sábado, 16 de fevereiro de 2013

ORQUÍDEA SELVAGEM



Direção: Zalman King. Com: Mickey Rourke, Jacqueline Bisset, Carré Otis, Assumpta Serna, Bruce Greenwood, Milton Gonçalves, Eduardo Conde e Carlinhos de Jesus. Suspense erótico, 112 min.

É até engraçado assistir aos filmes americanos cujo enredo se passa no Brasil. A visão que eles têm de nosso país é totalmente alienada, como se a capital fosse o Rio de Janeiro, com pitadas baianas, candomblé, samba, erotismo à flor da pele e como se nossa língua mãe fosse o “portunhol”. Eles nem se dão ao trabalho de contratar atores brasileiros ou que saibam pelo menos falar português sem sotaque. O único brasileiro com papel de destaque aqui é Milton Gonçalves que quase não abre a boca. Eduardo Conde e Carlinhos de Jesus são meros figurantes.

Orquídea selvagem é mais um desses filmes em que o Brasil não é o que nós somos e sim o que eles imaginam que somos. Emily (a modelo Carré Otis) é uma jovem advogada que vem ao Brasil concluir um negócio e se envolve com um homem misterioso (Mickey Rourke) que diz não poder ser tocado, então ele mesmo gostando dela, acaba a empurrando para outros homens, pois é voyer e também sente prazer nisso.


A história é bem fraquinha e o filme foi muito criticado apesar de ter feito sucesso por aqui, além de ter rendido duas continuações, a segunda delas é até interessante, com David Duchovny em início de carreia.

Mas este é daqueles filmes inevitáveis, que são tão comentados (por bem ou por mal) que não dá para não assistir. Mas tem um defeito: promete mais erotismo do que tem. O que predomina além de duas cenas discretas de sexo é o clima de desejo: da advogada por este país tão caliente, do homem que a ama, mas tem traumas de infância e de uma outra advogada (Jacqueline Bisset trabalhando para pagar suas contas) que também o ama. A cena mais forte de sexo acontece só no final entre os protagonistas, mas aí o filme está acabando e já decepcionou bastante.





6 comentários:

  1. Zalman King foi o produtor de "Nove e Meia Semanas de Amor" e o sucesso do filme fez com que ele direcionasse toda a carreira para o gênero chamado de "erótico soft".

    Este "Orquídea Selvagem" é fraquíssimo, um dos pontos mais baixos nas carreiras de Mickey Rourke e Jacqueline Bisset.

    Abraço

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  2. Os americanos se tornaram os reis do cinema desde os primórdios, mas sempre pecaram pela ignorância para com as outras culturas. "Orquídea Selvagem" é um desses filmes. Sempre lembro do Mickey Rourke nesse filme e em "Nove e meia semanas..."

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  3. Oi, Gilberto. Nossa, eu lembro que esse filme foi mesmo muito comentado na época, embora eu não tenha assistido. Boa lembrança, um abraço!

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  4. Eles são bem burrinhos mesmo, não sabem o que rola em outros países.

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  5. Bom, não lembro de que ano é esse filme. Mas se você der uma olhada nos desenhos animados norte-americanos que foram feitos até os anos 80, quando alguma cena mostrava a Amazônia, a nossa selva era retratada com leões, elefantes e até pigmeus! Era uma ignorância TOTAL deles em relação a nós. Nos últimos anos, acho que essa visão que eles têm do Brasil até que melhorou um pouquinho.
    Gilberto, mudando de assunto, você sabe se o Antônio Nahud Jr tá com outro blog? Porque o Falcão Maltês saiu do ar, né? Aí eu queria saber se ele continuou em outro blog.

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  6. Léo, o Antonio Nahud excluiu o blog ou excluiram não sei. Ele me disse que estava preparando um site, mas ainda não está na rede. Entre em contato com ele: ofalcaomaltes41@gmail.com

    Abraços.

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