quinta-feira, 30 de abril de 2015

ANTONIO ABUJAMRA - SOLO


Morreu, na manhã desta terça-feira (28), aos 82 anos, Antônio Abujamra. O corpo do ator, diretor de teatro e apresentador foi encontrado pelo filho na casa em que o artista morava, em São Paulo. Ainda não há informações sobre a causa da morte.

Abujamra era conhecido por sua irreverência, suas encenações e por seu humor crítico em relação aos tabus sociais. Ele também foi um dos principais diretores da antiga TV Tupi.
Sua última interpretação em novelas ocorreu em 2011, em “Corações Feridos”, do SBT, e no cinema foi em 2012, em “Brichos 2 – A Floresta é Nossa”.
Seu primeiro trabalho na TV foi em 1968, como diretor de “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”, na Tupi.
Abujamra deixa três filhos - o músico André Abujamra e as atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra - e dois netos.
Biografia/ Antônio Abujamra nasceu em 15 de setembro de 1932, na cidade de Ourinhos, no interior de São Paulo. Atuou em mais de 14 novelas e 19 filmes de cinema. Além disso, dirigiu diversos programas de TV e peças de teatro.
Foi premiado várias vezes durante os seus mais de 50 anos de carreira, recebendo o primeiro reconhecimento, o Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira, pela direção de “A Cantora Careca”, em 1959, logo no início de seus trabalhos.
Após, ganhou os prêmios de melhor ator na peça teatral “O Contrabaixo”, de Patrick Suskind (1987/1995) e o Kikito, no Festival de Gramado, como melhor ator no filme “Festa” (1989). Abujamra também foi premiado com o Troféu APCA, pela atuação na novela “Que Rei Sou Eu?” (1989) e ganhou o Lifetime Achievement, como diretor, no XI Festival Internacional de Teatro Hispânico, em Miami (1998).

Em 2009, o diretor Ugo Giorgetti realizou o filme Solo que é protagonizado por Antonio.

É a história de um homem (Antônio Abujamra) que fala de um mundo que não mais lhe pertence e que não mais entende. É alguém que caminha da solidão para as trevas. Embora com humor, sarcasmo e permanente ironia fala de perplexidade e desespero. Fragmentado, por vezes dispersivo, esse testemunho de um homem na última meia idade, de boa família, de um bairro nobre, não deixa de ser uma reflexão que diz respeito a todos que moram em São Paulo e que freqüentemente é vista como um pesadelo. 



3 comentários:

  1. Ontem escrevi sobre o ótimo "Festa" e citei principalmente o programa "Provocações". Além dos trabalhos no teatro, o programa da TV Cultura de SP será também um dos seus grandes legados.

    Abraço

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