(Lola Rennt) 1998, Direção: Tom
Tykwer, Com Franka Potente, Moritz Bleibtreu, Herbert Knaup, Nina Petri. 80
min.
CRÍTICA
O filme “Corra Lola,
corra” é empolgante e prende a atenção do início ao fim pelo ritmo acelerado de
suas imagens e a mistura de cenas com atores e desenho animado, cores com preto
e branco e fotografias que contam a vida de alguns personagens com os quais a
protagonista cruza, além da música vertiginosa, que é como se fosse um compasso
para a correria de Lola (Franka Potente) pelas ruas da Alemanha. A montagem
nervosa não dá tempo para se distrair, bem ao gosto do grande público, o que é
lugar comum nos blockbusters atuais,
com a diferença que aqui há uma boa história a ser contada e que serviu também
para colocar o alemão de novo em
voga. Um ótimo filme para ver e rever várias vezes a
fim de absorver todos os detalhes. Corra agora mesmo para a locadora e alugue
ou compre o filme para a sua filmoteca. São 80 minutos de pura diversão.
Este foi um dos primeiros filmes dirigidos pelo alemão Tom Tykwer. Em seguida
ele fez o muito criticado “Paraíso” (2002) que era um projeto de Krzysztof
Kieslowski. Já Franka Potente foi para
os Estados Unidos e participou dos dois primeiros filmes da trilogia Bourne (A
Identidade Bourne e A Supremacia Bourne) com Matt Damon.
INTERPRETAÇÃO
Lola recebe uma ligação
do namorado Manni, que está desesperado por ter sido roubado por um mendigo,
perdendo assim 100 mil marcos de seu chefe, então pede que sua namorada arrume
esse dinheiro. Lola sai correndo pelas ruas já que só tem 20 minutos para
conseguir esse montante.
O filme oferece à personagem
central a chance que todos nós gostaríamos de ter: voltar no tempo e fazer as
coisas diferentes até se chegar ao final feliz. Na primeira chance, Lola logo
pensa em seu pai para ajudá-la e vai até a empresa dele. Chegando lá o pega em
flagrante com a sua amante. Ele diz que vai se separar, que não é seu pai e a
expulsa. Quando o relógio marca meio dia e Lola não chega com o dinheiro, Manni
resolve assaltar um supermercado. Lola chega para ajudá-lo, mas a polícia os
cerca e atira nela, que relembra o amor que sente por Manni, então faz tudo de
novo a fim de resolver o problema e evitar sua morte. Da segunda vez não é
muito diferente: Lola vai novamente à procura do pai, que está gritando com a
amante. Lola diz que precisa de 100 mil marcos e ameaça o pai e um de seus
funcionários com uma arma até conseguir o que quer. Depois sai correndo até
Manni, mas este é atropelado por um carro do corpo de bombeiros e fica
estendido no chão à beira da morte. Nas lembranças em vermelho berrante Manni
pergunta o que Lola faria se ele morresse. Ela retruca que ele não morreu ainda
e faz tudo de novo para evitar a sua morte. Na terceira chance quase tudo dá
certo, Manni recupera o dinheiro que foi roubado pelo mendigo e o devolve o seu
chefe, enquanto Lola ganha uma bolada no cassino. Os dois se abraçam e podem
enfim descansar. O único inconveniente é com seu pai que sofre um acidente de
carro, mas ela nem se dá conta disso até que o filme termine. Quem dera
pudéssemos ser como Lola: voltar no tempo e consertar nossos erros até que tudo
desse certo e pudéssemos ser completamente felizes.
Assisti na época do lançamento e simplesmente o achei contagiante. 1999 foi o ano do cinema realmente.
ResponderExcluirÉ um filme extremamente divertido e inteligente.
ResponderExcluirA ideia de que poucos segundos de diferença pode mudar completamente a vida de um pessoa foi muito bem desenvolvida.
No ano passado Tom Tykwer dividiu a direção do ótimo "A Viagem" com os irmãos Wachowski.
Franka Potente também teve um participação importante nas duas últimas temporadas de "The Shield".
Abraço