segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

OS GANHADORES DO OSCAR 2011



O Discurso do Rei foi o grande vencedor da premiação do Oscar ocorrida ontem a noite em Los Angeles e transmitida na íntegra pelo canal pago TNT, com comentários de Rubens Ewald Filho e na Rede Globo (depois do Big Brother) com comentários de José Wilker e Maria Beltrão. O Discurso do Rei levou as estatuetas de melhor filme, diretor (Tom Hooper) , ator (Colin Firth) e roteiro original, empatando com “A origem”. Natalie Portman foi eleita melhor atriz por “Cisne Negro” e Christian Bale e Melissa Leo, melhores coadjuvantes por “O vencedor”.

As categorias de melhor ator e atriz foram entregues pelos vencedores do ano passado, Jeff Bridges e Sandra Bullock. Natalie Portman com uma barriga enorme não esqueceu de agradecer suas concorrentes e disse que quer trabalhar com elas, agradeceu também ao diretor Luc Besson que a descobriu em “O profissional”; Christian Bale chorou agradecendo a mulher e a filha; Melissa Leo confessou estar com as pernas tremendo ao receber a estatueta das mães de Kirk Douglas. E o Brasil novamente ficou de fora, já que "O lixo extraordinário" não levou o prêmio que foi entregue pela apresentadora Oprah Winfrey.

No geral foi uma festa chata apresentada pela graciosa Anne Hatthaway (Alice no país das maravilhas) que fazia o possível para ser engraçada, enquanto seu companheiro James Francos (127 horas) que também concorria ao Oscar de melhor ator, esboçava umas caras esquisitas como se tivesse rindo de algo que não tinha graça, olhando pro lado e entregando que estava lendo o roteiro no tele-prompter. O fato das músicas concorrentes terem sido apresentadas na íntegra não fizeram a festa ficar mais dinâmica, já que nenhuma delas era especial. A atriz Gwyneth Paltrow parecia assustada e até envergonhada enquanto cantava a música pela qual concorria, mas perdeu (claro que não por esse fato). E já que a canção de Cher em "Burlesque" não foi indicada os produtores ficaram decepcionados já que ela era garantia de audiência.

Como não tenho Tv por assinatura no momento, assisti o prêmio pela Globo, que eu não consigo entender como ela tem exclusividade na exibição do prêmio na tv aberta e comete o desrespeito com o telespectador de começar a exibir a festa depois da metade em pró de um programa falido e chato como o Big Brother Brasil. Por que não exibiram esse programa mais cedo e o Oscar no horário certo? Já José Wilker e Maria Beltrão nem se comparam a Rubens Ewald Filho. Apesar de serem conhecedores de cinema, ficavam meio perdidos quando iam apresentar quem estava subindo no palco, mas até que Wilker estava contido.

Veja a lista completa dos vencedores:

- Melhor fime: "O Discurso do Rei"

- Melhor diretor: Tom Hooper, por "O Discurso do Rei"







- Melhor ator: Colin Firth, por "O Discurso do Rei"












- Melhor atriz: Natalie Portman, por "Cisne Negro"













- Melhor ator coadjuvante: Christian Bale, por "O Lutador"












- Melhor atriz coadjuvante: Melissa Leo, por "O Lutador"









- Melhor roteiro original: "O Discurso do Rei"

- Melhor roteiro adaptado: "A Rede Social"

- Melhor filme estrangeiro: "Em Um Mundo Melhor", Dinamarca

- Melhor trilha sonora: "A Rede Social"

- Melhor canção original: "Toy Story 3", com "We Belong Together"





- Melhor fotografia: "A Origem"







- Melhor montagem: "A Rede Social"




- Melhor direção de arte: "Alice no País das Maravilhas"

- Melhor figurino: "Alice no País das Maravilhas"




- Melhores efeitos especiais: "A Origem"

- Melhor animação em longa-metragem: "Toy Story 3"

- Melhor animação em curta-metragem: "The Lost Thing"

- Melhor mixagem de som: "A Origem"

- Melhor edição de som: "A Origem"

- Melhor maquiagem: "O Lobisomem"

- Melhor curta-metragem: "God of Love"

- Melhor documentário em curta-metragem: "Strangers No More"

- Melhor documentário: "Trabalho Interno"

domingo, 27 de fevereiro de 2011

OS GANHADORES DO FRAMBOESA DE OURO 2011



Todos os anos a indústria do cinema premia os piores do ano lá chamados de Razzie Awards e por aqui conhecido como Framboesa de Ouro. A 31ª edição da premiação aconteceu na noite de sábado (26/02) e teve como principais "vencedores" Sex and the city 2 e O último mestre do ar.

Confira a lista completa dos vencedores:





Pior Filme
O Último Mestre do Ar












Pior Ator
Ashton Kutcher












Pior Atriz
Sarah Jessica Parker, Cynthia Nixon, Kim Cattrall e Kristin Davis

Pior Conjunto em Cena
Todo o elenco de Sex And The City 2












Pior Ator Coadjuvante
Jackson Rathbone









Pior Atriz Coadjuvante
Jessica Alba








Pior Roteiro
O Último Mestre do Ar

Pior Sequência/Continuação/Remake
Sex And The City 2


Pior Uso de 3D
O Último Mestre do Ar

Pior Diretor
M. Night Shyamalan

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

CYNDI LAUPER EM GOIÂNIA



Nasci nos anos 80 e tenho carinho especial por tudo que vem daquela época, como as músicas, os filmes e as novelas, apesar de ter conhecido grande parte desse material quando já era adolescente (nos anos 90).

Um dos grandes ícones da música naquele período foi Cyndi Lauper, que lançou inúmeros sucessos como “Girls just want to have fun” (que é impossível ouvir e continuar parado), “True Colors”, “Time after time” e “All through the night”.


Cynthia Ann Stephanie Lauper Thornton nasceu em Nova Iorque em 22 de junho de 1953. Cyndi estreou no cenário da música pop em meados da década de 1980. Com o lançamento de seu primeiro álbum solo: She's So Unusual veio à transformar-se na primeira mulher do mundo a ter cinco singles de um mesmo álbum na parada de sucessos da revista americana Billboard. Lauper já lançou 11 álbuns de estúdio e cerca de 40 singles, vendendo cerca de 30 milhões de discos no mundo. Em 2009 recebeu o prêmio BMI Millionaire Award por 5 milhões de execuções de sua canção "Time After Time" em rádios dos Estados Unidos.




Ela é, segundo o tablóide inglês The Sun, a quarta cantora que jamais será esquecida em todos os tempos, de acordo com uma pesquisa feita no ano de 2009. No ano de 2010 foi eleita pelo Entertainment Weekly a quinta pop star mais influente de todos os tempos.

Em 1988 estreou no cinema em "Vibes - Boas vibrações" e em seguida fez seu maior sucesso de bilheteria, "Fora de controle" em que vivia uma dançarina que se vestia de sereia. Já em 1993 atuou ao lado de Michael J. Fox em "A vida com Mikey", também conhecido por aqui como "Um talento muito especial" e no ano seguinte uma ponta sem créditos em "O círculo do vício", mas depois nada substancial.

No dia 19/02 começou uma turnê pelo Brasil. Hoje se apresentará pela primeira vez em Goiânia no Atlanta Music Hall. Imperdível para quem é fã, como eu. A turnê prossegue no dia 26/02 em
Cuiabá, no dia 27/02 em Brasília e no dia 01/03 em Porto Alegre.










quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

VICKY CRISTINA BARCELONA (EUA, 2008) ***



Já comentei sobre vários filmes de Woody Allen aqui, pois é um diretor que gosto bastante e que tem sempre algo a dizer, ou muito a dizer, já que seus filmes são todos verborrágicos e com personagens que falam o tempo inteiro, como se falassem pela boca do próprio Woody.

Vicky Cristina Barcelona foi seu filme de maior sucesso, tanto nos Estados Unidos, quanto na Europa, que agora patrocina seus filmes. Esse foi feito na Espanha e tem dois atores espanhóis no elenco: Javier Bardem e Penélope Cruz que foi indicada ao prêmio de melhor atriz coadjuvante no Globo de Ouro e no SAG (Screen Actors Guild) e venceu pelo Oscar e pelo BAFTA.

O título é interessantes e junta o nome das duas protagonistas ao da cidade em que se passa a história. Vicky (Rebecca Hall) e Cristina (Scarlett Johansson, uma das queridinhas do diretor) são duas amigas que resolvem passar as férias em Barcelona (Espanha), onde conhecem o excêntrico pintor Juan Antonio (Javier Bardem) que dá em cima das duas. Ambas se apaixonam, mas como Vicky está noiva, é Cristina quem vai morar com ele. A situação se complica quando a ex-mulher dele, Maria Elena (Penélope Cruz) retorna ao lar e completa o triângulo amoroso.


Penélope Cruz só aparece depois da metade do filme, mas rouba a cena falando a maior parte do tempo em espanhol, onde demonstra muito mais garra e naturalidade. Mereceu todos os prêmio que recebeu e o filme vale por ela. Aliás, deveria se chamar Vicky Cristina Maria Elena Barcelona.






segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

NAPOLEON DYNAMITE (EUA, 2004) *



Este filme virou cult nos Estados Unidos, mas me escapa o por quê, já que é uma comédia sem graça e um fiapo de história que mal consegue fazer o filme “parar de pé”. No final fiquei me perguntando se tinha perdido alguma coisa, ou se não tinha compreendido o que o filme queria dizer, mas compreendi sim, ele não que dizer nada.

Napoleon Dynamite (Jon Heder) é um estudante idiota que é ridicularizado pelos seus colegas na escola, o que não é muito diferente em casa com seu irmão e seu tio. A situação muda um pouco quando ele fica amigo de Pedro, um mexicano e forma com ele um grupo de excluídos, no qual se encaixa também Tina Majorino, uma moça que vende bugingangas e usa o cabelo “rabo de cavalo” para um lado. Juntos decidem lançar a candidatura de Pedro para presidente de uma associação estudantil, o que parede ridículo, já que sua concorrente Summer é uma das mais populares da escola. E só. A situação transcorre por todo o filme, com alguns acontecimentos que não tem importância ou pouco acrescentam.

O elenco é formado por desconhecidos, com exceção de Tina Majorino (Corina, uma babá perfeita), mas John Heder que era amador na época, prosseguiu carreira (Os esquenta-banco). A maioria deles para demonstrar (ou parecer) que são idiotas fazem cara de “nada”, mais adequados para filmes sobre mortos-vivos, que é o que eles parecem. Melhor evitar.



sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O URSINHO POOH



De todos os personagens imortalizados por Walt Disney o que mais gosto é o Ursinho Pooh, que juntamente com sua turma do Bosque dos 100 Acres encanta gerações e mais gerações, além de ser um dos personagens mais lucrativos para os Estúdios Disney.

O Ursinho Pooh (que no início era conhecido aqui no Brasil como Puff e no original Winnie the Pooh) foi criado pelo escritor inglês A. A. Milne (Alan Alexander Milne) no livro “Winnie the Pooh” (1926) e em seguida em “The house at Pooh Corner” (1928), ambos ilustrados por E. H. Shepard. Esses livros fizeram imenso sucesso e foram traduzidos para dezenas de línguas.



Milne criou o personagem baseado num urso de brinquedo do seu filho, Christopher Robin. O nome original “Winnie”, foi inspirado pelo urso de estimação de um soldado canadense, batizado com o nome da cidade natal dele, Winnipeg. Christopher Robin (no Brasil apenas Cristóvão) é o nome do melhor amigo de Pooh, um menino bondoso que possui características do filho de Milne. Sua turma conta ainda com Tigrão, Leitão, Abel (o coelho), Ió, também conhecido como Bisonho (o burro) a canguru e seu filhinho Guru, todos muito divertidos e loucos por novas aventuras.

Walt Disney gostou muito das histórias dessa turma, comprou os direitos sobre os personagens e produziu três curtas animados (Winnie the Pooh an the Honey Tree” – 1966; Winnie the Pooh and the blustery day” – 1968 e Winnie the Pooh and tigger too! – 1974) que em 1977 foram reunidos no longa “As muitas aventuras do Ursinho Pooh” com cenas inéditas e um novo final.

A grande aventura do Ursinho Pooh: À procura de Christopher Robin, lançado em 1997, foi o 2º longa metragem de Pooh e conta a história da turminha procurando por Christopher Robin, que tinha ido para a escola.


Em seguida foram lançados longas protagonizados pelos outros integrantes:
• Tigrão, o filme em 2000;
Download de Tigrão, o Filme
• Leitão, o filme em 2003;
• A páscoa de Guru;
Download de A páscoa de Guru
• Pooh e o Efalante em 2005;
• Meus amigos Tigrão e Pooh – Especial de Natal

Além de vários filmes produzidos para lançamento em vídeo/DVD e na televisão:
• Winnie the Pooh: Seasons of Giving;
• Winnie the Pooh: A very merry Pooh year;
• Winnie the Pooh: Springtime with Roo;
• Pooh’s Heffalump Halloween movie;
• Pooh’s super steuth Christmas movie;
• Winnie the Pooh: the movie (a ser lançado esse ano nos cinemas)

E as series animadas:
* As novas aventuras do Ursinho Pooh;
* O liviro do Pooh e
* Meus amigos Tigrão e Pooh.

Juntos o Ursinho Pooh e sua turma, através de livros, filmes, séries, jogos e brinquedos encantam crianças em idade pré-escolar, crianças maiores, adolescentes e até adultos.



Em julho de 2011, foi lançado o longa metragem do Ursinho Pooh, leia a crítica desse filme, clicando aqui.


E não se esquecer de ajudar seu próximo:


quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

CISNE NEGRO (EUA, 2010) ****



Natalie Portman que estreou ainda menina em “O profissional” (1992) de Luc Besson, foi indicada aos prêmios mais importantes do cinema pelo papel da bailariana Nina que começa a enlouquecer no processo de seleção e de preparação para o balé “O lago dos cisnes”, devido ao desejo de perfeição que lhe é exigido. Natalie ensaiou onze meses, cinco horas por dia para o papel.

“O lago dos cisnes” de Tchaikovsky é a história de uma princesa que é transformada em cisne por um feitiço e para retornar à sua antiga forma, precisa encontrar o amor verdadeiro, mas o príncipe acaba se apaixonando pela mulher errada e ela se suicida. A história da bailarina Nina faz um paralelo com a do cisne.


Vincent Cassel (que fez no Brasil À deriva) é o diretor do espetáculo que implica com o fato dela não ter a garra necessária para o papel; Milla Kunis é a colega do elenco que parece mais interessada em puxar o seu tapete do que em ser sua amiga; Bárbara Hershey (esquisita depois que colocou silicone nos lábios) é a mãe dominadora que projeta na filha os sonhos que não conseguiu realizar em sua carreira de bailarina e Winona Ryder (meio apagada depois dos problemas pessoais pelos quais passou) é a bailarina que é substituída por já ter passado da idade.

Darren Aronofsky que dirigiu “Pi” e “Réquiem para um sonho” colocou pitadas de suspense e terror no filme, a ponto de em certos momentos, não termos certeza se o que estamos vendo, está acontecendo realmente ou se é apenas alucinação de uma mente perturbada, e conseqüentemente uma alma nas mesmas condições, inclusive o final que pode ou não ser real.

Cisne Negro é daqueles filmes tão interessantes que dá vontade de assistir de novo para reparar nos detalhes e para conferir o desempenho irretocável de Natalie Portman, que deve levar o Oscar de melhor atriz na festa do dia 27/02. Aguardemos.






terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

MEIRY VIEIRA



Tenho carinho especial por todas as atrizes que participaram das pornochanchadas, como Helena Ramos, Adriana Prieto, Matilde Mastrangi, Rossana Ghessa, ..., mas gosto particularmente de Meiry Vieira pelos papéis de mulheres fortes e autoritárias que interpretou durante toda a sua carreira. Claro que quando seu nome é citado, a maioria das pessoas só se lembra da Rainha Má de “Histórias que nossas babás não contavam”, mas ela participou de outros 36 filmes, além da mini-série ‘Bandidos da falange” (1983) da Rede Globo em que assinava como Meiry Ventura, mas em outras ocasiões assinou também como Meire Vieira, Meyry Vieira e Meire Vera.

Meiry nasceu no Rio de Janeiro, RJ. Era proprietária de uma boutique e trabalhava também como modelo fotográfico e manequim. Em 1970 conheceu o diretor Pedro Carlos Rovai que procurava locações para seu próximo filme, “A viúva virgem”, ficou encantado com sua beleza e a convidou para participar do filme, sendo essa sua estreia no cinema. Depois dele, atuou em dezenas de outros até o ano de 1984, quando se afastou da carreira artística.



CARREIRA CINEMATOGRÁFICA
(Os filmes que assisti estão marcados com *)

A viúva virgem (72) *
O supercareta (72)
Um virgem na praça (73)
As moças daquela hora (73) *
Costinha, o libertino (73) *
O fraco do sexo forte (73)
Divórcio à brasileira (73)
As depravadas (73)
Como é boa a nossa empregada (73) *
O marido virgem (74) *
Ainda agarro esta vizinha (74) *
Uma mulata para todos (75)
Quando elas querem... e eles não (75)
As loucuras de um sedutor (75) *
Com as calças na mão (75) *
Cada um dá o que tem (75) *
O quarto da viúva (76)
Possuída pelo pecado (76) *
As mulheres que dão certo (76)
Presídio de mulheres violentadas (77)
Pintando o sexo (77) *
Escola penal de meninas violentadas (77) *
Deu a louca nas mulheres (77)
Bonitas e gostosas (78) *
Quanto mais pelada... melhor (79)
Nos tempos da vaselina (79) *
A noite dos imorais (79)
Histórias que nossas babás não contavam (79) *
A ilha dos prazeres proibidos (79) *
A prisão (80) *
O fotógrafo (80) *
Corpo devasso (80) *
As prostitutas do Dr. Alberto (81)
Anarquia sexual (81)
Império do desejo (81) *
Tensão e desejo (83) *
Nunca fomos tão felizes (84) *

domingo, 13 de fevereiro de 2011

COLHEITA MALDITA (EUA, 1984) *


Quando era criança ouvia tanto meus primos (que podiam ficar acordados até tarde e assistir o Corujão) falarem de Colheita Maldita que fiquei com a impressão que seria um filme excelente, além de assustador, já que é baseado num conto de Stephen King, o mestre do terror, que escreveu também “O iluminado”, “Carrie, a estranha”, “Louca obsessão” e “Um sonho de liberdade”, além de ter rendido cinco continuações: 92, 95, 96, 98, e 99, mas qual não foi minha surpresa ao perceber que é um filme decepcionante.

Um grupo de garotos cria uma seita num milharal para adorar o diabo e destruir os adultos, mas são atrapalhados por um médico e sua namorada que passam pela cidade e descobrem o intento deles. Nada é muito assustador, com exceção das “caras de mau” dos dois garotos chefes. Pode-se refletir um pouco sobre a maldade que também pode estar presente nas crianças, mas isso já foi tratado de forma mais satisfatória em “O anjo malvado” com Macaulay Culkin e na série “A profecia”.

A cena mais ridícula é quando o médico vai atravessar o milharal e fica preso pelos pés de milho, quando todo mundo sabe que as folhas são frágeis e rasgam com facilidade. Claro que dá um pouquinho de medo quando passamos por algum milharal, o que é muito comum nas cidades do interior, mas só isso.

A única curiosidade é a presença de Linda Hamilton pouco antes do sucesso como Sarah Connor em “O exterminador do futuro”, mas se você achar que só esse motivo vale a pena, então assista, do contrário, fuja.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

INCONTROLÁVEL (EUA, 2010) ***



Tony Scott (Amor à queima roupa) volta à forma com este “Incontrolável”, um filme que prende a atenção do espectador do início ao fim.

Histórias parecidas já foram contadas várias vezes, com ônibus desgovernados como em “Velocidade Máxima”; navios: “Velocidade Máxima 2”; carros: “O carro desgovernado” e até aviões: “Aterrissagem de alto risco” e “Vôo United 93”, mas todos estavam tripulados e na maioria das vezes dominados por terroristas ou assaltantes, o que não acontece aqui, onde o maquinista de um trem de carga perigosa e radioativa salta para puxar uma alavanca e depois não consegue retornar à cabine. Essa situação já acontece nos primeiros minutos do filme. O trem acelera cada vez mais e todas as tentativas para que ele descarrile ou pare são frustradas, enquanto ele se aproxima cada vez mais de uma cidade, onde pode fazer um estrago colossal.

É aí que aparecem os heróis: Denzel Washington (que já tinha participado de alguns filmes de Tony Scott), que está prestes a se aposentar de forma forçada e Chris Pine (Star Trek – 2009), um novato que passa por problemas conjugais. Os dois tem a ideia de sair em um vagão de ré, engatar o trem e fazer com que ele pare, revezando-se em cenas arriscadas, tão comuns nos filmes de ação. No comando da operação está Rosario Dawson (À prova de morte) que é sensata e não concorda com as decisões de seu superior.

Tinha comentado com um amigo que estava meio cansado dos filmes de ação, pois eles são sempre parecidos (ou iguais), mas “Incontrolável” foge à regra. É curto (94 minutos) e não dá tempo nem para piscar. Quem dera que todos os blockbusters fossem assim.


quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

VOCÊ VAI CONHECER O HOMEM DOS SEUS SONHOS (EUA, 2010) ***



Woody Allen continua sendo o cineasta mais prolífico dos Estados Unidos, pois lança religiosamente um filme por ano e quando não consegue patrocínio americano, filma na Europa ou em qualquer outro lugar, mas filma. Isso pode ser um ponto negativo, pois como as produções são demoradas, podem faltar ideias novas (ou pelo menos boas), mas Woddy Allen não é um cineasta qualquer e por mais fracos que sejam alguns de seus filmes, sempre tem pontos favoráveis.

“Você vai conhecer o homem dos seus sonhos” é composto por várias histórias de amor: Gemma Jones se separa do marido (Anthony Hopkins) e para se acalmar procura uma vidente, que considera muito mais útil que os antidepressivos, enquanto ele se apaixona por uma prostituta; Josh Brolin é um escritor que só conseguiu sucesso com seu primeiro livro, ele é casado com Naomi Watts, mas se encanta com Freida Pinto (a revelação de Quem quer ser um milionário?), uma musicista que só usa vermelho e mora no prédio em frente ao seu, enquanto Naomi se sente atraída pelo patrão Antonio Banderas (que por sinal tem o papel de menor importância).



No início do filme, o narrador cita Shakespeare ao dizer que na vida tudo é som e fúria e que no final das contas nada tem muita importância (o que é repetido no epílogo) e é essa a impressão que fica no espectador quando termina o filme: nenhuma das histórias é inesquecível e já foram contadas várias vezes de formas diferentes, mas ainda é Woody Allen e o elenco está muito bem. Vale a pena conferir.




terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

OS ASTROS DA CHANCHADA - PARTE 2



ANSELMO DUARTE – Além de ator, Anselmo Duarte ficou conhecido mundialmente por ganhar a Palma de Ouro no Festival de Cannes pela direção do filme “O pagador de promessas” que venceu outros cinco prêmios internacionais, além de ter sido indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas antes disso, ele tinha sido o galã de várias chanchadas: “Carnaval no fogo” (1949), “Aviso aos navegantes” (1950), “Depois eu conto” (1956) e “Absolutamente certo” (1957).


CYLL FARNEY – Sua pinta de galã chamou a atenção de Adhemar Gonzaga que o levou para a Cinédia onde estreou em “Um beijo roubado” (1949). Em seguida participou de várias chanchadas sempre no papel do mocinho: “Aí vem o barão” (1951), “Barnabé tu és meu” (1952), “Nem Sansão, nem Dalila” (1954), “Vamos com calma” (1956), “De vento em popa” (1957), “O homem do Sputnik” (1959), “Quanto mais samba melhor” (1960) e “Entre mulheres e espiões” (1962).





RONALD GOLIAS – Estreou no cinema já no final da chanchada em “Vou te contá” (1958), fazendo em seguida “Tudo legal” (1960), “O dono da bola” (1961), “Os cosmonautas” (1962) e “O homem que roubou a copa do mundo”. Mas seu maior sucesso foi na televisão, nos humorísticos “Família Trapo”, “A praça da alegria” e “A praça é nossa” do SBT, onde atuou até sua morte.



JOHN HERBERT – foi um dos grandes galãs da chanchada, antes de fazer sucesso também na televisão, veículo no qual atua até hoje. Participou das chanchadas “Uma pulga na balança” (1953), “Matar ou correr” (1954), “Rio fantasia” (1957), “Alegria de viver” (1958), “Maria 38” (1960), “E o espetáculo continua” (1958), “A grande vedete” (1958), além de dezenas de outros filmes como ator e diretor. Faleceu recentemente de enfisema pulmonar.





WILSON GREY – Entrou para o Guiness Book como o ator com mais filmes no currículo (mais de 250), quase todos no papel de coadjuvante, com exceção de “O segredo da múmia” (1981), que lhe valeu o prêmio de melhor ator no Festival de Brasília e “A dança dos bonecos” (1986). Fez todos os papéis imagináveis, menos o de galã. Na chanchada, participou de “Carnaval Atlântida” (1952), “Balança, mas não cai” (1953), “O petróleo é nosso” (1954), “Vamos com calma” (1956), “Maluco por mulher” (1957), “Quem sabe... sabe” (1957), “E o bicho não deu” (1958), “Depois do carnaval” (1959), “Marido de mulher boa” (1960), “Eu sou o tal” (1961) e “Quero essa mulher assim mesmo” (62), dentre vários outros.



ARRELIA – Praticamente nasceu no circo, chegando a se formar advogado pela USP, mas sem exercer a profissão. Fez por mais de 20 anos o Circo do Arrelia na TV Record (1953 – 1974). Na chanchada participou de “A vida é uma gargalhada” (1950), “O homem dos papagaios” (1953), “Carnaval em lá maior” (1955), “O barbeiro que se vira” (1957) e “Na corda bamba” (1958).

sábado, 5 de fevereiro de 2011

AS VIGARISTAS DO SEXO



Renata, Nilza e Paula (Vanessa Alves, Jussara Calmon e Aiman Hammound) chegam à cidade grande à procura de melhores oportunidades e de Adelino (Felipe Levy), a quem haviam conhecido num cassino argentino, como um homem de posses. Decepcionam-se ao encontrá-lo vivendo com duas garotas, Loren e Misaki, e com poucos recursos. Adelino aluga a mansão com a intenção de atrair milionários para casá-los com as garotas.

Direção:
Ary Fernandes

Elenco:
Vanessa Alves
Jussara Calmon
Felipe Levy
Aiman Hammound
Ruy Leal
Sérgio Hingst
Américo Taricano
Rubens Pignatari
Bianca Blonde
Paco Sanches
Henrique Lisboa
Arnaldo Fernandes
Aparecida de Castro

Tamanho do arquivo: 702,33 MB
Duração do filme: 85 min.
Ano de produção: 1982
País: Brasil





 

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

DOIS MOMENTOS NA MÚSICA DE RENATO RUSSO



Como já comentei aqui, gosto de todas as músicas de Renato Russo (sem exceção), claro que umas mais outras menos. E prestando atenção em sua obra musical é possível observar dois momentos extremamente opostos. Um de extrema tristeza e pessimismo presente na música Clarisse (e consequentemente em todas as músicas dos CDs “Uma outra estação” e “A tempestade” e outro de felicidade e otimismo, com a música “Mais uma vez”, só lançada depois de sua morte e que foi tema da novela “Mulheres apaixonadas”.

MAIS UMA VEZ

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Tem gente que está do mesmo lado que você
mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
quem acredita sempre alcança
 
Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem
Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar nos sonhos que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar

Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança...
Quem acredita sempre alcança...
Quem acredita sempre alcança...
Quem acredita sempre alcança...




CLARISSE


Estou cansado de ser vilipendiado, incompreendido e descartado
Quem diz que me entende nunca quis saber
Aquele menino foi internado numa clínica
Dizem que por falta de atenção dos amigos, das lembranças
Dos sonhos que se configuram tristes e inertes
Como uma ampulheta imóvel, não se mexe, não se move, não trabalha
E Clarisse está trancada no banheiro
E faz marcas no seu corpo com seu pequeno canivete
Deitada no canto, seus tornozelos sangram
E a dor é menor do que parece
Quando ela se corta ela se esquece
Que é impossível ter da vida calma e força
Viver em dor, o que ninguém entende
Tentar ser forte a todo e cada amanhecer
Uma de suas amigas já se foi
Quando mais uma ocorrência policial
Ninguém me entende, não me olhe assim
Com este semblante de bom-samaritano
Cumprindo o seu dever, como se eu fosse doente
Como se toda essa dor fosse diferente, ou inexistente
Nada existe p'rá mim, não tente
Você não sabe e não entende
E quando os antidepressivos e os calmantes não fazem mais efeito
Clarisse sabe que a loucura está presente
E sente a essência estranha do que é a morte
Mas esse vazio ela conhece muito bem
De quando em quando é um novo tratamento
Mas o mundo continua sempre o mesmo
O medo de voltar p'rá casa à noite
Os homens que se esfregam nojentos
No caminho de ida e volta da escola
A falta de esperança e o tormento
De saber que nada é justo e pouco é certo
De que estamos destruindo o futuro
E que a maldade anda sempre aqui por perto
A violência e a injustiça que existe
Contra todas as meninas e mulheres
Um mundo onde a verdade é o avesso
E a alegria já não tem mais endereço
Clarisse está trancada no seu quarto
Com seus discos e seus livros, seu cansaço
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
E esperam que eu cante como antes
Eu sou um pássaro
Me trancam na gaiola
Mas um dia eu consigo resistir
E vou voar pelo caminho mais bonito
Clarisse só tem quatorze anos.


quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

NILDO PARENTE E GEORGIA GOMIDE


O Brasil perdeu nos últimos dias, dois grandes atores: Nildo Parente e Geórgia Gomide.

Nildo Parente faleceu na última segunda-feira (31/01) aos 74 anos de complicações pós AVC que o deixou internado nos últimos dois meses no Rio de Janeiro.
 
Nildo era um ator de cinema com passagem pela televisão em novelas e mini-séries. Estreou no cinema em “O homem que comprou o mundo” (1968), participando em seguida de dezenas de outros, com destaque para “Azyllo muito louco” (1969), “São Bernardo” (1971), “Batalha dos Guararapes” (1978), “O princípio do prazer” (1979), “Giselle” (1980), “Rio Babilônia” (1982), “O beijo da mulher aranha” (1985) e “Erotique” (1994).

Na televisão participou das novelas “Pai herói” (1979), “O dono do mundo” (1991), “Pátria minha” (1995), “Pecado Capital” (1998), “Celebridade” (2003), “Senhora do destino” (2004) e “Paraíso tropical” (2007). Era um dos atores preferidos de Gilberto Braga.





Já Geórgia Gomide morreu na madrugada de sábado passado, aos 73 anos, vítima de uma infecção generalizada.

Seu nome verdadeiro era Elfriede Helene Gomide Witecy. Era uma atriz de televisão, mas participou de alguns filmes, como “Corisco, o diabo loiro” (1969), “A Superfêmea” (1973), “Exorcismo negro” (1974), “O sexo mora ao lado” (1975), “Sexo, sua única arma” (1981) e “Os trapalhões na terra dos monstros’ (1989).

Na televisão participou de “O preço de uma vida” (1965), “Redenção” (1966), as primeiras versões de “As pupilas do Senhor Reitor” (1970) e “Éramos seis” (1977), “Vereda tropical” (1984), “Hipertensão” (1986), “Mico preto” (1990), “Despedida de solteiro” (1992), “Tocaia grande” (1995), “Uga uga” (2000), “O quinto dos infernos” (2002) e a temporada de 2005 de “Malhação” que foi seu último trabalho como atriz.

A Coleção Aplauso da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo lançou sua autobiografia: "Georgia Gomide - Uma atriz brasileira de Eliana Pace.