Morreu, na manhã desta terça-feira (28), aos
82 anos, Antônio Abujamra. O corpo do ator, diretor de teatro e apresentador
foi encontrado pelo filho na casa em que o artista morava, em São Paulo. Ainda
não há informações sobre a causa da morte.
Abujamra era conhecido
por sua irreverência, suas encenações e por seu humor crítico em relação aos
tabus sociais. Ele também foi um dos principais diretores da antiga TV Tupi.
Sua última
interpretação em novelas ocorreu em 2011, em “Corações Feridos”, do SBT, e no
cinema foi em 2012, em “Brichos 2 – A Floresta é Nossa”.
Seu primeiro trabalho
na TV foi em 1968, como diretor de “O Estranho Mundo de Zé do Caixão”, na Tupi.
Abujamra deixa três
filhos - o músico André Abujamra e as atrizes Clarisse Abujamra e Iara Jamra -
e dois netos.
Biografia/ Antônio Abujamra
nasceu em 15 de setembro de 1932, na cidade de Ourinhos, no interior de São
Paulo. Atuou em mais de 14 novelas e 19 filmes de cinema. Além disso, dirigiu
diversos programas de TV e peças de teatro.
Foi premiado várias
vezes durante os seus mais de 50 anos de carreira, recebendo o primeiro
reconhecimento, o Prêmio Juscelino Kubitschek de Oliveira, pela direção de “A
Cantora Careca”, em 1959, logo no início de seus trabalhos.
Após, ganhou os
prêmios de melhor ator na peça teatral “O Contrabaixo”, de Patrick Suskind
(1987/1995) e o Kikito, no Festival de Gramado, como melhor ator no filme
“Festa” (1989). Abujamra também foi premiado com o Troféu APCA, pela atuação na
novela “Que Rei Sou Eu?” (1989) e ganhou o Lifetime Achievement, como diretor,
no XI Festival Internacional de Teatro Hispânico, em Miami (1998).
Em 2009, o diretor Ugo Giorgetti realizou o filme Solo que é protagonizado por Antonio.
É a história de um homem (Antônio Abujamra) que fala de um mundo que não mais lhe pertence e que não mais entende. É alguém que
caminha da solidão para as trevas. Embora com humor, sarcasmo e permanente
ironia fala de perplexidade e desespero. Fragmentado, por vezes dispersivo,
esse testemunho de um homem na última meia idade, de boa família, de um bairro
nobre, não deixa de ser uma reflexão que diz respeito a todos que moram em São
Paulo e que freqüentemente é vista como um pesadelo.
Ontem escrevi sobre o ótimo "Festa" e citei principalmente o programa "Provocações". Além dos trabalhos no teatro, o programa da TV Cultura de SP será também um dos seus grandes legados.
ResponderExcluirAbraço
MUITO OBRIGADO
ResponderExcluirPor nada Caio Bigu.
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