quinta-feira, 9 de agosto de 2012

ATORES BRASILEIROS TIPO EXPORTAÇÃO - PARTE 3



RODRIGO SANTORO depois de fazer várias novelas e mini-séries na Rede Globo foi descoberto pelos americanos numa ponta quase sem falas em “As panteras detonando”. Em seguida vieram pequenos papéis como o de “Em Roma na Primavera” (filme inglês feito para a televisão) e no belo “Simplesmente amor”. Depois de 3 anos de intervalo, retornou com o papel do vilão Xerxes em “300”, e em 14 episódios da série “Lost”, num papel sem pé nem cabeça que morre sem dizer a que veio. Tem se dedicado quase exclusivamente ao cinema americano: as duas partes de “Che”, “Centurião vermelho”, “Leonera”, “O golpista do ano” e “Recém-formada”, mas apesar de falar inglês fluentemente não tem papéis significativos. Em “O golpista do ano” seu nome aparece em terceiro lugar nos créditos, mas seu personagem desaparece logo de cena e em "O que esperar quando você está esperando" que estreou há poucos dias tem muitas falas, o que acabou calando a boca de seus detratores.


ALICE BRAGA é sobrinha de Sonia Braga e filha da atriz Ana Braga que participou de “O beijo da mulher aranha” e de “Cabeça a prêmio” de Marco Ricca. Alice estreou no cinema em “Cidade de Deus” (2002) e já em 2006 participou da co-produção Brasil/Argentina “Só Deus sabe” e de “12 horas até o amanhecer”, filme americano feito no Brasil. No ano seguinte fez “Rummikub" (que eu não conheço) e de “Eu sou a lenda”, como co-protagonista ao lado de Will Smith. Sua carreia estrangeira dá mostras de ser muito bem sucedida, apesar do pequeno papel de mexicana em “Território Restrito”. Está em cartaz nos cinemas com “Na estrada” de Walter Salles.


GISELE ITIÊ nasceu no México, mas veio para o Brasil com quatro anos de idade. Estreou nas novelas da Rede Globo e ultimamente protagonizou “Bela, a feia”, adaptação da colombiana “Betty, a feia” na Record. Está em cartaz nos cinemas como a mocinha do polêmico filme de Sylvester Stallone, “Os mercenários” que teve várias cenas filmadas no Brasil.


Já JULIANA PAES ainda “engatinha” nesse quesito. Participou da estreia de Márcio Garcia como diretor, “Amor por acaso” que foi rodado nos Estados Unidos com um elenco internacional, mas depois disso não prosseguiu no cinema internacional. Atualmente é a protagonista do remake de Gabriela.


MORENA BACCARIN nasceu no Rio de Janeiro em 1979 e está radicada nos Estados Unidos desde os sete anos. Atuou no filme Serenity (2005), mas o seu forte são as séries de TV, como Firefly, O.C. Um estranho no paraíso, Stargate SG-1, V e Homeland, as que fizeram seu nome ser conhecido.


FERNANDA ANDRADE nasceu em São José dos Campos em 1984 e mudou-se para os Estados Unidos aos 11 anos. Aos 16 já tinha estreado For love or country da HBO, além de outros telefilmes e algumas séries de Tv, mas só alcançaria o sucesso como a protagonista do Terror Filha do Mal (2012), que fez grande sucesso de bilheteria.


WAGNER MOURA estreou nos longas metragens com Sabor da paixão, o filme americano estrelado por Penelope Cruz e filmado na Bahia. Depois tornou-se um dos atores mais prestigiados do cinema brasileiro, estrelando filmes como O caminhos das nuvens, Cidade baixa, Saneamento básico - O filme e Tropa de elite que fez enorme sucesso inclusive no exterior onde venceu um prêmio no Festival de Berlim. Atualmente está em pós-produção Elysium, sua estreia no cinema americano, ao lado de Matt Damon, Jodie Foster e Alice Braga. Em seguida participará de Fellini Black and white e do longa brasileiro Serra Pelada, sinal de que ele não pretende abandonar o cinema brasileiro.

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6 comentários:

  1. Rodrigo Santoro é um ótimo ator(é só ver o desempenho dele em Heleno), mas os estudios de lá não conseguem ver o seu talento ou não querem saber.

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  2. Infelizmente os EUA tem essa péssima coisa a fazer com atores barsileiros. Acho sim, que eles veem o talento (no caso de Rodrigo Santoro), só acham que o cara deve fazer papéis sem destaque, por alguma finalidade. De todos mencionados, a mais sortuda na área, sem dúvida é a Alice Braga.

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  3. Os americanos colocam, deixa no banho maria, e enquanto isso eles acreditam que estão bombando.
    Beijos!!!!

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  4. Gosto muito do Rodrigo Santoro e de Wagner Moura.
    Na minha opinião, participar de filmes ou séries e frequentar o meio, não é exatamente ser estrela, é trabalhar no estrangeiro, como em muitas outras profissões. Isso na minha opinião. Acho que, por mais que alguns dos atores e atrizes postados tenham realmente talento, dificilmente chegarão a ser estrelas de Hollywood, porque os americanos têm uma cultura de valorizar o que é deles, não são como nós. No caso das atrizes brasileiras, estrela de Hollywood mesmo, só Carmem Miranda. Outros tempos...

    Um abraço, Gilberto.

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  5. Oi, Gilberto. Eu não imaginava que haviam tantos brasileiros fazendo parte do cenário internacional. Mas não acho que seja necessário estar no estrangeiro para confirmarem seu talento. Um abraço!

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  6. Percebo que talvez haja uma leve ironia no "Tipo Exportação" que compõe o título das três partes do post. Porque, convenhamos, boa parte deles teria se dado bem melhor se não tivessem investido em uma carreira internacional. Outros tantos não deveriam nunca ter saído do circuíto nevelístico, que é onde transitam com maior destreza...

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