terça-feira, 24 de setembro de 2013

A RETOMADA DO CINEMA BRASILEIRO

Marieta Severo em Carlota Joaquina - Princesa do Brasil

Já comentei esse assunto na crítica do livro “Cinema de novo” de Luiz Zanin Oricchio, mas achei injusto deixá-lo de fora dessa breve história do cinema brasileiro que estou levantando aqui no blog.

A atriz Carla Camurati depois de vários anos trabalhando como atriz de cinema e televisão, resolveu se tornar diretora de longas metragens. Em 1995 lançou “Carlota Joaquina – Princesa do Brazil” protagonizado por Marieta Severo que conseguiu atrair mais de 1,2 milhão de pessoas aos cinemas, tudo controlado por Carla que era também a produtora e acompanhava de perto o lançamento e a bilheteria do filme em cada sala em que era exibido.

Depois da promulgação da Lei do Audiovisual, que criou mecanismos de captação de recursos pela renúncia fiscal, o número de lançamentos aumentou substancialmente com uma média de 30 títulos anuais. De 1995 a 2002, o Brasil produziu aproximadamente 200 longas metragens e esse período é conhecido como a retomada do cinema brasileiro depois da crise.


São desse período também as indicações brasileiras ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho” (1995), “O que é isso, companheiro?” (1997), Central do Brasil (1998), que também deu indicação de melhor atriz à Fernanda Montenegro e depois “Cidade de Deus” (2002) que foi indicado como melhor filme e diretor, além de dois outros prêmios, mas infelizmente nenhum deles venceu.

Cidade de Deus é considerado por alguns autores como o filme que fechou esse período da retomada, pois era impossível que se continuasse recomeçando por muito tempo.

Gosto muito dos filmes desse fase, por isso escolhi os que mais gosto:

1995 – Carmen Miranda – Bananas is my business, Terra estrangeira, As meninas.

1996 – Um céu de estrelas, Como nascem os anjos, 16060, O monge e o filha do carrasco, Tieta do agreste.

1997 – Anahy de las Missiones, For all – O trampolim da vitória, O que é isso, companheiro?

1998 – Ação entre amigos, Alô?!, Central do Brasil (meu filme preferido)

1999 – Um copo de cólera, Dois córregos, Hans Staden, O primeiro dia, O viajante.

2000 – Minha vida em suas mãos, A negação do Brasil, Eu tu eles, Cronicamente inviável.

2001 – Abril despedaçado, Caramuru – A invenção do Brasil, Domésticas – O filme, Mater dei.


2002 – Cidade de Deus, Deus é brasileiro, Rua 6, sem número, As três Marias.


4 comentários:

  1. Terra Estrangeira assisti pela primeira vez recentemente e sintetiza muito bem o lado negro que o nosso país enfrentaria.

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  2. Concordo contigo, Gilberto, Central do Brasil é de longe um dos meus filmes preferidos do cinema nacional, emocionante, bem filmado e enredado... pena que poucos trazem tamanhas qualidades reunidas. Um abraço!

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  3. Adoro "Carlota Joaquina", pena que hoje apenas estudantes o vejam e ainda por obrigação. São poucos os que apreciam esta obra e sequer tem conhecimento de sua importância histórica e sobre seu sucesso na época de lançamento. Parabéns pela lembrança dos títulos nacionais, abs!

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