Freddie
Mercury possui mais de 400 títulos de Trilha Sonora (Soundtrack) no Imdb.
Começando Com Flash Gordon de 1980. Vocês lembram de um dos pioneiros filmes de
super herói produzido por Dino De Laurentis, que foi um fracasso de bilheteria,
mas ele não conhecia o Queen, banda da qual Freddie fez parte durante toda a
sua carreira, quando a contratou para a trilha sonora de “Flash Gordon”,
adaptação das hqs de Alex Raymond. O filme envelheceu mau, mas se tornou um
Cult trash, sendo lembrado pelo refrão cantado por Freddie: “Flash... Ahahah!
King of the Universe”. Essa foi a primeira vez que uma trilha de Rock n’Roll
era composta para um filme não musical. Ainda assim o filme, que se tornou o 9°
álbum da banda, não conseguiu ser o sucesso de bilheteria pretendido, mesmo
assim o single com a canção tema chegou a alcançar o 42º lugar pela “Billboard
Hot 100” .
Sean Connery e Christopher Lambert em Highlander - O guerreiro imortal |
Melhor resultado foi obtido quando o diretor australiano
Russell Mulcahy, que era fã da banda e a contratou para gravar a trilha sonora de
“Highlander – O Guerreiro Imortal” (1985) que se tornou o 12º álbum da banda.
Cada membro do Queen colaborou com uma canção: Roger Taylor compôs a canção
tema “A Kind of Magic”, Brian May ficou com a balada épica “Who Wants to Live
Forever”, o baixista John Deacon fez “One Year to Love” e Freddie Mercury ficou
com o hard-rock de “Princes of the Universe.”. O sucesso foi estrondoso. Este
ainda rendeu a agitada “One Vision” que entrou para a trilha do filme “Águia de
Aço” (Iron Eagle) produzido na mesma época.
Foi ideia de Freddie usar cenas do clássico
“Metropolis” (1926) no clip de “Radio Ga Ga” lançado em 1984. O diretor David
Mallet colocou o quarteto em um carro voador planando sobre o cenário
expressionista do filme de Fritz Lang. A canção, carro chefe do álbum “The
Works” alcançou sucesso mundial, escrita por Roger Taylor como uma crítica aos
meios de comunicação em um momento em que a MTV estava atraindo mais atenção
que a rádio. O título da canção foi a fonte de inspiração para que Stefani
Germanotta se reinventasse como a estrela Lady Gaga. Do mesmo álbum temos “I
Want To Break Free”, composta pelo baixista John Deacon, que teve um clip
cômico também dirigido por David Mallet, com os músicos transvestidos tal qual
Tony Curtis e Jack Lemmon do clássico “Quanto Mais Quente Melhor”, um dos
filmes favoritos da Carmen Miranda do Rock n’ roll, como o próprio Freddie
Mercury se definiu em uma das raras ocasiões em que cedia entrevista. A canção
foi associada ao universo gay, mas foi o próprio Mercury quem explicou que na
verdade era uma canção sobre libertação, chegando a ser usada como um hino
anti-apartheid na África do Sul, em uma época em que o líder Nelson Mandela ainda
era mantido prisioneiro do regime.
Nicole Kidman e Ewan McGregor em Moulin Rouge - Amor em vermelho |
O legado artístico de Freddie é perpetuado até
hoje em várias mídias, além dos filmes, suas canções também são ouvidas em
séries, programas de TV e até em vídeo games. Dentre as centenas de créditos,
podemos citar A vingança dos nerds (1984), Escola da desordem (1984), Quanto
mais idiota melhor (1992), Máquina quase mortífera (1993), Nós somos os
campeões (1994), Matador em conflito (1997), Lado a lado (1998), Mickey olhos
azuis (1999), Alta fidelidade (2000), Bilhete premiado (2000), Moulin Rouge –
Amor em vermelho (2001), 40 dias e 40 noites (2002), Todo mundo quase morto
(2004), De repente 30 (2004), Papai bate um bolão (2005), O galinho Chicken
little (2005), Doze é demais 2 (2005), Eu os declaro marido e Larry (2007),
Antes só do que mal casado (2007), Jogo de amor em Las Vegas (2008), Cadê os
Morgan (2009), Marte precisa de mães (2011), Os pinguins do papai (2011), O som
ao redor (2012), Este é o meu garoto (2012) e Esquadrão suicida (2016)
Rami Malek em Bohemian Rhapsody |
Até a
estreia na semana passada de Bohemian Rhapsody, a biografia de Freddie Mercury
estrelada por Rami Malek, que vai fazer com que novas gerações possam
conhecê-lo, mesmo passados quase 30 anos de sua morte, o que não deixa de ser uma vida eterna, mesmo que seja na memória dos fãs.
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