Para relembrar um ano da morte de Elizabeth Taylor, tentei assistir A árvore da vida, que ela fez com Montgomery Clift em 1958, mas como não consegui encontrar, acabei vendo O homem que veio de longe (1968), baseado numa peça teatral quase desconhecida e das menos prestigiadas de Tennessee Williams. Só foi produzido pelo prestígio que o casal Elizabeth Taylor/ Richard Burton tinha à época.
O título original é muito estranho, Boom! Referindo-se ao barulho que as ondas fazem quando batem nas rochas, o filme então nem se fala. Liz vive uma mulher doente que mora em uma ilha cercada por empregados e ditando sua autobiografia para uma secretária (Joanna Shimkus, que depois abandonaria a carreira para se casar com Sidney Poitier). Não se deixa claro exatamente o que ela tem, falam que ela quebrou a “bacia”, que tem artrite, neurite e tudo o mais que termine em “ite”, só não se dá conta que também tem “mortite”, como diz a secretária, mas nada disso é mortal. Ela grita de dor, recebe transfusão de sangue e toma analgésicos para dormir.
Até que aparece o homem do título (Richard Burton), que tem o costume de visitar senhoras que estão à beira da morte para ajudá-las a fazer a passagem, como se fosse o anjo da morte. No início temos a impressão que ela não passa de um interesseiro ou de alguém que as ajuda a morrerem mais rápido, mas não é bem assim. Sally (Liz) é arrogante e prepotente e o trata com desdém, mesmo dizendo que um homem seria melhor para ela que todos os remédios que toma. Quando ela “baixa a guarda” e tenta se aproximar, já é tarde demais.
Num momento em que sua esperança acaba, ela diz: “O trem da alegria não para mais aqui!” Uma frase belíssima, mais de um pessimismo insuportável e que no final das contas acaba sendo a única que fica gravada em nossa mente, depois que o filme acaba.
Gilberto, bom dia, belíssimo post, ótimo texto.
ResponderExcluirConfesso que nunca tinha ouvido falar nesse filme mas pela sua sinopse deve ser até legalzinho para ver por dois principais motivos: Taylor/Burton e Tenesse Williams.
Pela foto acima, percebe-se que o filme foi lançado no Brasil pela Universal? Vou procura-lo,
Valeu a dica,
Grande abraço
Até um certo ponto, a personagem lembra a própria Elizabeth Taylor, já que ela passou por vários problemas de saúde ao longo da vida, né?
ResponderExcluirA amizade dela com o Montgomery Clift, que você mencionou no início do post, também foi uma das mais marcantes de Hollywood. No trágico final de vida dele, a Liz foi uma das poucas pessoas com quem ele ainda mantinha algum contato.
Não conhecia este filme e fiquei curioso pelo seu texto.
ResponderExcluirAbraço
Já tinha ouvido falar nesse filme, Taylor é sempre uma boa opção. Parabéns pela postagem. Abs!
ResponderExcluirÉ um filme estranho, mas exerce alguma influência sobre o espectador. O elenco é claro, um grande atrativo. Obrigado pelos comentários, Jefferson, Léo, Hugo e Celo.
ResponderExcluirElizabeth Taylor sempre será um chamado pra mim.
ResponderExcluirAgradeço a dica!
Um abraço pra você.
Oi, Gilberto, interessante a história do filme. O que acho mais legal nos filmes antigos é perceber uma visão diferente da vida (ou da morte) da que temos hoje. Um abraço!
ResponderExcluirBela lembrança e bela homenagem para Taylor!! Uma diva eterna presente em nossa memória!!!
ResponderExcluirUm abraço!
Você, caro Gilberto, não perdeu muita coisa deixando de ver A Arvore da Vida.
ResponderExcluirE um filme com um belo visual, mas sem o conteudo esperado.
Edward Dmytryk, que fizera em 1954 o magnifico A Lança Partida, se perde um pouco em meio a tanta coisa a apresentar. E termina por não apresentar nada, além das belezas de Liz e Saint, todas jovens e com faces no pico de suas juventudes.
Acho que foi durante as filmagens desta pelicula que Cliff sofreu o acidente que lhe atrofiou parte da face, lhe levou a diversas cirurgias e atrasou as filmagens em longos meses.
O Homem que Veio de Longe é um titulo que não assisti. Aliás, para ser mais que franco, o casal Taylor/Burton nunca foram muito felizes nos trabalhos que fizeram juntos. Até Quem Tem Medo de Virginia Wolf, uma fita muito badalada pela critica, não é lá estas coisas.
Quanto a Liz e Cliff, eles fizeram, acredito, tres fitas juntos. Mas nenhuma se compara ao primeiro trabalho do par, que foi Um Lugar ao Sol.
jurandir_lima@bol.com.br
Ligeia, Elizabeth Taylor também é um grande chamativo para mim. Adoro seus filmes.
ResponderExcluirBia, realmente a morte era encarada de forma diferente nos filmes mais antigos. De uma forma mais melodramática, porém mais bela.
Felipe, Liz é eterna.
Jurandir, obrigado pela dica. Mas adoro a Liz e o Clift e vou ter que ver, mesmo que o filme não seja muito bom...
Abraços a todos.