terça-feira, 18 de outubro de 2016

ENTREVISTA COM GILBERTO CARLOS - PARTE 1


Nunca fui entrevistado, já que não sou tão famoso assim, aliás, não sou nem um pouco, por isso revolvi eu mesmo me entrevistar, respondendo quase as mesmas perguntas que fiz à Tacilda Aquino. Talvez seja um pouco insano, mas é uma forma de matar esse meu desejo e ainda me sentir Vip ou Pop, aliás Superpop.

·        Como começou a sua paixão por cinema?
Começou aos 15 anos, quando eu estudava durante a noite e como não tinha emprego fixo, sempre assistia aos filmes da Sessão da Tarde, Cinema em casa, Cine Trash, Tela Quente, Inter cine e tudo o mais que estivesse exibindo filmes na Tv aberta. Tv por assinatura e videocassete ainda eram um sonho e o DVD nem existia.

·        Qual faculdade você cursou?
Fiz Gestão de Recursos Humanos na Faculdade Estácio de Sá de Goiás, mas minha vontade sempre foi estudar cinema. Então quando me formei, fui direto fazer o curso de especialização em Cinema e Educação do IFITEG (Instituto de Filosofia e Teologia de Goiás). Era unir o útil ao agradável, pois além de ensinar cinema ainda instruíam a como utiliza-lo na educação, que é a área em que trabalho há 13 anos. Foi um período muito proveitoso. Conheci gente tão apaixonada por cinema quanto eu, críticos de cinema, professores, blogueiros,  assistentes sociais, bibliotecários... Fiquei amigo de todos, mas infelizmente, não mantemos muito contato atualmente.

·        Quais seus filmes preferidos?
Que pergunta difícil! Acho que Central do Brasil, Titanic, Sete noivas para sete irmãos, E o vento levou, Cantando na chuva, Grease – Nos tempos da brilhantina, Os pássaros, Festim diabólico, Sonata de Outono, Gata em teto de zinco quente,  Tarde demais, Através de um espelho, Gabriela, A dama do lotação. Mas sou muito de fases. Quando vejo um filme muito bom, quero logo incluí-lo na lista dos melhores. Há pouco tempo me encantei com Rebecca – A mulher inesquecível, Bonequinha de luxo e A vida secreta das palavras.

·        E quanto aos astros e estrelas?
São tantos: Montgomery Clift, Elizabeth Taylor, Marilyn Monroe, Sonia Braga, Meryl Streep, Cher, Adam Sandler, Winona Ryder, Adriana Preito, Sandra Brea, Helena Ramos, David Cardoso, Carlo Mossy, James Dean, Marlon Brando, Audrey Hepburn, Jason Statham, Alice Braga, Whoopi Goldberg e até Sylvester Stallone.

·        E os diretores de cinema?
Ingmar Bergman, Alfred Hitchcock, Walter Salles, Akira Kurosawa, Woody Allen, Carlos Reichenbach, Clint Eastwood, Pedro Almodovar, Tim Burton...

·        O Festival de Cannes se aproxima. Já participou de algum festival de cinema? Qual a impressão que teve sobre ele?
Não faço a mínima idéia de como deve ser o Festival de Cannes, de Veneza, de Berlim, do Rio, ou mesmo a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Já participei de duas edições do Festival de Cinema de Goiânia. Em 2005 e 2009. fiquei extasiado pela primeira vez. Era um outro mundo. E eu participando de tudo aquilo, mesmo que como espectador.

·        Chegou a conhecer gente famosa nesses festivais?

Na edição de 2005, assisti uma palestra com a adorável Teresa Trautman e Rubens Ewald Filho estava na plateia. Claro que não podia deixar de ser tiete. Disse que tinha quase todos os seus livros e adorava suas críticas. Conheci também Marcos Bernstein (roteirista de Central do Brasil) e o diretor goiano Iberê Cavalcanti. Em 2009, conheci Marco Ricca que lançava seu filme Cabeça a prêmio; o diretor Sergio Bianchi, que é tão acessível que chegou a se sentar nos degraus da escada para conversar com os fãs; a atriz Darlene Glória; o autor do Dicionário de Filmes brasileiros, Antonio Leão da Silva Neto, que é enorme; o ator goiano Guido Campos Correia e Claudia Ohana, que só cheguei a ver de longe.

Continua...


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