segunda-feira, 29 de maio de 2017

ANATOMIA DO INFERNO


Rocco Siffredi é um dos mais famosos atores pornôs da atualidade (senão o mais famoso), já tendo atuado em 400 filmes, dirigido 181, produzido 57 e  roteirizado 24 outros. De vez em quando se aventura também no cinema erótico, sendo o mais conhecido deles, Romance (1999) que tinha algumas cenas de sexo explícito e provou que ele também pode ser um ator sério. Mas ele participou também de Amorestremo (2001) e deste Anatomia do inferno (2004) que é dirigido pela mesma Catherine Breillat de Romance, a partir de seu livro Pornocracy.

 A única coisa que se pode dizer com maior evidência é que se trata de um filme muito estranho. Já começa com uma cena de sexo oral em uma boate gay, onde uma mulher (Amira Casar) conhece o personagem de Rocco e o contrata por cinco noites para fazer com que ele conheça o corpo feminino e talvez até goste dele.

Os créditos iniciais avisam que o corpo exibido em detalhes pelas câmeras não é da atriz Amira Casar, já que isso não fazia diferença, pois o que a diretora pretendia era discutir a condição da mulher na atualidade com todos os percalços que isso representa, mas claro que de uma forma bem peculiar. Em uma cena, a personagem retira o absorvente interno de seu corpo, coloca em um copo com água e os dois bebem o líquido. Em outra, tenta o suicídio por ser mulher, mas é claro que uma boate gay não é o local mais adequado para uma fêmea se sentir valorizada.

Rocco tem algumas cenas de nudez frontal, mas nenhuma de penetração. As cenas de sexo são simuladas.


Um filme curtíssimo: não passa de 73 minutos, mas em momento algum fácil de se ver. Talvez fosse melhor assistir um dos vários filmes hardcore que Rocco fez, pelo menos eles estão livres de toda essa neurose.

Um comentário:

  1. Que decepção são suas palavras.Puro preconceito!
    O cinema é isso que mostra o filme: explorar todos os universos sem medo.E não apenas somente o que VOCÊ espera dele.E não sei em que mudo você vive (um mundo de preconceitos tenho certeza) mas é muito comum mulheres solitárias se apaixonarem por homens gays.

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