No dia 12 de junho de 2000, o paulista Sandro do Nascimento seqüestrou um ônibus no centro do Rio de Janeiro com vários reféns. O evento foi coberto ao vivo, por várias emissoras de TV do Brasil e do exterior. É a vida desse jovem que o novo filme de Bruno Barreto conta. Vemos desde a sua infância e a de um quase homônimo seu, Alessandro, de como cresceram e se envolveram com a marginalidade. Até o dia fatídico em que Sandro seqüestra o ônibus 174 e ameaça os passageiros caso não tenha suas solicitações atendidas, mas na verdade ele não quer matar ninguém e até pede para uma das reféns se fingir de morta. Tudo resulta de um imbróglio em que Sandro se vê envolvido depois que um dos passageiros o denuncia por estar portando uma arma.
Apesar do título do filme, o seqüestro do ônibus é só mais um dos eventos retratados na vida de Sandro e só ocupa uns 15 minutos do filme. Acompanhamos a luta de sua suposta mãe para encontrá-lo; a dedicação de Valquíria com os menores abandonados; o amor de Sandro por uma prostituta e sua amizade com seu xará Alê.
O elenco é formado em sua maioria por atores desconhecidos do grande público, mas todos desempenhando muito bem os seus papéis. O único problema do filme é que ele é uma ficção, apesar de baseado em fatos reais, alguns personagens e situações foram criados pelo roteirista Bráulio Mantovani. Então ficamos sem saber o que aconteceu realmente e o que foi criado para o filme. Então vem a vontade de ver o documentário “Ônibus 174” (2002) de José Padilha. Mas esse é só um detalhe e não atrapalha a apreciação do filme, que é empolgante do início ao fim e merece ser visto.
Muito bom. Padilha tem realmente talento.
ResponderExcluirO Falcão Maltês
Não vi esse filme. Tenho curiosidade, mas sempre acabo passando outros na frente...
ResponderExcluirUm abraço, Gilberto.
Assisti este filme na TV há cerca de um ano. É o tipo de filme pra se ver uma vez na vida, não que seja ruim, mas por se tratar de um fato ainda muito recente e ainda marcante, principalmente na mente de nós cariocas, fazendo refletir sobre muitas injustiças sociais. Não é uma fita para se assistir prazerosamente. Abraços.
ResponderExcluirPaulo Nery
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