quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O DIA DO CINEMA BRASILEIRO


Ontem (05 de novembro) comemorou-se o dia do cinema brasileiro. Nem ia postar nada relatando, já que aqui eu quase não falo de outra coisa que não o nosso cinema. Esse blog deveria se chamar Gilberto Cinema Brasileiro (risos).

Em 1896, chegaram ao Rio de Janeiro aparelhos de projeção cinematográfica, em 1898, foram realizadas as primeiras filmagens no Brasil. Somente em 1907, com o advento da energia elétrica industrial na cidade, o comércio cinematográfico começou a se desenvolver.

Nesta fase predominaram filmes de reconstituição de fatos do dia-a-dia. A partir de 1912, das mãos de Francisco Serrador, Antônio Leal e dos irmãos Botelho eram produzidos filmes com menos de uma hora de projeção, época em que o cinema nacional encarou forte crise perante o domínio norte-americano nas salas de exibição, os cine-jornais e documentários é que captavam recursos para as produções de ficção.


Em 1925, a qualidade e o ritmo das produções aumenta, o cinema mudo brasileiro se consolida e os veículos de comunicação da época inauguram colunas para divulgar o nosso cinema. Entre os anos 30 e 40, o cinema falado abre um reinício para a produção nacional que limita-se ao Rio em comédias populares, conhecidas como chanchadas musicais que lançaram atores como Mesquitinha, Oscarito e Grande Otelo. A década de 30,foi dominada pela Cinédia e os anos 40 pela Atlântida.

No período de 1950 a 1960, em São Paulo, paralelo à fundação do Teatro Brasileiro de Comédia e abertura do Museu de Arte Moderna, surge o estúdio da Vera Cruz que através de fortes investimentos e contratação de profissionais estrangeiros busca produzir no Brasil, uma linha de filmes sérios, industrial, com uma preocupação estético-cultural hollywoodiana e com a participação de grandes estrelas como Tônia Carreiro, Anselmo Duarte, Jardel Filho, entre outros. A Vera Cruz tinha uma produção cara e de qualidade, mas faltava-lhe uma distribuidora própria e salas para absorver a sua produção, uma de suas produções foi premiada em Cannes, o filme Cangaceiro, de Lima Barreto.

Em oposição às produções paulistas e cariocas, surgem cineastas independentes que a partir da década de 60, buscam manter a pretensão artística da Vera Cruz, como por exemplo Walter Hugo Khouri, e uma esfera neo-realista, com o filme “Rio 40°” de Nelson Pereira dos Santos. Nesta fase há o fenômeno de filmes feitos na Bahia, por baianos e sulistas, como o “Pagador de Promessas”, é o surgimento do Cinema Novo, movimento carioca que abarca o que há de melhor no cinema nacional, época de intensa produção e premiação de nomes como os de Glauber Rocha, Paulo César Sarraceni, Ruy Guerra, entre outros

Por Fernando Rebouças
Disponível em: http://www.infoescola.com/cinema/historia-do-cinema-brasileiro/


Mas depois disso ainda vieram as tão criticadas pornochanchadas, o cinema marginal, a “era” Embrafilme, os anos de crise instaurados por Fernando Collor, a retomada iniciada com Carlota Joaquina – Princesa do Brasil, a popularidade tão comentada da Globo Filmes...




Um comentário:

  1. O crescimento do cinema brasileiro na atualidade está ótimo. O aumento da quantidade gera também filmes irregulares e outros ruins, mas o número de bons filmes aumentou na mesma proporção.

    Abraço

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