Marieta Severo em Carlota Joaquina - Princesa do Brasil |
Já comentei esse assunto na crítica
do livro “Cinema de novo” de Luiz Zanin Oricchio, mas achei injusto deixá-lo de
fora dessa breve história do cinema brasileiro que estou levantando aqui no
blog.
A atriz Carla Camurati depois de
vários anos trabalhando como atriz de cinema e televisão, resolveu se tornar
diretora de longas metragens. Em 1995 lançou “Carlota Joaquina – Princesa do
Brazil” protagonizado por Marieta Severo que conseguiu atrair mais de 1,2 milhão
de pessoas aos cinemas, tudo controlado por Carla que era também a produtora e
acompanhava de perto o lançamento e a bilheteria do filme em cada sala em que
era exibido.
Depois da promulgação da Lei do
Audiovisual, que criou mecanismos de captação de recursos pela renúncia fiscal,
o número de lançamentos aumentou substancialmente com uma média de 30 títulos
anuais. De 1995 a
2002, o Brasil produziu aproximadamente 200 longas metragens e esse período é
conhecido como a retomada do cinema brasileiro depois da crise.
São desse período também as
indicações brasileiras ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro: “O Quatrilho”
(1995), “O que é isso, companheiro?” (1997), Central do Brasil (1998), que
também deu indicação de melhor atriz à Fernanda Montenegro e depois “Cidade de
Deus” (2002) que foi indicado como melhor filme e diretor, além de dois outros
prêmios, mas infelizmente nenhum deles venceu.
Cidade de Deus é considerado por
alguns autores como o filme que fechou esse período da retomada, pois era
impossível que se continuasse recomeçando por muito tempo.
Gosto muito dos filmes desse fase,
por isso escolhi os que mais gosto:
1995 – Carmen Miranda – Bananas is my
business, Terra estrangeira, As meninas.
1996 – Um céu de estrelas, Como
nascem os anjos, 16060, O monge e o filha do carrasco, Tieta do agreste.
1997 – Anahy de las Missiones, For
all – O trampolim da vitória, O que é isso, companheiro?
1998 – Ação entre amigos, Alô?!,
Central do Brasil (meu filme preferido)
1999 – Um copo de cólera, Dois
córregos, Hans Staden, O primeiro dia, O viajante.
2000 – Minha vida em suas mãos, A
negação do Brasil, Eu tu eles, Cronicamente inviável.
2001 – Abril despedaçado, Caramuru –
A invenção do Brasil, Domésticas – O filme, Mater dei.
2002 – Cidade de Deus, Deus é
brasileiro, Rua 6, sem número, As três Marias.
Terra Estrangeira assisti pela primeira vez recentemente e sintetiza muito bem o lado negro que o nosso país enfrentaria.
ResponderExcluirPalmas!!!
ResponderExcluirConcordo contigo, Gilberto, Central do Brasil é de longe um dos meus filmes preferidos do cinema nacional, emocionante, bem filmado e enredado... pena que poucos trazem tamanhas qualidades reunidas. Um abraço!
ResponderExcluirAdoro "Carlota Joaquina", pena que hoje apenas estudantes o vejam e ainda por obrigação. São poucos os que apreciam esta obra e sequer tem conhecimento de sua importância histórica e sobre seu sucesso na época de lançamento. Parabéns pela lembrança dos títulos nacionais, abs!
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