Quando eu acordei na
segunda-feira estava chovendo e eu já pensei logo: isso vai atrapalhar minha
ida ao Cinemark para um dia inteiro do Projeto Brasil.
Já tinha até escolhido os filmes
que veria, mas achei que daria errado como deu nos anos anteriores, mas no
final deu tudo certo e eu acabei vendo três filmes, os únicos que estavam em
cartaz que eu ainda não tinha visto.
Foi bom ver tanta gente reunida
só pra ver filmes brasileiros, pois em todos os filmes as salas estavam lotadas
de gente. Pena que não acontece isso nos outros dias do ano.
TIM MAIA
Tinha lido anteriormente a
crítica do filme escrita por Rubens Ewald Filho e concordei plenamente com ele.
Entramos dispostos a ficar felizes e animados como eram afinal as músicas de
Tim Maia, mas não é isso o que acontece. O filme é barra pesada. Mostra toda a
trajetória do cantor desde a época em que ele era criança e trabalhava como
entregador de marmitas até sua morte em 1998, mas em vez de mostrar os shows e
músicas e seu lado positivo, mostra o uso de drogas em demasia, sua teimosia
que se equiparava ao seu talento e se torna repetitivo e longo demais com seus
140 minutos.
Mas essa foi a escolha do diretor
Mauro Lima (que já tinha acertado com Meu nome não é Johnny e errado com Reis e
Ratos) para mostrar sua derrocada, como se fosse um castigo por seus erros.
Claro que não dá pra negar que
Robson Nunes e Babu Santana dão um show de interpretação vivendo o cantor na
juventude e na fase adulta, num elenco que conta ainda com Cauã Reymond e
Alinne Moraes.
No final vi algumas mulheres
chorando quando acontece sua morte na tela, com certeza fãs. Eu também sou seu
fã e aproveitei para ouvir um Cd que tenho com os maiores sucessos dele e
relembrar sua trajetória brilhante, mesmo que errante.
TRASH – A ESPERANÇA VEM DO LIXO
Stephen Daldry (diretor dos
premiados Billy Elliot, As horas,e O leitor) veio ao Brasil dirigir essa
co-produção entre Inglaterra e Brasil, baseada em livro de Andy Mulligan.
O filme é cheio de boas
intenções. Três garotos catadores de lixo encontram uma carteira que pertencia
ao personagem de Wagner Moura (em participação especial, mas com seu nome em
primeiro lugar nos créditos devido à fama internacional) e passam a ser
perseguidos por um policial (vivido por Selton Melo) que está a mando de um
político corrupto (Stepan Nercessian), mas eles contam com a ajuda de um padre
(Martin Sheen) e de uma professora (Rooney Mara) americanos que prestam
serviços junto à comunidade que trabalha com o lixo.
Gostei muito do filme que mistura
questões sociais em forma de thriller, além de mostrar a lealdade dos três
garotos, além de sua fé. Eles acreditam que vai dar tudo certo e apesar do
ambiente que os rodeia e de ter todos os indícios de que não dariam “grande
coisa” na vida decidem fazer o que é certo.
Os três garotos estão bastante
convincentes num elenco que conta ainda com Nelson Xavier, José Dumont, Jesuíta
Barbosa
MADE IN CHINA
Vi a entrevista que o diretor
Estevão Ciavatta e sua esposa (e protagonista do filme) Regina Case deram no
programa Marília Gabriela Entrevista do GNT e fiquei com mais vontade ainda de
ver o filme.
Regina Casé vive a funcionária de
uma loja no SAARA (Rio de Janeiro) e junto com o patrão (Otávio Augusto), o
namorado (Xande de Pilares) e a colega de trabalho (Juliana Alves), sofrem com
a forte concorrência de um casal de chineses que trabalham por perto e oferecem
preços muito mais atrativos que eles, já que vendem produtos importados da
China.
O carisma de Regina Casé é
impressionante e ela conseguiu arrancar várias risadas dos espectadores durante
toda a projeção, tanto por ciúmes do namorado com a filha dos concorrentes,
quanto pela enrascada quando ela se infiltra no galpão dos chineses para
investigar por que eles vendem produtos tão baratos.
É o primeiro longa de Estevão,
que sofreu um acidente de cavalo há alguns anos e ficou um tempo sem trabalhar,
mas agora promete investir mais no cinema, já que na televisão dirige o
programa Esquenta e já dirigiu a série Preamar (2012) para o Fantástico e o telefilme
Papai Noel Existe (2010).
Estou curioso para conferir "Tim Maia" e "Trash".
ResponderExcluirAbraço
Tim Maia é um filme corajoso, pois só ver aquele Roberto Carlos a serviço do governo daquela época já merece minha aprovação
ResponderExcluirOlá, Gilberto, como vai?
ResponderExcluirGostei demais do post. Três filmes que tem aparecido na mídia e que eu gostaria de saber a opinião de alguém que conheço e sei que entende, como você, rsrsrs. Acho que não assistirei a história do Tim, ainda mais se o cunho é assim, tão pesado. Já os outros dois gostei demais e assistirei assim que for possível. Valeu, um abraço, se cuide!