O cineasta americano Wes Craven, considerado o ícone do
terror por dirigir filmes como "A hora do pesadelo" (1984) e
"Pânico" (1996), morreu neste domingo (30), aos 76 anos. A família de
Craven informou a imprensa dos Estados Unidos que ele tinha câncer no cérebro.
"O cineasta esteve cercado de amor, na presença da família", diz um
comunicado divulgado pelo agente do diretor e roteirista.
"Hoje o mundo perdeu um grande homem, um amigo e um mentor, Wes
Carven", escreveu no Twitter a atriz Courtney Cox, uma das estrelas de
"Pânico". A franquia teve, ao todo, quatro filmes e arrecadou mais de
US$ 600 milhões em todo o mundo.
John Carpenter, diretor de "Halloween", lamentou ter que se
despedir de um amigo "muito cedo". O escritor Deepak Chopra disse ter
ficado surpreso com a "morte repentina" de Craven, que havia
encontrado há duas semanas "em boa forma".
Nascido em Cleveland (Ohio) em 2 de agosto de 1939, Craven se formou em
literatura inglesa, psicologia e filosofia e foi professor de Humanidades na
Universidade de Clarkson, em Potsdam (Nova York) antes de dedicar ao cinema,
inicialmene na função de editor de som. Chegou a trabalhar também como
taxisita.
Seu primeiro filme como diretor e roteirista foi "Aniversário
macabro" (1972), inspirado na obra de Ingmar Bergman "A fonte da
donzela" (1960). O longa de Craven teve um "remake" que ele
próprio produziu, "A última casa" (2009).
Só voltou a dirigir cinco anos depois da estreia, em "Quadrilha de
sádicos" (1977), outra história de terror, seguida de "Bênção
mortal" (1981) e "O monstro do pântano" (1982).
Seu maior sucesso foi "A hora do pesadelo" (1984), título com o
qual daria começo a uma das sagas de cinema de terror juvenil mais famosas da
história.
O filme era o relato de Freddy Krueger, personagem encarnado por Robert
Englund, que tinha o rosto queimado e lâminas nas mãos. Ele aparecia nos sonhos
dos adolescentes para assassiná-los. "A hora do pesadelo" também
contava com um novato Johnny Depp, que iniciou neste filme sua carreira de
sucesso.
Freddy Krueger estrelou outros oito filmes e uma série de TV. Ficou para sempre
associado à carreira de Craven, que não envolveu diretamente em nenhuma
sequência, à exceção do terceiro capítulo. Em 2010, a história foi relançada
com uma nova versão do filme original.
Ainda nos anos 1980, Craven fez "A maldição de Samantha" (1986) e
"A maldição dos mortos-vivos" (1988).
Na década seguinte, vieram "Um vampiro no Brooklyn" (1995), com Eddie
Murphy, e finalmente "Pânico" (1996). A franquia tornou Craven
popular para uma nova geração de adolescentes. O terror juvenil sobre um
assassino em série mascarado fez muito sucesso ao misturar terror e comédia. O
longa mais recente da franquia é "Pânico 4" (2011).
Antes, Craven havia lançado "Música do coração" (1999),
"Amaldiçoados" (2005), "Voo noturno" (2005) e "A
sétima alma" (2010). Também dirigiu um segmento de "Paris, eu te
amo" (2006).
Wes Craven era casado desde 2004 com Iya Labunka, produtora e ex-vice-presidente
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