Direção: Joaquim Pedro de Andrade. Com: Lima Duarte, Jofre Soares, Carmen Silva, Elza Gomes, Ítala Nandi, Cristina Aché, Maria Lúcia Dahl, Carlos Gregório, Osvaldo Louzada, Carlos Kroeber, Wilza Carla e Dirce Migliaccio. 88 min.
Depois de clássicos como o episódio Couro de gato do longa "Cinco vezes favela (62), Garrincha - Alegria do povo (63), O padre e a moça (65), Macunaíma (69) e Os inconfidentes (71), Joaquim Pedro de Andrade dirigiu esta divertida e séria pornochanchada. Sim, ele dirigiu uma pornochanchada com temas picantes, cenas de nudez (de sexo não) e algumas atrizes costumazes do gênero, como Maria Lúcia Dahl, Wilza Carla e Cristina Aché.
O filme é baseado em 16 contos do escritor Dalton Trevisan, que também assina o roteiro junto com o diretor. São várias histórias paralelas que falam da dificuldade de se conviver bem, mesmo depois de tantos anos de casamento (Jofre Soares e Carmen Silva que brigam o tempo todo, inclusive fisicamente e não conseguem se entender, guerra essa que dá título ao filme); um advogado mulherengo (Lima Duarte) que corre atrás de várias mulheres, algumas até casadas (Ítala Nandi), mas depois de tudo descobre outras possibilidades; e o tímido Nelsinho (Carlos Gregório) que após se envolver sem muito sucesso com algumas mulheres, só se sente apto a se entregar verdadeiramente à esposa, depois de transar com uma velha prostituta.
Este como quase todos os filmes de Joaquim Pedro de Andrade foi restaurado digitalmente e apresenta uma imagem perfeita de um colorido impressionante, dando a impressão de ter sido produzido há pouco tempo e não há 37 anos atrás. A fotografia também é bem moderna, com a câmera nervosa perseguindo os atores e não parada por longos minutos como em vários filmes daquela época do Cinema Novo.
Outros diretores atuam aqui em funções diversas: Marco Altberg (Fonte da saudade) é assistente de direção; Carlos Alberto Prates Correia (Noites do sertão) é diretor de produção; Eduardo Escorel (Lição de amor) é o montador e Luis Carlos Barreto (Isto é Pelé) é o produtor.
Guerra Conjugal é o filme mais acessível do diretor e ideal para as novas gerações que querem conhecer sua carreira, pois trata de uma forma descontraída de assuntos sérios como solidão, velhice, desejo e traição no casamento. Não perca de maneira alguma!
Doe Medula Óssea!
Oi, Gilberto, como vai? Gosto muito do estilo surpreendente de Dalton Trevisan e o filme me pareceu ter um enredo bem interessante, com tramas paralelas, gosto disso.
ResponderExcluirE você, como sempre, perfeito quando fala sobre cinema nacional. Um abraço!
Ola caro amigo,a caricatura esta fantástica.meu grande e saudoso abraço..SU
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