segunda-feira, 20 de agosto de 2012

DIRETORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 3



Filho dos produtores Lucy e Luiz Carlos Barreto, irmão do diretor Fábio Barreto (Lula – O filho do Brasil) e casado com a atriz Amy Irving, BRUNO BARRETO mudou-se para os Estados Unidos em 1990, depois de quase duas décadas de sucesso no cinema nacional, inclusive com o filme de maior bilheteria da história do nosso cinema, “Dona Flor e seus dois maridos”. Conheceu sua mulher no primeiro filme americano que dirigiu, “Assassinato sob duas bandeiras” (1990) que também tinha no elenco Andy Garcia. Em 1993 dirigiu o telefilme “O coração da justiça” com a novata Jennifer Connelly e Dennis Hopper, que em seguida participaria do filme mais elogiado de Bruno, o sensível “Atos de amor”, baseado no livro de Jim Harrison, onde vive um professor dividido entre o amor de uma aluna e de uma viúva. Esse era também o filme preferido de Dennis Hopper. Em 1997, Bruno voltou ao Brasil para dirigir “O que é isso, companheiro?”, indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, mas no ano seguinte já estava nos Estados Unidos para dirigir “Entre o dever e a amizade” com Stephen Baldwin e Amy Irving e em 2003, o muito criticado “Voando alto” com Gwyneth Paltrow e Mike Myers. Com o fracasso desse filme, retornou ao Brasil, onde dirigiu “O casamento de Romeu e Julieta” (2005), “Caixa dois” (2007) e “Última Parada: 174” (2008). Atualmente está filmando The art of Losing estrelado por Glória Pires e Miranda Otto falado em inglês e português


O diretor SÉRGIO TOLEDO é filho da atriz Beatriz Segall e do dramaturgo Maurício Segall e neto do pintor Lasar Segall. Após o sucesso internacional de “Vera” (1987) que deu o prêmio de melhor atriz para Ana Beatriz Nogueira no Festival de Berlim, Sérgio foi convidado para dirigir o telefilme “A guerra de um homem” (1991), que tinha no elenco Anthony Hopkins, Norma Aleandro e Fernanda Torres, mas o diretor brigou com o ator principal, mal pôde finalizar o filme e não dirigiu nada mais depois disso, nem no exterior, nem aqui.


HEITOR DHALIA fez muito sucesso no Brasil com seus primeiros Nina (2004), À deriva (2006) e O cheiro do ralo (2009), então aceitou convite para estrear no cinema no suspense 12 horas (2012) estrelado por Amanda Seyfried, onde revelou que não tinha nenhuma liberdade criativa. Atualmente está pré-produzindo Serra Pelada que terá Wagner Moura e Daniel de Oliveira no elenco.


Mas com certeza, ALBERTO CAVALCANTI é o diretor brasileiro de maior sucesso no exterior e o precursor de todos os outros, mas mesmo assim muitos de seus filmes ficaram inéditos aqui no Brasil e ele não obteve o reconhecimento que merecia. Nasceu no Rio de Janeiro, formou-se arquiteto em Genebra e estudou Belas Artes em Paris, onde estreou no cinema como assistente de direção. Em 1926 dirigiu seu primeiro filme: “Le train sans yeux” e depois um filme em português: “A canção do berço” (1930), seguido de vários outros filmes franceses e ingleses. Apesar do sucesso internacional, esses filmes são mal conhecidos aqui e suas produções brasileiras são bem mais famosas: “Simão, o caolho” (1952); “O canto do mar” (1953); “Mulher de verdade” (1954); “A rosa dos ventos” (1956), além do projeto do filme “O Judeu”, que foi realizado anos depois por seu amigo Jom Tob Azulay e lançado em 1995 e do roteiro do documentário “Brasília”, filmado em 1985 por Antonio Carlos da Fontoura, três anos depois da morte de Alberto em Paris.




4 comentários:

  1. Perdi as contas de quantas vezes assisti a Cheiro do Ralo.HEITOR DHALIA é um otimo diretor, mas que dificilmente terá liberdade criativa por lá. Sendo assim, é melhor continuar fazendo filmes imperdíveis por aqui mesmo.

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  2. Conheci alguns nomes através deste post!
    Sem dúvida, quando pensamos em diretores brasilerios no exterior, o primeiro nome que vem à nossa mente é Fernando Meirelles, mas muitos outros fizeram sucesso.
    Ah! Sangue e Areia é um filme com Tyrone Power, refilmado nos anos 80. Vento e Areia teve só uma versão.
    Abraços!

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  3. Oi, Gilberto, eu não conhecia todos eles, mas achei interessante como grande parte dos profissionais do ramos são filhos de atrizes ou atores. viver nas coxias deve ajudar a desenvolver o gosto pela arte. Um abraço!

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  4. Muto informativo esse post, para leigos como eu, uma aula!

    Um abraço, Gilberto.

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