sexta-feira, 16 de novembro de 2018

UM DIA NO CINEMA




Como já virou tradição, todos os anos eu tiro o dia do Projeta Brasil Cinemark para ficar no cinema. E esse ano não foi diferente.

De início eu tinha planejado assistir a cinco filmes no Flamboyant Shopping Center:
10 segundos para vencer
Legalize já – Amizade nunca morre
Marcha cega
Amanhã chegou
Abrindo o armário
Mas como fui pro Shopping de ônibus cheguei atrasado ao cinema, acabei perdendo o primeiro filme e como ia voltar de carona, perdi o último também. Esqueci de dizer que não tenho carro e também não sei dirigir, mas isso por opção.


10 Segundos para vencer é mesmo um ótimo filme como eu já tinha lido em várias críticas. Osmar Prado dá um show de interpretação como Kid Jofre, o pai de Eder (Daniel de Oliveira), bem como a mãe Sandra Corveloni, mas Daniel de Oliveira também está muito bem no papel do lutador que se tornou campeão mundial, mas que apesar de tanto sucesso, ou por causa dele, teve que deixar de lado sua mulher e filho. Seu grande conflito é esse: como abandonar o sucesso mundial alcançado a duras penas ou como abandonar o amor de sua vida? Ele até tenta deixar a carreira chegando a se apresentar em um circo, sendo muito criticado pelo pai e depois pelo próprio filho que pergunta  à mãe porque o pai não tem um emprego?

Devo confessar que nunca fui muito fã dos filmes de boxe, apesar de ter visto toda a série Rocky, estrelada por Silvester Stallone, mas gostei bastante desse filme que merecia ter feito mais público nos cinemas. Não passou dos 50.000 espectadores, mas ele é corpoduzido pela Globo Filmes e pelo Canal Brasil e terá uma nova chance na TV.


Legalize Já – Amizade nunca morre é a história de Marcelo D-2 e Skunk e como criaram a banda Planet Hemp que fez muito sucesso nos anos 90 e 2000. O filme é dirigido por Johnny Araújo, que dirigiu vários clipes do grupo e ouviu de Marcelo que ele estava vivendo o sonho de seu amigo Skunk que morreu em 1994, seis meses antes da banda estourar nas rádios, com uma pequena ajuda do papel de Rafaella Mandeli em um pequeno papel, infelizmente. Me tornei fã dela depois da série O negócio e torcia para que o papel fosse um pouco maior. Vou aguardar por Intimidade entre estranhos que ela protagoniza ao lado de Milhem Cortaz.

Mas voltando a Legalize Já, O longa, dirigido por Araújo em parceria com Gustavo Bonafé, se passa no Rio de Janeiro do início dos anos 90, e foca na vida de Marcelo (Renato Góes), camelô vendedor de camiseta que batalha para arranjar dinheiro para pagar um aborto da namorada. Em um confronto com a polícia e uma trombada na rua, Marcelo conhece Skunk (Ícaro Silva), um artista com conexões misteriosas que se vira nas ruas gravando fitas musicais. Os dois iniciam uma parceria com o incentivo forte de Skunk, que é responsável por quase tudo; melodiar as letras de Marcelo, ajudá-lo a achar o ritmo, convencê-lo a gravar, arranjar shows e até levar a música ao rádio. Não conhecia a história de Skunk e levei um choque quando ele fica doente pouco antes do sucesso.

Assistindo fiquei em dúvida se é um filme em Preto e Branco, mas conseguia discernir alguns detalhes coloridos, então cheguei à conclusão que era quase em preto e branco, se é que isso é possível, para refletir a frieza do contexto dos protagonistas e isso cria uma atmosfera desconfortável, mas em nenhum momento a vida dos dois foi tranquila.

Também merecia mais público nos cinemas, deu menos bilheteria ainda do que 10 segundos para vencer, nem chegou a 40.000 espectadores.

Marcha cega é um documentário sobre as manifestações que ocorreram em São Paulo nos últimos anos  a Polícia Militar foi responsável por agredir violentamente, ferir e prender uma série de manifestantes. Por meio do uso excessivo de gás lacrimogêneo e outras técnicas duvidosas, a cidade transformou-se em um verdadeiro campo de batalha e as marchas, inicialmente pacíficas, foram consumidas pela violência derivada das forças policiais. O filme conta com depoimentos das vítimas, de advogados e de especialistas no assunto, mas em nenhum momento se ouve as desculpas ou explicações dos policiais para seus atos, mas no final a explicação, todos os envolvidos foram convidados a se pronunciar, mas se recusarem, talvez por não terem explicação para os atos que praticaram.

De início fiquei em dúvida se assistiria a esse filme no cinema, pois com certeza ele será exibido logo na sessão É tudo verdade do Canal Brasil, mas no cinema é outra coisa. E foi apenas o segundo documentário que assisti na tela grande. O primeiro tinha sido João de Deus – O silêncio é uma prece. Não me arrependi. Que venham outros.

Já estou ansioso pelo Projeta Brasil do ano que vem, mas enquanto isso, vou vendo os filmes brasileiros nas sessões normais, apesar do preço ser bem salgado, diferente dos R$ 4,00 cobrados no Projeta.


2 comentários:

  1. Parabéns teu blog é demais.
    Como vc sou um apaixonado por filmes.
    Gostaria se possivel conseguir um link para o filme - sequestro relâmpago.
    Grato .

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  2. Sequestro relâmpago por enquanto só nos cinemas. Não tem para download.

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