O pesquisador e crítico de cinema, Nelson Hoinef estreou como diretor com este pseudo-documentário sobre o “velho guerreiro” Chacrinha.
Na época de seu lançamento, o filme foi muito criticado e com toda razão. O documentário é sobre o Chacrinha, mas aqui ele é um coadjuvante e pouco se investiga sobre sua vida ou carreira, com exceção de uma cena em que sua mulher fala do amor que ele sentia por ela, enquanto outros insinuam sua paixão pela cantora Clara Nunes.
O foco aqui é investigar por andam as chacretes que em depoimentos bem indiscretos, revelam os nomes dos homens famosos com quem elas “ficaram” na época da fama. Então são intercaladas cenas daquela época, cedidas pela Rede Globo, Rede Bandeirantes e TV Tupi com cenas atuais, algumas até meio constrangedoras, como a que uma das ex-chacretes veste um maiô que era figurino do programa e uma outra tenta fazer desengonçadamente as coreografias. A única delas que conseguiu seguir a vida artística foi Rita Cadillac que agora é atriz de filmes pornôs.
O diretor também entrevista vários calouros do programa do Chacrinha. Nenhum deles com talento e cantando desafinadamente em meio a depoimentos de alguns famosos como Roberto Carlos, Gilberto Gil, Elba Ramalho, Wanderley Cardoso, Fabio Jr. e Biafra em uma cena digna de videocassetada: enquanto ele canta “Sonho de Ícaro” seu maior sucesso, uma balão quase o derruba no chão. O filme é todo assim, improvisado e parece ter sido feito às pressas. De Chacrinha não há quase nada. A mesma Rede Globo que é co-produtora aqui, através da Globo Filmes, realizou um programa da série “Por toda minha vida” mais revelador sobre ele. Prefira o programa.
O Canal Brasil também passou há alguns meses uma série mostrando como vivem as chacretes atualmente.
ResponderExcluirRealmente algumas delas ainda não aceitam que o tempo passou.
Ainda não vi o documentário para comentar.
Abraço
É, o tempo é cruel...
ResponderExcluirNossa... Que coisa. Pelo que entendi, trata-se de um "documentário" sobre as chacretes e as palhaçadas no programa, usando como atrativo o nome do Chacrinha. Lamentável.
Abraço, Gilberto.