quinta-feira, 27 de junho de 2013

BILHETERIA DOS FILMES NACIONAIS LANÇADOS EM 2013 (Até 23/06/2013)

Fabrício Boliveira e Isis Valverde em Faroeste Caboclo

Como sempre as comédias encabeçam a lista das maiores bilheterias dos filmes nacionais lançados no primeiro semestre desse ano. Em seguida Somos tão jovens, a biografia de Renato Russo e o filme baseado em sua música, Faroeste Caboclo. 

Minha mãe é uma peça estreou bem com mais de 410 mil espectadores na primeira semana. Outra surpresa é o documentário Elena que está a sete semanas em cartaz e mesmo não tendo sido um estouro, teve uma boa bilheteria pra um documentário, que parte do público ainda tem certo preconceito.

Entre as decepções estão Giovanni Improtta de José Wilker, com o famoso personagem da novela Senhora do destino que tendo o aval da Globo Filmes nem chegou a 200 mil e a 2ª versão de Meu pé de laranja lima nem chegou a 100 mil e os dois tinham grande potencial de público.

Confira a lista completa:
           FILMES                                                                PÚBLICO



segunda-feira, 24 de junho de 2013

DA VIDA DAS MARIONETES



Assisti a “Gritos e Sussurros” há algum tempo e não gostei muito. Acredito que naquela época ainda não estava preparado para apreciar os filmes de Ingmar Bergman, que tem um estilo todo pessoal de dirigir.

Depois de um tempo, passei a ver todos os que eu consegui encontrar, começando com a trilogia do Silêncio de Deus: “Através de um espelho” (que é excelente, sobre uma família em uma ilha sofrendo com uma filha que tem uma doença mental incurável), “Luz de inverno” (bom, sobre um padre que já não tem mais fé) e “O Silêncio” (o pior dessa trilogia, sobre duas irmãs hospedadas em um hotel com o filho de uma delas e os problemas de saúde da outra. Não tem muito sentido). Em seguida “A fonte da donzela” que eu tinha vontade de assistir a um bom tempo e realmente é muito bom, sobre ladrões que matam uma moça e depois vão pedir abrigo na casa dos pais dela. “Persona – Quando duas mulheres pecam” (Excelente o embate de duas mulheres, a paciente e a enfermeira em uma ilha, onde uma vai tomando a personalidade da outra). “O Sétimo Selo” (Não sei se o problema foi meu, mas não gostei muito desse filme que é considerado pelos críticos um dos melhores do diretor. Tem a cena clássica do jogo de xadrez com a morte). “Morangos silvestres” (Esse muito bom, sobre um professor aposentado que viaja para receber homenagens e vai relembrando o passado, as coisas que perdeu e os erros que cometeu). “A hora do lobo” (Também não gostei. Não tem muito sentido).


No decorrer da trama de DA VIDA DAS MARIONETES, ouvimos os depoimentos das pessoas que estavam envolvidas com ele: sua mulher, seu terapeuta, a mãe, um amigo homossexual, além de cenas do convívio dele com a esposa, a vontade de matá-la, a insônia e a depressão. Esses depoimentos revelam que ele era uma pessoa normal e o assassinato foi provocado por um choque emocional desvendado no epílogo.

Ingmar Bergman estava em depressão quando fez “Da vida das marionetes”, além de estar exilado na Alemanha, daí o filme ser falado em alemão e com atores daquele país. Não é uma história fácil, tem um tema pesado e idas e vindas no tempo, pois são mostradas cenas anteriores ao assassinato e depois posteriores para que o espectador junte os pedaços dessa desfragmentação humana. É sempre um prazer assistir as películas desse grande diretor. Quero ver todos os outros filmes dele.



sexta-feira, 21 de junho de 2013

GILBERTO CINEMA: 4 ANOS!


Parece que foi ontem... mas já fazem quatro anos que o blog Gilberto Cinema está no ar. Como diz aquela música do Peninha: "Tudo era apenas uma brincadeira, mas foi crescendo, crescendo me absorvendo..." e de repente eu pude ser um crítico de cinema na blogosfera. 

Disse uma vez que deixaria de escrever para o blog quando conseguisse três coisas:
1. Duzentos seguidores
2. Amigos virtuais
3. Um milhão de visitas
4. Uma medula compatível

Por enquanto só consegui os dois primeiros itens, mas os outros também não vão demorar muito...

Resolvi no aniversário desses 04 anos, relembrar as capas (banners) que o blog já teve e inclusive agradecer aos amigos (como a Ligeia) que sempre me sugerem ou enviam imagens para que eu as use. A foto que ilustra essa postagem é da primeira capa do blog. Vamos relembrar as outras:














terça-feira, 18 de junho de 2013

MR. VINGANÇA



Direção: Chan Wook Park. Com: Kang-ho Song, Ha-kyun Shin, Du-na Bae, Ji-Eun Lim, Bo-bae Han, Se-dong Kim. 120 min.

Este foi o Segundo filme da trilogia do diretor Chan Wook Park sobre a vingança, feito depois de Lady Vingança e antes de Oldboy. Aqui um rapaz surdo-mudo seqüestra, junto com sua namorada, a filha de seu antigo patrão (que o despediu) a fim de conseguir dinheiro para o transplante de rins que sua irmã necessita. As coisas não saem como planejado e uma tragédia acontece. Nesse momento, entra na história, a vingança que é vista pelos personagens como a solução de seus problemas e a cicatrizadora de suas feridas, mas há coisas irreversíveis.

Mr. Vingança tem um estilo seco e direto, ritmo lento e personagens desesperados, capazes de fazer qualquer coisa para conseguir o que querem, chegando às últimas conseqüências de violência. Não é um filme agradável de se assistir. A história parece melhor contada do que vista. Há cenas quase insuportáveis de torturas, choques elétricos, facadas e cortes de um sadismo assustador, mas curiosamente não há tiros, talvez porque o sofrimento nas outras formas é mais demorado.

É um retrato de onde o ser humano pode chegar para defender e vingar aqueles que ama e do destino, que às velhas planeja armadilhas, mas definitivamente não é um filme fácil. (6,0)

Doe Medula Óssea:


... porque as crianças não podem lutar 
contra o câncer sozinhas


sábado, 15 de junho de 2013

O DIA DO GATO



Direção: David Cardoso. Com: David Cardoso, Helô Pinheiro, Edgard Franco, Mariza Sommer, Thalyta Cardoso, Américo Taricano, Bentinho, Ruthinéia de Morais, Débora Muniz e Waldirene Manna. 73 min. Policial.

Último filme como astro do rei da Pornochanchada, David Cardoso, supostamente o único homem que conseguia levar público aos cinemas, apenas pelo seu nome, já que o chamariz eram as atrizes bonitas (talentosas ou não). Ele nasceu no Mato Grosso do Sul em 1942 e em 1963 mudou-se para São Paulo e começou a trabalhar no cinema como continuista e diretor de produção de um filme de Mazzaropi, "O lamparina", onde também faz uma ponta. Em seguida, fez pequenos papéis em dois filmes de Walter Hugo Khouri, outro do Mazzaropi e um de Roberto Carlos, até 1971 quando protagoniza o musical "A moreninha" ao lado de Sonia Braga e no ano seguinte: "Sinal vermelho: As fêmeas" com Vera Fischer, momento em que sua carreira deslancha e fica marcada por papéis sensuais por toda a década de 70 e 80. NO total participou de 43 filmes como ator, 18 como diretor e 24 como produtor, através de sua produtora Dacar Produções Cinematográficas. Nos tempos difíceis, chegou a produzir e dirigir 04 filmes de sexo explícito com o pseudônimo de Roberto Fedegoso.






O DVD de "O dia do gato" faz parte da coleção anos 80 e traz uma capinha mentirosa, dizendo que este filme foi um fenômeno de bilheteria que transformou David Cardoso no maior astro brasileiro dos filmes de ação dos anos 80. Ele pode até ter sido um astro, mas não por causa desse filme com suspense e ação frouxos e que não fez muito sucesso de bilheteria. O único extra são algumas fotos de cena, mas a capinha informa que há também trailers de outros filmes. A imagem tem riscos o tempo todo, além de borrões e necessita de restauração. Não me importo muito com iso, já que é sinal que o filme é raro ou está mal conservado e é bom que se veja logo antes de se perder totalmente, mas este está salvo já que foi lançado em DVD.





Conta a história de Gato (David Cardoso), um ladrão que invade uma casa juntamente com seus comparsas para roubar uma Mercedes e mantêm como reféns todos os integrantes da família, o marido (Edgar Franco) que tem um hospital que faz abortos, a mulher insatisfeita (a eterna garota de Ipanema Helô Pinheiro), a filha que fez um aborto clandestino (Waldirene Manna), a cunhada que tem um caso com o ladrão (Mariza Sommer), a filha que se acha esperta e simpatiza com o bandido (Thalyta Cardoso, filha de David) e as empregadas que só querem garantir o seu dinheiro.

O filme é bastante curto (73 minutos), mas mesmo assim ainda resulta arrastado. Os ladrões roubam o carro mas mesmo assim continuam na casa sem nenhum motivo aparente. Além disso, não tem quase nada de erótico, só uma cena de nudez de David Cardoso (que dava sempre um jeito de mostrar a bunda ou seu sexo nos filmes) e uma cena de sexo (simulado) entre ele e Mariza Sommer que é uma atriz feia, aliás como quase todo o elenco.

A atriz pornô Débora Muniz (A dama de Paus) faz um papel sério, como uma das empregadas, já a desconhecida Waldirene Manna teve uma morte misteriosa durante as filmagens.

Veja se tiver curiosidade em conhecer o último filme de David Cardoso ou se tiver tempo e paciência.




quarta-feira, 12 de junho de 2013

METADE


Pensei em uma postagem especial para o dia de hoje, o dia dos namorados, mas depois cheguei à conclusão que além de cinema, nunca falei de outra coisa aqui que não fosse amor. As músicas são de amor, os poemas são de amor e os filmes também são de amor, porque metade de mim é cinema e a outra metade, amor. 
Li um poema tão bonito de Oswaldo Montenegro, que acabei criticando há poucos dias por sua estreia como diretor de cinema com Léo e Bia. Mais uma prova que ele é melhor como cantor e compositor...





METADE
                                             Oswaldo Montenegro
Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.
Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio…
Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste…

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada

mesmo que distante.
Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece

e nem repetidas com fervor,

apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz

que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro

seja um dia recompensada.
Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo

se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,

que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,

a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria

para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.
Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.
Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade

para fazê-la florescer.
Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor,
e a outra metade…

também

Você também pode ser um super herói:
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quinta-feira, 6 de junho de 2013

EU GOSTO É DE FILMES NACIONAIS

Camila Pitanga em Eu receberia as piores notícias dos teus lindos lábios

Gosto sempre de falar aqui sobre o cinema nacional, pois como vocês sabem, é minha grande paixão. Se puder escolher entre um filme brasileiro e um estrangeiro, é claro que prefiro o brasileiro. Da última vez que fui ao cinema, me senti culpado. Estavam em cartaz Homem de Ferro 3 e Giovanni Improta e para acompanhar meu primo acabei assistindo a conclusão da saga de Tony Stark, mas no fundo preferia estar na sala ao lado vendo as peripécias do personagem de José Wilker, mesmo sabendo que a sala deveria estar bem mais vazia.

Cena de Léo e Bia

Acabei há poucos dias uma verdadeira maratona de filmes nacionais. Foram 53 filmes assistidos na seqüência sem nenhum estrangeiro no meio deles. O recorde anterior tinha sido de 33, mas eu queria ultrapassá-lo. O número só não foi maior porque os filmes brasileiros que eu tinha à minha disposição acabaram. E depois dessa maratona acabei completando 1500 filmes nacionais assistidos, de todos os estilos e gêneros, sem nenhum preconceito. O filme de número 1500 foi o estranho Léo e Bia de Oswaldo Montenegro que achei muito fraco. Oswaldo continua sendo melhor cantor que diretor.

Othon Bastos em Deus e o diabo na terra do sol

No início tinha preconceito com as chanchadas e os filmes da Mazzaropi, mas hoje os adoro e já vi todos os filmes que Mazzaropi fez. Acho alguns filmes do Cinema novo meio chatos, bem como quase todos os de Glauber Rocha, mas mesmo assim ainda vejo todos com grande prazer.

O cinema marginal me agrada muito. Adoro O pornógrafo; O cangaceiro é o melhor entre os filmes de cangaço; Pixote – A lei do mais fraco, um dos melhores da Embrafilme; os filmes de sexo explícito da boca do lixo também me agradam, pois sempre contavam uma história (mesmo que tosca) e a trilha sonora era de música clássica como Chopin e Beethoven. Alfredo Sternheim é o meu diretor preferido dessa época; Alma Corsária, um dos melhores da fatídica Era Collor; Central do Brasil, o melhor da retomada e o meu preferido de todos os tempos.

Marília Pêra e Fernando Ramos da Silva em Pixote - A lei do mais fraco

As trocas de filmes brasileiros com colecionadores também ajudaram muito nessas “descobertas”. Descobri várias pérolas, muitos com ótima qualidade, apesar da maioria ter sido gravada do VHS original. A maioria desses filmes também eram pornochanchadas.

E por último, os downloads. Depois que descobri os macetes de se baixar filmes na internet, nunca mais faltou filmes para eu assistir e é claro que os filmes brasileiros são prioridade e eu não deixo de baixar um filme nacional pra baixar qualquer filme estrangeiro que seja. Apesar que os próprios internautas tem preconceito com os filmes brasileiros e upam muito mais os filmes estrangeiros, principalmente os americanos. O Markito fazia um trabalho primordial nesse quesito com o blog Acervo Nacional, mas infelizmente ele morreu e até agora não apareceu outro substituto. O blog Eu gosto é de filmes brasileiros se aproximava muito do Acervo, apesar de focar mais os filmes pornográficos ou eróticos, mas agora foi deletado pela mesma “censura” que excluiu o site megaupload e está em novo endereço.


Gostei da lei que obriga os canais de tv por assinatura a exibirem filmes nacionais em seu horário nobre, mas quando farão isso com a tv aberta?


segunda-feira, 3 de junho de 2013

NOITE DE ANIVERSÁRIO


David Veríssismo


Os frio silêncio da noite sondava nós dois, a escuridão contida em nossos olhares discretos, disfarçava o nosso desejo um pelo outro, mas nem o gelo da baixa temperatura conseguiu esfriar o calor dos nossos corpos entrelaçados...

A inocência na sua falta de experiência me levou ao delírio maior. Maior que o prazer melhor que dei ao homem que amei, trocado por você que uma vez apenas me entreguei...

O sangue natural de sua primeira vez escorria pela poeira do chão. Naquela noite de aniversário joguei fora o medo que havia em seu coração.

A sua distração naquela festa era me ver dançando... a conversa vazia com os amigos, a bebida gelada esquentando no copo, seus olhos mudando de direção a cada vez que eu olhava pra você, tudo isso não passou de adiamento para o que mais tarde veio a acontecer.

Receio em te procurar, pois não sei se você me teve por um momento apenas ou se me vê como algo duradouro em sua vida, por isso aguardo com muita ansiedade que você me procure de novo.

Doe Medula Óssea: