O governo do presidente em exercício Michel Temer anunciou
neste sábado (21) que vai recriar o Ministério da Cultura. O Minc havia sido
transformado em secretaria, incorporada aoMinistério da
Educação, o que havia provocado uma onda de protestos.
Durou uma semana. Assim que tomou posse, no último dia 12, o
presidente em exercício, Michel Temer, transformou o Ministério da Cultura em
uma secretaria ligada ao Ministério da Educação.
A mudança provocou uma onda de protestos em todo o país.
Houve manifestações e ocupações de prédios do ministério em
21 capitais.
Artistas, produtores culturais, estudantes e integrantes de
movimentos sociais se juntaram para reclamar da decisão.
No Rio de Janeiro, eles ocuparam o Palácio Gustavo Capanema,
sede do Ministério da Cultura na cidade. Na noite de sexta-feira (20), teve
show de vários artistas, como Caetano Veloso.
Um grupo de artistas e a Associação dos Produtores de Teatro
escreveram uma carta aberta para pedir a volta do Ministério da Cultura. Na carta, eles afirmavam que o ato promoveu um retrocesso de
30 anos. O documento dizia ainda que a alegada demanda por uma
máquina pública enxuta não pode justificar o desmonte de uma estrutura
fundamental dedicada à guarda e preservação da identidade nacional.
O Ministério da Cultura havia sido extinto em um corte
promovido pelo presidente em exercício Michel Temer, que reduziu o número de
ministérios de 32 para 23, quando tomou posse. Segundo o governo, o corte era para reduzir os gastos.
O governo vai recriar o Ministério da Cultura por medida
provisória, que ainda vai ser publicada.
Assim que souberam da notícia da recriação do Ministério da Cultura, artistas,
em sua maioria, foram cautelosos e se manifestaram em entrevistas nos jornais e
nas redes sociais.
A cantora Daniela Mercury comemorou:
“O Minc voltou”.
A produtora cultural Paula Lavigne, presidente da
associação Procure Saber, disse que está contente e que a cultura não é um
custo desnecessário para o Estado. Que gera empregos e paga impostos.
Ao jornal Estado de S. Paulo, a cineasta Anna Muylaert disse
que quando artistas pediram a volta do ministério estavam falando de políticas
de democratização e descentralização que vinham sendo praticadas. E que antes
de celebrar a volta do Minc, é preciso saber que Minc será esse.
Em entrevista ao jornal O Globo, a atriz Fernanda Torres disse
que o presidente em exercício deve ter se arrependido muito com a extinção
desse ministério. E que ele não achava que o fim do Minc tivesse a capacidade
de mobilizar a opinião. “Não teve outro jeito”, concluiu.
Acabar com o Ministério da Cultura foi a 1ª grande derrapada do governo dele.
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