O ator Michael J. Fox passou os
últimos tempos fazendo apenas dublagens de animações e algumas participações
especiais em séries de Tv alheias, pois não queria ter que disfarçar a sua
doença, o mal de Parkinson. Mas agora retornou a Tv, com o grande sucesso de
público e crítica, The Michael J. Fox Show, que é inspirada em sua vida. Ele
vive um apresentador de telejornal que para de trabalhar devido ao mal de
Parkinson, mas depois de 5 anos e influenciado pelos filhos e pela mulher
(cansado de vê-lo em casa), ele volta a trabalhar. No Brasil, a série é exibida
pelo canal Comedy Central. Pelo papel ele foi indicado ao Globo de Ouro de
melhor ator em série de comédia.
Vamos relembrar sua trajetória:
Nascido em Vancouver (Canadá) em 09/06/1961,
Michael Andrew Fox é o quarto de cinco irmãos e substituiu o A de seu nome pelo
J para homenagear seu grande ídolo, o ator Michael J. Pollard (Bonnie e Clyde –
Uma rajada de balas).
Começou a atuar aos 15 anos na peça
Caixa de sombras e no seriado Leo and me da televisão canadense. Em 1979
mudou-se para os Estados Unidos onde participou das séries Lou Grant e Trapper
John antes de estrelar o grande sucesso Caras e caretas (1982/ 1989) que teve
176 episódios e onde conheceu sua mulher até hoje, a atriz Tracy Pollan com
quem tem quatro filhos.
Michael estreou no cinema em 1980, no
obscuro Loucuras em plena madrugada que foi um fracasso e a Disney até retirou
sua marca dos créditos, mas fez muito sucesso no Brasil, sendo exibido até
pouco tempo no Cinema em casa do SBT. Mas nada se compara ao sucesso do
adolescente Marty Mcfly que viaja numa máquina do tempo na trilogia De volta
para o futuro (1985, 1989 e 1990).
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Com Christopher Lloyd em De volta para o futuro |
Participou ainda de O garoto do
futuro (1985), Férias muito loucas (1985), O segredo do meu sucesso (1987), Luz
da fama (1987), Nova York – Uma cidade em delírio (1988) e Pecados de guerra
(1989).
Durante as filmagens de Dr. Hollywood
– Uma receita de amor (1991) teve um baque: descobriu que é portador do Mal de
Parkinson, uma doença degenerativa do sistema nervoso e faz parte de um pequeno
grupo – de 4% a 6% - de pessoas que desenvolvem a doença antes dos 40 anos, mas
escondeu a doença dos fãs e continuou atuando nos filmes Aprendiz de feiticeiro
(1991), A vida com Mikey (1993), Por amor ou por dinheiro (1993), Don’t drink
the water (1994), Marte ataca! (1996), Os espíritos (1996) e a série Spin City
que também teve grande audiências. Em 1998 não deu mais para esconder os
sintomas da doença, como tremores e rigidez muscular, então ele assumiu a sua
condição, mas continuou atuando em
Spin City até 2001, num total de 103 episódios, sendo
substituído por Charlie Sheen para se dedicar mais ao tratamento. Participou de
Estrada 60 (2002) e com mais afinco na arte da dublagem, fazendo a voz de Stuart
Little em O pequeno Stuart Litlle 1 (1999), 2 (2002) e 3 (2005), além de
Atlantis – O reino perdido (2001), The magic 7 (2009) e participações especiais
nas séries Scrubs, Justiça sem limites, Rescue me e The good wife.
Em 2008 deu uma entrevista à apresentadora Oprah
Winfrey e falou abertamente sobre sua luta contra o mal de Parkinson,
comparando-o a uma criança de quatro anos que há dentro dele e teima em pular o
tempo todo. Revelou também que não deixa a doença limitar sua vida: é pai,
marido, ativista, escritor e fundador da Michael J. Fox Foundation for
Parkinson’s Research, que pesquisa tratamentos para a doença. Patina no gelo e
disse que não pode deixar nada para depois, pois aprendeu a dar mais valor à
vida, coisa que todos nós deveríamos fazer, aliás. Vida longa ao grande Michael
J. Fox.