sábado, 29 de agosto de 2015

A NOITE AMERICANA


Sempre soube que “noite americana” é um filtro especial da câmera que faz as cenas filmadas durante o dia, parecerem noturnas, mas nunca entendi porque não esperar a noite para fazer essas cenas e deixar tudo mais natural. Mas aí está a mágica do cinema: contar uma mentira tão bem contada que parece até verdadeira. E é essa também a explicação para o título do filme.

Uma verdadeira declaração de amor ao cinema. Bem maior que a nossa, que somos apenas espectadores, falando de gente que trabalha com cinema e faz disso sua vida. tudo é meio autobiográfico. François Truffaut que é o diretor, também faz o diretor do filme “A chegada de Pamela” ou “Eu vos apresento Pamela” como preferem alguns tradutores; Jacqueline Bisset interpreta uma personagem inspirada em Julie Christie, que fez Farenheit 451 com Trauffaut e cita a catapora que era a doença que tinha a personagem do filme que a revelou (Um caminho para dois); a morte do ator principal durante as filmagens foi uma lembrança de Françoise Dorléac que fez com ele, “Um só pecado” e tantas outras referências.

O diretor tem que lidar com os egos exaltados de sua estrela, que teve anteriormente um colapso nervoso (Bisset), seu astro apaixonado por uma assistente (Jean Pierre Aumont), uma atriz que não consegue decorar as falas (Valentina Cortese, que venceu o Oscar de atriz coadjuvante); o galã veterano que assume ser gay... Mas sempre fazendo relação entre o cinema e a vida real. O próprio diretor assume que a vida é muito mais importante que o cinema, ao passo que a aplicada assistente de direção diz que jamais abandonaria um filme por um homem, como fez uma outra assistente. E depois quando o contra-regra diz a um repórter que não houve nenhum problema durante as filmagens e que tomara que o público goste tanto de assistir ao filme quanto eles gostaram de fazê-lo.

O cinema é isso: às vezes filmagens atribuladas ou brigas entre o elenco geram verdadeiras bombas, outras vezes geram filmes primorosos, mas não há como prever isso e é aqui que entramos nós, os espectadores (e também os críticos) que determinam o sucesso ou o fracasso ou se o filme é bom ou ruim.



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

METADE

Ferreira Gullar















Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.

Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também



domingo, 23 de agosto de 2015

FILMES COPRODUZIDOS PELO CANAL BRASIL


O Canal Brasil além de exibir filmes brasileiros em 70% de sua programação, ainda participa da produção e co-produção dos filmes, o que é bastante interessante para a produção nacional e depois ainda tem o direito de exibi-lo em primeira mão pouco tempo depois da exibição nos cinemas.

Vamos à lista dos filmes:
(X) Minutos Atrás
(X) A Farra do Circo
(X)  Educação Sentimental


(X) Gata Velha Ainda Mia
(X) Mazzaropi
(X) Mão na Luva
(X) Setenta”, de Emilia Silveira.
(X) O Uivo da Gaita
(X) O fim de uma era
(X) O Rio Nos Pertence
(X) A batalha pelo Rio
(X) Lascados
(X) Olho nu
(X) Jards
(X) Casa 9
(X) Riscado
(X) Dossiê Jango
(X) Jorge Mautner – O filho do holocausto
(X) Rock Brasília – A era de ouro
(X) Dzi Croquettes
(X) Loki - Arnaldo Batista
(X) Revelando Sebastião Salgado
(X) Bonitinha, mas ordinária (2013)
(X) Paixão e acaso
(X) Luz, anima, ação
(X) Waldick – Sempre no Meu Coração 
(X) Primeiro dia de um ano qualquer
(X) Luz nas Trevas, a Volta do Bandido da Luz Vermelha
(X) Canções do Exílio, a Labareda Que Lambeu Tudo 
(X) A balada do provisório
(X) Cine Holliúdy
(X) Intrépida Trupe - Será que o tempo realmente passa?
       (X) Seewatchlook - O que você vê quando olha o que enxerga?
(X) Nelson 70
(X) Castanha


(X) Anna K.
(X) Meus dois amores
(X) Amor, plástico e barulho
(X) Favela gay
(X) A queima roupa
(X) Romance Policial
(X) Insubordinados
(X) Entreturnos
(X) Toro
(X) Hector
(X) Jauja
(X) Boi Neon
(X) Cordilheiras do mar - A fúria do fogo bárbaro
(   ) Mario Willace Simonsen - Entre a memória e a história
(X) Cidade de Deus – 10 Anos Depois
(X) Conversa com JH
(X) Cauby – Começaria Tudo Outra Vez
(   ) 82 minutos
(X) Ralé
(X) Órfãos do Eldorado
(X) Muitos homens num só
(   ) A morte de J. P. Cuenca
(   ) Aspirantes
(   ) Crônica da demolição
(   ) Campo Grande
(   ) Quase memória
(X) Caminho de volta
(X) Sete visitas
(   ) Nervos de aço
(   ) Love film festival
(X) Geraldinos
(X) A mulher de longe
(X) Campo de jogo
(   ) A luneta do tempo
(   ) O garoto
(   ) O prefeito
(   ) Origem do mundo
(X) O futebol
(   ) Introdução à música do sangue
(X) Eu sou Carlos Imperial
(X) Sabotage - O mestre do Candão
(X) Dissecando Antonieta
(   ) O outro lado do paraíso
(X) Mulheres no poder
(   ) Mar de fogo
(   ) Big jato
(   ) Abaixando a máquina 2 - No limite da linha
(   ) A despedida
(   ) Yorimatã
(   ) Cinema Novo
(   ) Lampião da esquina
(   ) Vampiro 40º



FILMES COPRODUZIDOS PELO CANAL BRASIL


O Canal Brasil além de exibir filmes brasileiros em 70% de sua programação, ainda participa da produção e co-produção dos filmes, o que é bastante interessante para a produção nacional e depois ainda tem o direito de exibi-lo em primeira mão pouco tempo depois da exibição nos cinemas.

Vamos à lista dos filmes:
(X) Minutos Atrás
(X) A Farra do Circo
(X)  Educação Sentimental


(X) Gata Velha Ainda Mia
(X) Mazzaropi
(X) Mão na Luva
(X) Setenta”, de Emilia Silveira.
(X) O Uivo da Gaita
(X) O fim de uma era
(X) O Rio Nos Pertence
(X) A batalha pelo Rio
(X) Lascados
(X) Olho nu
(X) Jards
(X) Casa 9
(X) Riscado
(X) Dossiê Jango
(X) Jorge Mautner – O filho do holocausto
(X) Rock Brasília – A era de ouro
(X) Dzi Croquettes
(X) Loki - Arnaldo Batista
(X) Revelando Sebastião Salgado
(X) Bonitinha, mas ordinária (2013)
(X) Paixão e acaso
(X) Luz, anima, ação
(X) Waldick – Sempre no Meu Coração 
(X) Primeiro dia de um ano qualquer
(X) Luz nas Trevas, a Volta do Bandido da Luz Vermelha
(X) Canções do Exílio, a Labareda Que Lambeu Tudo 
(X) A balada do provisório
(X) Cine Holliúdy
(X) Intrépida Trupe - Será que o tempo realmente passa?
       (X) Seewatchlook - O que você vê quando olha o que enxerga?
(X) Nelson 70
(X) Castanha


(X) Anna K.
(X) Meus dois amores
(X) Amor, plástico e barulho
(X) Favela gay
(X) A queima roupa
(X) Romance Policial
(X) Insubordinados
(X) Entreturnos
(X) Toro
(X) Hector
(X) Jauja
(X) Boi Neon
(X) Cordilheiras do mar - A fúria do fogo bárbaro
(   ) Mario Willace Simonsen - Entre a memória e a história
(X) Cidade de Deus – 10 Anos Depois
(X) Conversa com JH
(X) Cauby – Começaria Tudo Outra Vez
(   ) 82 minutos
(X) Ralé
(X) Órfãos do Eldorado
(X) Muitos homens num só
(X) A morte de J. P. Cuenca
(   ) Aspirantes
(   ) Crônica da demolição
(X) Campo Grande
(   ) Quase memória
(X) Caminho de volta
(X) Sete visitas
(   ) Nervos de aço
(   ) Love film festival
(X) Geraldinos
(X) A mulher de longe
(X) Campo de jogo
(X) A luneta do tempo
(X) Garoto
(X) O prefeito
(   ) Origem do mundo
(X) O futebol
(   ) Introdução à música do sangue
(X) Eu sou Carlos Imperial
(X) Sabotage - O mestre do Candão
(X) Dissecando Antonieta
(X) O outro lado do paraíso
(X) Mulheres no poder
(   ) Mar de fogo
(X) Big jato
(X) Abaixando a máquina 2 - No limite da linha
(X) A despedida
(X) Yorimatã
(X) Cinema Novo
(X) Lampião da esquina
(X) Lua em Sagitário
(X) O espelho
(X) Rota de fuga
(X) O silêncio do céu
(X) Magal e os formigas
(   ) O silêncio do céu
(   ) Vampiro 40º
(   ) Maresia
(   ) Divinas divas
(   ) Guerra do Paraguai
(   ) Fica mais escuro antes do amanhecer
(   ) Entre os homens de bem
(   ) A destruição de Bernardet
(   ) Canastra suja
(   ) Deserto
(   ) Silêncio no estúdio
(   ) Pendular
(   ) Não devore meu coração
(   ) A Glória e a Graça



quinta-feira, 20 de agosto de 2015

CINE ARTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE - 20 A 26 DE AGOSTO


20 a 26 (quinta a quarta) – 14h30
O CONTO DA PRINCESA KAGUYA
Kaguya-hime no monogatari, Japão, 2013, 137`, livre, legendado
De Isao Takahata

Esta animação é baseada no conto popular japonês "O corte do bambu". Kaguya era um minúsculo bebê quando foi encontrada dentro de um tronco de bambu brilhante. Ela se transforma em uma bela jovem que passa a ser cobiçada por 5 nobres, dentre eles, o próprio Imperador. Mas nenhum deles é o que ela realmente quer. A moça envia seus pretendentes em tarefas aparentemente impossíveis para tentar evitar o casamento com um estranho que não ama. Mas Kaguya terá que enfrentar seu destino e punição por suas escolhas. Indicado ao Oscar de Melhor Animação.


Dia 20 (quinta) – 18h10 >  Cineclube Rã Vermelha – Entrada Franca

O Cineclube Rã Vermelha apresenta sua primeira sessão de curtas.

O DESEJO DO MORTO
Paraíba, 2013, 34'
de Ramon Porto Mota
Com  Ana Luisa Camino, Edyvania Emily, Fernando Teixeira, Tavinho Teixeira 


O MEMBRO DECAÍDO 
Maranhão, 2012, 17'
de Lucas Sá
Com  Gabriel Coelho, Gabriel Magalhães, Guilherme Borges, João Marcus, Laura Sá, Seu Mingau, Verbena Régina 

LOJA DE RÉPTEIS
Pernambuco, 2014, 17'
de Pedro Severien
Com Cintia Lima, Dandara de Morais, Joana Gatis, Giordano Castro, Larysa Nascimento, Maeve Jinkings, Fransergio Araujo

O DUPLO
São Paulo, 2012, 25'
de Juliana Rojas
Com  Gilda Nomacce, Majeca Angelucci, Sabrina Greve 


Dia 20 (quinta) – 20h > Cineclube Sala Escura - Exibição seguida de debate
21 a 26 (sexta a quarta) – 19h10
A NAÇÃO QUE NÃO ESPEROU POR DEUS
Brasil, 2015, 89’, livre
De Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen

Em 1999, Lucia Murat filmou "Brava Gente Brasileira", um filme de época que contou com a participação dos índios Kadiwéu, que vivem no Mato Grosso do Sul. "A Nação Que Não Esperou Por Deus" é um documentário sobre essa tribo, feito em 2013/2014 pela mesma diretora, com a co-direção de Rodrigo Hinrichsen, assistente de direção de "Brava Gente Brasileira". Nesses 15 anos, a luz elétrica chegou à aldeia, e com ela a televisão, as novelas e todo o mundo do entretenimento. Cinco diferentes igrejas evangélicas se estabeleceram na reserva, todas lideradas por pastores índios. Ao mesmo tempo, os Kadiwéu voltaram a lutar pela demarcação de suas terras, retomando áreas em mãos de pecuaristas. O documentário procura mostrar esses diferentes caminhos.



21 a 26 (sexta a quarta) – 17h10
QUANDO MEUS PAIS NÃO ESTÃO EM CASA
Ilo Ilo, Singapura, 2013, 99’, 12 anos
De Anthony Chen
Com Yann Yann Yeo, Jialer Koh, Tianwen Chen, Angeli Bayani

Em 1997, durante a crise financeira asiática, Teresa, uma filipina recém-chegada a Singapura em busca de uma vida melhor, torna-se empregada da família Lim. Jiale, o problemático garoto de quem ela deve cuidar, rejeita sua presença. Com o tempo, Teresa e Jiale formam um forte vínculo, mas a crise atrapalha os planos da família. Prêmio Caméra d’Or, para melhor longa-metragem de diretor estreante, no Festival de Cannes 2013 e outros 22 prêmios em festivais e associações de críticos.



21 a 26 (sexta a quarta) – 21h
COBAIN: MONTAGE OF HECK
EUA, 2015, 145`, 14 anos
De Brett Morgen

Documentário sobre o vocalista, guitarrista e compositor Kurt Cobain, líder do Nirvana. Com acesso a arquivos pessoais e depoimentos de familiares, o filme conta do início até a ascensão de sua carreira, apresentando diversas canções, algumas delas inéditas. O retrato íntimo de um artista que raramente se revelou para a mídia.


Ingressos
Inteira: R$ 12,00 | Meia: R$ 6,00 (exceto segundas-feiras)

Segunda-feira: Promoção “Meia-entrada para todos” – R$ 4,00

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

OS VENCEDORES DO 43º FESTIVAL DO GRAMADO


O filme "Ausência" foi o grande vencedor do Festival de Cinema de Gramado, realizado na serra gaúcha. O anúncio dos ganhadores foi feito na noite deste sábado (15) em cerimônia no Palácio dos Festivais (confira a lista completa abaixo). Foram distribuídos kikitos em 28 categorias para filmes que competiram nas mostras de longas-metragens, nacionais e estrangeiros, além de curtas brasileiros, entre dramas, comédias e documentários.

Curta-metragem brasileiro
Melhor Desenho de Som: Tiago Bello, por “O Teto Sobre Nós”
Melhor Trilha Musical: Felipe Junqueira e Samuel Ferrari, por “Miss & Grubs”
Melhor Direção de Arte: Welton Santos, por “Miss & Grubs”
Melhor Montagem: Chico Lacerda, por “Virgindade”
Melhor Fotografia: Arno Schuh, por “O Corpo”
Melhor Roteiro: Tiago Vieira e Fabrício Ide, por “Quando parei de me preocupar com canalhas”
Melhor Atriz: Giuliana Maria, por “Herói”
Melhor Ator: Matheus Nachtergaele, por “Quando parei de me preocupar com canalhas”
Prêmio Especial do Júri: “Haram”
Melhor Filme Júri Popular: “Bá”, de Leandro Tadashi
Melhor Diretor: Bruno Carboni, por “O Teto Sobre Nós”
Melhor Filme: “O Corpo”, de Lucas Cassales
Prêmio Canal Brasil: "Dá Licença de Contar", de Pedro Serrano
Júri da Crítica – Curta-Metragem: “Dá Licença de Contar”, de Pedro Serrano

Longas estrangeiros
Melhor Fotografia: Nicolas Ordoñez, por “Venecia”
Melhor Atriz: Claudia Muñiz, Marianela Pupo e Maribel García Garzón, por “Venecia”
Melhor Roteiro: Carlos Armella, por “En La Estancia”
Melhor Ator: Gilberto Barraza, por “En La Estancia”
Melhor Filme Júri Popular: “Ella”, de Libia Stella Gómez
Melhor Diretor: Kiki Alvarez, por Venecia
Melhor Filme: “La Salada”, de Juan Martin Hsu
Prêmio Dom Quixote: “En La Estancia”, de Carlos Armella
Júri da Crítica – Longa Estrangeiro: “La Salada” de Juan Martin Hsu


Longas Brasileiros
Melhor Desenho de Som: “Ponto Zero”
Melhor Atriz Coadjuvante: Fernanda Rocha, por “O Último Cine Drive-In”
Melhor Ator Coadjuvante: Otavio Muller, por “Um Homem Só”
Melhor Trilha Musical: Alexandre Kassin, por “Ausência"
Melhor Direção de Arte: Maíra Carvalho, por “O Último Cine Drive-In"
Melhor Montagem: Frederico Brioni, por “Ponto Zero”
Melhor Fotografia: Adrian Tejido, por “Um Homem Só”
Melhor Roteiro: Chico Teixeira, César Turim e Sabina Anzuategui, por “Ausência”
Melhor Atriz: Mariana Ximenes, por “Um Homem Só”
Melhor Ator: Breno Nina, por “O Último Cine Drive-In”
Melhor Filme Júri Popular: “O Outro Lado do Paraíso”, por André Ristum
Melhor Diretor: Chico Teixeira, por “Ausência"
Melhor Filme: “Ausência”, de Chico Teixeira
Júri da Crítica – Longa Brasileiro: “O Último Cine Drive-In”, de Iberê Carvalho



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

CINE ARTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE EXIBE FILMES BRASILEIROS


O Cine Arte da UFF exibe filmes brasileiros entre os dias 13 e 19 de agosto com debates após as exibições.


13 a 19 (quinta a quarta) – 14h10
CAUBY - COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ
Brasil, 2012, 72’, 12 anos
De Nelson Hoineff

Documentário que conta a história do cantor Cauby Peixoto, uma figura icônica na música brasileira, nascido em Niterói. Interpretando músicas desde a Bossa Nova até o Rock’n Roll, ele é considerado o maior cantor do Brasil por grandes nomes da música brasileira, como Elis Regina e Agnaldo Rayol.



13 a 19 (quinta a quarta) – 15h40
AS CANÇÕES
Brasil, 2011, 90’, livre
De Eduardo Coutinho

Nas ruas do Rio de Janeiro, em anúncios de jornais e pela internet, o cineasta entrevistou pessoas e selecionou dezoito histórias para compor o filme. Dezoito pessoas comuns, de 22 a 82 anos, que olharam para a câmera, cantaram as canções que marcaram de alguma forma suas vidas e compartilharam suas histórias. Entre as músicas que fazem parte do filme, temos Roberto Carlos, Vinícius de Moraes e Noel Rosa. Prêmio do Júri e Prêmio do Público de Melhor Documentário no Festival do Rio 2011.



13 a 19 (quinta a quarta) – 17h30
UMA NOITE EM 67
Brasil, 2010, 85’, livre
De Ricardo Calil e Renato Terra

Final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra da viola no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do tropicalismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos.



Dia 13 (quinta-feira) – 20h – Entrada franca
Arquivo em Cinema – Exibição seguida de debate
RETRATOS DE IDENTIFICAÇÃO
Brasil, 2014, 71’,12 anos
De Anita Leandro

Na época da ditadura, os presos políticos eram fotografados em diferentes situações. Hoje, dois sobreviventes da tortura veem, pela primeira vez, as fotografias relativas às suas prisões. Antônio Roberto Espinosa, testemunha sobre Chael Schreier, com quem conviveu na prisão. Já Reinaldo Guarany relembra sua saída do país e fala sobre Maria Auxiliadora Lara Barcellos, com quem viveu em Berlim. Um filme necessário, contundente e revelador.
Parceria do Cine Arte UFF com o Arquivo Nacional.

Debatedores
Anita Leandro (Diretora do filme, pesquisadora e professora da Escola de Comunicação da UFRJ)
Luiz Alberto Sanz > Jornalista, cineasta e professor titular aposentado do Dep. de Comunicação Social da UFF
Mônica Almeida Kornis > Professora do CPDOC, Doutora em Ciências das Comunicações pela ECA-USP
Wallace Andrioli Guedes > Historiador, doutorando em História Social pela UFF e professor da UFJF
Mediação
Carlos Eduardo Pinto de Pinto > Prof. do Dep. de História da UERJ e pesquisador do Lab. de História Oral e Imagem da UFF



14 a 19 (sexta a quarta) – 19h10
VIOLETA FOI PARA O CÉU
Violeta se fue a los cielos, Chile/Arg/Bra, 2011, 110’, 12 anos
De Andrés Wood
Com Francisca Gavilán, Thomas Durand, Christian Quevedo

O filme conta a trajetória da compositora, artista e cantora chilena Violeta Parra. Esta biografia não segue uma linha cronológica, focando-se em diversos momentos da vida de Violeta, como sua infância na província de Ñuble, sua viagem pelo interior do Chile, as visitas à França e à Polônia, além do romance com o suíço Gilbert Favre. O filme é inteiramente intercalado com trechos de uma entrevista que Violeta Parra deu à televisão em 1962. Grande Prêmio do Júri no Sundance Film Festival 2012 – Word Cinema Drama.



14 a 19 (sexta a quarta) – 21h20
LOS HERMANOS - ESSE É SÓ O COMEÇO DO FIM DA NOSSA VIDA 
Brasil, 2015, 85´, 12 anos
De Maria Ribeiro

A banda Los Hermanos ganha um registro íntimo e fiel ao seu espírito no documentário de Maria Ribeiro. Em 2007, depois de uma década juntos e quatro discos lançados, os integrantes da banda anunciaram, no auge do sucesso, que fariam uma pausa por tempo indeterminado. Depois de um hiato de cinco anos, eles se reuniram para uma turnê que percorreu 12 cidades brasileiras. O documentário acompanha as apresentações em cinco dessas cidades (Recife, Brasília, Salvador, Porto Alegre e Rio de Janeiro), revelando o cotidiano de uma turnê, os bastidores dos shows e a participação sempre calorosa dos fãs.



Ainda em agosto:
A MÚSICA SEGUNDO TOM JOBIM > 21 a 26 (sexta a quarta) – 19h20
COBAIN: MONTAGE OF HECK > 21 a 26 (sexta a quarta) – 21h

Ingressos
Inteira > R$ 12,00 | Meia > R$ 6,00 (exceto segundas-feiras)
Segunda-feira > Promoção “Meia-entrada para todos” – R$ 4,00


Rua Miguel de Frias 9   Icaraí  Niterói  RJ  (21) 3674-7511 | 3674-7512      www.centrodeartes.uff.br

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

QUE HORAS ELA VOLTA?


Já lançado em sete países europeus, filme que estreia no Brasil dia 27 já foi visto por quase meio milhão

A história é tipicamente brasileira, mas vem emocionando o mundo todo. Depois de receber prêmios em alguns dos mais relevantes festivais de cinema do mundo - como os de Sundance e Berlim - no início do ano, “Que Horas Ela Volta?”, protagonizado por Regina Casé, já foi visto por quase meio milhão de pessoas e mereceu honrosos elogios nos sete países europeus em que já foi lançado.  

Eleito pelo público o melhor filme da mostra Panorama no Festival de Berlim e muito aplaudido no Festival de Sundance, nos EUA, onde Regina e Camila Márdila dividiram o troféu de Melhor Atriz, o longa teve os direitos de exibição vendidos para 22 países da Europa, América do Norte, Ásia e Oceania. Está em cartaz atualmente em Itália, França, Espanha, Suíça, Bélgica, Luxemburgo e Áustria. Este mês, chega aos EUA e ao Brasil. Entre setembro e outubro, será lançado na Austrália, na Inglaterra, na Alemanha, no Canadá, na Holanda, em Portugal e na Noruega. No ano que vem, estreia em Taiwan, na Polônia e na Coréia. 

Poucos filmes brasileiros chegam a tantos países. Por isso, desde já, “Que Horas Ela Volta?” é forte candidato a representar o Brasil na disputa pelo Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.


A produção narra a história de Val (Regina), pernambucana que, em busca de uma vida melhor para a família, deixa a filha Jéssica (Camila) com a avó em sua cidade natal para trabalhar como babá em São Paulo. Ao completar 17 anos, a menina decide prestar vestibular na capital paulista e passa a morar com a mãe na casa de seus patrões. O reencontro provoca uma transformação na maneira como os empregados e os donos da casa se relacionam já que Jéssica subverte as regras tácitas estabelecidas. Michel Joelsas, Karine Teles e Lourenço Mutarelli também integram o elenco do filme, dirigido por Anna Muylaert.


sexta-feira, 7 de agosto de 2015

43º FESTIVAL DE GRAMADO


Irandhir Santos em Ausência

Começa hoje a 43ª edição do Festival de Gramado. Um dos mais tradicionais do gênero no Brasil, a premiação vai até o dia 15 de agosto na cidade da Serra do Rio Grande do Sul.

São quatro mostras em disputa: longas-metragens brasileiros, longas-metragens estrangeiros, curtas-metragens nacionais e curtas-metragens gaúchos. A curadoria segue formada pelo jornalista Marcos Santuário, o crítico Rubens Ewald Filho e a atriz, diretora e produtora argentina Eva Piwowarski. Para a seleção, foram vistos 124 filmes brasileiros e 67 estrangeiros.

Foram selecionados oito longas-metragens brasileiros, sete estrangeiros, 15 curtas nacionais e 14 curtas gaúchos. A exemplo de 2014, haverá premiação em dinheiro. Serão 280 mil reais distribuídos entre os vencedores.


A atriz Marília Pêra será agraciada com o Troféu Oscarito. O prêmio, que leva o nome de um dos maiores comediantes da história do cinema brasileiro, foi instituído em 1990 é uma das principais honrarias de Gramado. O cineasta e também ator Daniel Filho, que dirigiu o sucesso de bilheteria "Se Eu Fosse Você", receberá o Troféu Cidade de Gramado.

O ingresso para ir ao cinema em Gramado durante o evento custa R$ 30 (com 50% de desconto para estudantes e pessoas acima de 60 anos) nas noites de exibição e R$ 100 (valor único) para a noite de premiação, em 15 de agosto.

O longa Que horas ela volta? de Anna Muylaert estava concorrendo mas foi retirado por causa de sua pré-estreia programada para São Paulo e isso contraria o regulamento do Festival que diz que nenhum dos filmes concorrentes podem ser exibidos comercialmente ou ter pré-estreia até o dia 15/08. O filme já tinha sido retirado da competição do Cine Ceará, para atender uma exigência de Gramado. Mas Que horas ela volta? será exibido fora de competição.

A cerimônia de encerramento será exibida no dia 15 pelo Canal Brasil, às 20h45.

Vladimir Brichta em Um homem só

Veja os concorrentes da edição 2015 do Festival de Gramado:
Longa-metragem nacional
“Ausência”, de Chico Teixeira (SP)
“Introdução à Música do Sangue”, de Luiz Carlos Lacerda (RJ)
“O Fim e os Meios”, de Murilo Salles (RJ)
“O Outro Lado do Paraíso”, de André Ristum (DF)
“O Último Cine Drive-In”, de Iberê Carvalho (DF)
“Ponto Zero”, de José Pedro Goulart (RS)
“Um Homem Só”, de Cláudia Jouvin (RJ)


Longa-metragem estrangeiro
“Ella”, de Libia Stella Gómez (Colômbia)
“En La Estancia”, de Carlos Armella (México)
“La Salada”, de Juan Martin Hsu (Argentina)
“Ochentaisiete”, de Anahi Hoeneisen e Daniel Andrade (Equador)
“Presos”, de Esteban Ramírez Jímenez (Costa Rica)
“Venecia”, de Kiki Alvarez (Cuba)
“Zanahoria”, de Enrique Buchichio (Uruguai)


Curta-metragem nacional
“Bá”, de Leandro Tadashi (SP)
“Como São Cruéis os Pássaros da Alvorada”, de João Toledo (MG)
“Dá Licença de Contar”, de Pedro Serrano (SP)
“Enquanto o Sangue Coloria a Noite, Eu Olhava as Estrelas”, de Felipe Arrojo Poroger (SP)
“Haram”, de Max Gaggino (BA)
“Heroi”, de Pedro Figueiredo (SP)
“Macapá”, de Marcos Ponts (MA)
“Miss & Grubs”, de Camila Kamimura e Jonas Brandão (SP)
“Muro”, de Eliane Scardovelli (SP)
“O Corpo”, de Lucas Cassales (RS)
“O Teto Sobre Nós”, de Bruno Carboni (RS)
“Quando Parei de Me Preocupar Com Canalhas”, de Tiago Vieira (SP/GO)
“S2”, de Bruno Bini (MT)
“Sêo Inácio (ou O Cinema Imaginário)”, de Helio Ronyvon (RN)
“Virgindade”, de Chico Lacerda (PE)


Mostra Gaúcha
“Arte da Loucura”, de Karine Emerich e Mirela Kruel (Porto Alegre)
“Atrás da Sombra”, de Luciana Mazeto e Vinícius Lopes (Porto Alegre)
“Bruxa de Fábrica”, de Jonas Costa (São Leopoldo)
“Consertam-se Gaitas”, de Ana Cris Paulus, Boca Migotto e Felipe Gue Martini (Bento Gonçalves)
“Da Vida Só Espero a Morte”, de Júlia Ramos (Porto Alegre)
“De Que Lado Me Olhas”, de Carolina de Azevedo e Elena Sassi (São Leopoldo)
"Entre nós", de Maciel Fischer (Pelotas)
"Ferro", de Giordano Gio (Porto Alegre)
“Kaali”, de Gabriel Motta Ferreira (Porto Alegre)
"Liga-pontos", de Teresa Assis Brasil (São Leopoldo)
"Madrepérola", de Deise Hauenstein (São Leopoldo)
“Nes Pas Projeter”, de Cristian Verardi (Porto Alegre)
"O Corpo”, de Lucas Cassales (Porto Alegre)
"O Movimento do Escuro", de Alexandre Rossi (Porto Alegre)
“O Sonho, o Limiar e a Porta que Metamorfoseia”, de Gustavo Spolidoro (Porto Alegre)
“Pele de Concreto”, de Daniel de Bem (Porto Alegre)
"Plano”, de Virginia Simone, Carlos Dias e Matheus Walter (Porto Alegre)
“Quanto Mais Suicida, Menos Suicida”, de Maurício Canterle Gonçalves (Santa Maria)
“Rito Sumário”, de Alexandre Derlam (Porto Alegre)



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

FESTIVAL DE LOCARNO SELECIONA 06 FILMES NACIONAIS




Tem início hoje e vai até o dia 15 de agosto o prestigiado festival de Locarno (Suíça) e tem uma boa surpresa para os brasileiros, pois entre os selecionados estão 06 filmes brasileiros. O evento escolheu tanto obras de diretores consagrados, como Júlio Bressane e Sérgio Machado, quanto filmes de cineastas em ascensão, como Petra Costa e Bruno Safadi.

Confira a lista de produções nacionais em Locarno:
Heliópolis, de Sérgio Machado (filme de encerramento)
Olmo e a Gaivota, de Petra Costa
Garoto, de Júlio Bressane
O Prefeito, de Bruno Safadi


Entre as produções internacionais, destacam-se os novos filmes de Chantal Akerman (No Home Movie), Catherine Corsini (La Belle Saison) e Judd Apatow (Descompensada), assim como as homenagens a Michael Cimino e Marco Bellocchio. O filme de abertura será o drama musical Ricki and the Flash - De Volta para Casa, estrelado por Meryl Streep e dirigido por Jonathan Demme.


Pena que não posso viajar para a Suíça.