terça-feira, 6 de novembro de 2018

FREDDIE MERCURY NO CINEMA



Freddie Mercury possui mais de 400 títulos de Trilha Sonora (Soundtrack) no Imdb. Começando Com Flash Gordon de 1980. Vocês lembram de um dos pioneiros filmes de super herói produzido por Dino De Laurentis, que foi um fracasso de bilheteria, mas ele não conhecia o Queen, banda da qual Freddie fez parte durante toda a sua carreira, quando a contratou para a trilha sonora de “Flash Gordon”, adaptação das hqs de Alex Raymond. O filme envelheceu mau, mas se tornou um Cult trash, sendo lembrado pelo refrão cantado por Freddie: “Flash... Ahahah! King of the Universe”. Essa foi a primeira vez que uma trilha de Rock n’Roll era composta para um filme não musical. Ainda assim o filme, que se tornou o 9° álbum da banda, não conseguiu ser o sucesso de bilheteria pretendido, mesmo assim o single com a canção tema chegou a alcançar o 42º lugar pela “Billboard Hot 100”.

Sean Connery e Christopher Lambert em Highlander - O guerreiro  imortal

Melhor resultado foi obtido quando o diretor australiano Russell Mulcahy, que era fã da banda e a contratou para gravar a trilha sonora de “Highlander – O Guerreiro Imortal” (1985) que se tornou o 12º álbum da banda. Cada membro do Queen colaborou com uma canção: Roger Taylor compôs a canção tema “A Kind of Magic”, Brian May ficou com a balada épica “Who Wants to Live Forever”, o baixista John Deacon fez “One Year to Love” e Freddie Mercury ficou com o hard-rock de “Princes of the Universe.”. O sucesso foi estrondoso. Este ainda rendeu a agitada “One Vision” que entrou para a trilha do filme “Águia de Aço” (Iron Eagle) produzido na mesma época.

Foi ideia de Freddie usar cenas do clássico “Metropolis” (1926) no clip de “Radio Ga Ga” lançado em 1984. O diretor David Mallet colocou o quarteto em um carro voador planando sobre o cenário expressionista do filme de Fritz Lang. A canção, carro chefe do álbum “The Works” alcançou sucesso mundial, escrita por Roger Taylor como uma crítica aos meios de comunicação em um momento em que a MTV estava atraindo mais atenção que a rádio. O título da canção foi a fonte de inspiração para que Stefani Germanotta se reinventasse como a estrela Lady Gaga. Do mesmo álbum temos “I Want To Break Free”, composta pelo baixista John Deacon, que teve um clip cômico também dirigido por David Mallet, com os músicos transvestidos tal qual Tony Curtis e Jack Lemmon do clássico “Quanto Mais Quente Melhor”, um dos filmes favoritos da Carmen Miranda do Rock n’ roll, como o próprio Freddie Mercury se definiu em uma das raras ocasiões em que cedia entrevista. A canção foi associada ao universo gay, mas foi o próprio Mercury quem explicou que na verdade era uma canção sobre libertação, chegando a ser usada como um hino anti-apartheid na África do Sul, em uma época em que o líder Nelson Mandela ainda era mantido prisioneiro do regime.

Nicole Kidman e Ewan McGregor em Moulin Rouge - Amor em vermelho

O legado artístico de Freddie é perpetuado até hoje em várias mídias, além dos filmes, suas canções também são ouvidas em séries, programas de TV e até em vídeo games. Dentre as centenas de créditos, podemos citar A vingança dos nerds (1984), Escola da desordem (1984), Quanto mais idiota melhor (1992), Máquina quase mortífera (1993), Nós somos os campeões (1994), Matador em conflito (1997), Lado a lado (1998), Mickey olhos azuis (1999), Alta fidelidade (2000), Bilhete premiado (2000), Moulin Rouge – Amor em vermelho (2001), 40 dias e 40 noites (2002), Todo mundo quase morto (2004), De repente 30 (2004), Papai bate um bolão (2005), O galinho Chicken little (2005), Doze é demais 2 (2005), Eu os declaro marido e Larry (2007), Antes só do que mal casado (2007), Jogo de amor em Las Vegas (2008), Cadê os Morgan (2009), Marte precisa de mães (2011), Os pinguins do papai (2011), O som ao redor (2012), Este é o meu garoto (2012) e Esquadrão suicida (2016)

Rami Malek em Bohemian Rhapsody

Até a estreia na semana passada de Bohemian Rhapsody, a biografia de Freddie Mercury estrelada por Rami Malek, que vai fazer com que novas gerações possam conhecê-lo, mesmo passados quase 30 anos de sua morte, o que não deixa de ser uma vida eterna, mesmo que seja na memória dos fãs.




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