Linda Blair em O Exorcista |
No início dos anos 70, pensou-se que o cinema de terror não tinha mais nada a dizer, então William Friedkin adaptou o livro O exorcista de William Peter Blatty (1973), que tornou Linda Blair um dos maiores ícones do gênero, apesar de ela não ter conseguido se desvencilhar do papel. Estrelou a continuação, O exorcista II – O herege em 1977, mas não participou da parte 3, dirigida pelo autor do livro original, preferindo estrelar a paródia A repossuída ao lado de Leslie Nielsen (1990).
Jack Nicholson em O Iluminado |
Em 1980, Stanley Kubrick assustou os fãs com o terror psicológico O iluminado, estrelado por uma Jack Nicholson ensandecido (como sempre) e baseado na obra de Stephen King, o autor mais conhecido do gênero, que também deu origem à Carrie, a estranha (1976), Christine, o carro assassino (1983), Colheita maldita (1984), O cemitério maldito (1989), Louca Obsessão (1990), Sonâmbulos (1992), A dança da morte (1994) e Eclipse total (1995).
Nos anos 80, surgiram os filmes estrelados por (e feitos para) os adolescentes, conhecidos como slasher movies em que há sempre alguém matando jovens que teimam em se colocar em perigo, a partir de Sexta-feira 13 (1980) e depois em A hora do pesadelo (1984) que renderam incontáveis continuações, já que a morte do vilão no filme anterior não era garantia de que ele não retornaria no filme seguinte, então inventavam as desculpas mais estapafúrdias.
São considerados filmes de qualidade nessa época, A hora do espanto, Fome de viver, Nosferatu, o vampiro da noite, A hora dos mortos vivos, Um lobisomem americano em Londres, Poltergeist – O fenômeno, Eraserhead, Gremlins e a continuação de O massacre da Serra elétrica.
Nos anos 90, o mesmo Wes Craven, criador de A hora do pesadelo, revolucionou de novo com a série Pânico, que parodiava o gênero. O filme rendeu três continuações. Depois surgiu a paródia da paródia, Todo mundo em Pânico, que também foi piorando no decorrer dos capítulos subseqüentes. Pânico também deu origem a outros filmes que também fizeram sucesso entre os jovens, como Eu sei o que vocês fizeram no verão passado, Prova final, A bruxa de Blair, Lenda Urbana e Vampiros de John Carpenter.
A partir do ano 2000, tudo começou a degringolar com os filmes de tortura pornô, chamados assim por mostrarem tudo, como fazem os filmes pornôs. Eles tentam ser tão explícitos no terror que incomodam e causam repulsa, pois mostram vísceras e membros decepados o tempo todo. Os estômagos mais fracos não conseguem acompanhar. O exemplar mais famoso é Jogos Mortais, que rendeu seis continuações, cada uma pior que a outra, além do também repugnante O albergue.
O Exorcista e O Iluminado são mesmo as obras máximas desse gênero.
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Já comentei no outro post sobre o filme O Exorcista, que, mesmo depois do tema ter sido tão explorado, ainda me causa um mal estar. Gostei muito de O Iluminado (obra prima mesmo), do primeiro filme da série A Hora do Pesadelo, (que mostra um Johnny Depp noviiinho... rs). Gostei também de Carrie, A Estranha (da primeira versão), Louca Obsessão, Nosferatu (não tem como não gostar...)e Poltergeist. Li O Cemitério Maldito (Pet Cemetery) e adorei, minha nuca arrepiou..., mas não gostei de adaptação para o cinema. Não sei se Christine, O Carro Assassino é o mesmo que vi, sobre um carro preto que persegue outros carros em uma estrada. Vi esse filme com o título de "O Carro", que se tornou um "cult". Desse eu gostei muito, e adoraria rever. Achei a Bruxa de Blair o máximo!O final é desconcertante(O primeiro, o outro já perdeu a originalidade). Em Gremlins eu mais dei risada do que assustei, achei um filme debochado, de humor negro, não o mesmo humor negro de Delicatessen, este é muito melhor, feito com mais seriedade. Gostei também do primeiro filme de Jogos Mortais. A proposta foi muito boa, pena que depois acabou caindo na mesmice.
ResponderExcluirNão gosto de massacres de serras elétricas, nem de mutiladores, nem de facas, facões, machados, foices, cutelos, ancinhos... Enfim, não gosto desses brinquedinhos assassinos. Por falar nisso, o primeiro Brinquedo Assassino me assutou (só vi esse). Havia um boneco na sala, chamado Denis, que ganhei numa quermesse. Chegou uma hora que eu comecei a "desconfiar" dele e acabei tirando-o da sala... Na verdade, acabei doando o boneco. Me diverti com dois ou três episódios de Todo Mundo em Pânico...
Enfim, é isso.
Muito bom esse post, Gilberto.
Muito boas suas impressões sobre os filmes citados, Ligeia. Christine, o carro assassino é esse filme do carro preto mesmo, que passava sem parar no cinema em casa do SBT. Sabe que me esqueci do Brinquedo assassino. O primeiro é mesmo assustador, mas depois virou comédias com as últimas partes: O filho de Chucky e A noiva de Chucky. O primeiro Jogos mortais é mesmo bom e inteligente, mas os outros não fazem sentido nenhum e são muito explícitos. Abraços
ResponderExcluirGilberto, como vc falou que Christine passava muitas vezes na TV, imaginei que não fosse o mesmo filme e fui pesquisar. O filme ao qual me referi chama-se "O Carro, a Máquina do Diabo (título original: The Car). Passou poucas vezes na TV e de madrugada. Esse filme tem muitos fãs, como eu disse, virou "cult", rs.
ResponderExcluirAbraços.