quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

AS CHANCHADAS

Grande Otelo e Oscarito em De pernas pro ar

Sabe aquele ditado popular: "Não diga dessa água não beberei"? É a mais pura verdade. Apesar de amar o cinema brasileiro, eu repudiava as chanchadas e fugia delas sempre que passavam no Canal Brasil. Cheguei a escrever uma crítica detonando o filme "Garotas e Samba", mas agora estou vendo uma depois da outra e gostando demais. Até comprei o livro "Este mundo é um pandeiro" de Sérgio Augusto, lançado em 1989 pela Companhia das Letras, o livro “O mundo é um pandeiro” que conta a história do gênero e é uma das fontes mais consultadas quando se fala em chanchada.

Eliana e Anselmo Duarte em Aviso aos navegantes
A chanchada foi um gênero cinematográfico de grande aceitação popular que dominou o cinema brasileiro nos anos 30, 40 e principalmente 50. enfrentava os filmes americanos que faziam muito sucesso desde aquela época.

Foi muito criticada, pois se achava que ela não tinha nada a dizer e isso vem da origem do nome cianciata, que significa um discurso sem sentido, uma coisa vulgar, um argumento falso. Em espanhol chanchada significa “porcaria”, mas isso não era verdade, sempre havia algo por trás daquelas histórias ingênuas e algo maliciosas.


No início, serviam para divulgar as marchinhas carnavalescas e vários filmes traziam a palavra carnaval no próprio nome, como “Alô, alô, carnaval” (35), “Carnaval no fogo (49), Carnaval Atlântida (53) e Carnaval em Marte (55). Com o decorrer do tempo, as histórias ficaram mais complexas com a introdução de novas situações dramáticas, abandonando um pouco seu lado teatral e radiofônico.

A maior produtora de chanchada foi a Atlântida, fundada em 1941 pelos irmãos José Carlos Burle e Paulo Burle que produziu sucessos como “Não adianta chorar”, “Esse mundo é um pandeiro”, “E o mundo se diverte”, “Carnaval no fogo”, “Aviso aos navegantes”, “Nem Sansão nem Dalila”, “Matar ou correr” e “O homem do Sputinik”. Em 1962, com o começo da derrocada do gênero, a empresa fechou as portas, só realizando em seguida algumas co-produções. Em 1975, Carlos Manga, um dos astros do gênero, dirigiu um documentário sobre o estúdio: Assim era a Atlântida.

José Lewgoy
Foram vários os astros e estrelas daquele período, com destaque, como Oscarito, Grande Otelo, Dercy Gonçalves, Eliane, Anselmo Duarte, José Lewgoy, Zezé Macedo, Cyll Farney e Fada Santoro.

As produções eram baratas e tinham retorno garantido de público que lotava os cinemas, mas no começo da década de 60, a fórmula já estava desgastada e o gênero começava a dar seus últimos suspiros, depois de quase três décadas de sucesso.

Acho que é impossível gostar de cinema brasileiro e ignorar algum gênero específico. Se ainda não conhece (o que é bem improvável), passe a conhecer também.


domingo, 27 de dezembro de 2015

STAR WARS: O DESPERTAR DA FORÇA BATE RECORD NOS ESTADOS UNIDOS


Star Wars: O Despertar da Força”, o sétimo capítulo da saga especial  criada por George Lucas em 1977, quebrou mais um recorde no primeiro fim  de semana de exibição nos Estados Unidos. O filme, dirigido por J.J.  Abrams, conseguiu quebrar o recorde de melhor estreia no país ao  arrecadar US$ 238 milhões.
A soma é maior do que os US$ 208  milhões garantidos por Jurassic World, outro blockbuster que estreou em  julho deste ano e detinha o posto de maior arrecadador da história dos  cinemas norte-americanos até então.
Globalmente, no entanto, a força não despertou com tanta força assim. Mas foi por pouco. Embora tenha arrecado a impressionante bilheteria de US$ 517 milhões, “Star Wars” não ultrapassou a marca dos dinossauros, de US$ 524 milhões. Não foi culpa da Disney, mas sim da China. O segundo maior mercado de cinema do mundo só vai estrear o filme em 2016.
No Brasil, o filme alcançou 2 milhões em público no final de semana de estréia, arrasando os concorrentes. Vamos ver como a grande estréia de Até que a sorte nos separe 3 vai reagir nos cinemas ao lado desse arrasa quarteirão.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

OS FILMES NATALINOS

Chevy Chase em Férias Frustradas de Natal

Agora chegou a vez de lembrar dos filmes natalinos, que são vários. Todos lançados convenientemente nesta época do ano.

Férias frustradas de Natal (1989) - Segunda parte da hilária trilogia estrelada por Chevy Chase e Beverly Dangelo.


A felicidade não se compra (1946) (foto) - Clássico incontestável dirigido por por Frank Capra. James Stewart sempre ajudou a todos, mas quer se suicidar saltando de uma ponte, mas as pessoas oram tanto por ele que um anjo retorna à Terra, tentando convencê-lo do contrário e mostrando como seria a vida daquelas pessoas se ele não existisse.


Uma história de natal (2003) (foto) - Fábula natalina estrelada por Melinda Dillon e lançada recentemente em bluray no Brasil.


Papai noel às avessas (2003) - Billy Bob Thornton é o tresloucado papai noel desta comédia insana.


Os fantasmas de Scrooge (2009) - Animação estrelada por Jim Carrey, baseada em Um conto de Natal de Charles Dieckens.


Um herói de brinquedo (1996) - Comédia estrelada pelo grandalhão Arnold Schwarzenegger na época em que ele resolveu fazer comédia.

São tantos...

O Natal do Charlie Brown (1965)

Feliz Natal (Brasil - 2008)

O conto de natal dos Muppets (1992)

Natal branco (1954)

Um natal muito louco (2011)

Um natal mágico (1989)

Furyo - Em nome da honra (1983)

Meu papai é noel (1994)

Meu papai é noel 2 (2002)

Conto de natal (1951)

Um conto de natal (2004)

Um natal muito, muito louco (2004)

O natal encantado da Bela e a Fera (1997)

Natal negro (2006)

O conto de Natal do Mickey (1983)

O natal dos Muppets (2003)

Um feliz natal a todos! Hô, hô, hô!


Um natal mágico

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

OS WESTERN SPAGHETTI

Giuliano Gemma

Western Spaghetti foi o nome pejorativo que se deus aos faroestes feitos na Itália. Ele também ficou conhecido com bangue-bangue à italiana. Esse gênero se popularizou na década de 60, alcançando seu primeiro sucesso com O Dólar Furado (1965), estrelado por Giuliano Gemma. Vendo grandes oportunidades, atores americanos como Clint Eastwood e Lee Van Cleef mudaram-se para a Itália e passaram de atores coadjuvantes a astros famosos depois de participarem de vários westerns spaghetti.

Clint Eastwood em Por um punhado de dólares

Clint Eastwood teve sua grande chance quando o diretor Sergio Leone procurava em Hollywood um ator de prestígio e físico avantajado para estrelado Por um punhado de dólares (1964). O cachê era pequeno (US$ 15 mil), mas valeu a pena, o filme foi um sucesso e rendeu duas continuações Por alguns dólares a mais (1965) e Três homens em conflito (1966).

Lee Van Cleef

Lee Van Cleef participou de mais de 350 filmes para o cinema e a TV, muitos deles na Itália, comDia da ira (1963), O dia da lei (1964), El Condor (1970), A quadrilha da fronteira (1972), A arma divina e Vendetta.

Já Giuliano Gemma foi o maior astro do gênero. Como pistoleiro de mira certeira e munição infinita, ele fez dezenas de filmes sobre Ringo, Gringo e afins, muitos sob o pseudônimo de Montgomery Wood, como Adeus, gringo (1966), Quando as mulheres tinham rabo (1970), que parece título de pornochanchada, Dias de vingança (1970), Minha lei é matar ou morrer (1971), Dias de vingança, Sal de prata, Ringo não perdoa... mata.

Terence Hill e Bud Spencer

Mas a dupla mais engraçada dos westerns foi com certeza Terence Hill e Bud Spencer que estrelou a série Trinity, que teve grande sucesso: Assim começou Trinity (1969) e passando por Trinity é meu nome (1971), Trinity ainda é meu nome (1972), Dá-lhe duro Trinity (1973), Trinity – A colina dos homens maus (1975) e Trinity e seus companheiros (1975).

Naqueles filmes havia muita ação e violência e apesar do desprezo de grande parte da crítica, eles revelaram diretores de grande competência como Sérgio Leone, Sergio Corbucci e John Sturges.

Sergio Leone

Sérgio Leone foi o diretor mais conhecido do gênero. Dizem que ele teria ‘roubado’ a ideia do ‘homem sem nome’ (da trilogia estrelada por Clint Eastwood) de um filme de Akira Kurosawa, mas isso é só um detalhe. Dotado de um estilo particular, inovou o gênero com muita violência, mas mesmo assim com bom gosto, além de muita garra e paixão. Dirigiu Era uma vez no Oeste (1968), estrelado por Henry Fonda e Charles Bronson e a trilogia com Clint Eastwood.

Foram feitos mais de 600 filmes até 1977, mas o gênero já estava em decadência há algum tempo.


sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

OS FAROESTES

Morgan Freeman e Clint Eastwood em Os Imperdoáveis

O Faroeste é o gênero mais “viril” do cinema (se é que se pode referir dessa forma a um gênero cinematográfico), em que os homens são corajosos e destemidos e as mulheres mais indefesas, o calor é quase insuportável, o dinheiro curto e a justiça tem que prevalecer a qualquer custo.

O Oeste era o destino para quem vivia nos Estados Unidos no século XIX e tinha problemas com a lei ou com os credores, para quem queria se aventurar em uma nova vida ou enriquecer com a corrida do ouro e o petróleo. É essa saga de pioneiros e desbravadores, bem como de bandidos e pistoleiros que é retratada nos faroestes, westerns ou simplesmente filmes de bangue-bangue como eram conhecidos inicialmente. A receita era simples: um herói solitário, geralmente lutando por justiça e resolvendo quase tudo sozinho ou com a ajuda de poucos na luta contra o ambiente ou contra os bandidos inescrupulosos.

John Wayne e Montgomery Clift em Rio Vermelho

O faroeste é um gênero americano por excelência (apesar da Itália ter se adequado tão bem com os weterns-spaghetti), povoado por mitos, valores próprios e uma maneira particular de filmagem – quase sempre em locações com amplos espaços que facilitavam as tomadas em planos abertos. O ambiente era quase tão importante quanto os heróis (como em Da terra nascem os homens - 1958 - de William Wyler). Ali aconteceram duelos emocionantes dirigidos por mestres como John Ford, Howard Hawks, Henry Hathaway e Sam Peckinpah.

Cena de Sete homens e um destino

São temas inconfundíveis como a cidade fantasma (Céu amarelo, 1948), o homem rápido no gatilho quer mas não consegue fugir da fama de pistoleiro (O matador, 1950), o homem que quer se impor como indivíduo, mas é impedido pela sociedade (Matar ou morrer, 1952), o homem que quer fazer justiça com as próprias mãos (Estigma da crueldade, 1958), o homem que tem contas a acertar com os índios (Rastros de ódio, 1956), os índios que cercam um forte (Forte apache, 1948), bandidos que se regeneram (Sete homens e um destino, 1960).

Os astros mais conhecidos do gênero são John Wayne, Richard Widmark, Kirk Douglas, Clint Eastwood, Burt Lancaster, James Stewart, Errol Flynn, Henry Fonda, Charlton Heston, Gary Cooper, William Holden, Lee Marvin, Yul Brynner, Steve McQueen, James Coburn, Randolph Scott, Lee Van Cleef e Robert Ryan. Será que esqueci alguém?

Cena de Silverado

Os meus faroestes preferidos são Matar ou morrer (1952), Os brutos também amam (1953), De volta para o futuro 3 (1990) e Quatro mulheres e um destino (1994), mas também são clássicos inesquecíveis: Buth Cassidy (1969), O diabo feito mulher (1952), Duelo de titãs (1959), Rio vermelho (1948), Era uma vez no Oeste (1969), Herança de um valente (1982), O homem que matou o facínora (1962), Meu ódio será sua herança (1969), No tempo das diligências (1939), Onde começa o inferno (1959), Onde os homens são homens (1971), Paixão dos fortes (1946), Pequeno grande homem (1970), Os profissionais (1966), Vera Cruz (1954), Rastros de ódio (1956), Sete homens e um destino (1960), Silverado (1985) e Os imperdoáveis (1993).


terça-feira, 15 de dezembro de 2015

OS FILMES DE TERROR BRASILEIROS

José Mojica Marins em À meia noite levarei a sua alma

José Mojica Marins inaugurou o cinema de terror no Brasil com A meia noite levarei a sua alma, que iniciou a saga do Zé do Caixão em 1964 e teve sua continuação em 1967, com Esta noite encarnarei no teu cadáver e em 2008 o fim da trilogia com Encarnação do demônio. Mas nesse período, Mojica continuou sempre dirigindo filmes de terror como O exorcismo negro (1974), Inferno Carnal (1977), Delírios de um anormal (1978) e Demônios e maravilhas (1987).


Cena de Enigma para demônios
Cineastas renomados como Carlos Hugo Christensen e Walter Hugo Khouri contribuíram de maneira importante para o gênero. Christensen realizou dois excelentes filmes: Enigma para demônios e A mulher do desejo. Khouri mergulhou no terror mais introspectivo com O anjo da noite e As filhas do fogo.

Nos anos 70 e 80, o gênero existiu de maneira mais consistente nos filmes da Boca do Lixo de São Paulo. Alguns diretores se destacaram, como Jean Garret, ex-assistente de Mojica, que dirigiu Amadas e violentadas (1976) e A força dos sentidos (1980). John Doo, com os perturbadores Ninfas diabólicas (1978) e Excitação diabólica (1982). Juan Bajon com O estripador de mulheres (1978); Luiz Castillini com A reencarnação do sexo (1982) e Fauzi Mansur com Belas e Corrompidas (1978), Karma - Enígma do medo (1988), Atração satânica (1989) e Ritual macabro (1991).


Cena de Nervo Craniano Zero
A produção independente também passou a ganhar espaço graças a tecnologia digital que reduziu custos de produção. A liberdade de produção permitiu que cineastas como Peter Baiestorf, Paulo Biscaia Filho e Paulo Aragão pudessem expressar sua liberdade. Baiestorf dirigiu Zombio (1999) e Zombio 2: Chimarrão Zombies (2013). Biscaia com Morgue Story - Sangue, baiacu e quadrinhos (2009), o impressionante Nervo craniano zero (2012) e O coração que falava demais (2013). Aragão persegue os filmes de monstros e zumbis, como Mangue negro (2008), A noite do chupacabras (2011), Mar Negro (2013) e As fábulas negras (2015), dirigido em parceria com Mojica, Aragão e Baiestorf.

Até o cinema comercial se rendeu ao gênero como Isolados, Quando eu era vivo, Gata velha ainda mia, O amuleto e Condado Macabro que participaram de vários festivais e foram lançados nos cinemas.


Cena de As fábulas negras
Os próximos meses trarão mais exemplos do gênero, como A misteriosa morte de Pérola de Guto Parente, que é um suspense psicológico no estilo de Polanski, Diário de um exorcista, de Renato Siqueira, estrelado por Ewerton de Castro, 13 histórias estranhas, uma antologia de relatos curtos de 13 diretores diferentes, a sequência de A capital dos mortos: Mundo Torto de Tiago Belotti, Deserto Azul de Eder Santos, A percepção do medo de Kapel Furman, Armando Fonseca e Gurcius Gewdner e Toda la noche de Jimena Monteoliva e Tamae Garategy, uma coprodução Argentina/ Brasil e o já citado As fábulas negras.


Outro representante brasileiro é Ivan Cardoso que criou o “terrir”, os filmes que terror que fazem rir, como O segredo da múmia (1981), As sete vampiras (1986), O escorpião escarlate (1991) e Um lobisomem na Amazônia (2008).

O horror brasileiro ainda não tem um estilo definitivo, mas ele não vive apenas com o Zé do Caixão. Ele conta com vários realizadores dedicados que enfrentam muitos obstáculos (como o preconceito do público com o gênero), mas sem nunca desistir. Ainda bem.


sábado, 12 de dezembro de 2015

WAGNER MOURA É INDICADO AO GLOBO DE OURO


Foram anunciados em Los Angeles, na quinta-feira (10), os primeiros nomes indicados ao Globo de Ouro 2016. A cerimônia vai acontecer no dia 10 de janeiro com apresentação de Ricky Gervais. Neste ano, Denzel Washington será o recipiente do prêmio Cecil B. Demille, e Corinne Foxx, filha de Jamie Foxx, será a Miss Globo de Ouro.

O Brasil foi representado por Wagner Moura na categoria de Melhor Ator em Série de Drama, por sua performance em "Narcos", da Netflix. Apareceram ainda na lista queridinhos do público como "Game of Thrones", "Orange Is The New Black" e a inédita indicação de Lady Gaga como melhor atriz em "American Horror Story".

Nas categorias de cinema, o drama gay "Carol" lidera com cinco indicações, entre elas melhor atriz para as duas protagonistas, Cate Blanchett e Rooney Mara, e melhor diretor para Todd Haynes. Na sequência, empataram em números "O Regresso", com Leonardo DiCaprio, "A Grande Aposta", com Christian Bale, e "Steve Jobs", com Michael Fassbender. As três produções receberam quatro indicações cada.

Confira a lista completa dos indicados:
CINEMA
Melhor Filme de Drama

"Carol"
"Mad Max: Estrada da Fúria"
"O Regresso"
"O Quarto de Jack:
"Spotlight - Segredos Revelados"


Melhor Filme de Comédia

"A Grande Aposta"
"Joy: O Nome do Sucesso"
"Perdido em Marte"
"A Espiã Que Sabia de Menos"
"Descompensada"


Melhor Diretor

Todd Haynes, de "Carol"
Alejandro González Iñárritu, de "O Regresso"
Tom McCarthy, de "Spotlight - Segredos Revelados"
George Miller, de "Mad Max: Estrada da Fúria"
Ridley Scott, de "Perdido em Marte"



Melhor Atriz de Comédia ou Musical

Jennifer Lawrence, de "Joy: O Nome do Sucesso"
Melissa McCarthy, de "A Espiã Que Sabia de Menos"
Amy Schumer, de "Descompensada"
Maggie Smith, de "A Senhora da Van"
Lily Tomlin, de "Grandma"


Melhor Ator de Comédia ou Musical

Christian Bale, de “A Grande Aposta"
Steve Carell, de “A Grande Aposta"
Matt Damon, de "Perdido em Marte"
Al Pacino, de "Não Olhe para Trás"
Mark Ruffalo, de "Sentimentos Que Curam"



Melhor Atriz de Drama

Cate Blanchett, de "Carol"
Brie Larson, de "O Quarto de Jack”
Rooney Mara, de "Carol"
Saiorse Ronin, de "Brooklyn"
Alicia Vikander, de "A Garota Dinamarquesa"


Melhor Ator de Drama

Bryan Cranston, de "Trumbo"
Leonardo DiCaprio, de "O Regresso"
Michael Fassbender, de "Steve Jobs"
Edide Redmayne, de "A Garota Dinamarquesa"
Will Smith, de "Um Homem Entre Gigantes"


Melhor Atriz Coadjuvante

Jane Fonda, Youth
Jennifer Jason Leigh, Hateful Eight
Helen Mirren, Trumbo
Alicia Vikander, Ex Machina
Kate Winslet, Steve Jobs



Melhor Ator Coadjuvante

Paul Dano, de "Love"
Idris Elba, de "Beast of No Nation"
Mark Rylance, de "Ponte dos Espiões"
Michael Shannon, de "99 Homes"
Sylvester Stallone, de "Creed: Nascido para Lutar"


Melhor Filme de Animação

"Anomalisa
"O Bom Dinossauro"
"Divertida Mente"
"Snoopy e Charlie Brown: Peanuts, O Filme"
"Shaun, o Carneiro"


Melhor Filme Estrangeiro

"Le Tout Nouveau Testament" (Bélgica)
"O Clube" (Chile)
"Miekkailija" (Finlândia, Estônia, Alemanha)
"Cinco Graças" (Turquia)
"O Filho de Saul" (Hungria)

"O Bom Dinossauro", da Disney, concorre a melhor filme de animação. O filme estreia em janeiro

Melhor Canção Original

Ellie Goulding - "Love Me Like You Do", de "Cinquenta Tons de Cinza"
Brian Wilson - "One Kind of Love", de "Love & Mercy"
Wiz Khalifa - "See You Again", de "Velozes e Furiosos 7"
Sumi Jo - "Simple Sound #3", de Youth
Sam Smith - "Writing’s On The Wall", de "007 Contra Spectre"


Melhor Trilha Original

"Carol"
"A Garota Dinamarquesa"
"Os Oito Odiados"
"Steve Jobs"
"O Regresso"


Melhor Roteiro

"O Quarto de Jack"
"Spotlight - Segredos Revelados"
"A Grande Aposta"
"Steve Jobs"
"Os Oito Odiados"


TELEVISÃO
Melhor Série de Comédia ou Musical

"Casual"
"Mozart in the Jungle"
"Silicon Valley"
"Transparent"
"Orange is the New Black"
"Veep"



Melhor Série de Drama

"Empire"
"Game of Thrones"
"Mr. Robot"
"Narcos"
"Outlander"


Melhor Minissérie ou Filme Feito Para TV

"American Crime"
"American Horror Story - Hotel"
"Fargo"
"Flesh and Bone"
"Wolf Hall"


Melhor Ator de Drama

Jon Hamm, de "Mad Men"
Rami Malek, de "Mr. Robot"
Wagner Moura, de "Narcos "
Bob Odenkirk, de "Better Call Saul"
Liev Schreiber, de "Ray Donovan"


Melhor Atriz de Drama

Caitriona Balfe, de "Outlander"
Viola Davis, de "How to Get Away With Murder"
Eva Green, de "Penny Dreadful"
Taraji P. Henson, de "Empire"
Robin Wright, de "House of Cards"


Melhor Ator de Comédia ou Musical

Aziz Ansari, de "Master of None"
Gael García Bernal, de "Mozart in the Jungle"
Rob Lowe, de "The Grinder"
Patrick Stewart, de "Blunt Talk"
Jeffrey Tambor, de "Transparent"


Melhor Atriz de Comédia ou Musical

Rachel Bloom, de "Crazy Ex-Girlfriend"
Jamie Lee Curtis, de "Scream Queens"
Julia Louis-Dreyfus, de "Veep"
Gina Rodriguez, de "Jane The Virgin"
Lily Tomlin, de "Frankie and Grace"


Melhor Ator em Minissérie ou Filme feito para TV

Idris Elba, de "Luther"
Oscar Isaac, de "Show Me a Hero"
David Oyelowo, de "Nightingale - Peter e Sua Mãe"
Mark Rylance, de "Wolf Hall"
Patrick Wilson, de "Fargo"


Melhor Atriz em Minissérie ou Filme Feito Para TV

Lady Gaga, de "AHS: Hotel"
Sarah Hay, de "Flesh and Bone"
Felicity Huffman, de "American Crime"
Queen Latifah, de "Bessie"
Kirsten Dunst, de "Fargo"


Melhor Ator Coadjuvante

Alan Cumming, de "The Good Wife"
Damian Lewis, de "Wold Hall"
Ben Mendelsohn, de "Bloodline"
Tobias Menzes, de "Outlander"
Christian Slater, de "Mr. Robot"


Melhor Atriz Coadjuvante

Uzo Aduba, de "Orange Is The New Black"
Joanne Froggatt, de "Downton Abbey"
Regina King, de "American Crime"
Judith Light, de "Transparent"
Maura Tierney, de "The Affair"



sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

CANAL BRASIL HOMENAGEIA MARÍLIA PÊRA


O Canal Brasil faz homenagem a atriz Marília Pêra, que além de brilhar na televisão, brilhou também nas telas do cinema.

Hoje, o canal exibirá, a partir das 18h45, o filme “Tieta do Agreste”, um dos maiores clássicos da retomada do cinema brasileiro, dirigido por Cacá Diegues e baseado na obra de Jorge Amado.

Na sequência, será exibido o longa “Pixote – A Lei do Mais Fraco”, do grande Hector Babenco. O filme, à época, foi indicado a diversos prêmios no exterior e rendeu à Babenco o New York Film Critics Circle Awards de Melhor Filme Estrangeiro do ano de 1981, e à Marília os prêmios Air France, Sociedade de Críticos de Cinema de Boston e Sociedade de Críticos de Cinema dos Estados Unidos, todos de melhor atriz.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

OS FILMES DE TERROR MODERNOS

Linda Blair em O Exorcista

No início dos anos 70, pensou-se que o cinema de terror não tinha mais nada a dizer, então William Friedkin adaptou o livro O exorcista de William Peter Blatty (1973), que tornou Linda Blair um dos maiores ícones do gênero, apesar de ela não ter conseguido se desvencilhar do papel. Estrelou a continuação, O exorcista II – O herege em 1977, mas não participou da parte 3, dirigida pelo autor do livro original, preferindo estrelar a paródia A repossuída ao lado de Leslie Nielsen (1990).

Jack Nicholson em O Iluminado

 Em 1980, Stanley Kubrick assustou os fãs com o terror psicológico O iluminado, estrelado por uma Jack Nicholson ensandecido (como sempre) e baseado na obra de Stephen King, o autor mais conhecido do gênero, que também deu origem à Carrie, a estranha (1976), Christine, o carro assassino (1983), Colheita maldita (1984), O cemitério maldito (1989), Louca Obsessão (1990), Sonâmbulos (1992), A dança da morte (1994) e Eclipse total (1995).

Jason, o vilão de Sexta-feira 13

Nos anos 80, surgiram os filmes estrelados por (e feitos para) os adolescentes, conhecidos como slasher movies em que há sempre alguém matando jovens que teimam em se colocar em perigo, a partir de Sexta-feira 13 (1980) e depois em A hora do pesadelo (1984) que renderam incontáveis continuações, já que a morte do vilão no filme anterior não era garantia de que ele não retornaria no filme seguinte, então inventavam as desculpas mais estapafúrdias.

São considerados filmes de qualidade nessa época, A hora do espanto, Fome de viver, Nosferatu, o vampiro da noite, A hora dos mortos vivos, Um lobisomem americano em Londres, Poltergeist – O fenômeno, Eraserhead, Gremlins e a continuação de O massacre da Serra elétrica.


Nos anos 90, o mesmo Wes Craven, criador de A hora do pesadelo, revolucionou de novo com a série Pânico, que parodiava o gênero. O filme rendeu três continuações. Depois surgiu a paródia da paródia, Todo mundo em Pânico, que também foi piorando no decorrer dos capítulos subseqüentes. Pânico também deu origem a outros filmes que também fizeram sucesso entre os jovens, como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Prova final, A bruxa de Blair, Lenda Urbana e Vampiros de John Carpenter.



A partir do ano 2000, tudo começou a degringolar com os filmes de tortura pornô, chamados assim por mostrarem tudo, como fazem os filmes pornôs. Eles tentam ser tão explícitos no terror que incomodam e causam repulsa, pois mostram vísceras e membros decepados o tempo todo. Os estômagos mais fracos não conseguem acompanhar. O exemplar mais famoso é Jogos Mortais, que rendeu seis continuações, cada uma pior que a outra, além do também repugnante O albergue.

Em seguida vieram Pânico na floresta e as séries Atividade Paranormal e Invocação do mal, além de dezenas de outros, já que o gênero é um dos mais profícuos do cinema.

domingo, 6 de dezembro de 2015

OS FILMES DE TERROR

Christopher Lee em O vampiro da noite

O dicionário define o horror como uma intensa reação de repulsa e medo e o medo como um sentimento de inquietação ante a vivência de uma ameaça real ou imaginária. E é isso que move o público a ver os filmes de terror: a vontade de sentir medo ou repulsa, mas tendo a certeza de que ele não é real.

Cena de M. O vampiro de Dusseldorf

Os primeiros monstros do cinema nasceram no expressionismo alemão em filmes que pareciam pesadelos, inclusive no fato de não fazerem muito sentido. Surgiram Homunculus, Cesar, Golem, Nosferatu, Mefistófeles, Orlac, os criminosos do museu de cera e M, o vampiro de Dusseldorf.

Boris Karloff em Frankenstein

Com o nazismo, o terror emigrou para os Estados Unidos já na década de 30. Nesse período destacou-se Frankenstein (1931) de James Whale, com Boris Karloff na famosa máscara de testa enorme e dois eletrodos no pescoço.

Bela Lugosi em Drácula

Antes disso, os vampiros assustaram muita gente, ainda no cinema mudo, com Nosferatu (1922) de F. W. Murnau, uma adaptação de Drácula de Bram Stoker, onde o príncipe das trevas era interpretado por Max Schreck, que fez tão bem seu papel que muitos acreditam até hoje que ele era mesmo um vampiro. A primeira versão mais fiel ao romance foi do americano Tod Browning (1931), com o húngaro Bela Lugosi. Em 1958, Christopher Lee assumiu o papel em O vampiro da noite, a melhor das versões produzidas pelo estúdio Hammer, onde Vincent Price também fez grande sucesso com O abominável Dr. Phibes e dezenas de outros personagens.


O fantasma da ópera também foi adaptado várias vezes, mas nenhuma tão fiel ao romance de Gaston Leroux como o filme estrelado por Lon Chaney em 1925. O mesmo Chaney também personificou O corcunda de Notre Darme de Victor Hugo. Os dois foram seus personagens mais famosos, ainda no cinema mudo.

Cena de A noite dos mortos vivos

A múmia também é um personagem muito marcante nos filmes de terror. As múmias mais famosas do cinema foram interpretadas por Boris Karloff em A múmia (1932) e Christopher Lee na refilmagem de 1959. Elas deram origem aos zumbis, que apareceram inicialmente em O gabinete do Dr. Caligari (1919), mas com mais clareza pelas mãos do diretor George A. Romero a partir de A noite dos mortos vivos (1968). Romero se especializou no gênero e dirigiu nos anos seguintes, Zombie - O despertar dos mortos (1979), Dia dos mortos (1985), Terra dos mortos (2005), Diário dos mortos (2007) e A ilha dos mortos (2009).

Mia Farrow em O bebê de Rosemary


Roman Polanski aterrorizou o mundo com O bebê de Rosemary (1968), onde uma mulher (Mia Farrow) acredita estar grávida do demônio. Depois o diretor fez todo mundo rir com A dança dos vampiros (1968).