domingo, 30 de setembro de 2012

RELEMBRANDO GABRIELA



A novela Gabriela foi produzida em comemoração aos 10 anos da Rede Globo e os cinco de liderança nacional. A preparação teve aspecto hollywoodiano. Uma réplica de Ilhéus dos anos 20 foi construída numa área aterrada de 1200 m². As cenas da caatinga foram feitas na cidade de Marica (RJ).

Adaptação do romance de Jorge Amado, Gabriela, cravo e canela, feita por Walter George Durst com direção de Walter Avancini e Gonzaga Blota. Apresentada em 135 capítulos, de 14 de abril a 24 de outubro de 1975, às 22 horas.


A história começa em 1925, quando ocorre uma grande seca no nordeste e populações famintas abandonam o campo rumo ao sul, ou melhor, Ilhéus. É nesse contexto que surge a jovem Gabriel (Sonia Braga), órfã desde menina. Ela vai trabalhar no bar do turco Nacib (Armando Bógus), com quem inicia uma sensual história de amor.

O principal conflito da trama foi protagonizado pelo coronel Ramiro Bastos (Paulo Gracindo), chefe político da região e por Mundinho Falcão (José Wilker), exportador de cacau que chega na cidade com idéias inovadoras. O rapaz se apaixona por Jerusa (Nívea Maria), neta de seu inimigo.

O cotidiano de Ilhéus é retratado por personagens importantes como Zarolha (Dina Sfat), líder das raparigas do Bataclan, Tonico Bastos (Fulvio Stefanini), o conquistador das mulheres solteiras e casadas e Malvina (Elizabeth Savalla), a jovem corajosa que assume posições avançadas para as mulheres da época.


Além da cena clássica em que Gabriela sobe no telhado para pegar uma pipa, algumas outras marcaram a novela, como aquela em que Nacib flagra Gabriela na cama com Tonico Bastos, ou quando o coronel Guedes Mendonça (Francisco Dantas) flagra a mulher em adultério.

Grande destaque no elenco para Paulo Gracindo, Gilberto Martinho, Castro Gonzaga e Eloísa Mafalda, mas ainda estavam no elenco, Marcos Paulo, Marco Nanini, Ana Maria Magalhães, Ary Fontoura, Mário Gomes, Monah Delacy, Maria Lucia Dahl, Natália do Vale, Roberto Bonfim, Telma Reston, Pedro Parulo Rangel, Paulo César Pereio, Neila Tavares, Milton Gonçalves, Rubens de Falco e Stenio Garcia.

Foi reapresentada em compacto de 70 capítulos em duas ocasiões: de janeiro a maio de 1979 e de outubro de 1988 a fevereiro de 1989. Em junho de 1982 foi reapresentada em 12 capítulos, às 22h15.

Em 1983, Sonia Braga estrelou também o filme Gabriela, ao lado de Marcello Mastroianni, com direção de Bruno Barreto. O filme foi muito criticado, mas eu adoro, já vi várias vezes, não sei se por Sonia Braga ou pela história em si.


Agora, a Rede Globo está exibindo um remake, que é exibido às 23 horas. A escolhida para viver a protagonista foi Juliana Paes. Gosto dela, mas acho que Alice Braga se sairia melhor, tanto pela semelhança com Sonia Braga, quanto pelo talento. 




8 comentários:

  1. Respostas
    1. Alice Braga é sobrinha de Sonia Braga e hoje faz carreira em Hollywood em filmes como Eu sou a lenda, O ritual e Os raptores.

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    2. Eu não sabia.
      Bom saber.
      Beijos!!!!

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  2. Gilberto, que ironia: Na primeira versão eu era praticamente um bebê e agora, não assisto porque preciso dormir cedo. Mas concordo contigo, gosto muito da Juliana, mas me parece que não casou muito bem com o papel. Um abraço!

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  3. Gosto muito do filme também. Novelas acabam sendo desastrosas atualmente por encher muito a linguiça e e devido a isso se estende demais se tornando insuportável.

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  4. Eu não assisti Gabriela na primeira versão pelo simples fato de ser 1975 o ano de meu nascimento. Na data em que foi exibida eu tinha apenas alguns meses de nascida. Minha mãe sim, assistiu e me dizia que era um novelão e que gostava muito.

    A nova versão me tornou uma viciada! Tento não perder um capítulo sequer. Eu não sei te dizer se me agrada ou não a Ju Paes no papel principal. Mas eu gostei da fotografia, da montagem, da produção, do elenco... Gostei de muitas cenas, quase todas muito bem feitas e interpretadas. A noite de amor de Gerusa e Mundinho foi ousada, porém bonita, creio que na época da primeira Gabriela não fizeram algo assim... E o humor negro na figura do Coronel Jesuíno (o maldito que matou a mulher) quando lhe falam dos seus cornos, na verdade o humor é algo presente em Walcyr Carrasco que ficou responsável por esta nova versão. Seja a primeira Gabriela como a sua releitura atual, o texto de Jorge Amado é riquíssimo em retratar uma época, uma sociedade hipócrita, corrupta, violenta e preconceituosa. Gabriela é aquela personagem que vem romper os tabus, alguém que se entrega sem reservas e que vê a verdadeira beleza da vida. Bem... filsofei demais por hoje! Bjim e inté o próximo post!

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  5. Tô vendo que muita gente aqui nasceu em 1975, inclusive eu.rs Então, também não cheguei a ver a novela na época em que passou a 1ª vez.

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  6. Ola caro amigo ,andei meio sumida,mas já retornando,me deliciei com tuas informações sobre Gabriela.Texto bom demais.Uma boa-noite e um grande abraço.SU

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