Western Spaghetti foi o nome pejorativo que se deus aos faroestes feitos na Itália. Ele também ficou conhecido com bangue-bangue à italiana. Esse gênero se popularizou na década de 60, alcançando seu primeiro sucesso com O Dólar Furado (1965), estrelado por Giuliano Gemma. Vendo grandes oportunidades, atores americanos como Clint Eastwood e Lee Van Cleef mudaram-se para a Itália e passaram de atores coadjuvantes a astros famosos depois de participarem de vários westerns spaghetti.
Giuliano Gemma |
Clint Eastwood em Por um punhado de dólares |
Clint Eastwood teve sua grande chance quando o diretor Sergio Leone procurava em Hollywood um ator de prestígio e físico avantajado para estrelado Por um punhado de dólares (1964). O cachê era pequeno (US$ 15 mil), mas valeu a pena, o filme foi um sucesso e rendeu duas continuações Por alguns dólares a mais (1965) e Três homens em conflito (1966).
Lee Van Cleef |
Lee Van Cleef participou de mais de 350 filmes para o cinema e a TV, muitos deles na Itália, com Dia da ira (1963), O dia da lei (1964), El Condor (1970), A quadrilha da fronteira (1972), A arma divina e Vendetta.
Já Giuliano Gemma foi o maior astro do gênero. Como pistoleiro de mira certeira e munição infinita, ele fez dezenas de filmes sobre Ringo, Gringo e afins, muitos sob o pseudônimo de Montgomery Wood, como Adeus, gringo (1966), Quando as mulheres tinham rabo (1970), que parece título de pornochanchada, Dias de vingança (1970), Minha lei é matar ou morrer (1971), Dias de vingança, Sal de prata, Ringo não perdoa... mata.
Mas a dupla mais engraçada dos westerns foi com certeza Terence Hill e Bud Spencer que estrelou a série Trinity, que teve grande sucesso: Assim começou Trinity (1969) e passando por Trinity é meu nome (1971), Trinity ainda é meu nome (1972), Dá-lhe duro Trinity (1973), Trinity – A colina dos homens maus (1975) e Trinity e seus companheiros (1975).
Naqueles filmes havia muita ação e violência e apesar do desprezo de grande parte da crítica, eles revelaram diretores de grande competência como Sérgio Leone, Sergio Corbucci e John Sturges.
Sérgio Leone foi o diretor mais conhecido do gênero. Dizem que ele teria ‘roubado’ a ideia do ‘homem sem nome’ (da trilogia estrelada por Clint Eastwood) de um filme de Akira Kurosawa, mas isso é só um detalhe. Dotado de um estilo particular, inovou o gênero com muita violência, mas mesmo assim com bom gosto, além de muita garra e paixão. Dirigiu Era uma vez no Oeste (1968), estrelado por Henry Fonda e Charles Bronson e a trilogia com Clint Eastwood.
É um gênero desprezado pela crítica, mas que rendeu diversos bons filmes, como vários que você citou.
ResponderExcluirO irônico é que muitas pessoas consideram "Era Uma Vez no Oeste" o melhor western de todos os tempos, tendo sido dirigido por um italiano.
A carreira de Sergio Leone foi fantástica. Apesar de ter sido roteirista, produtor e assistente de direção em diversos filmes, além de ter dirigido alguns sem créditos, sua filmografia oficial tem apenas sete filmes.
Ele fez "O Colosso de Rodes" nos anos cinquenta e depois duas trilogias, a "Dos Dólares" com Client Eastwood e a da "América" que inclui "Era Uma Vez no Oeste", "Quando Explode a Revolução" e "Era Uma Vez na América".
Abraço
Gilberto, excelente post! Amo tds os filmes q escreveu ai, Leone era mestre mesmo.
ResponderExcluirSaudações Gil!
ResponderExcluirO Western Italiano (spagheti) fez muita moda definitivamente, e para falar a verdade, e por incrível que possa parecer, foi o gênero que mais se aproximou da realidade do Oeste Americano.
Giuliano Gemma, assim como Franco Nero, são astros de primeira grandeza do gênero, que conseguiram sua fama através deste gênero, que hoje, infelizmente, é quase esquecido por grande parte do público - menos por nós, amantes da Sétima Arte.
Forte Abraço
PAULO NERY
http://www.articlesfilmesantigosclub.blogspot.com/
Clint Eastwood mostraba sus dotes de buen actor. Terence Hill y Bud Spencer que buenos recuerdos traen.
ResponderExcluirMuito bom, Gilberto! Durante as décadas de 50 e 60, o cinema italiano fez, por assim dizer, experimentos, produzindo desde comédias populares,terror, filmes de vikings e de ficção científica, e atraiu a atenção do público e da crítica. E em meados dos anos 60, inovou, enveredando pelos caminhos dos westerns. Tive oportunidade de ver alguns deles (são difíceis de encontrar, já que não tenho hábito, nem sei como, baixar filmes pela net...).Gosto demais desse gênero. Vi alguns dos que vc postou. Acho que uma marca muito forte também desses westerns italianos é a trilha sonora. Os temas musicais ficaram muito popularizados e são "uma cena à parte". O tema de O Dólar Furado, por exemplo, é muito conhecido.
ResponderExcluirUm dos filmes que vi foi "Meu nome é Ninguém", também de Sergio Leone, com Terence Hill e Henry Fonda. Terence Hill e Budy Spencer eram impagáveis fazendo o tipo anti heróis do Oeste, que bebiam, eram debochados, provocadores, por onde passavam arrumavam confusão, eram cínicos, caras de pau, mas sempre do lado do bem, e sempre se saíam bem, ricularizando os vilões e fortalecendo a mensagem de que o bem sempre vence o mal. Eram diferentes dos heróis vividos por Giuliano Gema e Franco Nero(lindos,por sinal!), sérios e solitários. Os westerns americanos também são belos filmes, que mostram, sob o ponto de vista americano (sempre) o árido oeste e a dura saga dos pioneiros formadores da nação americana numa terra sem leis, a ser desbravada,com tribos de índios hostis e as guerras entre peles vermelhas e caras pálidas (infelizmente com uma tendenciosa apelação: o índio é mau e tem que morrer, o branco americano é bom), e a corrida pelo ouro. "Maverick" (baseado em uma antiga serie de tv), com Mel Gibson, Jodie Foster e um elenco cheio de astros, vi por curiosidade e achei divertido, valeu como entretenimento. Até a Sharon Stone fez um western! Aproveitaram a popularidade dela que atraía muita bilheteria depois de Instinto Selvagem e criaram um herói solitário e sedento de justiça na versão mulher,rs...
Gilberto, mais uma vez, perdão pela extensão.
Grande abraço.
Imagina Ligeia, pode falar o quanto quiser. Esse espaço é nosso. Também vi Maverick (com Mel Gibson) e Rápida e Mortal (com Sharon Stone), mas como você mesma disse os westerns spaghetti são mais difíceis de encontrar. Os downloads facilitam muito essa parte. Quanto aos americanos eles sempre eram os mocinhos e os demais os vilões. No cinema italiano isso era um pouco diferente, Os vilões eram vilões independente de nacionalidade, raça ou cor. Abraço forte Ligeia.
ResponderExcluirHugo, na verdade o western spaghetti sempre foi desprezado pela crítica, o que não acontecia em relação ao público que adora aqueles filmes, principalmente aqueles que envolviam personagens cômicos como os de Terence Hill e Bud Spencer.
ResponderExcluirCelo,Leone era mesmo um mestre...
Paulo, muito boa a lembrança de Franco Nero e de Jeffrey Hunter que vi em teu blog. Vou acrescentar fotos deles.
Abraços.
Gilberto, muito obrigada pela sempre gentil acolhida aqui no seu espaço.
ResponderExcluirAbraço pra vc.
Gostei do post Gilberto, um dos gêneros mais interessantes e intrigantes sempre foi o faroeste, assim como a ficção científica. Considero um dos mais crus gêneros fanstásticos.
ResponderExcluirLeone também considerava Western Spaghetti um termo pejorativo e não gostava. Seus filmes, em minha opinião, são os melhores e influenciou muitos cineastas. Mudou a face do western deixando ele mais moderno.
Abs.
Todos os filmes de faroeste italiano, são ótimos, principalmente com os atores Giuliano Gemma, Clint Eastwood, Lee van Clift, Eli Wallace, Franco Nero. Alguns não se acha no Mercado: Tipo Dias da Ira, Ringo não perdoa e aguns do Gênero.
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