quinta-feira, 21 de março de 2013

MOVIMENTOS DE CINEMA ANTI-CONVENCIONAIS

O Nascimento de uma nação

A partir de D.W. Griffith e seus filmes "O nascimento de uma nação" (foto) e "Intolerância" que eram convencionais, priorizavam os valores familiares e a promoção do bem, os Estados Unidos se consolidavam como grandes produtores de cinema, mas haviam várias correntes e diretores que não concordavam com o cinema convencional que se fazia até então. Então surgiu o surrealismo que englobou artes plásticas, arquitetura, literatura, teatro e cinema. Ele opõe-se ao realismo e a verossimilhança. Tem um clima de alucinações, sentimentos como forma de se expressar.


O gabinete do Dr. Caligari
Estes filmes não tinham uma obrigação de representar o real. Representavam um mundo imaginado e às vezes alucinado como exemplo do expressionismo pode-se citar: "O gabinete do Dr. Caligari (1919)" de Robert Wine e "M - O vampiro de Dusseldorf (1931)" de Fritz Lang, que era um expressionismo menos exagerado e contava uma história mais convencional.


Um cão andaluz
Enquanto o surrealismo surgido na França contava histórias que não tinham a obrigação de colocar a representação realista de nada. Um dos grandes diretores desse período foi Luis Buñuel e seus filmes "Um cão andaluz" e "A era do ouro". Mas esse filmes não eram entendidos pela grande maioria e se tornavam fracasso.


Ladrões de bicicletas
Na Itália surgiu o neo-realismo que contava histórias realistas, com atores não profissionais, produtores baratos que usavam os cenários já prontos e as roupas dos próprios atores, que representava o momento político, como "Ladrões de bicicletas" de Vitório da Sica.


Vidas Secas

No Brasil diretores com Ruy Guerra (Os fuzis), Glauber Rocha (Terra em transe), Nelson Pereira dos Santos (Vidas Secas), representavam o cinema novo, que tinham uma linguagem menos convencional, histórias não muito lineares, interpretações realistas e às vezes exageradas, além de muitas imagens como a câmera na mão.


O Desprezo
Na França surgiu a Nouvelle Vague que contava histórias menos lineares que as do neo-realismo italiano. A maioria dos diretores dessa fase escreviam para a revista Cahiers du cinema. Uso não natural, atores não profissionais, cortes na montagem que não tinham a obrigação de obedecer a continuidade. Era um cinema mais psicológico, François Truffaut e Jean Luc Godard estão entre os principais diretores desse período.



4 comentários:

  1. Todos esses periodos que moldaram o cinema mundial e que fugia do convencional, assisti a todos eles e ao mesmo tempo tivemos cursos aqui no RS sobre esse periodo.

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  2. Esses movimentos nos deixaram filmes maravilhosos. Muitos não foram apreciados em seu tempo, prova apenas de que eram obras revolucionárias e até demasiado modernas. Tenho especial carinho pelo Neorrealismo Italiano e pala Nouvelle Vague.
    Abraços!

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  3. Essa cena do Gabinete do Dr. Caligari me lembrou Nosferatu. Os atores ficaram com o mesmo tipo de aparência.
    Gilberto, já linkei o site da AMEO lá no meu outro blog, porque ele tem mais visibilidade do que a Bússola do Terror. Na próxima vez, vou linkar o do INCA.
    Abração!

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  4. Obrigado, Leo. Qual é o seu outro blog? Quero conhece-lo.

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