tema, falando de pessoas que resolvem aproveitar ao máximo o tempo que lhes resta: viajam, amam ou tentam fazer as outras pessoas felizes. O que não é o caso de nosso protagonista que se fecha, briga com o namorado e com os pais, humilha a irmã e só tem coragem de contar que vai morrer para a avó (a diva Jeanne Moreau) que também está perto do mesmo fim. O fato de contar aos mais próximos sobre sua doença, não resolveria o problema, mas poderia ajudá-lo a conviver melhor com ele, pelo apoio que eles lhe forneceriam. Mas ninguém pode condená-lo por seus atos, pois esse é um assunto que todos evitam.


O que cada um de nós faria se estivesse no lugar desse fotógrafo? Viajaria pelo mundo? E se não houvesse dinheiro para pagar essas viagens? Reuniria os amigos para uma festa inesquecível? E se não houvessem amigos para serem convidados? Amaria todos que cruzassem seu caminho? Faria sexo com todo mundo que te atraísse e com os que não te atraíssem também? Ou simplesmente enlouqueceria? A última opção é uma das mais prováveis, pois mesmo sabendo que vamos morrer um dia, nos conformamos em saber que não vai ser agora ou pelo menos rezamos (oramos) para que quando esse dia chegar que seja rápido e sem dor.

Apesar do tema triste, O tempo que resta nos faz refletir sobre essa questão tão delicada. O protagonista descobre aos poucos e à sua maneira como aproveitar o tempo: a possibilidade de ter um filho, a conversa emocionante com o pai, um dia na praia... François Ozon (Oito mulheres, Gotas d’água em pedras escaldantes) construiu um filme conciso (77 minutos) que consegue emocionar e passar a sua mensagem: aproveite o seu tempo, mesmo porque você não sabe quanto dele ainda lhe resta.




sábado, 20 de setembro de 2014

HOJE EU QUERO VOLTAR SOZINHO VAI REPRESENTAR O BRASIL NO OSCAR


A história do menino cedo homossexual contada em Hoje eu quero voltar sozinho, foi escolhida para representar o Brasil na disputa do Oscar de melhor filme de língua estrangeira no Oscar 2015. 

O candidato será pré-indicado à Academia que receberá candidatos de todo o mundo. A lista final sai em 15 de janeiro. O Brasil não concorre ao Oscar de filme estrangeiro desde 1999, quando Central do Brasil perdeu o prêmio para o italiano A vida é bela.


A distribuidora Strand, responsável pelo lançamento do filme nos Estados Unidos coordenará a campanha por uma indicação ao Oscar.

No total 18 filmes concorreram a indicação, entre eles, O lobo atrás da porta, O menino e o mundo, Praia do futuro, Tatuagem e A grande vitória.

Só há dois requisitos para o filme concorrer a indicação. Ter sido exibido em sala comercial do país pelo menos uma semana entre os dias 01 de outubro de 2013 e 30 de setembro de 2014.

A inscrição é feita por meio de um requerimento entregue ao Ministério da Cultura, junto com uma cópia em DVD do filme.

A cerimônia do Oscar será realizada no dia 22 de fevereiro de 2015 e só nos resta torcer tanto pela indicação do filme quanto por sua vitória.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

FESTIVAL DE BRASÍLIA

Brasil S/A

Começou anteontem (16/09) a 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Até o dia 23, o público terá a oportunidade de acompanhar mais de 60 filmes que fazem parte das mostras paralela e competitiva. A abertura homenageou o diretor Glauber Rocha com a exibição do filme Deus e o Diabo na Terra do Sol, que completou 50 anos.

Além das exibições no Cine Brasília, o festival ocupará o Museu Nacional da República, escolas públicas em outras cidades do Distrito Federal, como Taguatinga, Gama, Sobradinho e Ceilândia, e campi das universidades de Brasília (Plano Piloto, Ceilândia e Planaltina), do Iesb e da Católica.

Ela volta na quinta
MOSTRA COMPETITIVA

Ela volta na quinta-feira de Adirley Queirós
Brasil S/A de Marcelo Pedroso
Branco sai, preto fica de André Novais Oliveira
Pingo d’água de Taciano Valério
Sem pena de Eugênio Pupo
Ventos de agosto de Gabriel Mascaro

O melhor longa leva R$ 250 mil, nada mal para filmes de baixo orçamento. O diferencial dessa edição do festival é que não há nomes consagrados do cinema brasileiro. Todos podem ser enquadrados no rótulo de "novo cinema brasileiro". Seus diretores tem idades relativamente baixas, além da proposta artesanal da realização (em oposição à indústria) e o diálogo com estéticas alternativas. Só fico em dúvida se isso é de todo bom, numa época em que o cinema nacional tenta cada vez mais se reaproximar de seu público.

Ventos de agosto





terça-feira, 16 de setembro de 2014

DO LADO DE FORA


Tenho o costume de ir no shopping uma vez por mês (já que minha cidade é pequena e o shopping mais perto fica em Goiânia) comprar a edição atual da Revista Monet, que é o Guia de Programação da NET (eu não tenho NET, mas a revista é muito útil para eu acompanhar a programação dos canais da OI). Apesar de achar que a Monet dá muita prioridade às séries de TV e eu não costumo assistir a nenhuma série. Minha preferência são os filmes.

Domingo passado era o dia marcado para tal evento, mas como olhei por alto a programação dos cinemas e não encontrei nenhum filme que me interessasse, estava quase desistindo, quando fiquei sabendo que estava em cartaz o filme DO LADO DE FORA, nem sabia da sinopse, só que se tratava de um filme brasileiro, mas isso já foi o bastante para decidir.


Fiquei meio decepcionado quando cheguei na porta do cinema e vi o cartaz do filme que é meio sem graça. Vários sapatos pretos e no meio deles um de salto alto típico das drag queens e a chamada “Uma comédia assumidamente divertida”.

A fila de compra do ingresso estava enorme. Todo mundo ansioso pra ver o blockbuster Hércules e fiquei até com medo de perder o início da sessão, mas deu tempo. Ainda bem que existem os trailers para dar um tempinho pra quem chega atrasado nas sessões.


Dois rapazes, Mauro (Luiz Vaz) e Rodrigo (Maurício Evanns) vão pela primeira vez à Parada Gay, levados pelo tio do primeiro, Vicente (Marcello Airoldi) e no caminho se deparam com um gay sendo agredido por homofóbicos, Roger (André Bankoff) e o defendem.

Enquanto cuidam dele, suas histórias se revelam e todos chegam a conclusão que nenhum deles se assumiu ainda, mas prometem fazer isso até a Parada do ano seguinte. O pior caso é o de Roger que é casado, já tem um filho e a esposa ainda está grávida de novo. Mesmo assim se envolve com Vicente e começa a contar algumas mentiras para a esposa e para a sogra, vivida pela hilária Silvetty Montilla.


Mauro é bem espalhafatoso, sonha em ser drag queen, mas ainda não contou para os pais que são evangélicos, sua orientação sexual; Lucas é mais contido e arruma um namorado na escola, até com certa facilidade. Há ainda um casal de lésbicas, uma dona de uma loja de roupas e outra blogueira que fica chocada com a agressividade dos homofóbicos e com o enrustimento de quem não tem coragem de se assumir como gay.

Antes de ver o filme, estava em dúvida sobre o porquê do título, mas tem relação com sair do armário, a gíria para se assumir.



Gostei demais de Do lado de fora. É daquele tipo de filme alegre, que faz a gente sair do cinema feliz e para coroar ainda tem na trilha sonora, a música Noite Preta de Vange Leonel em versão remixada. A música foi tema da novela Vamp (1991) e é uma das minhas preferidas.


domingo, 14 de setembro de 2014

FEITO EM CASA

Cena de Rock Brasília - A era de ouro

O mês de setembro marca o aniversário de 16 anos do Canal Brasil. A partir de 2006, além de exibidor, o Canal também se consolidou como incentivador e investidor do cinema, produzindo e coproduzindo mais de 100 projetos.

A sessão Feito em Casa, que estreia hoje, traz ao espectador a oportunidade de conferir novamente 13 desses filmes. Sejam documentários ou ficções, eles refletem a pluralidade da cultura do país em suas mais diversas vertentes.

A atriz Paloma Duarte será a responsável por apresentar os títulos selecionados:
Loki – Arnaldo Baptista (2009); - Dia 14/09 às 22 h
Luz nas Trevas, a Volta do Bandido da Luz Vermelha (2012); - 21/09 às 22 h
Revelando Sebastião Salgado (2013); - 28/09 às 22 h
Jorge Mautner – O Filho do Holocausto (2012); - 05/10 às 22 h
Dzi Croquettes (2010); - 12/10 às 22 h
Dossiê Jango (2013); - 19/10 às 22 h
Cine Holliúdy (2013) – 26/10 às 22 h
Rock Brasília – Era de Ouro (2011); - 02/11 às 22 h
Bonitinha, Mas Ordinária (2013) – 09/11 às 22 h
Canções do Exílio, a Labareda Que Lambeu Tudo (2011); - 16/11 às 22 h
Waldick – Sempre no Meu Coração (2008); - 23/11 às 22 h
Primeiro Dia de um Ano Qualquer (2012); - 30/11 às 22 h
Riscado (2012); - 07/12 às 22 h.


P.S. Já assisti a todos eles e acho essa atitude do Canal Brasil de produzir e co-produzir filmes muito louvável por investir naquilo que dá vida ao canal: os filmes brasileiros e além de tudo ainda lhe dá exclusividade na exibição dos filmes.