domingo, 22 de novembro de 2009

HERBERT RICHERS (1923 – 2009)


Morreu na madrugada de sexta-feira o grande Herbert Richers, dono dos estúdios de dublagem que levam seu nome e é um dos maiores da América Latina. Atualmente a maioria dos filmes brasileiros são dublados lá. Quem nunca ouviu no início de algum filme: “Versão brasileira: Herbert Richers”? Sua empresa dubla cerca de 70% dos filmes exibidos nos cinemas e uma média de 150 horas de filmes dublados mensalmente.

Teve grande importância para os cinéfilos brasileiros, já que muitos não gostam de filmes legendados e com a popularidade da Tv aberta esse costume só aumentou, já que ela só exibe filmes dublados.

Dublou também várias das tenenovelas mexicanas exibidas pelo SBT, como ROSALINDA, REBELDE, QUINZE ANOS, MARIMAR, MARIA MERCEDES, MARIA DO BAIRRO, OS RICOS TAMBÉM CHORAM. CARROSSEL, CARROSSEL 2 – VIVA AS CRIANÇAS, ESMERALDA, A USURPADORA e A FEIA MAIS BELA, entre outras.

Desenhos animados em série exibidos nos programas infantis: ANIMANIACS, CAPITÃO PLANETA, CAVERNA DO DRAGÃO, DENNIS, O PIMENTINHA, DUCKTALES, OS CAÇAFANTASMAS, HE-MAN, SHERA, SUPERAMIGOS, POPEYE e THUNDERCATS, entre outros.

Séries como ALF, O ETEIMOSO, BARRADOS NO BAILE, A GATA E O RATO, BARRADOS NO BAILE, AS PANTERAS, FAMÍLIA DINOSSAUROS, MAGNUM, FRIENDS e PROFISSÃO PERIGO, etc.

Era pai do ator Herbert Richers Jr. (Alô?) e estava internado desde o dia 08/11 na Clínica São Vicente (RJ), onde morreu de problemas renais aos 86 anos. Seu corpo foi cremado ontem. Até pouco tempo atrás ele ia todos os dias ao trabalho apesar da avançada idade.

Além de chefe de dublagem era também produtor de cinema. Profissão que iniciou com o filme SAI DE BAIXO (1956) com Mazzaropi, passando por ÁGUA NA BOCA (1956) e dezenas de outras chanchadas da Atlântida, mas seus maiores sucessos são O ASSALTO AO TREM PAGADOR (1962) e VIDAS SECAS (1963), sendo o último ANA, A LIBERTINA (1975). Mas no total produziu 59 filmes, fez o roteiro de MARIDO DE MULHER BOA (1960) e UM CANDANGO NA BELACAP (1961) e como operador de câmera de AMEI UM BICHEIRO (1952), vários deles lançados em DVD há pouco tempo, numa coleção com seu nome.

Uma grande perda para o cinema!

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