domingo, 18 de outubro de 2015

OS 100 ANOS DE GRANDE OTELO


No dia 18 de outubro de 1915 nascia em Uberlândia, uma figura revolucionária do cinema brasileiro. Ator, comediante, cantor e compositor, Grande Otelo estrelou mais de 100 filmes e 20 programas de televisão, além de ter conquistado os mais importantes prêmios da sétima arte nacional. Para celebrar seu centenário, o Canal Brasil exibe 10 longas-metragens protagonizados por esse grande nome da nossa cultura.

Seu verdadeiro nome era Sebastião Bernardes de Souza Prata. Aos 8 anos, começou a trabalhar como ator no Circo Serrano. Aos 10 anos, foi para São Paulo e, em 1935, foi para o Rio de Janeiro trabalhar com a companhia de Jardel Jercolis. Dois anos depois, fez sucesso com a peça Maravilhosa, no Teatro Carlos Gomes.

Estreou no cinema em 1935, mas a fama só veio com as chanchadas da Atlântida, em que, junto com Oscarito, fez inúmeros filmes, como Tristezas Não Pagam Dívidas (1943) e Carnaval no Fogo (1949). Compôs várias músicas, entre as quais Praça Onze.

Nas décadas de 1940 e 1950, trabalhou no teatro de revistas nos shows de Walter Pinto e Carlos Machado. No cinema, atuou ainda em Macunaíma (1969), Assalto ao Trem Pagador (1962) e É de Chuá (1958). Outros de seus trabalhos foram em peças como O Homem de La Mancha e em telenovelas como Bandeira Dois (1971) e Bravo (1975). Faleceu no dia 26 de novembro de 1993.




O Canal Brasil está exibindo uma mostra comemorativa aos seus 100 anos. Confira a Programação completa:

Jubiabá (1987) (107’) Direção: Nelson Pereira dos Santos – Baseado no romance homônimo de Jorge Amado. A produção franco-brasileira tem trilha sonora composta por Gilberto Gil e um elenco formado por Grande Otelo, Julien Guiomar, Charles Baiano, Catherine Rouvel, Betty Faria e Zezé Motta, dentre outros.
O filme narra a história do amor inter-racial entre a filha de um rico comendador e
Antônio Balduíno (Charles Baiano), negro malandro, lutador e amante famoso de Salvador. O homem, protegido pelo feiticeiro Jubiabá (Grande Otelo), terá que enfrentar o forte preconceito social para viver essa paixão.


Quarta, dia 14/10, às 19h.


O Barão Otelo no Barato dos Bilhões (1971) (108’) Direção: Miguel Borges – Com roteiro e direção de Miguel Borges – que abandonou a carreira de jornalista para tornar-se cineasta integrante do Cinema Novo e dirigiu, entre outros, o episódio Zé da Cachorra em Cinco Vezes Favela (1962), O Caso Cláudia (1979) e O Último Malandro –, o filme é inspirado no romance homônimo de Domingues Olímpio e tem Edu Lobo assinando a trilha sonora. No elenco, Grande Otelo, Dina Sfat, Henriqueta Brieba, Ivan Cândido, Rogério Fróes, Wilson Grey, Elke Maravilha, Milton Moraes, Waldir Onofre, Pelé, Zilka Salaberry e Hildegard Angel, entre outros.
João-sem-direção (Grande Otelo) é um trabalhador carioca que divide, de forma eficiente, seu tempo entre dois trabalhos (em um posto de gasolina e no Maracanã, onde é gandula) e sua amada. Sem jamais ter participado da Loteria Esportiva, João aprende com Carvalhais (Ivan Cândido), homem de negócios, a ganhar dinheiro no ramo. Ele fica milionário, mas é obrigado a fugir da fama. Nem a alta sociedade, nem a fabricação de estranhos inventos e nem mesmo um alquimista conseguem resolver o seu problema e ele decide, então, investir na indústria do ócio: muda-se para uma ilha, onde recebe os amigos e todos se comportam como querem.
O filme recebeu o Prêmio de Qualidade do Instituto Nacional de Cinema, em 1971, e foi selecionado para representar o Brasil no Festival de Teerã (Irã).


Quinta, dia 15/10, às 19h.


Rio, Zona Norte (1957) (84’) Direção: Nelson Pereira dos Santos – O segundo longa-metragem dirigido por Nelson Pereira dos Santos faz parte de uma trilogia que tem a cidade do Rio de Janeiro como pano de fundo – formada, ainda, por Rio, 40 Graus (1955) e Rio, Zona Sul, que acabou nunca sendo realizado. Parcialmente inspirado na vida de Zé Keti, o filme é um importante documento sobre a música popular brasileira. No elenco, estão nomes como Grande Otelo, Malu Maia, Jece Valadão, além da participação especial da cantora Ângela Maria e do próprio Zé Keti. Com o intuito de obter a inspiração que julgava necessária para a concepção do roteiro, o cineasta morou seis meses em Bento Ribeiro. Em 1958, a produção recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival Internacional de Montevidéu (Uruguai). 
O sambista Espírito da Luz (Grande Otelo) é um homem desiludido com a vida. Ao fazer uma viagem de trem pelo subúrbio, acaba caindo nos trilhos. Enquanto agoniza a espera de socorro, relembra o tempo em que cantava em grandes festas, assim como tragédias pessoais.


Sexta, dia 16/10, às 19h.


É de Chuá (1958) (100’) Direção: Victor Lima – Ankito, Grande Otelo, Renata Fronzi, Costinha, Zezé Macedo, Emilinha Borba, Nelson Gonçalves, Dircinha Batista, Linda Batista e Jamelão estrelam esse filme dirigido por Victor Lima.
Em busca de dinheiro fácil, um casal de golpistas aluga uma mansão para se aproximar dos membros da alta sociedade. Organizam, então, uma exposição de diamantes na tentativa de roubar as joias. Além dos convidados, o evento recebe a visita dos sambistas Peteleco (Ankito) e Laurindo (Grande Otelo), que querem levantar fundos para reaver as fantasias de sua escola de samba antes do carnaval. Mas a dupla não demora a perceber que a solução do problema pode estar nos diamantes cobiçados pelos anfitriões.


Segunda, dia 19/10, às 19h.


Pé na Tábua (1958) (87’) Direção: Victor Lima – Dirigido por Victor Lima e estrelado por Ankito, Grande Otelo, Renata Fronzi e Carlos Tovar, o longa-metragem é uma comédia musical de crítica aos transtornos do trânsito da cidade grande na época: a lentidão no tráfego e o precário sistema dos bondes e lotações. 
Petrônio (Ankito) e Cabeleira (Grande Otelo) são dois malucos donos de uma lotação que vive quebrando. Eles terão que arranjar dinheiro para uma delicada operação da irmã de Petrônio. Para isso, participam de um filme cuja estrela está sendo ameaçada de morte.


Terça, dia 20/10, às 19h.


Um Candango na Belacap (1961) (100’) Direção: Roberto Farias – Dirigida por Roberto Farias, a comédia musical é uma paródia do clássico Romeu e Julieta, de William Shakespeare. No elenco, Ankito, Grande Otelo, Marina Marcel, Vera Regina, Milton Carneiro, Maria Cristina, Pedro Dias, Arlindo Costa e Adolfo Machado.
Ao realizar uma turnê em Brasília, a famosa dupla Emanuel Davies Jr. (Grande Otelo) e Gilda (Marina Marcel) fica encantada com o talento do candango Tonico (Ankito) e sua parceira Odete (Vera Regina), responsáveis pela animação de uma casa noturna da região. Apaixonado por Odete, Davies Jr. se casa e parte para o Rio de Janeiro, ao lado da esposa, de Gilda e Tonico. Mas, na capital fluminense, o quarteto cai nas mãos de um empresário que faz de tudo para abalar as parcerias profissionais e formar uma nova dupla: Emanuel e Odete.


Quarta, dia 21/10, às 19h.


Vai Que É Mole (1960) (103’) Direção: J. B. Tanko – J. B. Tanko dirige essa comédia musical estrelada por Ankito, Grande Otelo, Jô Soares, Otelo Zenoni e Renata Fronzi. Macio (Ankito), Brancura (Grande Otelo) e Bolinha (Jô Soares) são três ladrões que, logo após saírem da cadeira, são convocados por Dureza (Aurélio Teixeira) para planejarem novos golpes. Maysa (Maria Augusta), a namorada de Brancura, no entanto, tenta convencer o amante a abandonar a vida do crime.
A delicada situação fica ainda mais complicada quando Brancura recebe uma carta de sua falecida tia dizendo que José Maria (Aurino Cassiano), seu sobrinho, está chegando na cidade. Em um episódio curioso, Macio e Brancura devolvem para uma dançarina uma bolsa por eles roubada, e são convidados a participar de um programa de televisão, enaltecendo a suposta honestidade da dupla. O estrelato repentino causa muita confusão, tanto entre os comparsas quanto com a polícia, conhecedores do passado dos meliantes.


Quinta, dia 22/10, às 19h.


Os Cosmonautas (1962) (90’) Direção: Victor Lima – Victor Lima dirige essa produção, uma mistura de comédia e ficção científica. No elenco, Grande Otelo, Ronald Golias, Neide Aparecida, Álvaro Aguiar e Átila Iório, entre outros.
O governo brasileiro vai lançar o foguete "Nacionalista I" com um orangotango, de nome Frederico, a bordo. Com o sucesso da empreitada e retorno do animal em segurança, o professor Inácio (Álvaro Aguiar), responsável pelo programa espacial, começa a trabalhar no "Nacionalista 2", que deverá levar dois seres humanos para a Lua. Cabe a Zenóbio (Grande Otelo), chefe da Federação Brasileira de Investigações (FBI, em referência ao famoso departamento de averiguação criminal americano), a incumbência de escolher duas cobaias para o experimento, alcunhadas de cosmonautas. A ideia é encontrar homens inúteis e desnecessários para a sociedade, descartáveis em caso de morte.
O perigoso bandido Zeca (Átila Iório) é escolhido como o primeiro cosmonauta, e o vendedor de aspiradores de pó Gagarino da Silva (Ronald Golias) é o designado para ser seu companheiro de viagem. Durante o árduo treinamento, Zeca planeja roubar o dinheiro do cofre da base, enquanto Gagarino conhece uma moça alienígena chamada Crinidis (Neide Aparecida), que tem um plano envolvendo outro aparelho do Professor Inácio: uma bomba de cobalto de 400 megatons.

Sexta, dia 23/10, às 19h.


Nenhum comentário:

Postar um comentário