A estreia no cinema da diva Adriana Prieto. Nascida na Argentina em 1950, com
quatro anos mudou-se para o Brasil, onde começou a carreira artística no teatro
com a peça "Os espectros" de Ibsen e depois no cinema com este filme
singelo e encantador. Participou em seguida de outros 17 filmes até 1975 quando
morreu prematuramente em um fatídico acidente de carro com apenas 25 anos. Seus
filmes passaram a ser cultuados:
1967 - A lei do cão*
As sete faces de um cafajeste*
1968 - Balada da página três*
1969 - Os paqueras
1968 - Balada da página três*
1969 - Os paqueras
Memória de Helena
A penúltima donzela
As duas faces da moeda
1970 - Palácio dos anjos*
As gatinhas*
1971 - Um anjo mau
1971 - Um anjo mau
Lúcia McCartney - Uma garota de programa
Soninha toda pura
Uma mulher para sábado*
1972 - A viúva virgem
1972 - A viúva virgem
Ipanema toda nua*
1974 - Ainda agarro esta vizinha
1975 - O casamento
1974 - Ainda agarro esta vizinha
1975 - O casamento
Sou fã incondicional de
Adriana Prieto e quero ver os sete filmes dela que ainda faltam (marcados com
*). Adoro seu jeito ingênuo e ao mesmo tempo intempestivo. Em "El
justicero" ela vive a mocinha Ana Maria que consegue fazer com que o herói
Jorge, El Justicero se apaixone por ela. Ele ganhou essa alcunha por defender
os outros (se isso fosse do seu interesse), como libertar um amigo preso e
salvar uma moça de ser currada. Jorge vive de conquistas e ameaças de suicídio
caso a mulher não transe com ele, até que conhece a personagem de Adriana, que
jura ser virgem e causa o maior estardalhaço quando ele descobre que isso não é
verdade.
Nelson Pereira dos Santos foi um dos precursores do Cinema Novo com "Rio 40 graus" e chegou a dirigir alguns filmes bem chatos e incompreensíveis como "Fome de amor" também protagonizado por Arduíno Colassanti, mas com "El Justicero" ele fez um filme acessível a todos, uma comédia de costumes dos anos 60, talvez até bobinha como diz um dos personagens, indagando quem se interessaria se o herói vai ou não ficar com a mocinha perto de tanta guerra e barbárie que existe no mundo. Mas o pior é que interessa sim. O filme é quase uma pornochanchada e ficou vários meses proibido pela censura , devido aos temas abordados: sexo livre, curras, a virgindade da mulher que não tem mais importância. O engraçado é que hoje tudo isso ficou ingênuo, mas é interessante acompanhar quando esses assuntos começaram a ser tratados mais abertamente e homens e mulheres passaram a ter direitos iguais (mesmo que isso não seja totalmente cumprido na prática) e quando a liberdade sexual surgia para as mulheres também.
Baseado no livro "As vidas de El Justicero" de João Bithencourt, é um título pouco atraente, dando a impressão de um filme espanhol de aventura. É um dos filmes menos conhecidos de Nelson, já que não foi lançado em vídeo ou DVD e nem passa na televisão.
Nelson Pereira dos Santos foi um dos precursores do Cinema Novo com "Rio 40 graus" e chegou a dirigir alguns filmes bem chatos e incompreensíveis como "Fome de amor" também protagonizado por Arduíno Colassanti, mas com "El Justicero" ele fez um filme acessível a todos, uma comédia de costumes dos anos 60, talvez até bobinha como diz um dos personagens, indagando quem se interessaria se o herói vai ou não ficar com a mocinha perto de tanta guerra e barbárie que existe no mundo. Mas o pior é que interessa sim. O filme é quase uma pornochanchada e ficou vários meses proibido pela censura , devido aos temas abordados: sexo livre, curras, a virgindade da mulher que não tem mais importância. O engraçado é que hoje tudo isso ficou ingênuo, mas é interessante acompanhar quando esses assuntos começaram a ser tratados mais abertamente e homens e mulheres passaram a ter direitos iguais (mesmo que isso não seja totalmente cumprido na prática) e quando a liberdade sexual surgia para as mulheres também.
Baseado no livro "As vidas de El Justicero" de João Bithencourt, é um título pouco atraente, dando a impressão de um filme espanhol de aventura. É um dos filmes menos conhecidos de Nelson, já que não foi lançado em vídeo ou DVD e nem passa na televisão.
Doação de medula óssea:
Adoro textos que busquem nossa história.
ResponderExcluirParabéns amigo historiador. kkk
abs
Gilberto, não conheço os filmes nem a atriz, mas achei interessante citar o contraponto entre como era a história e como ela é hoje em relação ao sexo. O que foi considerado uma ousadia hoje é quase normal, inclusive sobre sexo. Um abraço!
ResponderExcluirSempre é importante conhecer a história daqueles que
ResponderExcluirfizeram e fazem a arte da tela.
Beijos!!
Gilberto, você faz muito mais pelo cinema nacional na blogosfera do que eu! Parabéns! Parabéns também por lembrar desses talentos esquecidos do grande público e trazer à tona a memória do nosso cinema.
ResponderExcluirOi, amigo, dos marcados pior vc tenho O PALÁCIO DOS ANJOS. Também gosto muito da Adriana.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Ola querido amigo,já vi que conheces o cinema nacional como ninguém.Acho linda Adriana mas infelizmente não´assisti a nenhum de seus filmes.Como é costume,estas com um excelente texto.Uma boa-noite e meu grande abraço.SU.
ResponderExcluirOlá Gilberto. Também sou fã de Adriana Prieto e a conheci pouco tempo, pois quando ele morreu em 1974 aos 24 anos, eu nem tinha nascido. Dos 18 filmes, vi 11 e logo no primeiro já fiquei fã. Ela tinha tudo para ser umas das maiores estrelas do cinema e novelas se estive continuado a sua carreira interrompida por um trágico acidente. Ela era muito talentosa além de linda, porém tinha uma vida muito controlada por seu irmão Carlos Prieto, também já falecido. Acho que poderiam fazer um documentário de sua breve vida bem como uma exibição de um festival com seus filme. Quase não se tem muita informação sobre ela. Deveriam fazem uma homenagem a esta jovem atriz que tão cedo alcançou o estrelato, com apenas 21 ganhou prêmio de melhor atriz em 1971, fato que hoje em dia, nenhuma jovem atriz no Brasil conseguiu alcançar este resultado em tão pouco tempo.Adriana é realmente inesquecível.
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