Charlotte Rampling e Woody Allen |
Um dos filmes menos conhecidos e celebrados de Woody Allen. É uma homenagem ao filme “Oito e meio” de Fellini, do qual ele é fã, mas hoje em dia é mais lembrado como a estreia no cinema de Sharon Stone que aparece nos créditos finais como a “moça bonita no trem”, numa ponta sem falas tipo “piscou perdeu”, logo no início do filme, como a mulher que manda um beijo para o personagem de Allen.
É a história de um cineasta famoso que aceita participar de um pequeno festival de cinema, onde todos o reverenciam dizendo que viram todos os seus filmes, mas preferem a época em que estes eram mais engraçados. Isso era uma auto referência do próprio diretor que também começou dirigindo comédia e quando optou pelos dramas (a partir de Interiores) foi rejeitado pelo público. Nesse festival de cinema ele relembra fatos de sua vida e fica em dúvida entre duas mulheres, uma mais velha (Charlotte Rampling) que é esquizofrênica e depressiva e outra mais nova.
O personagem de Woody Allen é paranóico como todos os outros que ele interpretou e talvez como ele mesmo é. Não consegue entender o significado da vida (e quem consegue?), do porque de algumas pessoas serem más e nem consegue esquecer um vizinho que tinha uma doença incurável. Apesar de amargo e às vezes rancoroso, é um filme interessante, bem melhor que “Interiores”.
Há também homenagem ao Brasil quando o diretor está num restaurante com dois amigos, além canta “Brasil” de Ary Barroso (em inglês) e depois dois figurantes fazem elogios em português ao filme exibido, dizendo que ele é extraordinário e divino.
Direção: Woody Allen. Com: Woody Allen, Charlotte Rampling, Jéssica Harper, Tony Roberts, Daniel Stern, Amy Wright, Brent Spiner, Cynthia Gibb, Louise Lasser e Sharon Stone. 91 min. Em preto e branco.
Charlotte Rampling |
Nenhum comentário:
Postar um comentário