Camila Pitanga em Eu receberia as piores notícias dos teus lindos lábios |
Gosto sempre de falar aqui sobre o
cinema nacional, pois como vocês sabem, é minha grande paixão. Se puder
escolher entre um filme brasileiro e um estrangeiro, é claro que prefiro o
brasileiro. Da última vez que fui ao cinema, me senti culpado. Estavam em
cartaz Homem de Ferro 3 e Giovanni Improta e para acompanhar meu primo acabei
assistindo a conclusão da saga de Tony Stark, mas no fundo preferia estar na
sala ao lado vendo as peripécias do personagem de José Wilker, mesmo sabendo
que a sala deveria estar bem mais vazia.
Cena de Léo e Bia |
Acabei há poucos dias uma verdadeira
maratona de filmes nacionais. Foram 53 filmes assistidos na seqüência sem
nenhum estrangeiro no meio deles. O recorde anterior tinha sido de 33, mas eu
queria ultrapassá-lo. O número só não foi maior porque os filmes brasileiros
que eu tinha à minha disposição acabaram. E depois dessa maratona acabei
completando 1500 filmes nacionais assistidos, de todos os estilos e gêneros,
sem nenhum preconceito. O filme de número 1500 foi o estranho Léo e Bia de Oswaldo Montenegro que achei muito fraco. Oswaldo continua sendo melhor cantor que diretor.
Othon Bastos em Deus e o diabo na terra do sol |
No início tinha preconceito com as
chanchadas e os filmes da Mazzaropi, mas hoje os adoro e já vi todos os filmes
que Mazzaropi fez. Acho alguns filmes do Cinema novo meio chatos, bem como
quase todos os de Glauber Rocha, mas mesmo assim ainda vejo todos com grande
prazer.
O cinema marginal me agrada muito.
Adoro O pornógrafo; O cangaceiro é o melhor entre os filmes de cangaço;
Pixote – A lei do mais fraco, um dos melhores da Embrafilme; os filmes de sexo
explícito da boca do lixo também me agradam, pois sempre contavam uma história
(mesmo que tosca) e a trilha sonora era de música clássica como Chopin e
Beethoven. Alfredo Sternheim é o meu diretor preferido dessa época; Alma
Corsária, um dos melhores da fatídica Era Collor; Central do Brasil, o melhor
da retomada e o meu preferido de todos os tempos.
Marília Pêra e Fernando Ramos da Silva em Pixote - A lei do mais fraco |
As trocas de filmes brasileiros com
colecionadores também ajudaram muito nessas “descobertas”. Descobri várias
pérolas, muitos com ótima qualidade, apesar da maioria ter sido gravada do VHS
original. A maioria desses filmes também eram pornochanchadas.
E por último, os downloads. Depois
que descobri os macetes de se baixar filmes na internet, nunca mais faltou
filmes para eu assistir e é claro que os filmes brasileiros são prioridade e eu
não deixo de baixar um filme nacional pra baixar qualquer filme estrangeiro que
seja. Apesar que os próprios internautas tem preconceito com os filmes
brasileiros e upam muito mais os filmes estrangeiros, principalmente os
americanos. O Markito fazia um trabalho primordial nesse quesito com o blog
Acervo Nacional, mas infelizmente ele morreu e até agora não apareceu outro
substituto. O blog Eu gosto é de filmes brasileiros se aproximava muito do
Acervo, apesar de focar mais os filmes pornográficos ou eróticos, mas agora foi deletado pela mesma “censura” que excluiu o
site megaupload e está em novo endereço.
Gostei da lei que obriga os canais de
tv por assinatura a exibirem filmes nacionais em seu horário nobre, mas quando
farão isso com a tv aberta?
O que falta para melhorar mais o cinema brasileiro é ter mais divulgação daqueles filmes que realmente valem a pena serem assistidos, como O Som ao Redor, que teve uma distribuição minuscula, mas é um dos melhores exemplos em termos de qualidade do nosso cinema.
ResponderExcluirTambém gosto muito de Mazzaropi e não sei porque idolatram tanto Glauber Rocha. No geral, há ainda muitas pérolas e serem descobertas. Vejo com frequência a Sessão Cinemateca da TV Justiça, às 21h de sexta-feira e, apesar de ter certeza de que são poucos os telespectadores sintonizados no canal, fico surpresa com a qualidade dos filmes exibidos.
ResponderExcluirAbraços!
lê eu vejo a cinemateca
Excluiro que eu nao gosto é que eles repetem muito
para mim que ja vi quase todos fica muito dificil
achar um que nao seja repetido
Assisti muitos filmes brasileiro, mas ainda estou longe da sua marca.
ResponderExcluirSobre o Marcelo e o ótimo "O Som ao Redor", infelizmente a Globo Filmes domina o mercado de distribuição, o que deixa pouquíssimo espaço para produções independentes, que por sinal geralmente são melhores que a maioria dos filmes comerciais da Globo.
Abraço
Gostei do tema da postagem. Acho que é a primeira vez que encontro alguém que realmente anuncia paixão e predileção pelo cinema nacional.
ResponderExcluirEu confesso que vejo títutlos nacionais em ocasiões, apenas e acabo de me lembrar que ganhei um DVD chamado "tolerância", tu deve conhecê-lo, é com a Maite. Preciso assisti-lo! Abraços
Também acho Pixote um filme interessante. Mas algumas cenas a gente tem que ter estômago pra ver (como aquela cena em que o garoto tá limpando a privada).
ResponderExcluirAcho que é o filme mais pessimista que eu já vi!
de uma olhada se voçe achar esse filme
Excluirhttp://www.adorocinema.com/filmes/filme-128396/
pois é um paralelo sobre os outros dois
(quem matou pixote--pixote a lei do mais fraco)
é um depoimento com a mae e a familia....interessante.
Pixote in memorian parece ser bem interessante. Pretendo ver em breve.
ResponderExcluirOla Gilberto, o site agora e este...
ExcluirEugostodefilmesbrasileiros.org