quarta-feira, 30 de junho de 2010

VERÔNICA NA GLOBO


Devido à Copa do mundo a Rede Globo está exibindo às quartas-feiras, depois de Passione, o Festival Nacional. Na primeira semana foi exibido “Trair e coçar é só começar”, na quarta seguinte “Saneamento Básico – O filme” e hoje “Verônica”.

O filme é produzido pela Globo Filmes e isso explica a exibição antes de se completar três anos do lançamento nos cinemas, como é de praxe para as tvs abertas.

Verônica (Andréa Beltrão) é professora da rede municipal do Rio de Janeiro há 20 anos e parece já estar cansada da rotina da sala de aula, pois não tem a mesma paciência com os alunos. Mas o menino Leandro (Matheus de Sá) reaviva nela a compaixão que ela havia perdido. Leandro tem os pais assassinados pelos bandidos do tráfico de drogas, por causa de um pen-drive que compromete tanto os bandidos, quanto alguns policiais corruptos. O pen-drive agora está com o menino que não conta com ninguém mais, além de Verônica. Ela que não teve filhos dedica a ele todo o amor e dedicação a fim de salvar sua vida. Abandona o emprego, sua casa e começa a fugir de todos já que ninguém parece confiável.

Andréa Beltrão dá um show de interpretação (como sempre), nesse filme dirigido por seu marido, Maurício Farias (O coronel e o lobisomem, A grande família) e participa de todas as cenas.

Como disse, Verônica é produzido pela Globo Filmes, mas não parece uma novela da Rede Globo, como alguns outros da produtora. É um thriller empolgante que junta as mazelas de ser professor no Brasil (baixos salários e alunos desinteressados) com o problema do tráfico de drogas e a violência nas favelas do Rio de Janeiro. Mas o filme é mais do que isso. É sobre compaixão, determinação e abdicação de uma mulher para com uma criança órfã. Fiquei preso na história do início ao fim. Muitos viram semelhança nesse filme, como “Glória” (1980) de John Cassavetes que depois foi refilmado com Sharon Stone.

Trailer do filme

Vale a pena!

Direção: Maurício Farias. Com: Andréa Beltrão, Marco Ricca, Matheus de Sá, Giulio Lopes, Camila Amado, Flávio Migliacchio e Ailton Graça. 90 min.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

BRASILIDADE EM TEMPOS DE COPA DO MUNDO


Todos os brasileiros sentem-se tão patriotas nessa época de copa do mundo, que é impressionante. Em dia de jogo do Brasil, o país para. Nas ruas não é possível encontrar viva alma nas ruas no momento dos jogos. Todo mundo com camiseta verde-amarela da seleção (falsificadas ou não), pulseiras, colares e adereços afins, que façam referência à brasilidade, mas é só nessa época. Não vejo comoção tamanha no lançamento de nenhum filme brasileiro (nem nos da Globo Filmes).

Para ver jogo do Brasil, todo mundo é brasileiro, mas para assistir aos filmes nacionais nem tanto assim. Não é tão fácil encontrar alguém que se orgulhe de toda a nossa cinematografia e faça questão de ver tudo o que é feito aqui. Nesse ano, além de Chico Xavier (3.400.326 espectadores) e Xuxa em O mistério de Feiurinha (1.192.252), nenhum outro filme nacional conseguiu alcançar 1 milhão de espectadores, nem mesmo a biografia do presidente Lula (O filho do Brasil) ou filmes premiados em vários festivais como “É proibido fumar” ou “Quincas Berro D’água” que tem uma história bem popular e nem assim conseguiu alcançar 250.000 espectadores.

Não sou contra o futebol brasileiro. Torço como todo mundo, também uso a camiseta da seleção, participo de bolões e quero que o Brasil seja vencedor do mundial, só não consigo entender por que os brasileiros se orgulham tanto do futebol nacional e não se orgulham do nosso cinema.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

UM ANO SEM MICHAEL

Há exatamente um ano, em 25/06/2010, o mundo foi assustado com a notícia da morte do rei do Pop, Michael Jackson, por uma overdose de medicamentos e intoxicação com o anestésico Propofol. Ele estava afundado em dívidas e planejava um retorno triunfal com uma turnê de 50 shows por Londres, que tiveram todos os ingressos esgotados poucas horas depois de colocados à venda. Sua morte foi constatada vinte minutos depois de receber uma injeção de Propofol, enquanto seu médico particular Conrad Murray se ausentou para atender uma ligação.

Sempre fui fã de Michael Jackson. Vi os filmes que ele fez como ator, começando por "O mágico inesquecível", uma adaptação em forma de musical do clássico O mágico de Oz que contava também com Diana Ross, amiga inseparável de Michael; participações especiais em "MIB - Homens de preto II" e "Missão quase impossível" e seus clipes que são também curtas metragens: Thriller, Bad, Ghosts. Gosto de quase todas as suas músicas e não sei especificamente qual a minha preferida, começando pelas músicas da época dos Jacksons Five, como Ben ou da carreira solo, que são a maioria.

As televisões e os jornais exibiram programações especiais na época de sua morte e agora quando completa um ano farão o mesmo. A Rede Globo vai exibir o documentário This is it, sobre os ensaios para a turnê dos shows que nunca foram realizados e os canais musicias como MTV e Multishow exibirão programações especiais com clipes e especiais.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

EM BUSCA DE UMA NOVA CHANCE (Em cartaz) ****



Direção: Shana Feste. Com: Pierce Brosnan, Susan Sarandon, Carey Mulligan, Aaron Johnson e Johnny Simmons. 99 min. Ano de produção: 2009.

Estava na porta do cinema anteontem, em dúvida se assistia o badalado Toy Story 3 ou “Em busca de uma nova chance”, o novo filme de Pierce Brosnan. Decidi pelo segundo e não me arrependi. Queria ver um filme adulto e maduro e esse é o caso.

Um rapaz sofre um acidente e morre pouco depois de se declarar à sua amada. O filme mostra a dor dos pais dele (Pierce Brosnan e Susan Sarandon, magníficos). Ela demonstrando sua dor e querendo falar sobre o filho, enquanto ele reprime o quanto pode, até a inevitável explosão. A situação que insinuava melhoras, piora quando a namorada do filho se revela grávida dele e vai morar com eles.

É um filme emocionante, cheio de silêncios que traduzem a dor desses pais pela perda do filho. Como na cena depois do sepultamento, quando os dois e o filho novo voltam para casa de carro, sem dizer uma palavra numa cena que dura quase dois minutos. E em seguida os diálogos em família que tentam superar a perda, todos muito tocantes, inclusive um na praia entre o casal, que tenta se reconciliar depois de uma traição do marido, cena essa que ilustra o cartaz do filme.

O título nacional é estranho. As personagens não estão em busca de uma nova chance. As fatalidades simplesmente acontecem e eles tentam a partir delas superar seus problemas. Não que o título original seja melhor (O maior).

É um filme bonito, mas não muito fácil de ver. Às vezes deixa um nó na garganta, mas apesar disso (ou por causa disso) é indicado a quem quer ver filmes adultos. Talvez esses não sejam muitos, já que a sala só tinha uns 8 espectadores, mas que bom que mesmo assim esses filmes ainda entram em cartaz e emocionam.

terça-feira, 22 de junho de 2010

AMANHÃ É 23

Amanhã é 23
Kid Abelha

As entradas do meu rosto
E os meus cabelos brancos
Aparecem a cada ano
No final do mês de Agosto


Há vinte anos você nasceu
Ainda guardo um retrato antigo
Mas agora que você cresceu
Não se parece nada comigo

Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor
Tua pose de princesa
De onde você tirou


Amanhã, amanhã
Amanhã, amanhã


Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo que eu não te vejo
Queria o teu beijo outra vez

segunda-feira, 21 de junho de 2010

ANIVERSÁRIO DE UM ANO DO BLOG


Desde criança sempre tive o sonho de ser escritor. Escrevia contos, crônicas e peças de teatro que depois eram encenadas por mim e meus primos e amigos. Com o tempo percebi que não era tão simples ser escritor ou pelo menos viver daquilo e o sonho adormeceu.

Com a paixão pelo cinema, nasceu também a vontade de ser crítico de cinema e isso começou a se concretizar em há exatamente um ano, em 21 de junho de 2009, quando criei este blog com o intuito de publicar críticas e comentários sobre os filmes que assisto e demais matérias sobre a sétima arte.

Há pouco tempo redescobri os contos e crônicas que escrevi há dez anos e resolvi publicá-los aqui, inicialmente com o intuito de participar de um concurso de contos e poesias da comunidade “Eu tenho um blog” do Orkut. Foi quando percebi que apesar de este ser um blog de cinema e o cinema ser minha maior paixão, tenho também outras, como música, poesia, literatura, contos, crônicas e tudo isso pode ser compartilhado com os leitores.

Adoro acompanhar o contador de visitas para saber se tem muita gente visitando o blog. Gosto dos comentários e sugestões e queria que houvessem mais deles, quem sabe, um para cada postagem, pois assim seria possível melhorar cada vez mais o blog.

Escrever é com certeza uma grande paixão e a forma mais prática e rápida de ver o que escrevo publicado é este blog. Nunca tive a intenção de ganhar dinheiro com ele (apesar que isso seria ótimo) e tudo é feito com grande prazer.

Gostaria de agradecer as mais de 16000 visitas e pedir que continuem visitando, comentando e participando. Obrigado!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

NOVOS PROJETOS DE CINEMA


EDSON CELULARI COMO SILVIO SANTOS

Edson Celulari vai viver Sílvio Santos no cinema. O ator foi confirmado no papel do apresentador no filme dirigido por Guga de Oliveira, que é irmão de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni e adquiriu os direitos do livro A Fantástica História de Silvio Santos de Arlindo Silva. O roteiro do próprio diretor foi aprovado por Silvio Santos.
O elenco terá, ainda, Claudia Raia no papel de Iris Abravanel, atual mulher do apresentador, e Angélica como Cidinha, primeira mulher. A previsão é de que as filmagens comecem ainda este mês.

JULIANA PAES PROTAGONIZA FILME DE MÁRCIO GARCIA

A atriz Juliana Paes e o ator americano Jerry O' Connell estão escalados para serem os protagonistas do primeiro filme do ator Márcio Garcia como diretor, Bed and Breakfast (Cama e café da manhã).

No filme, Juliana será Ana, uma vendedora que descobre ter recebido como herança uma vinícola na California. O elenco ainda conta com os atores Danny Glover (que revelou que quer ser pai de Lázaro Ramos no filme “O grande Klapy”, uma co-produção de Brasil, Portugal e Angola) e Marcos Pasquim.

As filmagens do longa foram antecipadas, pois Juliana está grávida de dois meses e Márcio Garcia quer rodar as cenas dela antes que sua barriga comece a aparecer.

TROPA DE ELITE 2 ESTREIA EM OUTUBRO

Um dos filmes brasileiros mais aguardados de 2010 já tem data certa para chegar aos cinemas: "Tropa de elite 2", de José Padilha, tem sua estreia confirmada para o dia 8 de outubro. Rodado no Rio de Janeiro entre janeiro e abril deste ano, o longa traz de volta Wagner Moura como o Capitão Nascimento, agora 13 anos mais velho, batendo de frente com as milícias, ao mesmo tempo em que se preocupa com a criação do filho adolescente. Atualmente, o diretor está trabalhando na montagem e na pós-produção do filme.

MURILO ROSA

O ator está empolgado com os novos projetos na televisão, no cinema e no teatro. O galã participou recentemente das filmagens de quatro filmes: “No Olho da Rua”, “Como Esquecer”, “Área Q” e “Aparecida”. A partir de dia 23 de junho, será a vez da telinha contar com o trabalho de Murilo, que deve começar a gravar “Girassol”, próxima novela das seis – que substituirá “Escrito nas Estrelas” e chegou a recusar um convite para participar do novo filme de Vin Diesel, por causa dos projetos no cinema nacional e na televisão.

TOM CRUISE REVIVE PERSONAGEM IMPAGÁVEL

Quem morreu de rir do personagem de Tom Cruise em "Trovão tropical", vai gostar da notícia: a Paramount Pictures e a MTV Films anunciaram que vão lançar uma comédia sobre o personagem Les Grossman, que será produzido por Tom, Bem Stiller e Stuart Cornfeld.

Na comédia protagonizada por Ben Stiller em 2008, Tom Crise deu vida ao magnata de Hollywood que destrata seus funcionários e só vida o lucro. O ator reviveu o produtor na última semana durante o "MTV Movies Awards" (foto), onde dançou com Jennifer López e roubou a cena dos galãs Robert Pattinson e Taylor Lautner, de "Crepúsculo", e mostrou o lado mais engraçado de Tom Cruise.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

AMIZADE QUASE VERDADEIRA

Natália acabara de se separar do marido. Dois anos de uma união aparentemente feliz. Marina sua amiga inseparável desde criança, sentiu-se no dever de consolá-la nesse momento tão difícil de sua vida.
_ Bom te ver assim, Natália. – disse Marina na chegada – Achei que ia te encontrar na maior “deprê”.
_ De que adiantaria eu me descabelar toda? Eu continuaria sendo uma mulher largada do marido do mesmo jeito.
_ É tão triste ver um casal que se dava tão bem se separando assim de uma hora para outra. Pensei que vocês ficariam juntos até a morte.
_ Esse também foi o meu erro. Quando nos casamos eu tinha certeza que ia ser pra sempre, mas infelizmente nada dura pra sempre.
_ Por que vocês se separaram?
_ Incompatibilidade de gênios. O Ronaldo é mandão demais. Ficava querendo me botar cabresto. E você sabe que eu não nasci pra ser mandada. Gosto de sair quando quero, voltar quando quero e ele não concordava com isso.
_ Natália, você devia ter cedido um pouco. Depois que a gente se casa tem que mudar os hábitos, deixar a vida de soleira de lado e procurar ser outra pessoa.
_ Eu “tava” perdendo a minha identidade.
_ Você estava cansada de saber que a vida de uma mulher casada não é fácil. É preciso abrir mão de muitas coisas.
_ Você está parecendo minha mãe, me dando lição de moral. Se eu gostasse de sermão eu freqüentava a igreja.
_ Pois você devia mesmo freqüentar a igreja pra aprender a ser uma pessoa melhor, dividir as coisas. Se você sabia que não iria se acostumar, não devia ter se casado com ele.
_ Você queria que eu tivesse deixado ele pra você?
_ Talvez teria sido melhor. Você estava sabendo do meu amor por ele e mesmo assim não foi capaz de ceder. A menininha mimada sempre tem que ter tudo o que quer.
_ Você nunca foi capaz de me perdoar sinceramente por eu ter roubado ele de você. Continuou freqüentando a minha casa, mas eu não via em seu rosto a inveja. Você queria estar no meu lugar. Agora chegou a hora, ele está sozinho novamente. Eu te passo o bastão. Pode ficar com ele se quiser.
_ A vida não é assim. As pessoas não são marionetes, que você pode manipular e o Ronaldo não é um prêmio.
_ Ah, mas não é mesmo. Queria que você ficasse casada com ele, pelo menos um mês. Ia sofrer mais que passarinho na mão de criança levada.
_ Quem ouve você falar pensa logo num monstro. Ele é uma pessoa maravilhosa.
_ Então, já que está tão interessada, fica com ele pra você.
_ Se você me dissesse isso há dois anos atrás, eu aceitaria sem pestanejar, já hoje não posso aceitar.
_ Porque não?
_ Sou casada e vivo muito bem com meu marido.
_ Casamentos se desfazem da noite pro dia. Hoje acontecem mais separações que casamentos.
_ Por causa da imprudência das pessoas que se casam sem ter certeza, se o escolhido é a pessoa ideal para viver a seu lado.
_ Que papo-cabeça. Como se você acreditasse que o seu casamento vai durar a vida toda.
_ Eu posso te garantir que se não durar, a culpa não foi minha, pois eu faço o possível para agradá-lo em todos os sentidos.
_ Você é uma boba.
_ Só porque eu acredito no amor?
_ Porque você acredita na eternidade do amor. Parece aquelas mocinhas dos romances antigos. É capaz de até ter casado virgem.
_ Me casei.
_ Você não tem mesmo solução. Ninguém mais se casa virgem. O Ronaldo foi meu décimo homem.
_ Parece uma... uma...
_ Diz, pareço uma galinha.
_ Não queria dizer isso. Só acho que você é nova demais para já ter tido dez homens.
_ Isso foi apenas o começo. Agora que estou solteira novamente vou botar pra quebrar.
_ E cair na boca do povo.
_ O que eles pensam ou deixam de pensar não me interessa. Não sou sustentada por eles.
_ Não pensa em se casar de novo?
_ Nunca mais caio nessa cilada. Quero aproveitar a vida e nada mais.
_ Está insinuando que uma mulher casada não aproveita a vida?
_ A única coisa que eu posso fazer é te deseja sorte.
_ Já tenho muita. Estou aguardando meu namorado que deve estar quase chegando. Ele é meu 11º homem.
_ Você parece um jogador, falando de seus troféus.
_ Não deixa de ser. Os mais bonitos são de ouro, os menos de prata e os mais feios de bronze.
Depois dessa louca teoria. Marina não agüentou mais e deixou sua amiga sozinha... Por enquanto.

Gilberto Carlos

segunda-feira, 14 de junho de 2010

GLOBO FILMES

A Globo filmes foi criada em 1998 como braço cinematográfico da Rede Globo, com o objetivo de produzir filmes com qualidade, mas que apesar de tudo, sejam populares e atraiam o maior número de pessoas aos cinemas.

Um grande atrativo desses filmes são os atores que participam das novelas da própria Globo e que o público está acostumado a ver, mas essa é também uma das maiores críticas a esses filmes, pois seus detratores dizem que ver um filme da Globo Filmes é como ver uma novela, com a diferença de sua duração, o esquema é o mesmo e não novidades ou ousadias de estilo. Alguns diretores de novelas também dirigem seus filmes, como Wolf Maya (Sexo com amor?), Jorge Fernando (Sexo, amor e traição), além daqueles que já estavam na indústria há muito mais tempo, como Daniel Filho (um dos diretores da Globo Filmes).

Ao todo a Globo Filmes participou da produção de 90 filmes que alcançaram mais de 90 milhões de espectadores nas salas de cinema, além de formar parcerias com mais de 40 produtoras independentes. É também uma das principais responsáveis pela reaproximação do público com o cinema nacional.

Em 1993, o público dos filmes nacionais foi de 0,01%, o que equivale a 45,5 mil pessoas. Dez anos depois, em 2003, esse número foi de 21%, ou seja, mais de 22 milhões de espectadores. Já em 2009, os 11 filmes co-produzidos pela Globo Filmes atingiram mais de 14 milhões de espectadores, representando 90% do público do cinema brasileiro.

Figura no ranking dos 10 filmes mais vistos da retomada, encabeçado pelos sucessos de “Se eu fosse você 2” (mais de 6 milhões de pessoas), seguido por “2 filhos de Francisco” (mais de 5 milhões), “Carandiru”, “Cidade de Deus”, “Se eu fosse você”, Lisbela e o prisioneiro”, “Chico Xavier”, Cazuza – O tempo não pára”, “Olga” e “Os Normais”.

Independente de apresentar novidades ou não e ser popularesco, adoro os filmes da Globo Filmes e já assisti a quase todos eles, como a maioria do público, pois eles são de fácil acesso e são exibidos nas sessões de filmes da própria Globo.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

GRANDE PRÊMIO DO CINEMA BRASILEIRO

Na terça-feira (08/06) foi realizado no Teatro João Caetano, Rio de Janeiro, o Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Além de vencer a categoria mais cobiçada, de melhor longa-metragem de ficção, o filme “É proibido fumar” de Anna Muylaert ainda levou mais quatro estatuetas, ganhando em cinco de seis indicações pelas quais concorreu e desbancando o favorito da noite, “Se Eu Fosse Você 2”, de Daniel Filho.

Com apresentação de Murilo Rosa e Ingrid Guimarães, “O Grande Prêmio” foi dedicado à memória do cineasta Anselmo Duarte, que dirigiu “O Pagador de Promessas”. Como nos anos anteriores, as homenagens foram divididas em duas categorias, a de júri e de voto popular. Tony Ramos, Selton Mello e Glória Pires foram indicados duas vezes ao mesmo prêmio – de melhor ator e melhor atriz, respectivamente – por atuações em filmes diferentes.

Lília Cabral também foi eleita pelo júri como melhor atriz por sua atuação em “Divã”, e homenageou as colegas da categoria ao receber o prêmio.

Os jurados também elegeram "Simonal – Ninguém Sabe o Duro Que Dei”, de Calvito Leal, Cláudio Manoel e Micael Langer como melhor documentário, Chico Diaz como melhor ator coadjuvante por “O Contador de Histórias”, Denise Weinberg como melhor atriz coadjuvante por “Salve Geral”, e “Bastardos Inglórios”, de Quentin Tarantino como melhor filme estrangeiro.

PREMIAÇÃO COMPLETA:
Melhor atriz: Lília Cabral, por "Divã"

Melhor ator: Tony Ramos, por "Se Eu Fosse Você 2"

Atriz coadjuvante: Denise Weinberg, por "Salve Geral"

Ator coadjuvante: Chico Diaz, por "O Contador de Histórias"

Melhor diretor: Anna Muylaert, por "É proibido Fumar"

Melhor longa-metragem de ficção: "É proibido Fumar", de Anna Muylaert

Direção de arte: Claudio Amaral Peixoto, por "Besouro"

Prêmio especial de preservação: Alice Gonzaga (escritora, pesquisadora, produtora, diretora e empresária do ramo cinematográfico)

Longa-metragem nacional de animação: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas

Longa-metragem infantil: "O Grilo Feliz e os Insetos Gigantes", de Walbercy Ribas e Rafael Ribas

Longa-metragem estrangeiro: "Bastardos Inglórios", de Quentin Tarantino

Longa-metragem de documentário: "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei", de Calvito Leal, Claudio Manoel e Micael Langer

Longa-metragem de ficção nacional (voto popular): "Se Eu Fosse Você 2", de Daniel Filho

Longa-metragem de ficção estrangeiro (voto popular): "Avatar", de James Cameron

Curta-metragem de animação: "O Menino que Plantava Invernos", Victor Hugo Borges

Curta-metragem de ficção: "Superbarroco", Renata Pinheiro

Curta-metragem de documentário: "De Volta ao Quarto 666", Gustavo Spolidoro

Roteiro adaptado: Bosco Brasil, por "Tempos de Paz"

Roteiro original: Anna Muylaert, por "É Proibido Fumar"

Prêmio especial: Anselmo Duarte (1920-2009)

Figurino: Marília Carneiro, por "Tempos de Paz"

Maquiagem: Martín Macias Trujillo

Direção de Fotografia: Ricardo Della Rosa, por "À Deriva"

Montagem de ficção: Paulo Sacramento, por "É Proibido Fumar"

Montagem de documentário: Karen Akerman, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei"

Efeitos visuais: Marcelo Siqueira, por "Besouro"

Som: Denilson Campos e Paulo Ricardo Nunes, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei"

Trilha sonora: Márcio Nigro, por "É Proibido Fumar"

Trilha sonora original: Berna Ceppas, por "Simonal - Ninguém Sabe o Duro Que Dei"

terça-feira, 8 de junho de 2010

O GOLPISTA DO ANO ***

I love you, Phillip Morris (EUA, 2009)

Desde a época das filmagens, essechamou muita atenção da imprensa brasileira, principalmente pela presença de Rodrigo Santoro no elenco, em papel relativamente pequeno apesar de seu nome aparecer em terceiro lugar nos créditos iniciais. Estreou sexta-feira passada nos cinemas nacionais, o que ainda não aconteceu nas salas americanas, devido ao seu tema “espinhoso”, o homossexualismo. No lançamento nacional, a distribuidora tenta maquiar o seu conteúdo, com um título asséptico: “O golpista do ano” e vendendo-o como a mais nova comédia de Jim Carrey. O que não é verdade, apesar de o filme ter seus momentos engraçados. Talvez a curiosidade atraia o público e também Rodrigo Santoro.

A história é sobre Steven (Jim Carrey), um picareta que é casado com uma mulher e vive de dar golpes nos outros. Depois de um tempo, ele revela que é gay e mostra seu namorado, Jimmy (Rodrigo Santoro). Entre um golpe e outro ele é preso e na cadeia conhece o grande amor de sua vida, o Phillip Morris do título original (Ewan McGregor). É emocionante a cena em que Steven é transferido e Phillip Morris sai correndo atrás dele gritando o seu amor ao som da música “To love somebody” de Nina Simone que também foi gravada pelo Bee Gees.

É uma história real, o que fica evidenciado nas cenas finais, onde os letreiros explicam o destinos das personagens. Mas talvez fique destinado aos guetos, apesar de sua ousadia (ou por causa dela). Há uma cena de sexo, palavrões, beijos, mas nenhuma nudez, além de algumas coisas que ficam subentendidas como insinuações de sexo oral.

Na parte final, ameaça virar um drama, mas ainda há uma reviravolta. O elenco está bem, com Rodrigo Santo bem discreto, Ewan McGregor como o efeminado e Jim Carrey com seus exageros habituais, mas todos muito corajosos “dando a cara pra bater” num filme de tamanha ousadia. Há boatos de que os produtores farão cortes para o lançamento americano. Então veja a versão integral, que é a exibida nos cinemas nacionais.

domingo, 6 de junho de 2010

TATUAGEM

Nos créditos finais de “É proibido fumar”, toca a música “Tatuagem” de Chico Buarque que tinha sido comentada por Baby (Glória Pires) durante uma conversa com Max (Paulo Miklos), pois ela é uma apaixonada pelas letras dele. Eu também adoro. Essa música em especial eu conhecia na voz de Maria Bethania.


TATUAGEM
Chico Buarque e Ruy Guerra

Quero ficar no teu corpo feito tatuagem
Que é pra te dar coragem
Pra seguir viagem
Quando a noite vem
E também pra me perpetuar em tua escrava
Que você pega, esfrega, nega
Mas não lava

 Quero brincar no teu corpo feito bailarina
Que logo se alucina
Salta e te ilumina
Quando a noite vem
E nos músculos exaustos do teu braço
Repousar frouxa, murcha, farta
Morta de cansaço
 Quero pesar feito cruz nas tuas costas
Que te retalha em postas
Mas no fundo gostas
Quando a noite vem
Quero ser a cicatriz risonha e corrosiva
Marcada a frio, a ferro e fogo
Em carne viva


Corações de mãe
Arpões, sereias e serpentes
Que te rabiscam o corpo todo
Mas não sente.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

É PROIBIDO FUMAR (Brasil, 2009) ***


A diretora Anna Muylaert deve ser uma apaixonada por música, pois depois de seu 1º filme “Durval Discos” (que era sobre o dono de uma loja de discos de vinil que não se rendia aos CDs), ela retorna com este filme, onde os personagens principais vivem de música, ela dando aulas de violão e ele cantando samba em um restaurante.

Baby (Glória Pires) é uma fumante irredutível que não abandona o vício nem quando arruma um namorado, Max (Paulo Miklos) que é contra o cigarro, daí o título do filme. Bem que ela tenta, freqüentando uma associação, mas não é tão simples.

Mas apesar disso, “É proibido fumar” não é sobre o cigarro ou a luta para se abandonar o vício, mas sim sobre a solidão e o amor. Baby vive sozinha no apartamento que herdou da mãe, mas sente falta de alguém, o que parece caminhar para uma resolução quando um homem se muda para o apartamento vizinho ao seu. Num dia em que ele pede a ajuda dela para arrumar a sua bagunça, o romance finalmente engata.

Em um momento de ciúmes, Baby, por distração comete um ato bárbaro que pode colocar o namoro a perder, mas Max prova que o amor é mais importante e sem dizer uma palavra sobre o ocorrido, demonstra todo o seu afeto.

Glória Pires, depois de tantos anos de carreira não precisa provar nada pra ninguém, mas ainda faz isso aqui com essa personagem desglamourizada e muito engraçada que briga com as irmãs pelo sofá vermelho que foi da tia que morreu. Enquanto o roqueiro Paulo Miklos brilha como ator desde “O invasor” de Beto Brant e parece ter nascido para isso, mostrando tanta meiguice por traz de uma cara carrancuda.

Venceu o prêmio de melhor filme no Festival de Brasília, mas não fez boa bilheteria nos cinemas. Agora que foi lançado em DVD é a hora de conhecer, tanto os fumantes, quanto os não fumantes, os românticos e os amantes da música.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS


O filme ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS de Tim Burton, já ultrapassou a casa do US$ 1 bilhão de faturamento em todo o mundo. Ele é o 6º filme a entrar nessa seleta lista e o terceiro que não é uma seqüência, junto com Titanic e Avatar (ambos de James Cameron). Alice também tem o recorde de ser a maior estreia de todos os tempos no mês de março, a maior estreia em 3-D e o maior sucesso da carreia de Tim Burton. Nos Estados Unidos, já rendeu US$ 332 milhões, o 19º maior sucesso do mercado americano e do Canadá. Amanhã serão lançados o DVD e o Blu-ray nos Estados Unidos. Claro que esse valor também foi impulsionado pelos ingressos em 3-D que são bem mais caros que os normais, o mesmo que tinha acontecido com Avatar.
Os privilegiados da lista que ultrapassa US$ 1 bilhão: Avatar, Titanic com US$ 1,8 bi, O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei (US$ 1,12 bi) e Piratas do Caribe 2 - O Baú da Morte (US$ 1,07 bi), Batman – O cavaleiro das trevas (US$ 1,001 bi) e agora Alice.

Diferente do conhecido livro de Lewis Caroll, em Alice no país das maravilhas, a personagem principal (Mia Wasikowska) já tem 17 anos e quando vai a uma festa descobre que está prestes a ser pedida em casamento por um homem detestável. Ela então, foge seguindo um coelhinho branco e vai parar no país das maravilhas, um local que ela visitou há 10 anos mas não se lembrava. Lá conhece personagens como os irmãos gêmeos Tweedle-Dee e Tweedle-Dum, o Gato Risonho, a Lagarta, a Lebre Maluca, Chapeleiro Maluno (Johnny Depp em seu sétimo filme de Tim Burton), a Rainha Vermelha, mais conhecida como cabeçuda (Helena Bonham Carter, mulher de Tim Burton) e a rainha branca (Anne Hatthaway).
O filme é baseado nos dois livros de Lewis Caroll, protagonizados por Alice: Alice no país das maravilhas e Alice através do espelho, mas a história se passa alguns anos depois quando ela já é adolescente e é como se fosse uma continuação desses livros ou do clássico desenho animado da Disney (que também é produtora aqui), realizado na década de 50 e mistura personagens e histórias desses dois livros.
Como todos os filmes de Tim Burton, Alice é sombrio e talvez não muito adequado às crianças pequenas (sua classificação é 10 anos). Foi muito criticado o espírito carnavalesco do figurino e dos cenários, mas acho que eles se encaixam perfeitamente à história que é totalmente fantasiosa. Chega a ser uma festa para os olhos todo aquele exagero.

Gostei muito do que vi. Tinha medo que poderia ser uma história infantilóide, mas não é o acontece. O filme é bem empolgante, onde Alice tem a missão de livrar o reino da Rainha Vermelha, matando uma espécie de dragão. Ainda está em cartaz nos cinemas, se tiver oportunidade veja na tela grande é bem empolgante, mesmo que não seja em 3-D.