A novela Gabriela foi produzida em
comemoração aos 10 anos da Rede Globo e os cinco de liderança nacional. A preparação
teve aspecto hollywoodiano. Uma réplica de Ilhéus dos anos 20 foi construída
numa área aterrada de 1200
m² . As cenas da caatinga foram feitas na cidade de Marica
(RJ).
Adaptação do romance de Jorge Amado,
Gabriela, cravo e canela, feita por Walter George Durst com direção de Walter
Avancini e Gonzaga Blota. Apresentada em 135 capítulos, de 14 de abril a 24 de
outubro de 1975, às 22 horas.
A história começa em 1925, quando
ocorre uma grande seca no nordeste e populações famintas abandonam o campo rumo
ao sul, ou melhor, Ilhéus. É nesse contexto que surge a jovem Gabriel (Sonia
Braga), órfã desde menina. Ela vai trabalhar no bar do turco Nacib (Armando Bógus),
com quem inicia uma sensual história de amor.
O principal conflito da trama foi
protagonizado pelo coronel Ramiro Bastos (Paulo Gracindo), chefe político da
região e por Mundinho Falcão (José Wilker), exportador de cacau que chega na
cidade com idéias inovadoras. O rapaz se apaixona por Jerusa (Nívea Maria),
neta de seu inimigo.
O cotidiano de Ilhéus é retratado por
personagens importantes como Zarolha (Dina Sfat), líder das raparigas do
Bataclan, Tonico Bastos (Fulvio Stefanini), o conquistador das mulheres
solteiras e casadas e Malvina (Elizabeth Savalla), a jovem corajosa que assume
posições avançadas para as mulheres da época.
Além da cena clássica em que Gabriela
sobe no telhado para pegar uma pipa, algumas outras marcaram a novela, como
aquela em que Nacib flagra Gabriela na cama com Tonico Bastos, ou quando o
coronel Guedes Mendonça (Francisco Dantas) flagra a mulher em adultério.
Grande destaque no elenco para Paulo
Gracindo, Gilberto Martinho, Castro Gonzaga e Eloísa Mafalda, mas ainda estavam
no elenco, Marcos Paulo, Marco Nanini, Ana Maria Magalhães, Ary Fontoura, Mário
Gomes, Monah Delacy, Maria Lucia Dahl, Natália do Vale, Roberto Bonfim, Telma
Reston, Pedro Parulo Rangel, Paulo César Pereio, Neila Tavares, Milton Gonçalves,
Rubens de Falco e Stenio Garcia.
Foi reapresentada em compacto de 70
capítulos em duas ocasiões: de janeiro a maio de 1979 e de outubro de 1988 a fevereiro de 1989. Em
junho de 1982 foi reapresentada em 12 capítulos, às 22h15.
Em 1983, Sonia Braga estrelou também
o filme Gabriela, ao lado de Marcello Mastroianni, com direção de Bruno
Barreto. O filme foi muito criticado, mas eu adoro, já vi várias vezes, não sei
se por Sonia Braga ou pela história em si.
Agora, a Rede Globo está exibindo um
remake, que é exibido às 23 horas. A escolhida para viver a protagonista foi
Juliana Paes. Gosto dela, mas acho que Alice Braga se sairia melhor, tanto pela
semelhança com Sonia Braga, quanto pelo talento.
Olá!!!!
ResponderExcluirQuem é Alice Braga?
Beijos!!
Alice Braga é sobrinha de Sonia Braga e hoje faz carreira em Hollywood em filmes como Eu sou a lenda, O ritual e Os raptores.
ExcluirEu não sabia.
ExcluirBom saber.
Beijos!!!!
Gilberto, que ironia: Na primeira versão eu era praticamente um bebê e agora, não assisto porque preciso dormir cedo. Mas concordo contigo, gosto muito da Juliana, mas me parece que não casou muito bem com o papel. Um abraço!
ResponderExcluirGosto muito do filme também. Novelas acabam sendo desastrosas atualmente por encher muito a linguiça e e devido a isso se estende demais se tornando insuportável.
ResponderExcluirEu não assisti Gabriela na primeira versão pelo simples fato de ser 1975 o ano de meu nascimento. Na data em que foi exibida eu tinha apenas alguns meses de nascida. Minha mãe sim, assistiu e me dizia que era um novelão e que gostava muito.
ResponderExcluirA nova versão me tornou uma viciada! Tento não perder um capítulo sequer. Eu não sei te dizer se me agrada ou não a Ju Paes no papel principal. Mas eu gostei da fotografia, da montagem, da produção, do elenco... Gostei de muitas cenas, quase todas muito bem feitas e interpretadas. A noite de amor de Gerusa e Mundinho foi ousada, porém bonita, creio que na época da primeira Gabriela não fizeram algo assim... E o humor negro na figura do Coronel Jesuíno (o maldito que matou a mulher) quando lhe falam dos seus cornos, na verdade o humor é algo presente em Walcyr Carrasco que ficou responsável por esta nova versão. Seja a primeira Gabriela como a sua releitura atual, o texto de Jorge Amado é riquíssimo em retratar uma época, uma sociedade hipócrita, corrupta, violenta e preconceituosa. Gabriela é aquela personagem que vem romper os tabus, alguém que se entrega sem reservas e que vê a verdadeira beleza da vida. Bem... filsofei demais por hoje! Bjim e inté o próximo post!
Tô vendo que muita gente aqui nasceu em 1975, inclusive eu.rs Então, também não cheguei a ver a novela na época em que passou a 1ª vez.
ResponderExcluirOla caro amigo ,andei meio sumida,mas já retornando,me deliciei com tuas informações sobre Gabriela.Texto bom demais.Uma boa-noite e um grande abraço.SU
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