domingo, 22 de abril de 2012

BONEQUINHA DE LUXO


Sou um apaixonado por comédias românticas e confesso que foi um prazer assistir Audrey Hepburn vivendo a “Bonequinha de luxo”. O título original, Breakfast at Tiffany, refere-se ao fato de Holly (Hepburn) pegar um taxi quando está estressada, para tomar o café da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany, que fica na 5ª avenida em Manhattan, mas confesso que gosto mais do título nacional.

O filme é baseado no livro homônimo de Truman Capote, que também escreveu A Sangue Frio e foi biografado em Capote, onde foi vivido por Phillip Seymour Hoffman. Mas há algumas sutilezas na adaptação cinematográfica. No livro, Holly era uma garota de programa, mas como a censura era ferrenha em 1961, ela acabou virando uma garota que gosta muito de festas e vive dos presentes que ganha de seus admiradores. O romance se forma quando o aspirante a escritor, Paul (George Peppard) vai morar em seu prédio e os dois tornam-se bem próximos. Ele também se sustenta com o dinheiro que recebe de uma amante mais velha (Patrícia Neal).

São vários os momentos inesquecíveis, como ela cantando “Moon River” ao violão; procurando seu amado gatinho debaixo da chuva, já no desfecho do filme ou planejando ser a primeira-dama do Brasil.

Nosso país é citado várias vezes durante o enredo. Um de seus amantes é o brasileiro José da Silva Pereira (pelo menos é um nome brasileiro), vivido pelo espanhol José Luis de Villlalonga que a pede em casamento e lhe dá uma passagem para o Rio de Janeiro. Para aprender português, ela ouve discos de conversação (com um estranho sotaque) e até chega a pronunciar uma frase em nosso idioma.



Não conhecia o galã George Peppard que também participou dos filmes Herança da carne (1960) e A conquista do Oeste (1962) e da série Esquadrão Classe A (1983 – 1987).

Foi muito criticado o fato de Mickey Rooney viver um oriental, mas isso é só um detalhe.

Um filme delicioso!



UM POUCO SOBRE AUDREY HEPBURN

Uma das mulheres mais bonitas do cinema. Recebeu o Oscar de melhor atriz por A princesa e o plebeu (1953) onde contracenou com Gregory Peck. No ano seguinte contracenou com William Holden e Humphrey Bogart em Sabrina (1954). Mas Audrey virou uma unanimidade entre o público na década seguinte e a partir dos filmes Bonequinha de luxo (1961), Charada (1963) e Minha bela dama (1964).

14 comentários:

  1. Na verdade, caro Gilberto, ela também é uma prostituta (de luxo) no filme - só que o fato é bem moderadamente tratado, tudo muito sutil, devido à forte censura que você citou... Sem dúvida, um filme brilhante de um ótimo diretor (que depois se perdeu numa mesmice acomodada da série Pantera Cor-de-Rosa), Blake Edwards. A despeito dos estereótipos comuns nos filmes do diretor (especialmente em relação aos estrangeiros), o filme é melancolicamente inteligente e agrada a gregos e troianos! Abração e apareça!

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  2. Só assisti a este clássico recentemente e gostei bastante. Na verdade se eu fizer uma lista dos clássicos que não ainda não vi...

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  3. Um filme maravilhoso, Gilberto. Tenho especial afeição pela participação sofisticada de Patricia Neal.

    O Falcão Maltês

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  4. Oi, Gilberto. Audrey Hepburn marcou história não só pelos belos filmes que fez, mas também por sua inegável inteligência e elegância. Um abraço!

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  5. Adoro esse filme, apesar de ser distante de forma enorme do livro. É a prova de que adaptções não precisam ser fieis as obras literarias para serem boas. Audrey Hepburn é demais! Eles tem outros filmes fantasticos. Procuere por Infâmia (se não viu).

    Grande Abraço.

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  6. Estou com este filme para conferir.

    George Peppard foi um ator que alternou bons papéis com atuações de canastrão. O lado canastrão fez sucesso na divertida série "Esquadrão Classe A".

    Abraço

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  7. Confesso que não sou chegada em comédias românticas.
    Li que Truman Capote queria Marilyn Monroe para o papel, mas Marilyn recusou, e o deram a Audrey. Capote achava que Audrey era muito "magrinha". Em outras palavras, ela não era do tipo, digamos, voluptuosa.

    Belo post, Gilberto.

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  8. Dilberto, concordo que Blake Edwards se acomodou depois que começou a dirigir os filmes da série Pantera Cor-de-rosa.

    Marcos, com certeza também está na minha lista dos melhores.

    Antonio, Patrícia Neal está mesmo ótima, como todos os outros do elenco.

    Bia, antes de Bonequinha de luxo ainda não era fã de Audrey Hepburn, agora já sou.

    Celo, infelizmente não conheço o livro de Capote. Quanto ao filme Infâmia, vou tentar encontrar.

    Hugo, não conhecia George Peppard, nem lembrava que ele tinha participado de Esquadrão Classe A, antes de pesquisar sobre sua carreira.

    Ligeia, por que você não gosta de comédias românticas? Realmente queriam Marilyn Monroe para o papel, mas para a sorte de Audrey Hepburn, não deu certo.

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  9. Acho as comédias românticas todas muito parecidas, previsíveis, meio cinderela, entende? rs. Pra falar a verdade, faz tempo que parei de ver comédias românticas, por esses motivos. Olha, uma que gostei demais, que achei realmente engraçada, pelas ironias com o personagem da Julia Roberts, e sem aquele finalzinho adocicado e óbvio, foi "O casamento do meu melhor amigo" . Me diverti com essa comédia, gostei muito! rs

    Uma abração, Gilberto.

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  10. Esse é um filme que, ainda, não vi, Gilberto. Já li outras resenhas em alguns bloggers e cada vez que vejo alimento mais a vontade de vê-lo. A ideia de querer vir ao Brasil e aprender o português deve ser divertido. Procurarei vê-lo. Desse ano não passa. Excelente texto e parabéns pela riqueza de detalhes. Um abraço...

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  11. Gilberto, realmente como disse o Dilberto, Holly na versão cinematográfica também é uma prostituta, você percebe isso ao se atentar no roteiro do filme, exemplo, ela recebe 50 dólares para ir ao banheiro? pra que? e como conheceu o traficante preso que a usa? e por ai vai, enfim, o filme é incrível, mágico e imperdível, uma de minhas comédias/românticas/dramáticas preferidas. Inclusive coincidentemente será minha próxima publicação ainda essa semana em meu blog.
    Parabéns por propagar essa obra prima

    Grande abraço

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