quarta-feira, 22 de junho de 2011

WILZA CARLA (1938 - 2011)

 

Morreu na madrugada do domingo passado e foi sepultada ontem a atriz Wilza Carla, que estava internada no Hospital das Clínicas desde o dia 17. Ela tinha problemas de saúde, como diabetes e complicações cardíacas, agravados pela obesidade.

Wilza iniciou sua carreira no teatro de revista e participou de inúmeros desfiles carnavalescos. Estreou no cinema em Genival é de morte (1955) e participou de dezenas de filmes em seguida, em sua maioria comédias e pornochanchadas que exploravam seu tipo físico, como Mais ou menos virgem (1973), Ainda agarro esta vizinha (1974), Com as calças na mão (1975), Socorro! Eu não quero morrer virgem (1976), Será que ela agüenta? (1977), Seu Florindo e suas duas mulheres (1978) e Põe devagar... bem devagarinho (1983).

Nos anos 70, fez grande sucesso na novela Saramandaia (1976) como a Dona Redonda que explode no final da novela e em seguida como jurada dos programas de auditório de Silvio Santos e Raul Gil. Os problemas de saúde se agravaram e o ritmo de trabalho diminuiu até a mini-série O portador (1991), em que vivia uma traficante de sangue.

Em 1994 sofreu um AVC e ficou acamada desde então, aos cuidados da filha, Paola, mas sempre com o desejo de voltar a trabalhar, mesmo que fosse em uma cadeira de rodas, o que desabafou em uma entrevista para o TV Fama da Rede TV em 2006 e infelizmente não chegou a acontecer. Às vezes a vida é cruel.

4 comentários:

  1. Vi uma matéria sobre ela num deses programas da tarde, já faz muito tempo. estava na miséria, uma casa que antes tinha sido linda, era um lugar cheio de mofo, de pobreza mesmo. Não sei o que acontece com certos artistas que nunca pensam que vão envelhecer ou ficar doentes, ou sei lá. Não se trata de pessimismo, mas de consciência de que juventude e fama são coisas efêmeras demais. Qdo se vê, já foram. A vida é cruel mesmo nesse sentido. Não perdoa.
    Que ela esteja em paz agora.

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  2. Realmente uma tristeza grande. Principalmente pelo tempo que ela levou padecendo destas enfermidades.

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  3. E eu fui um desses q pensei q ela já havia morrido há tempos.

    Concordo com a simpática Ligéia.
    Parece q não só com os artistas, com outras pessoas tb, esquecemos q o tempo passa, e como passa, da fragilidade do nosso corpo e das armadilhas do destino. A letra da música "Time", do Pink Floyd, postada no meu humilde blog, já diz tudo.

    Muito triste mesmo ficar tempos lutando contra uma doença envolto na miséria. A obesidade é uma coisa triste e q serve de chacota. Será q a Wilza Carla gostava de interpretar personagens, q seriam ela mesma, servindo de deboche para os outros?

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  4. E' mesmo isso, do comentario de Ligeia: O caso de atores (e desculpem-me por usar essa referencia) e jogadores de futebol, que nao pensam no futuro, apo's uma vida de luxo e ganhos absurdos, e no final tambem querem tirar uma casquinha da aposentadoria. Como no recente debate entre Tostao e Carlos Alberto(para quem nao sabe, grandes ex-jogadores da selecao), jogador nao tem de ter a mesma regalia que os comuns mortais. Creio que o mesmo tipo de regra deveria ser usada no caso dos nossos politicos.

    Mas enfim, o assunto era mesmo sobre a Wilza Carla, que muito provavelmente sabia muito bem, de certa forma, tirar proveito da curiosade alheia sobre os seus atributos, nao so' ao atuar em filmes duvidosos e de baixa qualidade, como tambem expos o proprio corpo nu num ensario erotico de uma revista, muitos anos atras (1982), e que foi um sucesso tremendo. Por razoes diferentes que um ensaio de uma Panicat, por exemplo...

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