Como comentei na postagem anterior sobre o Projeta Brasil, na segunda-feira (07/11) de manhã parti para Goiânia para assistir os únicos três filmes que estavam em cartaz no Projeto que eu ainda não tinha assistido:
* Desculpe o Transtorno;
* O roubo da taça;
* Aquarius.
Gostei de Desculpe o Transtorno. Faz rir e também pensar sobre as coisas que nós aceitamos como são e não tentamos mudar ficando acomodados, como acontece com a personalidade mais calma (ou sem graça) do Gregório Duvivier, mas ao mesmo tempo fiquei me perguntando porque ele ainda não "pegou" no cinema. Porta dos fundos - Contrato vitalício, estrelado por ele e Fábio Porchat, nem chegou aos 500.000 espectadores, mas claro que tinha o inconveniente de ser sem graça e comédia sem graça é a pior coisa que existe. Já este Desculpe o Transtorno é melhor, mas só fez 150.000 espectadores. Uma pena.
O caso de O roubo da taça nas bilheterias foi pior ainda, nem chegou a 30.000 espectadores. E olha tinha potencial, por já ter levado alguns Kikitos no Festival de Gramado e ter potencial para um público bem mais. Gostei demais do filme que tem uma reconstituição de época perfeita e um elenco entrosado com Taís Araújo dando show ao lado de Paulo Tiefenthaler e Stepan Nercessian. Não sei se o fato de ser protagonizado por Paulo, que não é muito conhecido do grande público atrapalhou.
Mas o melhor estava por vir. Apesar de ser grande fã de Sonia Braga, nunca tinha assistido um filme dela no cinema. Todos tinham sido vistos na televisão, DVD ou mesmo downloads. Ela foi indicada por Aquarius ao prêmio de melhor atriz no Festival de Cannes mas acabou perdendo, infelizmente. E como implicaram o filme, ele não foi escolhido para representar o Brasil na seleção de melhor filme estrangeiro. Sonia dá um show. O filme é dela e talvez sem ela não seria tão bom. De início dá a impressão de não ter muito enredo. Ela conversa com a empregada, com os filhos, paquera um pouco e começa a ter problemas por não querer vender o apartamento. E quando percebemos já estamos apaixonados pela sua personagem e nem percebemos que o filme tem mais de 140 minutos, com a inclusão de algumas cenas bem ousadas, diga-se de passagem. Talvez seja a sensualidade que sempre exalou de Sonia Braga. Que ela continue a fazer mais filmes brasileiros e que venha logo outro Projeta Brasil.
Legal!
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