Rocco Siffredi é um dos mais famosos
atores pornôs da atualidade (senão o mais famoso), já tendo atuado em 400 filmes, dirigido 181, produzido 57 e
roteirizado 24 outros. De vez em quando se aventura também no cinema
erótico, sendo o mais conhecido deles, Romance (1999) que tinha algumas cenas
de sexo explícito e provou que ele também pode ser um ator sério. Mas ele
participou também de Amorestremo (2001) e deste Anatomia do inferno (2004) que
é dirigido pela mesma Catherine Breillat de Romance, a partir de seu livro
Pornocracy.
A única coisa que se
pode dizer com maior evidência é que se trata de um filme muito estranho. Já
começa com uma cena de sexo oral em uma boate gay, onde uma mulher (Amira
Casar) conhece o personagem de Rocco e o contrata por cinco noites para fazer
com que ele conheça o corpo feminino e talvez até goste dele.
Os créditos iniciais avisam que o corpo exibido em detalhes
pelas câmeras não é da atriz Amira Casar, já que isso não fazia diferença, pois
o que a diretora pretendia era discutir a condição da mulher na atualidade com
todos os percalços que isso representa, mas claro que de uma forma bem
peculiar. Em uma cena, a personagem retira o absorvente interno de seu corpo,
coloca em um copo com água e os dois bebem o líquido. Em outra, tenta o
suicídio por ser mulher, mas é claro que uma boate gay não é o local mais
adequado para uma fêmea se sentir valorizada.
Rocco tem algumas cenas de nudez frontal, mas nenhuma de
penetração. As cenas de sexo são simuladas.
Um filme curtíssimo: não passa de 73
minutos, mas em momento algum fácil de se ver. Talvez fosse melhor assistir um
dos vários filmes hardcore que Rocco fez, pelo menos eles estão livres de toda
essa neurose.
Que decepção são suas palavras.Puro preconceito!
ResponderExcluirO cinema é isso que mostra o filme: explorar todos os universos sem medo.E não apenas somente o que VOCÊ espera dele.E não sei em que mudo você vive (um mundo de preconceitos tenho certeza) mas é muito comum mulheres solitárias se apaixonarem por homens gays.