segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

RELEMBRANDO GUERRA DOS SEXOS


A moda agora são os remakes, tanto no cinema quanto na televisão. Depois de Gabriela e Carrossel, chegou a vez de Guerra dos Sexos, exibida em 185 capítulos de 06/06/83 a 06/01/84; escrita por Sílvio de Abreu, com colaboração de Carlos Lombardi e direção de Jorge Fernando e Guel Arraes.

Conta a história dos primos Charlô (Fernanda Montenegro) e Otávio (Paulo Autran) que cresceram juntos, tiveram um romance na adolescência que não deu certo e se detestam, mas os dois são obrigados a conviver na mesma casa e na mesma empresa por imposição de um tio milionário. Os dois brigam diariamente numa verdadeira guerra dos sexos que envolve também os demais personagens.

Charlô propõe a Otávio uma aposta: ela e sua equipe tem 100 dias para elevar o lucro da rede de lojas de roupas, caso contrário, ele será o único dono. Otávio conta com o apoio de Felipe (Tarcísio Meira) e ela de Vânia (Maria Zilda Bethlem) e Robeta (Glória Menezes).


As mulheres unem suas forças, inclusive num trato de não de envolver com os homens nesses 100 dias. Elas só não contam com a traição de Carolina (Lucélia Santos) que se envolve com Felipe.

Romances completam a confusão. Juliana (Maitê Proença), filha de Felipe, apaixonam-se por Nando (Mário Gomes), o motorista da família. Ela o disputa com Analu (Ângela Figueiredo), chegando a mantê-lo prisioneiro em uma ilha deserta. Roberta também se apaixona por ele.


Com golpes baixos, Otávio e Felipe derrotam as mulheres. Charlô inconformada, leva a disputa aos tribunais. Nesse momento, Otávio desaparece e seu primo português Dominguinhos (também vivido por Paulo Autran) entra em cena. Dominguinhos se apaixona por Charlô e como o romance não dá certo, ele retorna para Portugal. Otávio também aparece novamente.

Guerra dos sexos firmou o nome de Sílvio de Abreu como autor de comédias escrachadas, como as antológicas brigas entre os dois protagonistas, inclusive a muito reprisada cena da torta na cara. A narrativa subvertia o formato das telenovelas, com os personagens comentando os acontecimentos com os telespectadores.


A censura impôs mudanças em personagens, cenas e diálogos. Sílvio de Abreu foi várias vezes a Brasília discutir os cortes, mas mesmo assim, a novela foi um grande sucesso e recebeu vários prêmios da APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte).

A trilha sonora ainda reuniu nomes como Lulu Santos, Agnaldo Timóteo, Fafá de Belém, Caetano Veloso, Raul Seixas e Emílio Santiago.

Ainda estavam no elenco, Ary Fontoura, Diogo Vilela, Edson Celulari, Helena Ramos (adoro!), Henriqueta Brieba, Herson Capri, Jayme Periard, Marilú Bueno, Nildo Parente, Paulo César Grande e Wilson Grey.

A novela foi vendida para Bolívia, Canadá, Chile, Equador, Espanha, Estados Unidos, Itália, Nicarágua, Paraguai, Peru, Portugal, Uruguai e Venezuela e foi reapresentada entre janeiro e abril de 1989 em versão compacta, às 17 horas na faixa da Sessão Aventura.

Fonte de consulta: Dicionário da Rede Globo. 



3 comentários:

  1. Não vejo esta novela, gosta da que passa as seis hora, Lado a lado.

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  2. Sempre fico curiosa com remakes e procuro me informar sobre os originais. Não vi a primeira versão, então seu texto veio a calhar. Estou gostando da novela, divertida e leve.
    Abraços!

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  3. Eu vi a 1ª versão da novela quando tinha 8 anos. E alguns anos depois, me lembro quando reprisou de tarde, na falecida Sessão Aventura da Globo (que passava no horário em que hoje passa Malhação).
    Era legal, com certeza.
    O remake eu só vejo muito eventualmente.

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