Dr. Rogério Mengarda
Os problemas dentários estão
entre os mais graves na área de saúde pública no Brasil, atingindo
principalmente a população carente. É o que revela pesquisa da Organização Mundial
de Saúde (OMS), coordenada no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz. Os primeiros
resultados, divulgados hoje, mostram que 14,4% dos brasileiros já perderam
todos os dentes. Entre as mulheres de baixa renda com mais de 50 anos, o índice
chega a 55,9%. A Pesquisa Mundial de Saúde da OMS foi realizada com o objetivo
de avaliar os sistemas de saúde de 71 países.
Segundo a
organização Dentistas do Bem, 30 milhões de crianças nunca foram ao dentista no
Brasil.
Perda dentária como
mutilação e desigualdade
O pior desfecho para a doença
cárie é a perda dentária. Cientificamente, a extração dos dentes é considerada
como uma decorrência do agravamento das doenças bucais mais prevalentes, entre
elas a cárie. Mas na prática, ocorre como solução definitiva para dor, sendo
motivada principalmente pela falta de acesso ao serviço e à condição
socioeconômica34. A incoerência reside no fato de que, a extração é realizada
pelo serviço; portanto, para a extração não falta recurso nem acesso.
Considerando o sentido da
palavra perda como "desaparecimento, extravio", entende-se
que os dentes não desaparecem ou se extraviam, mas são efetivamente extraídos.
Por outro lado, essa perda não se configura na maioria das vezes como
tratamento indicado clinicamente, segundo os parâmetros científicos atuais.
Sendo motivada por problemas sociais, a mutilação bucal pode ser vista também
como uma mutilação social.
Conforme o padrão da
Organização Mundial de Saúde (OMS) e da Federação Dentária
Internacional (FDI)36, para o ano de 2000, 85% das pessoas com 18 anos deveriam
estar com todos os dentes presentes na cavidade bucal. No Brasil, em 2003, o
percentual para essa faixa etária foi 55,09%. Além disso, este dado foi
diferenciado entre as regiões. O percentual de completamente dentados por macrorregiões,
aos 18 anos foi de 39,1% (Norte), 45,1% (Nordeste), 66,5% (Sudeste e Sul) e
65,7% (Centro-Oeste).
Outro lado da moeda
O Dentista do Bem é o principal
projeto da Turma do Bem, e conta com o trabalho voluntário de
cirurgiões-dentistas que atendem em seu próprio consultório crianças e jovens
de baixa renda entre 11 e 17 anos, proporcionando-lhes tratamento odontológico
gratuito até que completem 18 anos. Atualmente, é a maior rede de voluntariado
especializado do mundo. http://turmadobem.org.br.
Olá!!!!
ResponderExcluirComo vc tá??? Estive ausente, a vida me impossibilitou de estar por aqui.
Esta situação vai piorando cada vez mais.
Teu blogger tá cada vez melhor.
Beijos!!!!
Beijos!!!!